Luisa Parkinson: A Companheira Fantástica escrita por Gizelle PG


Capítulo 15
O Protesto Honesto


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
FINALMENTE consegui postar essa semana!
Gente! Falando sério: faculdade não é brinquedo não kkkkk Minha nossa senhora das histórias em quadrinhos! Que semana tensa!
Mas o lado bom é que eu vou tirar notas boas e que vai dar tudo certo no fim.
E -principalmente -que eu consegui disponibilizar mais um capítulo hoje!

"Luisa e Melissa se envolveram com os protestantes do uniforme. Doidos e determinados, eles
tinham um objetivo a alcançar, mas com o passar das horas, vai se tornando cada vez mais difícil continuar seguindo com o plano. Será que eles vão obter sucesso?"



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—Vai! Vai! Vai! –Gritava Dillon energicamente. –Andem logo! Eles estão chegando perto...

—Nem precisa dizer duas vezes... –suspirou Ziggy, correndo mais do que suas pernas podiam aguentar.

A perseguição se seguiu por um corredor que tinha a música Shake Up –Taylor Swift, tocando nos alto-falantes. Infelizmente, a turma nem teve tempo de curti-la –Eles eram fugitivos agora. 

Então aconteceu. Seguindo seus instintos, deixaram os comunicadores de lado... Acharam que sozinhos saberiam se locomover pela escola. Infelizmente, estavam perigosamente enganados. Correram e deram de cara em um corredor sem saída. Dillon pareceu ficar estupefato, como se jurasse ter passado por ali anteriormente. Não entendia como conseguiu errar o caminho, mas não adiantaria nada ficar se perguntando –Os seguranças estavam quase ali. Eles precisavam correr, e agora. De ultima hora, escaparam daquele beco sem saída ainda em tempo, mas ficaram vagando sem rumo definido.

—Para onde vamos agora? –perguntou Luisa, quase perdendo o fôlego.

—Venham! –gritou Ned. –Eu sei que têm um duto de ar por aqui... Em algum desses corredores.

—Não dá para ser mais preciso? Em qual corredor exatamente? –insistiu Dillon nervoso.

Dillon investiu bruscamente em um caminho e esbarrou em uma menina de cabelos loiros e rosto de boneca que mexia em um armário guardando um caderno. Ela chiou quando seus corpos se chocaram.

Ai! Quem você pensa que é garoto? Vê se olha por onde anda! –esbravejou ela.

—Está certo, agora saia da frente moça e me deixe ir! –retrucou ele exasperado. Todos os outros já haviam ultrapassado Dillon e a garota, e se encaminhavam para a próxima esquina, rumo a um novo corredor. Luisa acenou-lhe ansiosamente apontando para o relógio, avisando que não teriam muito mais tempo para conversas. Ele assentiu. Tentou correr, mas a garota loira segurou-o pela gola da jaqueta de couro. Não havia escapatória. Ele fez sinal para que Luisa e os outros continuassem sem ele. Tentaria se livrar da garota loira e depois voltaria a se juntar aos companheiros –isso se já não fosse tarde demais.

—Ah... Por que você não me deixa ir embora? Eu preciso correr! Será tudo uma questão de tempo até que eles nos alcancem e...

—Eu não estou nem aí pra toda essa baboseira –interrompeu a garota, secamente. -Você ainda não me pediu desculpas, sabia?

—Eu... Mais o quê? –indagou ele. –Você é louca? Não vê que está me atrapalhando? Deixe-me ir!

—Você se faz de intimidador, mas na verdade é fraco –falou a garota. –Nem consegue se desvencilhar de uma garota como eu... Não é?

—O quê?

—Não me leve a mal, mas eu já conheci muitos tipos como você... –informou ela, torcendo-lhe a jaqueta nas mãos. –Acredite, eu costumava usar caras como você para fazer ciúme nas minhas amigas ou enlouquecer meus pais... Mas agora eu sou diferente.

—Certo, muito legal. Hã, bom pra você... –enrolou ele, olhando a movimentação por cima da cabeça dela. -Agora seja uma boa menina e me deixe ir.

—Hã-hã! Achou que ia ser tão fácil? Ainda não ouvi seu pedido de desculpas... E a propósito, não sei qual o seu nome.

Dillon começou a suar. Seu rosto empalideceu quando viu através de um vidro os seguranças se aproximando. Ele esticou o pescoço para ver melhor; Quando voltou-se para a garota, ela ainda falava algo sobre boas maneiras e, alguma coisa sobre como domesticara seu Poodle de estimação. Dillon agarrou-a pelo braço e sem pensar, arrastou-a consigo corredor afora. Ela foi protestando. Eles pararam dois corredores depois do ultimo. A moça se debatia, então ele a soltou e ela massageou os pulsos, contrariada.

—O que pensa que está fazendo? Agora deu para seqüestrar meninas indefesas, é?

—Ah... Eu não diria isso. Não acho que você seja do tipo “indefesa”. –disse Dillon colado na parede, tentando ver alguma coisa através de uma vidraça cheia de troféus na parede oposta. A garota riu, concordando.

—Boa resposta.

—É, às vezes eu acerto –afirmou ele, sem olhá-la nos olhos, enquanto se espichava procurando os seguranças à distancia. –Como você se chama?

—E isso importa?

—Bem, estamos no meio de uma perseguição. Será que fará grande diferença se eu tentar chamá-la, para que salve sua vida, e não souber como fazê-lo?

—Summer. Summer Landsdown.

—Prazer em conhecê-la, Summer Landsdown. –sorriu ele por um instante.

—De quem exatamente você está fugindo?

—Dos seguranças. Todos eles, para ser exato.

—O quê? Mas o que você pode ter feito para acabar em uma confusão tão grande assim?

—Acredite, você nem faz idéia... Também não vou tentar explicar –disse ele cauteloso. Não irira por em risco o plano todo do “Protesto Honesto”. –É... Complicado.

—E como você se chama?

—Hã... Dillon. –ele achou ter visto uma sombra suspeita de um guarda. –Abaixa!

—Mais o que foi agora?

—Ah. Nada. Alarme falso.

—Então Dillon, não tem sobrenome?

—Ainda não está satisfeita? Eu já lhe disse meu nome mulher, será que preciso dar toda a minha ficha técnica também?

—Bom, se me der seu telefone, já será um bom começo -provocou ela. Ele deu-lhe uma boa olhada, como se a avaliasse por um só instante. Ela sorriu direcionando-lhe um Tchauzinho.

—Você não me parece o tipo de garota que anda com gente como eu. –refletiu ele. –Por que não procura suas colegas patricinhas?

—Ah! Como você ousa?! Eu não sou desse jeito. Não sou mais. Essa era a velha Summer! A nova Summer fica na companhia de quem bem entender, ouviu?

—Bem, você ainda me parece uma patricinha mimada. –falou. –Sem querer ofender, é claro. –disse ele, querendo afirmar o contrário.

—E você é um grosso!

—Obrigado. Agora, será que dá para ficar quieta?

Ele puxou-a para perto. Ela queria protestar, mas nessa hora algumas pessoas de uniforme azul vinham passando. Poderiam ser seguranças? Essa seria sempre uma opção, então eles se encolheram. Dillon abraçou-a com força. Ela não resistiu ao abraço, depois que esse foi dado. Seis homens da limpeza passaram por eles –um deles, o zelador Gordy, lanço-lhes um sorrisinho e uma piscadela que queria dizer com todas as letras “a barra está limpa”.

Dillon assentiu e correu para o lado oposto ao dos funcionários. Ele e Summer pegaram de volta o caminho por onde tinham vindo.

—Para onde você está me levando?

—Estou vendo que não há como me livrar de você, há? –perguntou ele ainda com alguma esperança.

—Não. –garantiu ela, certa da resposta. –Tarde demais para isso.

—Então venha comigo. Temos que... Bem. Só me siga, o.k?

—Está bem. Como quiser, senhor “diga não aos bons modos”.

—Você é engraçada. Ziggy vai gostar de você. Vocês fariam uma boa dupla cômica...

—Ziggy? Quem é esse?

—É um amigo meu. Bem diferente daqueles caras—ele apontou para um bando de seguranças que corriam em sua direção. –Summer, se importa de descer do salto auto e correr um pouco?

—Ah! E lá vem você de novo com essas piadinhas sobre patricinhas. Olha só Dillon, normalmente eu sou muito paciente, mas você está conseguindo me deixar...

—Summer. Olha só: Corra mais e fale menos, está bem? Vai!!!

Eles fugiram. Os guardas avistaram-nos e a perseguição começou. Durante um bom tempo eles estiveram correndo juntos, com o mesmo pique, mas ouve um momento em que Dillon deu uma derrapada em uma das esquinas e Summer surpresa, escorregou. Dillon voltou para ajudá-la, quase que não houve tempo. Summer chegou a pedir para que Dillon a deixasse ficar para trás, mas ele voltou por ela. Ambos correram agora de mãos dadas até que chegaram em um corredor com uma entrada de duto de ar escancarada.

—Está certo Summer. Aqui é o fim da linha.

—O quê? E como vamos escapar?

—Eu vou entrar no duto de ar, você... Você não tem nada a ver com isso. Siga o seu próprio caminho que eles não vão nem perceber... Boa sorte Summer Landsdown.

Vasculhem a área! Eles não podem ter ido longe!—gritou um segurança.

Dillon entrou no duto de ar, então pediu uma ultima coisa a Summer:

—Feche a tampa do duto de ar.  –a garota cruzou os braços.

—Não.

—Summer, faz o que eu tô mandando!

—Como é que se diz?

—Ah! Você é terrível, sabia? –ele bufou, então murmurou sem vontade nenhuma: -“Feche a tampa do duto de ar, Por Favor”.

—Agora sim –sorriu ela. Mas ao invés de somente fechar o duto, Summer entrou neste também, junto dele. Dillon olhou-a indignado. Ela fechou a passagem e, assim que os seguranças chegaram, já não havia sinal algum de que eles estiveram ali. Por um momento, um dos homens aproximou-se do duto de ar e Dillon foi obrigado a tapar a boca de Summer, pois esta estava respirando muito forte, e isso poderia acabar entregando sua posição. A garota não gostou nem um pouco, mas o rapaz colocou o dedo indicador sob seus próprios lábios, fazendo sinal para que ela permanecesse em silencio. Poucos segundos depois, os seguranças deram meia volta e Dillon liberou Summer. Fez menção de dispensá-la para fora da passagem, mas ela protestou pondo as mãos na cintura.

—Mais nem pense nisso!

—Você é uma cabeça dura! –reclamou ele. –Odeio gente teimosa...

—E eu odeio Bad Boys... viu? –retrucou ela, um sorrisinho nos lábios. –É bom você saber disso.

—Tanto faz –ele passou a mão no rosto, cansado. Então começou a engatinhar pelo túnel, deixando-a para trás. –Você vem ou vai ficar só olhando?

Summer demorou um pouco para responder.

No momento estou só olhando. –disse ela, contemplando sua retaguarda.

—Pare de fazer isso!

—O quê? –sorriu ela pretensiosa.

—Você sabe muito bem “o quê”. –falou ele, mas seu rosto não corou. Ele nem pareceu ligar de verdade para aquela situação constrangedora. Na real, o que preocupava-o verdadeiramente era o atraso no plano do protesto, que já deveria estar em fase de execução. –Mexa-se!

—Nossa, você sabe mesmo ser gentil com uma garota –disse ela irônica.

E assim eles seguiram pelo túnel, até chegar no covil dos protestantes.

Logo após Dillon ter saído do duto de ar, Ziggy veio abraçando-o como se pensasse que nunca mais o veria de novo. O bad boy olhou o amigo com um pouco de desprezo. Não o abraçou de volta. Estava se sentindo um pouco revoltado por conta de tudo o que acontecera.

—Cara, eu achei que a missão já era... Ainda bem que você voltou –falou Ziggy, agora mais tranqüilo.

—Hã... Ziggy? Pode me dar um pouquinho de espaço? Estou todo suado e você fica aí me abraçando... –claro que isso era só um pretexto que Dillon arrumou para manter o amigo longe, mas é certo que no amor e na guerra, vale tudo.

—Espera aí: E quem é essa? –perguntou Ziggy quando viu Summer saindo do túnel. Sua voz esganiçou-se tanto ao fazer a pergunta que até pareceu aquelas cenas típicas de novela, quando a mulher grita ao descobrir que o marido tem uma amante.

—Essa é aquela garota que eu encontrei pelo caminho.

—E como assim você a traz até aqui? Ela não é da turma...! –queixou-se Ziggy.

—E acha que eu não sei disso? –esbravejou Dillon, afundando-se na cadeira mais próxima. –Foi ela quem quis vir junto. Os seguranças estavam no nosso encalço... Então uma coisa levou a outra e... O que mais eu podia fazer?

Summer dirigiu a todos um sorrisinho amistoso enquanto o rapaz se explicava. Ziggy não pareceu simpatizar muito com ela. Ele cerrou os olhos e cruzou os braços como se houvesse sido contrariado.

—Então... Esse é o seu tal amigo engraçado? –perguntou ela à Dillon. –Ele não parece nem um pouco feliz com a minha presença.

—Não. Impressão sua. –mentiu Dillon. –Com o tempo vocês vão se entendendo...

—Ótimo! –gemeu Ziggy, chateado.

—Certo, parece que temos mais um na equipe –falou Daniel San. –Como se chama?

—Sou Summer Landsdown. Não é por acaso que estou aqui. Estava mesmo querendo encontrar algum responsável pelo protesto, mas não localizei a sala proposta no anuncio... Vi o numero 12 na sala do zelador, achei estranho. Pensei ser algum tipo de pegadinha para pegar calouros ou coisa do tipo.

—Aaaaaaaah! –gritou uma voz feminina. –Isso é terrível! Pasta de amendoim com geléia... Que horror!

—Carly, o que foi? –perguntou Ferris, vindo correndo dos fundos da sala; aparentemente nem tinha tomado conhecimento da volta de Dillon até aquele instante, porque ele hesitou ao encontrá-lo lá. –O que significa tudo isso?

 -Foi... Um desastre! –a garota chamada Carly surgiu de dentro do duto de ar, seguida por mais duas pessoas: um garoto de cabelos castanhos e uma loira. Carly era morena, usava um batom brilhoso que lhe caia muito bem. Vestia no lugar do uniforme, um incrível vestido púrpura brilhante com bojo, marcado na cintura por um cinto de fivela prateada que cintilava à luz, e bolero preto por cima. Era muito bonita, mas no momento parecia abatida; A outra garota tinha cabelos cacheados, usava sombra preta ao redor dos olhos e vestia, por cima do uniforme branco, uma blusa xadrez e bermuda preta. Parecia um tanto perturbada. Já o rapaz junto delas usava uma camisa laranja com uma pêra desenhada, calça jeans e carregava consigo uma câmera profissional; Ele parecia muito indignado também. Ficava repetindo: “Ah, cara! Mas que droga!” toda hora. Foi então que Ferris e os demais repararam o motivo pelo qual os três pareciam irritados. Tinham nos cabelos uma coisa bege, grudenta e pastosa que agora começava a escorre-lhes pelo rosto: Pasta de amendoim.

—O que aconteceu? Quem fez isso com vocês?

—Os terceiros anos... –choramingou Carly, enquanto Eddie ajudava-a a se sentar. –Foram aqueles malditos! Eles armaram uma pegadinha com agente...

Summer lançou um olhar significativo para Dillon, que dizia com todas as letras“Está vendo porque não confiei no aviso da diretoria sobre o protesto?”.

—Aqueles mal intencionados... Eles vão me pagar! –ameaçou a garota loira dando um soco na mesa. –Eu nem consegui acabar de comer meu sanduíche! Mas tinha que ser tudo idéia do Fred! “Por que não damos uma olhada na sala dos arquivos da instituição? Quem sabe o que mais podemos encontrar lá... informações, documentos antigos, isso ficaria um máximo no vídeo e... blá, blá, blá!” –disse a garota fazendo uma voz de falsete, como que imitando o jeito de falar do rapaz que as acompanhava.

—Sam! –protestou Fred.

Sam o quê? Você é um boboca, sabia? Como é que não desconfiou que aquela sala poderia estar escondendo uma armadilha? Você e suas idéias idiotas... –esbravejou a garota loira chamada Sam.

—E então porque você não disse nada “senhorita espertalhona?” –retrucou ele.

—Gente! Gente! –guinchou Daniel San, tentando colocar em ordem àquela bagunça de interesses particulares. –Não estamos aqui para brigar ou discutir. Devemos ficar unidos para poder protestar... Não podemos deixar que nossas emoções nos dominem, especialmente num momento de glória como esse! Estamos prestes a iniciar...

“Bleeeeeeeeeeeem!”—o sinal tocou.

—Droga! –brandiu Dillon. –Lá se foi o primeiro sinal...

—Primeiro? Este já é o segundo sinal!—rebateu Ferris, decepcionado. –Você está meia hora atrasado! Graças a você e sua falta de comprometimento, nós todos teremos que ir para a aula e deixar o restante do plano para depois... Satisfeito? –atacou.

—Eu não tive culpa! –rugiu Dillon. –Não pude ser mais rápido. –e olhou zangado para Summer que disfarçou o olhar, procurando refugio nos próprios pés.

—Você deveria se preocupar menos com garotas e se concentrar mais no seu dever! –bronqueou Ferris. –Fui claro?

Sim senhor. –disse Dillon de má vontade.

—O líder não vai gostar nada disso... –suspirou Ferris dando um tapa na própria testa. –Agora... Carly, Sam e Fred. Vejam se conseguem se limpar esse melado do corpo. Tirem essas roupas. Troquem-nas pelo uniforme de antes... Sem discussões!

Todos saíram rumo as suas respectivas salas de aula. Poderiam usar a mesma desculpa de não terem encontrado suas turmas correspondentes –isso era muito corriqueiro no primeiro dia de aula. Luisa e Melissa saíram um pouco decepcionadas com tudo isso; Esperavam que a idéia do protesto desse bons resultados, mas até onde puderam conferir, o plano todo estava mais com cara de esboço do que arte finalizada. 

—O que os três estavam tentando fazer com aquela câmera? –perguntou Luisa para Ned.

—Fred inscreveu-se para trabalhar no jornal da escola... Ele sempre diz: “Se quiser saber de tudo, fique por perto de quem sabe das coisas”.  E aqui, o lugar onde rolam mais informações é no clube jornalístico juvenil. Lá aparece todo o tipo de noticia, e de primeira mão! Tudo que a diretora pronuncia, que for de grande importância para os alunos, passa primeiro pelas mãos deles: passeios, eventos, emendas de feriados, tudo. Imagine só a responsabilidade. Mas o Fred dá conta... Claro que, se a Sam e a Carly permitirem.

—Eles são um grupo?

—É quase isso. Eles tem um Web show na Internet. Chama-se I Carly. Claro que não tem nada a ver com a escola, mas é muito divertido. Fred é quem grava todas as cenas. Carly e Sam são as estrelas principais, isso sem falar de quando eles chamam visitantes especiais para participarem... Pessoas famosas, amigos próximos e etc.

—Legal. –sorriu Luisa. –Mas a Sam é sempre assim, tão revoltada com o Fred, ou só estava de mau humor por causa da pasta de amendoim?

—Não. Na maior parte das vezes, ela age assim mesmo. –respondeu Ned.

—Essa Carly parece ser bem legal. Eles aceitaram assim de repente trabalhar com vocês?

—Não. Bem, nós já vínhamos mantendo contato com eles antes mesmo das aulas... Cook cuidou de tudo.

—Ah, sei. Entendi.

Eles foram até suas devidas salas e se despediram –com exceção de alguns que teriam aula com o mesmo professor. Passaram os três primeiros períodos de aulas dentro das salas. Luisa teve aula de português com uma tal de Senhorita Morello. Ela era bonita. Tinha cabelos pretos, os olhos eram cor de jabuticaba, ela usava um batom muito vermelho e um vestido bem colado ao corpo. Ela era legal, mas um tanto psicótica quanto a um aluno chamado Chris Rock. Chris era negro, e tinha olhos muito expressivos. A professora parecia ser uma velha conhecida dele, porque simplesmente citava-o todas as vezes que mencionava os negros nas passagens e marcos históricos como a escravidão, Romantismo, Realismo e outros movimentos. Ficou tão em cima dele a ponto de se tornar meio desagradável. Um garoto chamado Greg –branco, de cabelos castanhos e camisa posta para dentro da calça –parecia o único a se importar verdadeiramente com Chris. Eles trocavam idéias e piadas quando a professora não estava olhando, mas quando esta voltava a explicar, ambos se calavam. Não estavam falando sobre ela, mas Greg parecia sentir a necessidade de se portar corretamente na hora da aula, fazendo silencio na hora da explicação da stra. Morello. A segunda aula foi conturbada, pois o professor era o de Ciências/ Biologia. Seu nome era Sr. Seenew. Ele já tinha alguns cabelos grisalhos, usava óculos e um avental branco. Parecia devidamente maluco quando soltava uma gargalhada maligna ao encontrar um aluno que não estivesse prestando atenção em sua aula; Ned teve problemas com esta figura. A terceira foi feita pelo professor de história: Sr. Owen. Um perfeito lunático, para ser exato. Ele parecia devidamente normal, tinha cabelos claros, olhos azuis, barba aparada e marcas de expressão que o tornavam bastante carismático. Falava sempre com um estranho sotaque que parecia ter sido copiado de algum filme de Velho Oeste. Suas falas tinham estímulo e ênfase, de modo que os escritos do livro de história parecessem verdadeiros diálogos de um filme cinematográfico, da qual ele vibrava em interpretar os personagens em destaque. Até aquele segundo, tudo estava em um nível consideravelmente normal, mas no meio da explicação sobre os primeiros índios americanos, ele se empolgou um bocado –á ponto de ter colocado um chapéu de caubói na cabeça e sentar em cima da mesa com o livro aberto entre as pernas. Foi só aí que Luisa percebeu que ele estava usando botas de couro também. A aula seguiu até o sinal tocar, e os revolucionários descobriram que haveria uma quarta aula antes do lanche: Parecia que o Protesto Honesto teria que esperar mais um pouco...

A aula foi misturada, Meio Química, Meio Física. Tudo porque os professores de Física (sim, eram dois) trabalhavam sempre juntos de seus três assistentes de Química. Então eles fizeram um acordo de darem as aulas juntas, meio a meio. Os professores de Física chamavam-se Jamie Hyneman. e Adam Savage. enquanto seus três assistentes de Química eram Tory, Grant e Kery. Ou se assim preferirem chamar: Os Caçadores de Mitos. (e sim, o famoso boneco de testes “Buster”, continuou a ser usado como cobaia nas aulas). Os Professores eram bem legais, cada um tinha uma especialidade certa.

Jamie era careca, mas sempre tinha uma boina na cabeça. Usava óculos e dispunha de um grande e grosso bigode, que fazia-o ficar parecido com uma criatura marinha. Ele era o mais sério de todos. Tinha idéias brilhantes para projetos em sala de aula que envolviam pequenas explosões de escala diferentes: Desde de erupções de mine vulcões até explosões com enormes nuvens de fumaça que faziam o laboratório todo ser quase carbonizado.

Adam era loiro, usava um óculos de armação quadrada e era um tanto engraçado. Ele adorava propor projetos novos na qual nem ele mesmo sabia no que ia dar. Ele era louco por novos resultados, o que poderia ser um pouco arriscado, pois se acabasse misturando dois componentes nunca misturados antes, poderia gerar um incêndio no prédio escolar ou coisa do tipo, mas é claro que ele não faria nada que não achasse altamente seguro (pelo menos é o que todos os alunos esperavam).

Grant era japonês, gostava da área de robótica. Ele sabia como montar um joystick como ninguém. Tudo que era muito perigo para ser testado por uma pessoa era mecanicamente feito por ele, como por exemplo um braço robô usado para puxar uma alavanca que pegaria fogo ou coisa parecida. Tudo pelo bem estar dos alunos. Ele também era muito intelectual, era o professor mais nerd do pedaço.

Tory era alto e tinha cabelos cor de feno. Dispunha de uma pequena barbicha e tinha olhos claros. Ele sempre se acidentava por tudo e por nada. Qualquer coisa que fosse lhe proposto a fazer poderia se tornar um problema. Tropeço e acidente eram seus nomes do meio. Ele adorava bancar o engraçadinho, assim como Adam.

Já Kery era muito branca e ruiva. Prendia sempre os cabelos curtos em duas Marias-chiquinhas acima da cabeça. Ela amava explosões, assim como Jaime. Mas seu nível era outro. Ela gostava das cores e tamanhos diferentes que definiam os diversos tipos de explosões. Para ela, quanto mais destroços, melhor! (devemos admitir que Dillon gostou do jeito dela).

Ao fim desta ultima aula divertidíssima na qual o laboratório quase deu-se por explodido, o intervalo finalmente chegou. Antes tarde do que nunca! Ainda havia esperança para os protestantes de plantão.

A caminho do pátio principal, fora-lhes avisado que após o intervalo, não haveria as ultimas duas aulas. Isso por ordem da direção, que preparara um comitê de boas vindas para os estudantes. A escola mal sabia que no meio de uma festa não combinada, haveriam alunos insatisfeitos que fariam qualquer coisa por justiça. Ao juntarem-se todos os alunos do primeiro ano no pátio, o grêmio estudantil reuniu-se para dirigir-lhes bonitos dizeres de boas vindas, então a festa teve inicio. Puseram um Dj para mixar as músicas, e é claro que não poderia ser ninguém menos que Eddie.

Todos os protestantes ainda não haviam assumido suas posições, mas já sabiam o que fazer. Eddie encarregou suas duas melhores amigas –ainda não apresentadas aos demais –Raven Baxter e Chelsea Daniels, para arrombar a sala de teatro e separar alguns “modelitos divinos”, como costumava dizer Raven, e trazê-los para que os outros trocassem de roupa para chamar atenção e dar mais ênfase ao protesto. Dentro de alguns minutos, elas estariam iniciando o plano, que afinal de contas, era o seguinte: Raven e Chelsea pegariam as roupas/ fantasias e acionariam o comunicador feito por Cook especialmente para essa ocasião. O comunicador piloto (o receptor de avisos principal) estaria com Eddie, o Dj da festa que, ao receber o sinal, colocaria para tocar a musica *Satisfection –Benny Bennasi  que serviria de aviso para todos os protestantes que se dirigiriam disfarçadamente para o laboratório abandonado “sala de reunião provisória” e se trocariam lá. Depois, organizadamente, eles se dividiriam em grupos distintos e percorreriam a escola a fim de chegar ao pátio por direções diferentes. Por fim, só bastava protestar.

—Ned! Ei, Ned... –chamou Chris Rock. –Eu soube que haverá um discurso da Diretora Kyle no meio da festa; O líder está pensando em abordá-la com o protesto naquele momento.

—Ótimo –aprovou Ned. –Deixe Ferris ciente da nova situação... Agora só nos resta esperar Raven e Chelsea fazerem seu trabalho.

Chris assentiu e sumiu entre os outros alunos que se acabavam na pista de dança.

*    *     *

Em um lugar não muito longe dali, estavam duas garotas –uma era negra, com a parte superior do cabelo presa, e a camada de baixo solta; e a outra era ruiva, com cabelos soltos um pouco abaixo dos ombros. Ambas estavam muito bonitas, com roupas coloridas, brilhantes e bem espalhafatosas.

—O que você acha deste Chelsea? –perguntou a morena, erguendo com as mãos um vestido decotado dos anos 50.

—É Ray! Eles serão perfeitos para nossa grande noite... –aprovou a outra, sorridente. –Com quem nós vamos na festa? Algum gatinho específico?

—Gatinho? Festa? Chelsea! Mas do que é que você está falando? Nós não viemos aqui para procurar namorados, viemos aqui para achar modelitos legais, não se lembra do plano?

—Ah é, o plano... Que cabeça a minha... –riu a outra de um jeito forçado.

—Ô Chelsea –chamou Raven séria. –Você não se lembra mesmo do plano, não é?

—Ih, Ray... –começou ela rindo, mas logo seu rosto tomou uma expressão séria e confusa. –Não. Não faço nem idéia do que seja.

—Não se lembra do plano? Aquele sobre um protesto na pista de dança...?

—Aaaah! Esse plano! Eu pensei que fosse outro plano...

—Que outro plano? –indagou Raven confusa.

—Aquele que nós bolamos na segunda série sobre seqüestrar os nossos atores favoritos daquela novela e viajar pelo país em uma van.

—Ah... Não! –riu Raven. –Chelsea! Vê se esquece isso, está bem? E só pra te lembrar: não era uma van, era em uma limusine e não se tratava de atores de uma novela, eram cantores de uma banda!—explicou Raven, refrescando a memória da amiga.

—Hã... sério? Pensei que fosse o oposto. –disfarçou Chelsea. –Ah! Qual é Ray? Não mude de assunto... Você não disse que íamos descolar uns caras legais por aqui?

—É, mas não no primeiro dia de escola! –retorquiu Raven. –Isso requer muita sorte e estratégia. Bem, mas a noite é uma criança e você sabe como é... –disse ela, um sorriso torto tomando conta do rosto, os olhos brilhando de expectativa.  –E você sabe como são... às crianças.

—Eu não Ray. Eu não sei não... –retorquiu Chelsea, simpática. –Eu não tenho irmãos, não se lembra, bobinha? Como é que elas são?

—Ah, minha cara Chelsea... São completamente: Inesperadas!—falou ela empolgada. –Ah, mas não se preocupe... Se não arranjarmos alguém hoje não há problema. Temos um longo prazo pela frente... –então ela parou e pensou um instante. –Amanhã está bom pra você?

—Com certeza Ray!

—Então está marcado amiga... Agora vamos! Temos que pegar só mais um modelito e aí acabamos...

—Que tal esse aqui, hein? –Chelsea levantou uma calça boca de sino com uma regata brilhante.

—Meio brega... Está perfeito!

*    *    *

Enquanto isso, na festa todos estavam esperando o sinal. De fato haviam muitas pessoas que teriam recorrido há ajuda do Líder para se livrarem das vestes estipuladas, mas eles ainda precisavam que o plano corresse bem para darem continuidade neste.

—Acha que elas vão demorar muito? –Luisa perguntou à Ferris.

—Eu não sei –disse ele sincero. –Não estou gostando nada deste atraso... Até mandei Cameron  verificar as entradas...

—O quê? Não vai me dizer que Cameron está aqui? –arfou ela surpresa. –Ele era seu amigo desde...

—O jardim da infância? É ele mesmo. Só está um pouco mais velho, alguns pelos a mais nascendo pelo corpo... Vai por mim, você nem o reconheceria.

—Ele mudou tanto assim?

—Veja você mesma –Ferris indicou com o dedo um rapaz de cabelos curtos, muito alto, usando um moletom vermelho com rodas aladas estampadas nele. Cameron tinha os olhos azuis bem claros como o céu e fora por causa destes que Luisa conseguiu reconhecer o rapaz.

—Puxa, Cameron! Ei, Cameron...! –chamou ela.

—Desculpe. Acho que não nos conhecemos...

—Ah! Deixe disso! Sou eu! Luisa Parkinson G. Jackson... Vai dizer que não se lembra de mim?

—Oh! A pequena Luisa? –ele deu uma olhada geral nela. –Mas veja só... Como você cresceu! Ah, agora será a grande Luisa, não é mesmo? Ei! Como é que vai...?

—Eu agendaria o papo de vocês para mais tarde. No momento estamos ocupados –interferiu Ferris cortando todo aquele clima de reencontro.

—Ah... Ta certo. Ei garota! Não ligue para ele não... O cara fica uma pilha de nervos quando seus planos começam a desandar... –aconselhou-a, Cameron. -Você conhece o Ferris. Nada pode sair fora do combinado, senão...

—Ele pira. –sorriu Luisa. –Foi ótimo poder vê-lo de novo, Cameron.

—Idem.

—Nos vemos por aí?

—Claro.

—Agora! Estou ouvindo a batida combinada... Raven e Chelsea conseguiram! –comemorou Ferris. –Vamos... O Plano se inicia!

 E, ao som de *Satisfection, eles retiraram-se da passarela e seguiram para o lugar combinado. Claro que, quando todos chegaram lá, perceberam que havia ainda mais pessoas envolvidas no protesto do que anteriormente, mas felizmente, todos já sabiam do combinado. Estavam presentes lá, Julie, uma garota de cabelos castanhos escuro, olhos também castanhos, maquiagem básica e voz melodiosa; com ela veio Violleta, uma menina de cabelos loiros cacheados, muito meiga e bonita, a voz também muito afinada. Tomás foi o garoto que as acompanhava, ele tinha olhos azuis, cabelos castanhos, um sorriso encantador e trazia consigo um violão. Com eles um grupo de alunos músicos, dançarinos e cantores vieram se juntar aos demais, entre eles Cami (Camila), uma moça alta de cabelos compridos da cor castanho claro e de sorriso muito aberto. Fran (Franchesca), uma garota alta, bastante magra, com seus cabelos escuros presos em um rabo de cavalo, também tinha um bonito sorriso. Maxi, um garoto com cabelos escuros como os de Fran, curtos e mais baixo que as outras meninas, mas também muito mais solto que estas. Ele era um ótimo dançarino, usava um boné preto de aba amarela em sua cabeça, que combinava muito com seu tipo leviano, despreocupado de tudo.

Um garoto negro de cabelo Black Power, alto e proposto a fazer o que lhe fosse determinado, caminhou juntando-se aos demais. Seu nome era Willis Jackson. Ele parecia muito confiante consigo mesmo.

Dois irmão gêmeos chamados Pedro e Bianca também entraram na sala. O engraçado é que eles não pareciam ser gêmeos. Ele era branco, loiro, magro e alto. Ela era negra, cabelos enrolados, tamanho médio, também magra. Os dois só empatavam mesmo na magreza. Eles foram um caso a parte na sociedade, filhos de pai negro e mãe branca que deu a luz a duas crianças gêmeas, mas de cores e sexos diferentes. Vai entender...

Mais um outro garoto e uma garota, ambos negros, entraram na sala. O rapaz era alto, cabelo bem ralinho, usava o uniforme sem um desvio sequer, chegou a parecer que ele era um aluno qualquer que sem querer errou o caminho para o banheiro e foi parar ali –mas não passava de impressão. Além disso, ele usava um terço no pescoço, seu nome era Tony. Ele era namorado de Claire Kyle, a irmã do Líder, também filha da diretora; Ela era uma garota bonita, atraente, também negra, com seus cabelos enrolados e charme próprio. Claire não viera com ele; ela viria mais tarde, junto do irmão. A garota a quem Tony estava acompanhando era a namorada do Líder –alta, magra, de cabelos escorridos, seu nome era Vanessa Scott.

Uniram-se a eles também, um outro rapaz bem alto, moreno, corpulento, de rosto muito amigável, chamado Devon Carter, e D.J. Tanner, uma moça de estatura média, rosto delicado e cabelos loiros.

Sim! O Protesto estava ultrapassando as expectativas. Eles tinham mais apoiadores do que imaginavam!

Sem esquecer os já antes citados como Dillon, Ziggy, Summer, Luisa, Melissa, Ned, Moze, Cook, Daniel San, Ferris, Cameron, Chris Rock, Greg, Eddie, Raven, Chelsea, Carly, Sam e Fred.

E sem falar nas armas secretas: Os garotos Will Smith e Carlton Banks. Dois primos, que fariam de tudo para bagunçar o coreto ou puxar o saco dos professores—o que viesse em primeiro.

Will era alto, negro, tinha os cabelos curtos e até bigode, mas não era repetente. Mesmo dando essa impressão pela própria aparência desleixada, falta de juízo e um excelente dom para confusões, ele também era uma ótima figura para se ter como aliado.

Já Carlton era totalmente o oposto... Ele era baixinho, negro, também tinha bigode –só que, diferente do primo, tinham uma aparência mais bem cuidada –além de um corte de cabelo tão rente que este parecia deixá-lo de “cabeça quadrada”, como Will costumava dizer em momentos de zoeira. Ele, que sempre fora aqueles alunos exemplares, não queria aceitar fazer o protesto, mas com um pouco de motivação (Will lhe prometeu uma namorada), Carlton aceitou sua posição sem fazer reclamações. (Cara! Isso que é desespero...!)

Por fim, mas o mais importante: O Líder, Sr. Michael Richard Kyle Junior e sua irmã, Cleare Marie Kyle.

Junior, sempre mencionado como “o Líder” ainda não tinha sido visto por muitos dos alunos que se surpreenderam por este ser devidamente, comum. Ele não era alto tanto quanto Ferris ou Devon, era um tipo magricela, com um rosto bem descontraindo e sua cabeça parecia ter uma curvatura um pouquinho mais avantajada que a dos demais –claro que poderia ser apenas pelo fato dele ser quase careca, e por isso, a curva de trás da cabeça acabasse parecendo um pouquinho maior... Ou talvez ela fosse mesmo grande, mas o fato era que nem por isso eles deixaram de respeitá-lo; Não era todo garoto de quinze anos que conseguia organizar um protesto tão sigilosamente quanto ele.

Agora o protesto estava em processo de finalização. Não havia mais nada a fazer, a não ser se vestir, e “partir para o ataque”. Mas antes, o Líder Junior Kyle teve a honra de fazer um discurso:

—Caros contribuintes. É uma honra tê-los como meus companheiros. Quero certificá-los de que não haveria ninguém mais a quem eu apostaria toda a minha fé do que em vocês... Bem, e ao meu raper favorito, vocês sabem como é... Ele me inspira muito. –todos riram. –Bem, eu só queria dizer como estou orgulhoso de todos vocês. Agora vamos lá mostrar a todos esses indiotas dos terceiros anos, quem é que manda!!!

Todos aplaudiram aos gritos e puseram-se a se vestir altamente motivados.

—O senhor falou bonito! E eu tenho um comentário a fazer Sr. Líder... –anunciou Will. –O meu primo Carlton parece um anão de cabeça quadrada, não parece?

Todos riram do comentário.

—Will! –protestou Carlton indignado. –Assim você vai espantar todas as garotas!

—Ih! Foi mal cara, eu não resisti... –ele foi saindo de fininho. –Will Smith, o gostosão do pedaço se retirando para evitar conflitos íntimos agora mesmo... –falou ele em alto e bom som para que todos ouvissem.

—Bom pessoal, agora é com a gente! Vamos com tudo executar esse protesto. Já chega de só planejar, nós temos que agir! –agitou-os Junior. A turma toda aplaudiu com garra e afinco. –Obrigado, obrigado, mas não agradeçam somente a mim, agradeçam também a vocês mesmos que contribuíram e acreditaram na diferença que o Protesto Honesto poderia promover. Muito obrigado a todos pelo apoio.

A turma aplaudiu ainda mais.

—Agora vamos! Vocês sabem o que fazer! Vamos mostrar para eles, galera, do que nós somos capazes! Vamos!!! —Junior animou-os ao extremo. Ele trabalhou muito bem a parte de estímulo psicológico em cima de seus aliados. A primeira regra de um bom trabalho em equipe seria motivar a todos de modo a deixá-los felizes e ansiosos pela hora “H”, e Junior sabia disso (sua mãe começara com uma meta de estudar psicologia nas ultimas semanas e ele já havia escutado muito esse papo de “motivação”, sem fazer sentido algum, até que sua cabeça finalmente fez a conexão precisa e ele compreendeu o que aquilo tudo significava –afora a parte de enlouquecer a todos com seus diagnósticos sobre desequilíbrios psicológicos e acreditem, aquelas sessões de “ajudem a mamãe a estudar” eram terríveis, pois sua mãe, Jay, chegou a diagnosticar todo mundo na casa, inclusive sua irmãzinha Kedy, de sete anos, com: “síndrome de atenção excessiva, vontade de aparecer, necessidade de ser uma criança para sempre e grandes chances de virar psicótica quando crescer; levando finalmente a um precoce, suicídio”. Claro que aquilo não passava de um monte de besteiras, mas ele, suas irmãs e seu pai já estavam ficando cansados daqueles diagnósticos sem pé nem cabeça e Junior achou caber a ele a obrigação de mostrar à mãe nesta festa, como ela estava sendo ridícula sobre tudo isso, sem falar nos uniformes...

Após todos se vestirem, partiram rumo ao pátio, cheios de vontade de se provar e expectativa de vencer.

Ninguém provocou um único erro durante o percurso. Estava tudo dentro do combinado. Todo mundo ficou concentrado no plano, não havia como dar mancada. Por fim eles se dividiram. Cada grupo de mais ou menos seis pessoas seguiu por uma entrada diferente que levava ao pátio, e o plano criou vida.

No começo ninguém registrou a entrada de alguns poucos usando fantasias. Por um minuto, alguns acharam que o plano já era. Ninguém estava prestando atenção neles...  Luisa mesma acho que algo tinha dado errado, mas tudo mudou quando a música parou e um rap começou a tocar. De repente, sem aviso prévio, Will Smith surgiu subindo em cima de uma mesa. As luzes da pista de dança foram ao seu encontro. Ele começou a dançar; usava roupas muito coloridas, uma camiseta larga com todas as cores do arco-íres e uma causa jeans apertada. Ele se mexia de modo não coordenado, fazendo uma dança esquisita, dando cambalhotas, estrelinhas e requebrando-se todo no palco. Ao seu lado surgiram Cami e Fran que usavam dois vestidinhos delicados, com estampa de bolinhas, dos anos 50, meia calça e sapatilhas. Elas faziam movimentos sincronizados, dentro do compasso da música. Maxi entrou com suas roupas coloridas e boné logo depois. Devon (vestido de mágico) entrou carregando junto de julie (vestida de assistente de palco) uma caixa de tamanho grande. De repente, esta teve o lacre rasgado por Carlton, que entrou na pista imitando o Michael Jackson –vestido exatamente como ele no clipe Triller.

Carly, Sam e Fred entraram sapateando, usando cartola, gravata-borboleta preta e bengala. Ned entrou de Príncipe, Moze vestiu calça boca de sino, Cook fantasiou-se de robô, Daniel San de ninja, Dillon usou sua roupa habitual de Bad Boy, Summer colocou uma coroa prateada e um vestido vermelho lindo, curto na frente, na qual chegava até os joelhos e comprido atrás, onde o tecido se arrastava no chão. Ferris colocou um conjunto estilo Mascara, com chapéu emplumado amarelo, terno e calça da mesma cor, gravata vermelha, casaco seguro sob os ombros e sapatos escuros de bico, engraxados. Luisa vestiu-se de fada. Seu vestido azul era estampado em vários lugares com tulipas brancas e com muito brilho, Raven arranjou-lhe um par de asas, e fez também um coque em seu cabelo e emprestou a ela uma sombra azul e um batom vermelho muito bonito. Melissa arranjou um shorts preto e uma regata branca, cheia de miçangas brilhantes, colocou uma meia calça rendada, bota de laço e fez uma maquiagem muito intensa, dando muita ênfase aos olhos. Cameron manteve-se vestido com seu moletom habitual. Chris colocou uma fantasia de Dj, um macacão preto sinistro, óculos escuros, cheio de correntes espalhadas pelo pescoço, e uma boina vermelha que teria feito o professor Jaime comer a dele, de inveja. Greg, vestiu-se de Super-Man. Eddie manteve-se na cabine do Dj vestindo seu uniforme do time representante da escola, o que era proibido fora do horário de treino. D.J. Tanner vestiu-se de Alice no País das Maravilhas. Willis entrou de zumbi. Vanessa de enfermeira, Cleare colocou um top e uma saia curta jeans, Tony entrou vestido de Padre. Bianca entrou de roqueira, Pedro de conde Drácula. Por ultimo, entraram Junior com um macacão preto de raper e um boné brilhoso, acompanhado de Raven e Chelsea usando cada uma um roupão rosa por cima do corpo. Estas, ao chegarem no lugar estipulado, esperaram Junior parar e dar o sinal. Olharam por um momento as carinhas espantadas dos outros alunos –os que não haviam se juntado aos protestantes. Todos estavam com as expressões faciais entre espantados, impressionados e pasmos. Menos os terceiros anos, esses pareceram ficar inflamados com o sucesso de seus inferiores, os calouros. Por fim, Raven e Chelsea se entreolharam, Julie começou a cantar junto de Violleta. Falavam algo sobre estarem insatisfeitas e quererem deixar tudo rolar do seu próprio modo.

Raven olhou pelo canto dos olhos, viu Luisa e Melissa dançando. Viu Chris fazendo pose no uniforme de Dj. Viu Ned arrumando o chapéu de príncipe emplumado na cabeça. Viu Will se acabando de dançar com Cami e Fran. Viu Carlton deslizando com os sapatos como o Michael Jackson costumava fazer.Viu Summer desfilar como se as mesas fossem passarelas, viu Dillon quebrar uma guitarra...!

Junior viu a diretora entrando no pátio horrorizada. Piscou satisfeito para os demais companheiros e fez um aceno querendo adiantar tudo para o grande final. Quando mais nada parecia prestes a acontecer, Julie e Violleta uniram as vozes em uníssono para terminar a música, Will caiu de joelhos, Carlton parou segurando as dobras da jaqueta com a luva brilhante em só uma das mãos, Fran, Cami e Maxi deram cambalhotas e estrelinhas e pararam na pose em que viessem a ficar. O restante parou na pose em que se encontravam. Ferris por exemplo, parou com o chapéu nas mãos e assim ficou, como uma estátua. Então foram soltos dois “canudos surpresa” que como o nome já diz, ocultava dentro uma surpresa. Ao se estourar o lacre, bombardearam toda a platéia com purpurinas, confetes, e muitas fitas coloridas.

Ao ouvir o estouro Raven e Chelsea abriram os roupões. E aí outra surpresa. Suas roupas eram os uniformes escolares, mas estes estavam mudados, havia mais brilho e charme neles (idéia da Ray, é obvio. Ela sempre dizia que queria ser uma estilista, não perderia uma chance como esta de mostrar seu trabalho por nada no mundo). E estampado no cento de cada blusa, os dizeres “Diga não, ao Uniforme!”.

Em meio aos olhares espantados e também a alguns vários aplausos frenéticos dos alunos, via-se a diretora Jay, de braços cruzados, o rosto com uma expressão entre zangada e impressionada. Isso não os deteve, caras feias não fizeram nenhum deles recuarem.

—Está vendo a cara dela? –murmurou Melissa para Luisa pelo canto dos lábios, de modo que sua boca quase não se moveu. –Ela está uma pilha de nervos. Quem sabe ela nos faz o favor de se demitir ou de nos expulsar logo de uma vez...!

—Hã-Hã. Não conte com isso –retrucou Luisa, um sorriso forçado no rosto. –Acho que não teremos tanta sorte. Acho que ela está mais para “estrangular cada um de nós”, do que qualquer outra coisa.

Jay pareceu se controlar. Ela respirou profundamente e abriu caminho entre os demais estudantes até chegar à mesa/ palco improvisado. Ao chegar lá, fez sinal para que seu filho Junior se abaixa-se para que ela pudesse-lhe dizer algo.

—Junior, querido filho, pode me dizer o que significa isso? –disse, forçando um tom amável.

—Mais é claro mãe. Trata-se de um protesto. –disse ele com entusiasmo.

—Disso eu sei, eu me refiro ao fato de você estar nele. Filho! O que você pensa que está fazendo? –disse ela com incompreensão.

—Estou protestando com eles. –disse Junior simplista.

—E a troco de quê? –falou ela, a voz um pouquinho alterada agora.

—Todos queremos o mesmo. Eu não sou exceção. Queremos acabar com a política do uniforme, e sei que não somos os únicos descontentes!

—Junior, soletre exceção. –pediu Jay.

—E-x-ceção. –respondeu Junior.

—Viu filho! Vocês nem tem maturidade o bastante para saber soletrar uma palavra da maneira correta, imagine então fazer um protesto! Não acha que tem alguma coisa errada nisso tudo?

—Acho. Na verdade precisamos de professoras auxiliares nas aulas de Português, Inglês e Espanhol, sabe? As línguas são sempre mais difíceis...

—Não Junior! Não é nesse sentido que eu estou falando. Escute aqui a mamãe: Vocês não podem criar caso por causa de roupas!

—Podemos sim, e vamos. –retrucou Claire. –Puxa! Nós nem podemos expressar nossas opiniões adequadamente que alguém vem com essa besteira de “vocês não tem idade para se impor”, mas eu digo o contrário! Eu acho que não só temos direitos de nos queixar, como também obrigação. 

—Claire! Você também filha? Quando é que subiu aí em cima?

—Alô-o! Desde o começo! Você nem prestou atenção na gente! E nós aqui em cima bancando os idiotas na frente da escola toda... Como pudemos pensar que faria alguma diferença? Você nem liga para o que pensamos!

—Claire! Que é isso? É claro que eu ligo! –interferiu Jay. –Eu só acho que estão exagerando um pouquinho. Não teria sido melhor terem vindo à minha sala falar em off comigo sobre essas mudanças? Precisavam fazer todo esse estardalhaço?

—Precisávamos. Acredite ou não mãe, nós já tentamos isso antes e de nada valeu. –informou Junior. –Entenda mãe, nós não queremos prejudicá-la ou atrapalhar a festa. Nós só queremos justiça. Queremos ser ouvidos e não vamos desistir até alguém fazer alguma coisa...

—Valeu garoto! – comemorou Gordy, o zelador, por detrás da mesa, sem que ninguém o visse.

—O.k. Então está bem. –cedeu Jay. –O que vocês dois querem?

—Não se trata de apenas nós, mãe. Todas essas pessoas aqui em cima pensam igual.

Jay deu uma boa olhada em todos os rostinhos em cima do palco.

—Eu não estou acreditando... Você comprou a ajuda de todos eles com o quê, filho? Doces?

—Não. Eles querem o mesmo que nós. Eu disse mãe. Estamos em grande número! Todos sabem o que querem conseguir, todos sabem o que vieram fazer aqui, e todos estão insatisfeitos com os uniformes.

—Pode crer. –apoiou Ferris, nos fundos, com os demais. –Nem imagina como é horrível usar isso.

—Ninguém aqui está brincando... –falou Ned. –Não gostamos nada das mudanças!

—Só queremos nos certificar de que tudo tomará o rumo esperado... –completou Dillon.

—E tem mais –interveio Summer. –Eu fui “recrutada” de ultima hora. Não sabia muito sobre esse protesto, nem onde ou como seria realizado. Eu quase desisti de vir aqui porque não acreditei nisso no primeiro momento. Não botei fé nos protestantes. Achei que não passava de uma brincadeira para pegar os calouros.

—O que a propósito é algo muito feio de se fazer! –repreendeu Sam.

—Isso. –apoiou Fred.

—Muito feio. –intensificou Carly. Os três sabiam muito bem o que era passar por isso.

—E sobre essa falta de consideração e respeito com os calouros? –enfatizou Melissa. -Não estamos aqui somente para protestar sobre os uniformes, queremos também visar nessas brincadeiras de mau gosto dos demais alunos com os calouros!

—É –manifestou-se Luisa. -E é mesmo horrível saber que em um lugar tão bom como este, ainda tenham pessoas que gostem de ver a desgraça dos outros. Isso é inaceitável! Nós devíamos ser todos como uma grande família, afinal, nos veremos todos os dias e estudaremos juntos por três anos inteiros... Ah! Tenham dó...

—Exatamente –continuou Summer. –Eu sei que não estaria aqui se não tivesse tido uma oportunidade de melhor esclarecimento. -ela lançou um olhar rápido à Dillon. -Quando percebi que era tudo verdade, que o protesto era mesmo sério, não pensei duas vezes. Sei que teríamos muitos mais protestantes se todos tivessem tido a chance que tive.

—Quantos de vocês estão descontentes com essa mudança? –perguntou Will Smith.

Mais da metade da platéia (que era um bom tanto) levantou a mão.

—E quantos de vocês teriam vindo até aqui se tivessem sido mais bem informados? –falou Carlton.

Agora quase todos haviam levantado a mão, menos umas cinco pessoas dos terceiros anos que reviraram os olhos. No instante seguinte, toda a escola aplaudiu em vivas, todos queriam as mudanças, todos deram ouvidos para seus pensamentos: O que eles achavam dessa lei do uniforme? O que eles realmente achavam do Bulling com os calouros? Não costumavam revoltar-se com esse tipo de coisa, mas era porque não queriam, ou porque realmente nunca pensaram na possibilidade de conseguir fazer a diferença? Pensaram bem profundamente e perceberam que queriam poder fazer algo também! De repente, viram-se representados naqueles alunos fantasiados, que desafiavam as regras. Então, vendo-se com a oportunidade na frente de seus narizes, gritaram todos em uníssono: “Fora com os uniformes! Fora com o Bulling! Protesto Honesto, a força está com você!”.

Junior abriu os braços orgulhoso. Seus amigos também gritavam aqueles dizeres e batiam palmas com mais ênfase para puxar um coro geral da platéia. Em menos de segundos, a escola inteira gritava isso. A diretora Jay, vendo-se sem saída por ter perdido de lavada de todos os estudantes, sorriu e disse:

—Está bem, está bem. Vocês terão os uniformes banidos. –anunciou ela.

Todos explodiram eufóricos em vivas. Alguns se abraçaram, outros rasgaram as camisas e atiraram as gravatas no ar. Jay não parecia zangada, na verdade, ficou emocionada pela união de toda uma escola para defender seus direitos.

—Agora, sobre o Bulling, nós faremos o possível, mas cada um tem que fazer também a sua parte. Tem que ter a conscientização necessária e, bem... Acho que vocês já fizeram essa parte hoje... –ela lançou-lhes um sorriso amoroso. -Gente, eu estou muito feliz por vocês terem se unido para defender seus interesses. Espero que todos os meus alunos do Colégio Michael Richard Kyle reconheçam essa força e esse poder que é a união. E saibam que, se quiserem conquistar qualquer coisa, vocês primeiro devem sonhar. Depois, bem, acho que vocês já sabem... –ela fez uma pausa, estava com lágrimas nos olhos. –Vocês me emocionaram muito. Me sinto honrada por ter alunos aplicados como vocês... Acho que só me resta dizer: Sejam bem vindos e façam esse ano ser incrível, como vocês foram hoje!

As vivas e aplausos recomeçaram de forma incessante, com mais calor e força que antes. Jay pediu para o filho descer da mesa e o abraçou com afeto e orgulho.

—Estou tão orgulhosa de você, meu filho! Eu achei que só tinha vento nessa sua cabeça oca...

—Acredite que por um momento eu cheguei a pensar o mesmo –admitiu Junior abraçando a mãe. –Estou muito feliz por tudo que fizemos...

—E eu estou orgulhosa de todos vocês! Especialmente de você e sua irmã. Não acredito que fizeram isso tudo juntos...

—Obrigado mãe, significa muito pra nós. Bem, já que está de bom humor, será que podemos falar sobre a sua fascinação doentia sobre psicologia? Claire, Kedy, papai e eu achamos que isso tem que parar...

Garoto! É melhor você comemorar a vitória com seus amigos, antes que eu decida retificar minha decisão... –ameaçou Jay disfarçadamente abraçando o filho, rodeada por alunos comemorando sua vitória:

O Protesto Honesto foi mesmo um sucesso!


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?

Desculpe. Se alguma coisa ficou confusa, por favor me avisem! Fazia muito tempo que eu não relia esse capitulo e, como sou eu mesma que faço as correções, pode ter passado alguma coisa despercebida.

—Melissa com certeza se identificou com a Sam do I Carly -as duas são nervosinhas! kkkkk

*Uma coisa importante a ressaltar: eu AMO todas essas séries e filmes, e tive um trabalho bem cuidadoso na hora de descrever cada personagem. Espero que ninguém se chateie com a forma como eu descrevi os atores negros, porque, como escritora, é bastante desafiador escrever de uma forma que não vá ofender ninguém -o que jamais passou pela minha cabeça. De novo: eu AMO esse povo demais! Todas essas pessoas tem um espaço eterno no meu coração, e eu juro que a minha intenção foi boa ao escrever sobre eles.

—Se alguém quiser fazer alguma observação construtiva sobre isso, estou aberta a ouvir, porque tenho aula de antropologia cultural na faculdade, e até agora, não chegamos a uma conclusão de qual a melhor forma de nos referirmos as diferentes etnias, sem causar um certo mal estar.

*Se quiser também me dar um toque e dizer que tá tudo de boa nesse quesito, eu vou ficar bem feliz em saber.

Bom, esclarecimentos feitos, vamos prosseguir :)

Como prometido, tá aqui a lista de personagens com suas respectivas séries e filmes inclusos na fic (até o momento atual):

Manual de Sobrevivência Escolar do Ned -Ned Bigby / Jennifer Mozely / Simon Nelson Cookie / Gordy (o Zelador) / Sr. Seenew (prof. ciência / biologia)

Julie e os Fantasmas -Julie

Violetta -Violetta / Tomás / Fran / Cami / Max

Power Rangers RPM -Summer Landsdown / Dillon / Ziggy Grover

Todo Mundo Odeia o Chris -Chris Rock / Greg Wuliger / Stra. Morello

I Carly -Carly Shay / Samantha Puckett / Fred Benson

Um Maluco no Pedaço -Will Smith / Carlton Banks

As Visões da Raven -Raven Baxter / Eddie Thomas / Chelsea Daniels / Devon Carter

Arnold -Willis Jackson

Eu, a Patroa e as Crianças -Jay Kyle / Jr.Kyle (o Líder) / Vanessa Scott / Claire Kyle / Tony / Kedy (foi citada) / Michael Richard Kyle (O Nome do Colégio, inspirado no chefe da família Kyle) -mas não se preocupem -pequeno Spoiler a vista - Michael kyle dará as caras qualquer dia.

Três é Demais -D.J. Tanner

Pedro e Bianca - (os dois irmãos)

Caçadores de Mitos -Jamie Hyneman / Adam Savage / Grant / Tory / Kery

Curtindo a Vida Adoidado -Ferris Bueller / Cameron

Karatê Kid -Daniel San

O Ator Owen Wilson (como o professor de história caubói -inspirado em "Uma Noite no Museu")

*Não vou colocar Doctor Who, porque vocês já sabem que é o tema geral da bagaça.

Valeu gente!

Espero que tenham gostado! :)

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