Uma Potterhead em Hogwarts escrita por DudaMaluca


Capítulo 14
Black and White




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Naquela noite ninguém dormiu (eu sim), já que todos estavam preocupados com as rondas dos outros alunos. Já eu, dormi como um anjo! No dia seguinte foi pior, logo de manhã ela nos falou que ele fugiu, acho que os outros não perceberam, mas eu suspirei aliviada. Flitwick ficava na porta de entrada mostrando uma grande foto do meu pai, que tem os mesmos olhos do que eu, e eles perceberam isso, e ficavam apontando para mim mais do que já apontaram. Filch pregava tábuas em todos os buracos, e Sir Cardogan foi demitido, e com a volta de mulher gorda vieram um grupo horrendo de trasgos. Tudo estava bem protegido, mas a passagem para a DedosdeMel não, pois o zelador não conhecia.
— Você acha que devemos contar a alguém? — perguntou Harry a Rony.
— A gente sabe que Black não está entrando pela Dedosdemel — disse Rony descartando a idéia. — Saberíamos se a loja tivesse sido arrombada.— Sim, eu voltei a falar com Rony.
Pelo menos Harry ainda iria para Hogsmead. Além de Rony ter se tornado uma celebridade. Todos perguntavam o que aconteceu em seu dormitório. Eu fiquei feliz por ele, já que Harry é sempre o centro das atenções.
— ... Eu estava dormindo e ouvi barulho de pano cortado e achei que estava sonhando, sabe? Mas aí senti uma correnteza de ar... Acordei e vi que o cortinado de um lado da minha cama tinha sido arrancado... Me virei... E vi Black parado ali... Como um esqueleto, os cabelos imundos... Segurando um facão comprido, devia ter uns trinta centímetros... E ele olhou para mim e eu olhei para ele, então eu soltei um berro e ele se mandou. — O ruivo estava contando a história para umas garotas do segundo ano.
— Comece a chamar ele de outra coisa, não Black, podem achar que fui eu!—Exclamei rindo.
— Meio impossível, se você quisesse matar o garoto, você já teria matado.— Rony respondeu.— Mas por que ele correu? Não me silenciou e procurou Harry.
— Pode ser que ele não queira o Harry...— Então fui estudar um pouco. Sério, eu já fiz uma promessa para minha melhor amiga Lyra, (Claro que de brincadeira) que se eu fosse para Hogwarts, eu iria estudar muito, e eu cumpri a promessa, minha notas são tão boas quanto às da Mione. Sério, ter notas tão boas quanto Hermione Granger é muito difícil. Mas a pior coisa que aconteceu foi a Neville, já que a professora estava tão brava com ele, que o proibiu de ir a todas as próximas visitas a Hogsmead. Me desculpa Nev-Nev! Mas hoje foi pior, ele recebeu um berrador da avó, que pegou e saiu correndo. Então Edwiges entrou e trouxe um envelope. Então Harry pegou leu e me deu:

Caros Harry, Rony e Aly
Querem vir tomar chá comigo hoje à tarde por volta das seis? Irei buscar vocês no castelo.
ESPEREM POR MIM NO SAGUÃO DE ENTRADA; VOCÊS NÃO PODEM SAIR SOZINHOS.
Abraços, Hagrid.

— Ele provavelmente quer saber as novidades sobre Black — Disse Rony.
— Rony, eu já disse, chame ele de prisioneiro, carinha, Sirius, qualquer coisa, menos Black!— Resmunguei.
— Tudo bem, as novidades sobre o foragido, melhorou?— Ele respondeu.
— Sim, obrigada!
Então, as seis da tarde, eu e os meninos fomos para o portão de Hogwarts. Encontramos com Hagrid.
— Está bem, Hagrid! — exclamou Rony. — Imagino que você queira saber o que aconteceu no sábado à noite, é isso?
— Já soube de tudo — disse Hagrid, abrindo a porta de entrada e levando-os para fora. Fomos andando até a sua cabana normalmente e quando chegamos, a primeira coisa que vi foi Bicuço comendo doninhas (referência para o próximo ano) e um grande terno com uma gravata (muito) chamativa.
— Para que é isso, Hagrid? — Eu pergunto.
— O caso de Bicuço contra a Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. Nesta sexta-feira. Ele e eu vamos a Londres juntos. Reservei duas camas no Nôitibus...— Deu uma dó...
Então ele nos serviu chá e pão, mas os meninos não aceitaram, mas eu sim, porque a comida do meio-gigante é até que é boa. Mentiram para mim!
— Tenho uma coisa para conversar com vocês dois — Disse Hagrid sentando-se entre os garotos, com o ar anormalmente sério. Então ele piscou para mim. Eu acho que não contei, mas eu já tinha falado com ele antes.
— Por que apenas para nós dois— Ele apontou para si mesmo e para Rony— Se a Aly está aí?
— Bom, eu também quero falar do mesmo assunto.
— Ok, oque aconteceu?— Perguntou Harry.
— Mione — Respondeu Hagrid.
— Que é que tem a Mione? — perguntou Rony.
— Ela está num estado de cortar o coração, é isso que tem. Veio me visitar muitas vezes desde o Natal. Se sente solitária. Primeiro vocês não estavam falando com ela por causa da Firebolt, agora vocês não estão falando por causa do gato...
— ... Que comeu Perebas! — Interpôs Rony, zangado.
— Porque o gato dela fez o que todos os gatos fazem — Eu falei zangada a ele — Ela já chorou muito, sabem. Está passando por um mau momento. Abocanhou mais do que pode mastigar, se querem saber, todo o trabalho que está tentando fazer. E ainda arranjou tempo para ajudar Hagrid no caso do Bicuço, vejam bem... Encontrou um material realmente bom para ele... Acho que ele terá uma boa chance agora...e vocês, apenas ficaram contando histórias sobre o me.. Black, além de você Rony, se lamentar toda hora sobre aquele rato velho!
— Você tem razão. Hagrid, nós devíamos ter ajudado também, desculpe... — Começou Harry, sem jeito.
— Não estou cobrando nada — Disse Hagrid, dispensando as desculpas. — Deus sabe que você teve muito com que se ocupar. Vi você praticando Quadribol todas as horas do dia e da noite, mas tenho que dizer uma coisa, pensei que vocês davam mais valor à amiga do que a vassouras e ratos. É só isso.
— Além disso, Mione ficou bem preocupada com você no dia da invasão. Mas vocês não falam com ela...— Respondi triste.
— Se ela ao menos se livrasse daquele gato, eu voltaria a falar com ela! — Disse Rony, zangado. — Mas ela continua do lado do Bichento. É um maníaco e ela não quer ouvir nem uma palavra contra ele!
— Ah, bem, as pessoas podem ser obtusas quando se trata de bichos de estimação — Disse Hagrid sabiamente. Então Bicuço cuspiu alguns ossos.

No resto da tarde, ficamos falando sobre quadribol. Até Hagrid me elogiou, que com a Firebolt, a Sonserina não teria chance. As nove da noite, Hagrid nos acompanhou até o castelo e lá no salão comunal, tinha um aglomerado de pessoas.
— Hogsmeade no próximo fim de semana! — disse Rony, se esticando por cima da cabeça dos colegas para ler o aviso. — Que é que você acha? — acrescentou em voz baixa quando fomos nos sentar.
— Bem, Filch não mexeu na passagem para a Dedosdemel... — ponderou Harry, ainda mais baixo.
— Harry! — disse Hermione bem no ouvido direito do garoto. Harry se assustou, o que foi hilário, se virou e viu a morena, que estava sentada à mesa logo atrás deles e abrira uma brecha na parede de livros que a escondia. Eu nem tinha percebido.
— Harry se você for a Hogsmead outra vez... Vou contar à Profa. McGonagall sobre aquele mapa! — ameaçou ela.
— Vocês estão ouvindo alguém falar, gente? — rosnou Rony, sem olhar para Hermione.
— Para Rony, mas Mione, não tenho certeza se Black vai estar lá...— Mas o futuro casal me ignorou. Então fui falar com os gêmeos.
— Oi galera ruiva, está tudo bem?
— Sim, Aly, precisamos da sua ajuda, sabe, tem um menino muito chato do nosso ano da Sonserina...— Jorge começou a falar e eu interrompi.
— É pegadinha?— Eu perguntei e eles assentiram.— Claro, vamos agora!
Saímos do salão comunal e fomos para as masmorras. Então vi um garoto de cabelos muito escuros (ele é até que boni... oque?! Para de pensar assim pela sua vítima) conversando com um garoto de pele negra.
— Aquele ali, perto do Zabini.— Sussurrou Fred.
— Ok, o que tenho que fazer?
— Apenas pegue essa bomba de bosta e jogue.— Então peguei a bomba que estava na mão de Jorge e joguei no garoto. Houve um estrondo e como eu estava brizando, não corri junto à Fred e Jorge e quando fui olhar na direção que eles corriam, senti alguém me tocando.
— Cara, eu apenas estava passando, então ouvi um barulho e vim para cá...— Fui tentar me defender e então, ouvi uma fraca risada e olhei em lin... quer dizer, olhos pretos normais...
— Tudo bem, mas vou lhe dar um aviso grifinoriana,, você não sabe mentir. Prazer, Zayn White.— Que garoto fof... quer dizer, gentil. Olha o sobrenome dele, somos perfeitos um para o ou... por que eu estou falando isso?!
— O-olá, meu nome é Alya Back! Não, Black! Não “Back in Black” do AC/DC...— Falei meio tímida, mas porque eu estou assim?
— Nunca ouvi falar dessa musica, talvez algum dia eu ouça, mas um prazer, tenho que voltar. Não se esqueça, dessa vez passa, já não sei a próxima!
— T-tchau...— Então sai de lá e fui para o meu salão comunal. O que está acontecendo comigo, eu não sou assim na frente de garotos, principalmente sonserinos... melhor eu dormir, eu já estou meio louca...

No sábado de manhã, fui para a vila com Mione, e como sempre, apenas vou fazer as minha compras. Saímos da carruagem e me despedi da garota fui na Zonko’s.
— Alya Black!— Ouvi alguém gritar. Acho que foi o Fred.
— Oi Fred! O que aconteceu?— Perguntei a um dos meus ruivos favoritos.
— Você está bem, eu percebi que você não correu conosco, algum sonserino, ou pior, o Snape fez algo em você?— Ele perguntou brincando.
— Não, um garoto me ajudou a escapar...— Contei.
— O que?! Que garoto?— Ele perguntou bem curioso.
— Ele se chama Zayn White...— Respondi meio que suspirando. Essa não!
— O QUE?! Ele não, ele é o maior pegador da Sonserina, ele provavelmente quer “ficar” com você...— Ele exclamou irritado. Estranho.
— Deixa Fred, ele apenas foi gentil comigo, eu não estou namorando ele!— Respondi sem paciência.
— Mas ele vai tentar...— Ele murmurou. Então ele saiu. Foi totalmente estranho...

Continuei as minha compras e quando terminei, peguei uma carruagem para o castelo novamente. A paisagem de Hogwarts foi e quase sempre será a mais bela. Quando ela parou, eu desci e fui deixar as minhas compras no dormitório. Hoje é o dia que o Lupin pega o mapa. O jornal! Peguei o jornal da família Weasley e comecei a escrever o que o meu pai tinha falado em tinta invisível. Então quando terminei, guardei e fui para os jardins. Sempre fico perto do lago da Lula gigante, observando os pássaros, conversando com os meus amigos ou pensando na minha vida: será que vou conseguir salvar todos, bem, provavelmente não, mas tentar não custa nada, eu preferia morrer do que abandonar os meus amigos; ou como a minha vida mudou após ter entrado no meu mundo, o mundo de J.K. Rowling, minha série de livros e filmes favoritas, descobrir sobre os meus pais, poder fazer tudo o que eu sempre quis fazer. Sim, até hoje eu me belisco me perguntando se isso não é um sonho. Mas fui logo tirada de meus devaneios e olhei em brilhantes olhos negros, muito belos, como o céu numa noite sem nuvens.
— Oi novamente! Por que não está em Hogsmead, com seus amigos?
— Oi...— Se concentre Aly, você nunca foi e nunca será aquele tipo de garota “Parkinson”— Bom, eu decidi ficar aqui um tempo para eu poder fazer umas perguntas existenciais...
— Como assim?
— Me desculpe, é algo pessoal, mas é você, por que não está com seus amigos?
— É que não tenho tantos amigos como você, prefiro ficar sozinho e fazer perguntas que suponho serem parecidas com as suas.
— Tenho certeza absoluta que não podem ser parecidas com as minhas, pois nem a minha melhor amiga sabe.— Falei e pensei um pouco.
— Hermione Granger?
— Sim... como você sabe?— perguntei surpresa.
— Acho que sou muito observador, mas continuando, você é bem legal, para uma grifinoriana, eu sou muito curioso, então se nós formos amigos, eu preciso de mais informações.
— Você quer ser meu amigo? Tipo, você é um sonserino, mesmo que você seja legal e um pouco boni...— Jura que eu quase falei isso, Merlin?!
— Bonitinho, jura?— Ele riu um pouco e eu fiquei envergonhada— Não tem problema, já tive um caso que uma garota pulou em cima de mim tentando me beijar...— Ele falou como se lembrasse de uma coisa pavorosa.
— Deve ter sido hilário, quem foi?
— Foi Denise Salder, uma Corvina do quarto ano. Mas me conte sobre você, já teve um surto amoroso?
— Claro que já! É isso aconteceu ano passado. Um garoto um ano mais velho que eu e ele estava indo para uma aula e eu estava lendo um livro, então ele tirou da minha mão e o jogou para uma poça de água que tinha por perto. Então ele me paquerou e eu dei um fora épico nele. Depois disso, ele comprou um livro novo para mim e nuca mais ouvi falar desse garoto.
— Uau, você poderia contar essa história num livro.— Então ele olhou para o céu— acho que vai chover, vamos entrar!— Então fomos andando e conversando ainda mais. Percebi que ele era bem diferente de mim, mas ao mesmo tempo igual. Sim bem esquisito. Estávamos andando por Hogwarts e então vi um garoto magrela é bem atrás um professor carrancudo.
— Me desculpa Zay, tenho que falar com Harry, até mais!
— Tchau Aly, foi bom te conhecer, aqui está uma tulipa para você se lembrar de mim.— Então ele me entregou a flor, que logo em seguida senti o cheiro. Ele é a flor tinham o
mesmo, por isso ele disse para se lembrar.
— Tchau!— Então fui correndo até o garoto de cabelos bagunçados.
— Olá Harry, como foi o dia nesse grande cas...
— Potter e Black, venham comigo. Então descemos até a sala dele. E essa era horripilante.
— Sentem-se.— Nós nos sentamos nas cadeiras.
— O Sr. Malfoy acabou de vir me contar uma história estranha, Potter. Harry ficou calado.
— Ele me contou que estava na Casa dos Gritos quando deparou com Weasley, aparentemente sozinho.—
Mesmo assim não falamos nada.
— O Sr. Malfoy diz que estava parado, falando com Weasley, quando um pelotaço de lama o atingiu na nuca. Como é que você acha que isso aconteceu?— Nós tentamos parecer levemente surpresos, mas eu estava rindo muito internamente. Imagina a cara do loiro oxigenado.
— Não sei professor.— Ele respondeu.
— O Sr. Malfoy então viu uma extraordinária aparição. Você pode imaginar o que teria sido, Potter?
— Uma cobra?— Eu chutei. Mas o professor ficou mais seriedade ainda.
— Foi a sua cabeça, Potter. Flutuando no ar.
Fez-se um longo silêncio.
— Você não acha que ele está comendo muita flor de lótus? Levem-no para a madame Ponfrey!
Se anda vendo coisas como...— Entao ele me interrompeu.
— Que é que a sua cabeça estaria fazendo em Hogsmeade, Potter? —perguntou Snape suavemente. — A sua cabeça não tem permissão de ir a Hogsmeade. Nenhuma parte do seu corpo tem permissão de ir a Hogsmeade.— Queria tanto chingar aquele cara...
— Eu sei, professor — respondeu Harry— Como a Alya disse, parece que Malfoy está sofrendo alucina...
— Malfoy não está sofrendo alucinações, mas me diga, onde ficou durante o passeio?
— Na torre da Grifinória, como o senhor pediu.
— Alguém pode confirmar isso?
— Eu, já que quando cheguei, fui direto ao...- Fui interrompida e ignorada novamente.
— Então, todo mundo do Ministro da Magia para baixo, está tentando manter o famoso Harry Potter a salvo de Sirius Black. Mas o famoso Harry Potter faz as suas próprias leis. Que as pessoas comuns se preocupem com a sua segurança! O famoso Harry Potter vai aonde quer, sem medir as conseqüências.
— Mas professor...- Tentei continuar.
— É extraordinário como você se parece com o seu pai, Potter — disse Snape de repente, os olhos brilhando. Ele também era muitíssimo arrogante. Um pequeno talento no campo de Quadribol o fazia pensar que estava acima dos demais. Exibia-se pela escola com seus amigos e admiradores... A semelhança entre vocês dois é fantástica. E você também, Black, fazendo a mesma coisa que seu pai...
— Por que você não pensa no outro lado da família, tipo as nossa mães.— Falei curiosa. Pareceu que ele tinha travado.
— Por que a srtª não fica quieta.— Ele fala com rispidez.
— Meu pai não se exibia— meu amigo disse, tentando aliviar o clima— E eu também não.
— Seus pais também não ligavam para as regras — continuou Snape, parecendo já ter esquecido a minha fala— Regras foram feitas para meros mortais, não para vencedores da Taça de Quadribol. Era tão cheio de si...
— CALE A BOCA!— Eu e ele gritamos. E o garoto ao meu lado se levantou. Acho que ele estava tão bravo, e o professor apenas com os olhos arregalados.
— Que foi que vocês disseram a mim, Potter e Black?
— Disse para parar de falar de nossos pais! — berrou Harry. — Conheço a verdade, está bem? Ele salvou sua vida. Dumbledore me contou! O senhor nem estaria aqui se não fosse o meu pai!
— E o diretor lhe contou as circunstâncias em que seu pai salvou a minha vida? — sussurrou. — Ou será que considerou os detalhes demasiado indigestos para os ouvidos delicados do precioso Potter?— Nós ficamos quietos.— Eu detestaria que você saísse por aí com uma idéia falsa sobre seu pai, Potter — disse ele, com um sorriso horrível deformando-lhe o rosto. — Será que você andou imaginando um glorioso ato de heroísmo? Então me dê licença para corrigi-lo: o seu santo paizinho e seus amigos me pregaram uma peça muito divertida que teria provocado a minha morte se o seu pai não tivesse se acovardado no último instante. Não houve coragem alguma no que ele fez. Estava salvando a própria pele junto com a minha. Se a peça tivesse chegado ao fim, ele teria sido expulso de Hogwarts.— Ele estava me ignorando, típico...
— Todos sabemos que você também não é a melhor pessoa do mundo. Você é um ser humano.— Respondi calmamente, eu já sabia que ele falaria isso. Mas ele não ouve o que eu falo...
— Virem seus bolsos pelo avesso, Potter e Black! — disse ele, de súbito, e com rispidez. E nós ficamos imóveis.
— Vire seus bolsos pelo avesso ou vamos ver o diretor agora! Pelo avesso!— Então eu tirei a tulipa, alguns artigos da Zonko’s e o jornal. E Harry com o mapa e quase as mesmas coisas que eu tinha da Zonko’s. Então o professor pegou a sacola a minha tulipa.
— O que é isso?
— Um presente...— Ele pegou o jornal.
— E isso?
— Um jornal.— Falei como se fosse óbvio.
— Tão antigo, por que anda com ele?
— Eu queria ver a matéria da família de um dos meus melhores amigos, pode ser que eu encontre com um deles e comece a conversar.
— Hum...— Ele bufou e pegou a sacola do Harry.
— Como você conseguiu isso?
— Foi a Aly que me deu, professor.
— E o que isso?— Ele pegou o mapa.
— Um pedaço de pergaminho.— Ele Respondeu.
— Mas está está tão velho, por que.. não jogar-ló fora?— Ele levou a mão até a lareira.
— Não! — exclamou Harry depressa.
— Então — disse Snape com as narinas trêmulas. — Será que é mais um precioso presente da Srtª Black? — Ou será que é outra coisa? Uma carta, talvez, escrita com tinta invisível? Ou instruções para ir a Hogsmeade sem passar pelos dementadores?— Então Harry tremeu.
— Relaxa... o máximo que ele pode fazer é te mandar para McGonagall... Pensando bem, não relaxe.— Sussurrei tentando aliviar o clima.
— Vejamos, vejamos... — murmurou ele, puxando a varinha e alisando o mapa em cima da escrivaninha. — Revele o seu segredo! — disse, tocando o pergaminho com a varinha.
Nada aconteceu. Harry fechou as mãos para impedi-las de tremer.
— Mostre-se! — disse Snape, dando uma batida forte no mapa.
O mapa continuou em branco. Meu amigo ficou mais tranquilo.
— Severo Snape, professor desta escola, ordena que você revele a informação que está ocultando! — disse ele, batendo no mapa com a varinha. Como se uma mão invisível estivesse escrevendo, começaram a surgir palavras na superfície lisa do mapa. E elas são hilárias.

“O Sr. Aluado apresenta seus cumprimentos ao Profo. Snape e pede que ele não meta seu nariz anormalmente grande no que não é de sua conta”.

Snape ficou paralisado. Eu acho que não vou conseguir me segurar... Vai Aluado/Remus!

“O Sr. Pontas concorda com o Sr. Aluado e gostaria de acrescentar que o Profo. Snape é um safado mal acabado”.

Acho que vou tomar mais uma detenção, mas: vai Pontas/James!

“O Sr. Almofadinhas gostaria de deixar registrado o seu espanto deque um idiota desse calibre tenha chegado a professor”.

— Aí meu Deus!— Então o professor olhou para mim, furioso— Desculpa...
Mas para não perder o ritmo: vai Almofadinhas/pai!

“O Sr. Rabicho deseja ao Profo. Snape um bom dia e aconselha a esse seboso que lave os cabelos”.

O xingamento foi bom, mas: Uuuuuh Rabicho/traidor/rato!

— Então — disse Snape suavemente. — Veremos...
O professor foi até a lareira, agarrou um punhado de pó brilhante e atirou-o nas chamas.
— Lupin! — gritou Snape para o fogo. — Quero dar uma palavrinha com você!
E segundos depois, o Profo. Lupin saía da lareira, sacudindo as cinzas das roupas sujas.
— Você me chamou, Severo? — perguntou Lupin suavemente.
— Claro que chamei — retrucou Snape, o rosto contorcido de fúria ao voltar para sua escrivaninha. — Acabei de pedir a o Potter e a Black para esvaziarem os bolsos. Ele trazia isto com ele.
Snape apontou para o pergaminho, em que as palavras dos Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas ainda brilhavam. Uma expressão estranha e reservada apareceu no rosto de Lupin.
— E daí?
— E então? — insistiu Snape. — Este pergaminho obviamente está repleto de magia negra. Pelo visto isto é a sua especialidade, Lupin. Onde você acha que Potter arranjou uma coisa dessas?— Então Lupin nos olhos, significando para não interrompermos.
— Repleto de magia negra? — repetiu ele. — É isso mesmo que você acha, Severo? A mim parece apenas um mero pedaço de pergaminho que insulta quem olê. Infantil, mas com certeza nada perigoso. Imagino que Harry o tenha comprado numa loja de logros e brincadeiras...
— Verdade? — O professor de poções estava com uma carranca de dar dó (#SQN)... — Você acha que uma loja de logros e brincadeiras podia ter vendido a ele uma coisa dessas? Você não acha que é mais provável que ele o tenha obtido diretamente dos fabricantes?— Harry não entendeu, mas eu sim. E ele não adquiriu com os fabricantes.
— Você quer dizer, do Sr. Rabicho ou um dos outros? Vocês conhecem algum desses homens?— Eu queria falar sim, mas...
— Não.— Respondemos juntos rapidamente.
— Está vendo, Severo? — disse Lupin voltando-se para Snape. — A mim parece um produto da Zonko's. Alya, você sabe como ele consegui esse pergaminho?
— Claro, mas o Prof. Snape não me deixou falar. Eu tinha achado legal e resolvi dar de presente para o meu melhor amigo.— Eu não menti, apenas não contei todas as partes.
— Bem! — disse Lupin batendo palmas e olhando à sua volta animado. — Isso parece esclarecer tudo! Severo, vou devolver isto, posso? — Ele dobrou o mapa e o guardou nas vestes. — Harry e Alya, venham comigo, preciso dar uma palavra sobre a redação dos vampiros, você nos dá licença, Severo...— Então voltamos ao saguão principal. E o menino-que-sobreviveu tentou se explicar.
— Professor, eu...
— Não quero ouvir explicações — disse Lupin aborrecido.
Ele espiou o saguão vazio e baixou a voz.
— Por acaso eu sei que este mapa foi confiscado pelo Sr. Filch há muitos anos. É, eu sei que é um mapa — disse ele a nós e Harry ficou surpreso (e eu não, pois já sabia disso). — Não quero saber como você o obteve. Estou abismado, no entanto, que não o tenha entregado a alguém responsável. Especialmente depois do que aconteceu na última vez em que um aluno deixou uma informação sobre o castelo largada por aí. E não posso deixar vocês ficarem com o mapa.
— Por que Snape achou que eu tinha obtido o mapa dos fabricantes? E a Aly não mentiu, ela que me entregou.
— Ei! Não fale assim de mim, até parece que eu pego tudo o que eu vejo de legal...
— Não tem problema Aly. Continuando por que... — Lupin começou a responder à pergunta do garoto—, porque a intenção desses fabricantes de mapas era atraí-lo para fora da escola. Teriam achado isso muitíssimo divertido.
— O senhor os conhece? — perguntou Harry impressionado.
— Já nos encontramos — disse o professor com rispidez.
Olhava para Harry mais sério do que jamais olhara.
— Não espere que lhe dê cobertura outra vez, Harry. Não posso fazer você levar Sirius Black a sério. Mas eu teria pensado que o que você ouve quando os dementadores se aproximam teria produzido algum efeito em você. Os seus pais deram a vida para mantê-lo vivo, Harry. É uma retribuição indigente, trocar o sacrifício deles por uma saca de truques mágicos. Agora, Harry, você pode ir. Por favor Aly, fique aqui um pouco.— Então o garoto subiu a uma escada de mármore. Quando ele se foi, Lupin falou.
— Como você deu essa mapa a Harry?
— Bom, eu vou resumir essa história em uma conta matemática: Alya Black + gaveta escrito “Confiscado e muito perigoso” = pegar imprestado e não devolver, professor Aluado!— Quando terminei, ele ficou muito (muito mesmo) surpreso.
— C-como v-você sabe?
— Bom, está meio óbvio...
— Ok, mais alguém sabe?
— Não.— E peguei o jornal da minha bolsa— Bom, uma pessoa me pediu para te entregar isso.— Entreguei o jornal e quando ele estava prestes a falar continuei— Não é apenas um jornal. Use luz negra para ler.— Então fui embora. E esbarrei em Mione e os meninos.
— Aly, Hagrid perdeu, Bicuço será executado.— Ela falou muito séria.


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