Minha Vida não é Nada sem Você escrita por Letícia Silveira


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oiii, amoras!
Bem, desculpas é pouco para o meu arrependimento.
Havia prometido postar no dia 10, mas à meia noite do dia 11 ainda vale. kkkk
Espero que gostem do capítulo.
O rumo da fic ficará oculto por enquanto! :)
Vou matá-las de ansiedade! kkkk
E, só para avisar, a fic terminará antes das férias de julho.
Beijoos ♥
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AMORAS QUE COMENTARAM NO ÚLTIMO CAPÍTULO (vou responder aos poucos devido ao tempo. Espero fazê-lo até amanhã, OK?):
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# Nath-Garcia (desculpa te decepcionar com o atraso :/)
# ViviGennari (que bom que está gostado :DDD)
# JehFonti (calma! ainda vou explicar tudo ;))
# Freitas (digamos que o próximo cap esclaresce mais as suas dúvidas...)
# Lautner (A-M-E-I o seu review, mas fiquei muito triste por não poder cumprir com a minha palavra. Te decepcionei? Bem, pensa com carinho depois desse cap...)
# Amando (desculpa aumentar a sua ansiedade com a demora :S)
# Rafaela Raia (sem comentários depois daquele review! Tu sabe que eu te amo, né??? *-*)
# Zoey_Cullen (nossa, SEJA BEM VINDA! Tanto à fic, quanto ao Nyah. Que bom que gostou tanto que criou uma conta. Minha felicidade está transbordando assim como os meus olhos -Q)
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Oito comentários para mais de 70 leitores. Vocês podem aumentar esse primeiro número, né? HONREM OS SEUS NOMES ")



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CAPÍTULO 24


O silêncio na sala dos Cullen deu-se imediatamente. Não eram necessárias palavras para explicar o sentimento de aflição que todos sentiam. Nunca, afinal, veriam-se livres do clã Volturi?

Jasper já deixava a sua mente vagar em busca de novas estratégias para impressionar os italianos; porém Carlisle interrompeu a sua linha de pensamentos, dizendo:

– Por que será que eles estão vindo? Não consigo pensar em um motivo concreto...

Edward, que se concentrava nos devaneios dos demais, notou que não conseguia ler a mente de Renesmee nem de Isabella. Sabia que esta deveria estar imaginando o pior, todavia. Abraçou a mulher, querendo passar-lhe segurança de que tudo ficaria bem, por mais que não conseguisse confirmações de que isso ocorreria.

Enquanto encarava a sua família tomada pelo medo, uma culpa atingiu o peito de Renesmee. Jasper encarou-a surpreso, ao mesmo tempo que confuso. Ela logo percebeu a sua reação e tratou de pensar em Jacob - a dor poderia disfarçar os demais sentimentos.

– Os Volturis devem estar vindo para verificar as possíveis informações sobre Renesmee. Já devem saber, afinal, que ela não se encontra mais na Inglaterra, naquele bendito orfanato. - Concluiu Rosalie, arrancando olhares curiosos dos demais, que não entendiam de onde viera tanta sabedoria.

Emmett, em resposta, arrebatou um singelo beijo de sua boca ao vê-la falando tão inteligentemente. Era tão sexy vê-la irritada com a reação dos outros. Se pudesse, agarrá-la-ia ali mesmo e...

– Emm. - Edward interviu o decorrer dos seus devaneios.

– Alice, conseguiste ver mais alguma coisa? - Esme perguntou enquanto terminava de recolher a sujeira que a primeira fizera ao derrubar o vaso.

– Não, Esme. Apenas vi Aro decidindo vir, mas então pequenos trechos invadem a minha mente. Era como se eles mudassem a todo momento de decisão para conseguirem cegar-me. - Alice murmurou aborrecida. Queria ajudar em um momento tão importante como aquele, mas, sempre que precisavam, falhava. A culpa era tamanha que Jasper teve de aproximar-se para conseguir acalmá-la.

– Mas tens alguma ideia de quanto tempo demorarão para chegar? - Fora a vez de Edward perguntar por mais que pudesse ler a mente da Alice. Queria comunicar a todos o prazo máximo que os Volturis haviam dado.

– Duas semanas apenas... - O sussurro de Alice, por mais inaudível que fora propositavelmente soado, pôde ser escutado por Renesmee, que se arrepiou por inteira.

Teria de fugir de Forks, de longe de sua família, se quisesse que eles sobrevivessem. Não poderia deixá-los serem culpados por uma irresponsabilidade sua. Mesmo o filho não sendo seu, não conseguia pensar em abandonar aquela amada criança. Abandoná-lo era como deixar uma parte de seu coração junto a ele para definhar. Não poderia deixá-lo sem os cuidados necessários. Ele seria pequeno para sempre, não havia saída além de ajudá-lo. Sua necessidade de cuidar de alguém, de ser mãe, de se sentir responsável, de se extressar à toa, era demais até mesmo para ela.

Todos, naquele ambiente, perderam-se em pensamentos. Algumas horas passaram-se; e Edward decidira que a decisão de chamar Jacob, juntamente com o resto da Matilha, era indispensável. Sabia que não pensariam duas vezes antes de ajudar: todos já adoravam-na, além dela ser o objeto de imprinting de Jacob. Não comunicou a sua decisão à Renesmee, que já conversava com Nahuel sobre os possíveis motivos para ela não poder engravidar. Ele explicava pacientemente, mas um pouco abalado. Entendia como ela deveria estar sentindo-se, como ele fizera: a impotência era culposa. Saber que nunca poderiam oferecer um herdeiro aos seus parceiros era doloroso...

Enquanto Edward discava o número da residência dos Black, Alice perdeu o foco de sua visão, observando uma imagem formar-se em sua mente imediatamente.

O leitor de mentes deixou o celular sob o sofá, mesmo que ele continuasse tocando. Focou-se na visão de Alice, ficando tenso, onde uma conversa muito estranha acontecia entre Aro e Caius.

– Mas será que o nosso informante está certo, Aro? Não acho possível os Cullen terem nos desafiado de tal maneira! - Caius exclamava friamente, por mais que houvesse certa animação em sua voz. Apenas de pensar em vingar-se daquela "família" já era um motivo para sorrir.

– Realmente, meu irmão, acho que eles estão equivocados ao acharem que não interveremos. Aquela menina, Renesmee, está... - A voz de Aro foi desaparecendo aos poucos, assim como a visão de Alice.

Os outros, que se encontravam na sala, encaravam-se hesitantes, percebendo o quão palpável era a tensão no ar. Algo muito errado estava acontecendo, fora a conclusão de Carlisle.

Eles contaram o que presenciaram, o que apenas resultou no fortalecimento da tese de Rosalie, que sorriu triunfante.

Jacob, após atender o telefonema da casa dos Cullen, mas não obter uma resposta, correra até a residência. Poderia ter acontecido algo com a Renesmee e, depois de muito ter pensado, estava na hora de explicar-se para ela. Decidira que sentia apenas uma ligação com Roberta por ela estar relacionada diretamente com a sua vida humana, da qual ele sentia falta.

Quando ele era apaixonado - se possível usar esse termo, já que não sentia nem um terço do que sente por Renesmee -, cuidava vinte e quatro horas do "seu velho" Billy Black e ainda não tinha que lidar com a realidade de sua vida fantástica, tudo era mais simples. Incrível como as coisas poderiam mudar em questões de minutos, como fora com a sua transformação. Até encontrar Renesmee, sua vida humana parecera um paraíso, mas era tudo uma ilusão. Nada se comparava com a felicidade que sentia ao estar ao lado de sua amada.

Leah também fora importante para ele. Amparou-o quando estava frágil, depressivo, sem o único motivo que pensara fazer o seu coração bater. Porém o destino parecia sempre dar-lhe uma forçinha, pois fora capaz de fazê-lo resistir, com a ajuda da amiga loba, e viver até o reencontro com a sua amada. Era como se Leah fosse o anjo no qual Jacob apoiara-se, que o fez voltar a querer viver. Realmente, ele tinha dívidas com ela; talvez fosse esse o sentimento que o cercou quando descobriu sobre a gravidez dela.

Agora que a sua mente já havia resolvido-se sobre os seus sentimentos, não havia porquê a Renesmee esnobá-lo. Sabia que ela correspondia o seu amor com tal intensidade: era possível dizê-lo através dos seus beijos e toques que foram trocados na tentativa fracassada de tê-la para si.

Assim que chegou à mansão dos Cullen, transformou-se, vestindo o calção preso no seu tornozelo. Avistou a mansão e percebeu que algo não estava certo naquele lugar.

– O que aconteceu? - Perguntou ele, intercalando olhares entre Bella, Edward e Renesmee; suspirano ao vê-la bem.

Carlisle passou a explicar a situação através da hipótese de Rosalie. Suas palavras eram calmas e pausadas, escondendo-se em um semblante sereno. Internamente, porém, encontrava-se preocupado, hesitante e nervoso. Não sabia como pediria ajuda aos seus amigos mais uma vez, não sabia se isso bastaria... "Só sei que nada sei" nunca lhe parecera um dito tão sábio até aquele momento, no qual ele idolatrava Sócrates.

Jacob queria controlar a tremedeira que se apossava de seu corpo - em vão. O lobo dentro de si queria mostrar-se, correr horas a fio atrás daqueles vampiros italianos e destroçá-los. Quase podia sentir a espuma escapar-se de sua boca...

– Estamos dentro. As duas matilhas irão lutar. - A voz convicta do Alpha por direito deu a Carlisle um pouco de esperança.

Renesmee não podia - não conseguia mais - seguir com aquilo. Como poderia ser tão mesquinha a ponto de ver todos aqueles que amava arriscando-se por ela? Não conseguia mais fingir que estava tudo bem com aquilo tudo: era tão errado, tão... Monstruoso. Ela nunca honrara a sua origem mais do que naquele momento, pensara Ness. Ela estava tornando-se um verdadeiro monstro.

Jacob, ao vê-la deixar a casa pela porta de trás, seguiu-a. Pediu licença a Carlisle, que assentiu, e caminhou a passos largos até ela.

Assim que encontrou-a, já a alguns metros de distância da construção principal, agarrou-lhe o braço. Ela, mesmo sendo meia vampira, não previu a sua aproximação e assustou-se com o gesto. Com um solavanco, os seus corpos aproximaram-se; e ambos encararam-se. Jacob abraçou-a e beijá-la-ia antes dela virar o rosto, levando os lábios de Jacob de encontro ao seu cabelo.

– Desculpe, Ness. Desculpe por tudo. - Pediu ele antes de prosseguir: - Eu te amo, Ness. Sempre existiu e sempre existirá apenas você na minha vida. Sem você, eu não sou nada. A Roberta e a Leah me ajudaram muito em fases muito difíceis da minha vida. Por favor, me perdoa por ter duvidado alguma vez se eu te amava... - Disparou a falar sem retomar o fôlego.

– Shh.- Implorou ela, assoprando. Sua vontade de tê-lo em seus braços era tanta, que não se conteve. Pelo menos, não com ele tão próximo, pedindo-lhe desculpas e assumindo os seus erros (coisa que ela não fazia).

Puxou o rosto dele de encontro ao seu, aproximando as suas bocas famintas. Ela contornou-lhe o lábio com a língua; pedindo, em seguida, licença para adentrar em sua boca. Jacob cedeu-lhe imediatamente, pressionando os seus corpos através de um puxão na cintura de Renesmee. As mãos da mulher dirigiram-se aos cabelos negros do lobo; tentanto, inultimente, aproximar ainda mais os seus corpos em uma tentativa - ainda mais inútil - de fundir ambos os corpos.

Ávidas, as suas línguas batalhavam eroticamente. Havia desejo, arrependimento e perdão naquele beijo. Sim, ela havia pedoado-o; não havia perdoado-se, todavia.

Abruptamente, separou-se dele ofegante. Inicialmente, Jacob não entendeu o motivo para repentina desaproximação; porém pareceu compreender assim que Renesmee desabou em lágrimas.

Correu para abraçá-la enquanto ela sentava sobre o chão, abraçando os próprios joelhos, escondendo-se no meio deles. A culpa corroía-lhe, causando tanta aflição que chegava a doer-lhe o peito. A posição em que se encontrava ajudava-lhe a aplacá-la.

– Isso tudo é minha culpa. - Desabafou Renesmee, deixando as lágrimas fluírem livremente pelo seu rosto de giz.

– Ness, todos nós te amamos. Faríamos qualquer coisa para te proteger. É melhor te termos aqui, com aqueles sanguessugas nos visitando, do que se tu continuasses naquele orfanato. - Consolou Jacob, pensando que ela sentia-se culpada pelo motivo que Rosalie dissera.

Não, ele não sabia o motivo real. Não sabia que ela mantinha um bebê imortal consigo, gesto o qual que poderia matá-la assim como os seus entes mais queridos.

– Jake, você pode me deixar sozinha? - Pediu ela, limpando as lágrimas que lhe caíam pela face.

Ele não retrucou, sabia que ela tinha todo o direito de permanecer sozinha se assim quisesse-o. Seu coração implorava-lhe, porém, para não a abandonar. Abraçou-a por trás uma última vez, aconchegando-lhe no peito. Beijou o alto de sua testa ao curvar o seu pescoço e sussurrou:

– Só não esquece que quem realmente ama não abandona.

Renesmee não entendeu o porquê da frase; mas sentia como se fugir e escapar para longe para abrigar-se longe dos que amava não eram mais opções possíveis. Sentiu o calor de Jacob abandoná-la e, então, encontrava-se sozinha como vivera uma boa parte de sua vida.

– Ah, e Ness?! - Chamou Jacob, fazendo-a virar o rosto de encontro aonde ele estava. - Dessa vez, eu não deixarei eles te levarem junto. Eu prometo...

Matheus balançava nos braços ágeis e delicados de Renesmee. Ela sussurava-lhe uma canção de autoria própria enquanto apreciava os traços frágeis do bebê. Concluíra, após a descoberta da vinda dos Volturi na semana retrasada, que eles estavam atrás do pequeno ser que ela segurava firmemente, com medo de deixá-lo à mercê de tais acontecimentos.

Ela seria a culpada por um possível confronto entre a sua família e a máfia de vampiros italianas... Mais uma vez. Não conseguia acreditar no tão egoísta e fútil ela estava sendo. Quando vira alguém ser tão malvada com aqueles que lhe acolheram depois de tanto tempo? Encontrava-se perdida no mundo e fora acolhida pela aquela estranha família, que descobrira ser de seus parentes genuínos. Inicialmente, houve um choque de realidade; mas, com a mesma rapidez com que ele veio, sumiu. O abraço acolhedor de todos eles fora o suficiente para dar-lhe confiança que tudo ficaria bem.

Os Cullen reuniram, rapidamente, o Clã Denali e as Amazonas. Os demais estavam incapacitados de vir; ou, sequer, conseguiram realizar um contato. O ataque, para eles, eminente aproximava-se: Alice previra-o para daqui a dois dias. A alcateia encontrava-se disposta a dar a sua vida naquele campo de batalha por mais que Jacob e Renesmee não trocassem palavras há, exatamente, duas semanas.

Nahuel permanecera para ajudar como podia, por mais que não possuísse nenhum poder. Às vezes, ainda via-se ocupado com pesquisas paralelas com Carlisle sobre uma possível gravidez de Renesmee. Porém o doutor Caninos, como apelidara Jacob, via nenhuma possibilidade de gravidez. O útero da híbrida estaria congelado por não haver um ciclo de menstruação, o que muitas humanas almadiçoavam, mas que ela agradeceria aos céus por tê-lo. Tudo o que ela queria era alguém para cuidar, proteger, ensinar... Queria passar o aprendizado e o amor que se tornaram reprimidos naquele organato.

Enquanto isso, Jasper ensinava a todos golpes ágeis e rápidos contra vampiros habilidosos; confirmando que Bella progetê-los-ia dos dons dos sanguessugas italianos. Jane e Alec eram os mais temidos por todos; porém a ex-Swan sentia a ânsia, mais uma vez, possuí-la, louca para avançar naquela vampira loura que ameaçava a vida de sua bebê. Mesmo tendo passado-se anos, ela não conseguia aceitar que perdera toda a infância de Renesmee devido aos Volturis. Eles teriam de explicar-se sobre isso também.

Alice não aguentava mais a pressão que, em si, era imposta. Com os lobos na luta, não conseguia enxergar direito; entretanto, há todo momento, eram pedidas informações. Sua dor de cabeça só era amenizada com Seth, causando um certo incômodo a Jasper, o que arrancava diversas risadas dos Cullen e da Alcateia.

Repentinamente, a pequena fadinha parou de massagear as têmporas devido à dor de cabeça e encarou o vazio. Uma rápida e curta visão preencheu a sua mente e fora o suficiente para fazê-la arfar.

Edward, que estava entretido nas demonstrações de movimentos de Jasper, não prestara, inicialmente, atenção em Alice. Porém, um alvoroço causado por Rosalie e Esme, que se encontravam dentro de casa, chamou-lhe a atenção.

Correu como um vulto, adentrando na casa em seguida e acalmando a sua irmã Alice. Não havia nada a ser dito, portanto apenas afagou-lhe as costas com condelescência.

– O que você viu, Ally? - Perguntou seu irmão com aparência de dezessete anos. Afinal, ele não vira quando ela teve inicialmente o vislumbre.

– E-Eles prorrogaram... - Murmurou ela, fazendo um sorriso brotar nos rostos de Esme e Rosalie que ali encontravam-se.

Edward, contudo, ainda escutava o desespero em seus pensamentos turbulentos; fazendo-o perguntar novamente o que ela vira. Após não obter uma resposta concreta além de gaguejos, o vampiro de madeixas douradas implorou para ela repensar na visão.

As imagens que tanto assombravam-na voltaram, causando-lhes calafrios. Edward mudou a sua postura de preocupação para aflição. Não, não era possível.

– Eles estão chegando. - Sussurrou ele, fitando a janela para não ver as expressões de pânico de sua família (já bastava-lhe ler os seus pensamentos irracionais).

Rapidamente, Carlisle, que escutara do segundo andar a conversa, chamara o resto da Alcateia. Avisou aos visitantes que o prazo teria sido prorrogado, que a data de dois dias havia sido adiantada. Ninguém, porém, encontrava Renesmee; que havia dito que iria à Reserva. O que teria acontecido com ela? Teria sido capturada pelos Volturis novamente? Não, Edward negava-se a pensar em tal feito.

Jacob chegara afoito; não sabia, pois, se sobreviveria à luta e precisava de sentir a boca de Renesmee na sua, novamente. Assim que não a encontrou, saiu correndo porta a fora, deixando as duas matilhas por conta de Sam.

Sentia que o seu coração encontrá-la-ia, mas não foram precisos os seus dons sentimentais. Logo, avistou-a correndo de volta para casa com lágrimas nos olhos. Uivou, chamando-lhe a atenção. Renesmee fitou-o intensamente, porém desviou o olhar em seguida. Ela morria de vergonha de tudo o que fizera, não tinha coragem de encará-lo.

Adentrou em casa e observou a todos encarando-a. Odiava o olhar de compaixão de todos aqueles vampiros, além dos olhares especulativos dos transformos. Foi abraçada com ímpeto por Isabella, que lhe afagou os cabelos, sussurrando-lhe que ficaria tudo bem.

– Mãe, o que houve? - Perguntou após afastar-se de sua mãe e analisar a sua face.

– Edward. - Pediu Bella sem forças para falar, sentindo a sua face contorcer-se em um choro vampírico.

– Os Volturis chegarão em quinze minutos, Ness. Precisamos nós todos irmos, imediatamente, à clareira do primeiro confronto.

A jovem engoliu em seco. Não acreditava que todos arriscar-se-iam por causa dela. Nem se despedir dos seus amados, objetos de imprinting ou familiares, tinham tido tempo. Os vampiros não se importavam com essas coisas, o que a aliviava um pouco mais.

Edward leu a preocupação na mente de Renesmee, esboçando um pequeno sorriso torto e comparando-a à sua mulher. Realmente, elas eram idênticas!

– Não se preocupe, Nessie. - Ele disse, temeroso caso Bella fosse zangar-se pelo apelido, mas não o fez. - Todos que aqui se encontram, te amam a ponto de abandonarem as suas famílias. Se eles desistissem, teriam abandonado os seus amores por nada. É melhor eles sairem vitoriosos, não?

Renesmee correu em direção ao pai, abrançando-o fortemente. Sentiu-se tão reconfortada com suas palavras que o êxtase que a preencheu foi indescritível.

– Ótimo! Vamos derrotar uns traseiros! - Comemorou a híbrida, sendo seguida pelo seu tio Emmett.

Alice e Jasper deram-se as mãos antes de sairem porta afora. O conforto proporcionado um pelo outro, não pelo dom de Jasper, era inenarrável. Logo, ela não pensou que estaria arriscando a sua vida e a de seu companheiro para salvar a de sua querida sobrinha. Visualizou roupas e cartões de crédito, acalmando-se rapidamente. Nada melhor do que terapia, pensou a pequena fada que já corria delicadamente pela floresta.

Esme e Carlisle deram um último beijo, porém sem nuncar deixar o rosto sorridente ser tomado pelo preocupado. Eles haviam feito as escolhas certas, afinal. Se Carlisle não tivesse sido transformado, não teria conhecido Esme; nem, Edward e, consequentemente, a sua neta Renesmee. Não havia maior presente para ele do que a ver levantar todo dia saudável e trazer alegria para casa novamente. Mesmo que ele morresse naquela luta, nunca se arrependeria de tê-la feito, pois era uma prova concreta de que tudo aquilo existira.

Isabella e Edward Cullen, que nutriam um amor tão imenso quanto o Oceano (e infindável como tal), abraçavam-se temerosos. O vampiro com mais de cem anos conseguia sentir a tensão no corpo da amada apenas pela forma que ela movia-se. Já ela, estava totalmente alheia à percepção dele.

– Querida, Renesmee ficará mais preocupada com você estando desse jeito. Nada nos acontecerá. Não será uma luta, apenas uma troca de informações. - Alegou Edward sem saber o que o aguardava.

Rosalie bufou irritada, tendo presenciado todas as cenas de romance, mas visualizando o seu cônjugue correndo em direção ao horizonte.

– Foi abandonada, foi? - Ouviu a voz de Jacob pronunciar enquanto o mesmo adentrava apenas de shorts na sala.

– Cala a boca, cachorro. - Disse entredentes.

– Ui, está com raiva, é? Sabe, acho que você implica tanto comigo que está pegando as minhas doenças... - Murmurou, iniciando um pequeno trotar na direção da movimentação de todos.

– Aii, um dia, eu o mato!!! - Esbravejou a loura, puxando levemente (para não os estragar, é claro) os seus cabelos.

Todos já estavam posicionados na campina que parecia menor do que na última vez. Os lobos encontravam-se à esquerda e à direita, apenas com Jacob no centro, protegendo Renesmee. Ele não descumpriria a sua promessa, afinal.

Os rosnados alimentavam a expectativa de uma grande luta para alguns; entretanto, para outros (como no caso de alguns novos transformos), era um fardo enorme arriscar-se tanto por causa de uma híbrida. Jacob rugia perante a esses pensamentos, que não voltaram a repetir-se.

Os vampiros estavam no meio entre os lobos, com os Cullen no centro e com as Amazonas e o Clã Denali protegendo-os. A adrenalina no sangue de alguns era eletrizante enquanto, para outros (como Bella), inquietava-lhes.

Alice sibilou levemente, apertando a mão de seu marido com força. Sim, eles estavam aproximando-se vagorosamente com a mesma pose que adotaram há séculos atrás.

Assim como as folhas voavam ao encontro do Clã Volturi, os mantos negros esvoaçavam com vento outonal. Seus passos ritmados eram produzidos em uma formação já pensada. Renata encontrava-se ao lado de Aro Volturi, sendo o seu escudo inseparável. Caius e Marcus, cujas feições não mudavam nem para expressar emoções, encontravam-se logo atrás.

Porém os olhos da pequena Cullen concentraram-se na pessoa protegida por Renata, cujo andar era tão leve que parecia estar a flutuar. Seus olhos eram de um intenso vermelho vivo; mas, ao mesmo tempo, nublados e leitosos, sendo possível enxergar o próprio reflexo em tais orbes. Sua pele translúcida, tão clara quanto a casca de uma cebola, deixava-lhe como um aparente cidadão de Forks; o que causou um arrepio em Renesmee ao imaginá-lo morando lá.

Caius foi a vítima a qual Seth escolheu para decapitar. Ele não sabia por que; mas, por algum motivo, os seus longos cabelos brancos irritavam-no ao camuflarem-se na pele de mesmo tom.

Marcus, com a cara de entendiado que possuía, despertou a ira de Paul. Qual é? O mano não pode dar um sorrisinho maquiavélico para melhorar não?, pensou ele. Os cabelos negros e longos do vampiro, ao esvoaçarem no vento, lembrava Paul de um comercial de shampoo. E ainda por cima deve ser gay!, imaginou, descriminando-o.

A guarda Volturi aproximava-se vagarosamente; Jane estava prestes a atacar Isabella. Ah, e como elas queriam poder vingar-se! Jane, por não conseguir atacá-la; já Bella, pela vampira loura ter roubado a sua filha. Aro, porém, ergueu a mão; e, imediatamente, todos pararam de caminhar.

– Ora, ora. Que prazer encontrá-lo aqui, Carlisle, meu amigo... - Aro murmurou cordialmente, estudando as feições de tal pessoa.

Este esboçou um leve sorriso, dizendo com um leve tom de sarcasmo:

– Infelizmente, nos vemos apenas em situações como estas: com você tentanto destruir a minha família!

A face de Aro tornou-se, teatralmente, em pavor.

– Como pode pensar algo assim de mim? Vim apenas averiguar se as minhas informações sobre a sua neta estão certas. E, caso estejam, aí sim tomarei providências.

– Ness!!! - Sussurrou estupefato Edward; que lera, na mente de Aro, o porquê de sua vinda.

– É verdade então, Edward? - O matriarca dos Volturis perguntou. - Deixa-me vê-lo?

Renesmee encolheu-se, sabendo que teria de negar avidamente a todas as acusações caso quisesse que sua família salvasse-se. A culpa oprimia o seu pulmão, expulsando o ar que ali encontrava-se.

Aro, aproveitando-se da expressão de culpada na face da híbrida, pediu para que ela aproximasse-se.

Bella e Jacob rosnaram imediatamente, sendo seguidos por Rosalie e os demais Cullen... Com exceção de Edward, que observava a tudo com uma expressão severa.

– Deixe-a. - Ele murmurou, entredentes.

Não conseguia acreditar que a própria filha mentira para ele, capaz de ocultar o verdadeiro motivo de estar acontecendo aquele encontro com os Volturis. Se houvesse dito desde o início, daria um jeito de reverter a situação, todavia agora ela precisava de sentir a dor que seria causada por Jane. Ela iria apenas recolher as sementes que plantou e não cresceram.

Sua testa franzida despertava certa curiosidade em Bella, que libertou a sua mente e perguntou-lhe o que estava acontecendo.

– Veja. - Respondeu.

Renesmee caminhou lentamente até o vampiro milenário. Estendeu o seu braço com a mesma velocidade, sendo agarrado pelas mãos gélidas de Aro. Este deu um sorriso maquiavélico ao começar a ler todas lembranças da meia vampira. Viu sobre a sua volta, como saíra do orfanato e encontrara Nahuel em um golpe de sorte. O reencontro com os Cullens fora emocionante - ele tinha de admitir -, principalmente com o lobo que estava noivo. Interessante!, pensou Aro, A intensidade desse amor, como me alertara Caius, era opressiva. Poderia causar dor a um, que afetaria ambos! Impressionante!. Viu o quão abalada Renesmee havia ficado com a notícia e, no mesmo dia, encontrara o bebê que Aro havia... Ele parou de pensar no mesmo instante, iniciando outro pensando: o de raiva e confirmação por saber que Renesmee cuidava de uma criança imortal, que fora proibida há anos pelos Volturis.

– Percebo que, dessa vez, estávamos certo, caros irmãos. - Aro murmurou fitando Caius e Marcus. Soltou a mão gélida de Renesmee e fitou-a com asco.

Edward já estava ciente dos atos de Renesmee, portanto sabia que a guerra era iminente. Fitou Bella sentindo-a com raiva, mesmo sem poder ler os seus pensamentos. Mas não podia deixá-la sentir raiva da própria filha com o depoimento que escutaria. Não, ele não podia deixá-la fazê-lo.

Imediatamente, uma ideia um pouco absurda cruzou em sua mente; por mais que, mesmo assim, fosse machucar o coração de sua mulher. Porém ele nunca prometera ser perfeito, o que não lhe causaria uma decepção tão grande à Isabella quanto seria caso Renesmee fizesse-o.

Determinado e com aperto no coração, sem saber como aquilo acabaria, rumou um passo à frente, prestes a mudar o rumo daquele combate.








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Notas finais do capítulo

Well, eu não estava muito empolgada para escrever o cap. Os vestibulares (desde ENEM, PUCRS, ULBRA, UFSM, UFRGS...) tomaram o meu tempo até janeiro! Tive uma semana de descanso até a minha viagem com a família (minha avó completou noventa aninhos e fomos à Buenos Aires *-* TODA FAMÍLIA).
Enfim, só me virei para a fic agora, infelizmente. Eu tinha metade do cap escrito desde a última postagem, mas não saía o resto. Espero que tenham gostado, pois não fiquei muito feliz com a minha própria narrativa.
-
Entonces, REVIEWS? :s Recomendações, pelo jeito, NUNCA MAIS! Desde o capítulo 18, eu acho, não recebo mais... :/ Triste.
Beijos ♥
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ATENÇÃO:
Criei uma one-shot original: https://www.fanfiction.com.br/historia/197722/Austral
CONFIRAM??!! PLEASE!!!



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