Luisa Parkinson: A Companheira Fantástica escrita por Gizelle PG


Capítulo 122
Medo e Angustia


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ!

Uma certa tensãozinha nos aguarda... (não sei pq saldei todo mundo de forma tão animada, mas VAMOS LÁ! kkk)



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Harry Potter não estava tendo uma noite muito boa. Desde que fechara os olhos, começou a ter pesadelos com cobras rastejando e corredores escuros. E então, meio que tudo ficou confuso... De repente, ele era a cobra (via tudo pela perspectiva dela) e rastejava pelos corredores do Ministério da Magia... Até que encontrou uma sala denominada “Departamento de Mistérios” e se esgueirou para lá. Rastejou por um curto intervalo de tempo, até localizar o bruxo que estaria montando guarda aquela noite: Arthur Weasley. O pai de Rony. Sem controle, começou a abocanhá-lo e a feri-lo muito... Houve um dado momento em que imaginou que o havia matado...

Então Harry acordou no dormitório da Grifinória, suando frio. Rony estava de pé ao lado da sua cama.

—O que foi Harry? Você está bem?

—Ele não parece bem –uma voz falou. Era de Neville Longboton, mas Harry não soube distinguí-la. Estava assustado demais. Estava sem fôlego. 

—Vamos levá-lo até o professor Dumbledore! Ele saberá o que fazer –alguém sugeriu. A essa hora, Harry já estava quase perdendo a consciência.

 

*     *     *

Luisa acordou cedo aquela manhã. Pela primeira vez não chegaria atrasada para o café. Entrou no Grande Salão e logo espichou a cabeça na direção da mesa da Grifinória. A pesar de não pertencer àquela casa, Luisa tinha uma estima muito grande pelos alunos da Grifinória, especialmente por Harry Potter, os Weasley’s e Hermione Granger; Só estranhou não ver nenhum deles sentados à mesa naquela manhã, como de costume. Harry sempre lhe cumprimentava de longe, seguido pelos amigos, mas desta vez, nenhum deles estava presente.

Intrigada, ela sentou-se à mesa da Corvinal, de frente para sua amiga inseparável Luna Lovegood.

—Bom dia! –cumprimentou ela. –Finalmente você chegou na hora...

—Pois é. –assentiu Luisa, voltando a olhar para trás, na direção da mesa da Grifinória.

—O que foi?

—Você sabe se aconteceu alguma coisa com o Harry e os amigos dele? Não estou vendo nenhum deles na mesa hoje...

—Ah, eles devem estar ocupados preparando as aulas extras para a Armada de Dumbledore –comentou, em voz baixa (apesar de que, com todo o burburinho que preenchia o salão, nem seria necessário). –Não se preocupe. Em breve eles aparecerão... Você vai ver.

Luisa lançou um último olhar à mesa de Grifinória. Não tinha tanta certeza de que as coisas eram tão simples assim. Seu sexto sentido lhe dizia que alguma coisa ruim havia acontecido, e ela descobriria do que se tratava, nem que tivesse que interrogar o pessoal da Armada um por um.

Porém, nem teve que ter esse trabalho, pois esbarrou em Rony Weasley, ao sair mais tarde para o corredor.

—Opa! Desculpe –as orelhas de Rony ficaram vermelhas de imediato.

—Não foi nada. –Luisa negou rapidamente.

—Tá certo –e foi indo embora, mas Luisa o abordou novamente.

—Rony, espera! –ela correu ao seu encontro. –O que aconteceu? Não vi nenhum de vocês na hora do café da manhã... Está tudo bem?

—Bem que eu gostaria que estivesse –suspirou Rony. Só então ela percebeu que ele estava bastante pálido e tinha olheiras fundas embaixo dos olhos.

—O que aconteceu? Você parece péssimo Rony...

—É que tivemos uma noite difícil no nosso dormitório. –fez uma pausa. -Harry teve outro pesadelo.

Luisa levou as mãos aos lábios.

—Ah, Rony, isso é terrível! –Luisa já presenciara Harry sofrendo por causa de pesadelos. Uma vez, enquanto estiveram esperando a aula de Madame Mooch começar (era a única aula que Luisa fora permitida de acompanhar junto com os outros alunos –até porque seria difícil montar numa vassoura na sala de Dumbledore), Harry então, adormecera no banco do jardim. Luisa e Hermione estavam sentadas, uma de cada lado seu, e ficaram preocupadíssimas quando ele começou a murmurar, gemer e suar. Até para acordá-lo tinha sido complicado. Harry parecia que estava em transe. Não conseguia se desprender do sonho... Não conseguia despertar. Quando o fez, por fim, estava tremendo, desorientado, e Hermione acompanhou-o até a enfermaria.

—Pois é. Ele está sofrendo disso de novo... Não sei quando vai acabar. Pra variar, Harry parece estar piorando cada dia mais...

—São sonhos com o Vol... Quero dizer, como o “Você Sabe Quem”?

—Não desta vez –Rony pareceu dizer isso com um aperto na garganta. -Ontem à noite ele sonhou que meu pai estava sendo atacado no Ministério... E realmente aconteceu.

Luisa arregalou os olhos.

—Rony, sinto muito! Como está o seu pai?

—Ele vai se recuperar... Dumbledore deu um jeito de resgatá-lo ainda em tempo. Se não fosse o Harry, meu pai poderia estar morto agora. –falou, com um peso na voz.

Luisa pôs a mão em seu ombro.

—Tenta ficar bem, tá? Fique sabendo que pode contar comigo sempre que precisar, Rony Weasley. Você e toda sua família.

Rony deu um meio sorriso.

—Obrigado, Luisa. –então foi se afastando. –Preciso ir agora... Ou o Snape irá me comer vivo.

—Tudo bem então –Luisa concordou, mas antes de mais nada, lembrou-se de fazer uma última pergunta. –Rony! Só mais uma coisa: Você sabe onde posso encontrar o Harry?

—Na enfermaria, talvez. Mas é melhor não ir até lá. Madame Pomfrey está uma pilha de nervos.

—Mas eu preciso falar com ele... Quero saber se está tudo bem.

—Olha, Harry com certeza não está nada bem. E vai ficar ainda pior daqui pra frente...

Luisa franziu o cenho.

—Como assim?

Rony voltou a se aproximar e olhou para os dois lados, vendo se a “barra estava limpa”, antes de dizer o que pretendia.

—O fato é que Dumbledore desconfia que Harry tenha uma espécie de “ligação telepática” com o “Você Sabe Quem”. E disse que a melhor forma de controlar isso é praticando Oclumência... Com Snape como seu tutor. –Rony torceu o nariz. –Já imaginou no que isso vai dar? Harry vai ficar acabado, e o pior é que as aulas são bem tarde da noite... Então já viu: sem nenhum outro aluno para testemunhar, Snape vai comê-lo vivo!

Luisa ergueu as sobrancelhas.

—Até mais! –desta vez Rony foi embora mesmo, e Luisa ficou para trás, pensativa. Estava cada vez mais preocupada com Harry... Sem entender exatamente o porquê, começou a sentir uma agitação interna, como se precisasse fazer alguma coisa, mas não soubesse direito o que era... Então lembrou-se que estava atrasada para as aulas particulares de Dumbledore e saiu correndo, esquecendo-se imediatamente daquela sensação.

Nova surpresa: Dumbledore também não estava lá.

—Talvez ele esteja atrasado –pensou em voz alta, ao fechar a porta e se deparar com a sala vazia. Luisa sentou-se em sua cadeira de costume e esperou pelo diretor. Mas as horas foram passando e nada dele aparecer... Não deixara nem mesmo um bilhete! Foi aí que Luisa se lembrou do que Rony dissera, e começou a unir as informações: Se Arthur Weasley tinha sofrido um acidente na noite anterior, então no mínimo Dumbledore deveria ter ido visitá-lo. Era obvio que, como tudo aconteceu inesperadamente, o diretor devia ter saído às pressas, e se esquecido de avisar Luisa de que não teriam aulas particulares naquele dia.

Convencida de que desvendara a coisa toda, Luisa se levantou e se dirigiu para a porta de saída. Sempre lançando um último olhar intrigado ao velho Guarda Roupa, da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde morava o Bicho Papão e tantas outras criaturas pavorosas –imaginava Luisa.

Por fim, fechou a porta... E se sobressaltou ao ouvir a voz de Hagrid às suas costas. O meio-gigante era muito amistoso... Luisa sempre o cumprimentava quando se viam no corredor, mas até então, eles nunca haviam trocado uma palavra que não fosse “Bom dia”.

—Olá? Senhorita Paperson, eu presumo...

—Parkinson –Luisa sorriu. –É. Essa sou eu.

—Dumbledore mandou lhe dizer que não dará aulas à senhorita hoje. Teve que sair para...

—Já sei: Visitar o senhor Weasley.

—Não, não seja boba! Dumbledore fez isso ontem... Agora ele está em uma missão muito importante para abrir os olhos do Ministério sobre o retorno de “Você Sabe Quem”.

Luisa franziu o cenho. Hagrid imediatamente percebeu a besteira que fizera.

—Eu não devia ter contado isso... Eu não devia ter contado isso... –murmurou, se afastando rapidamente.

—Espera aí, Hagrid! –Luisa correu um bocado para alcançá-lo. Tinha que dar três passos para cada passo único dele. Era difícil acompanhá-lo. –Hagrid!

—Desculpe! Já dei o recado que me foi proposto... Não tenho mais nada a dizer!

—Mas... Hagrid! –Luisa conseguiu segurar em seu casaco (claro que não adiantou de nada, porque ele era muito mais forte que ela e continuou andando mesmo com a garota pendurada em suas vestes). –Hagrid, pare! Eu vou cair assim...

—Oh! Sinto muito. –ele parou e colocou-a de volta no chão, com cuidado. –Está tudo bem com você?

—Está sim, Hagrid. –ela sorriu. –Eu só queria dizer finalmente “prazer em conhecê-lo”, já que nós nunca nos falamos pra valer, até então.

Hagrid abriu um imenso sorriso por detrás de sua barba enorme e escura. Até seus olhinhos de besouro ficaram brilhantes.

—Ora, muito bem –ele estendeu a mão enorme para ela e apertou a mãozinha da garota, com um sorriso de orelha a orelha. –Muito prazer, senhorita Parkinson...

—Luisa. Pode me chamar assim de agora em diante. –pediu a menina. Não importava quanto tempo passasse em Hogwarts, ela tinha certeza de que nunca se acostumaria com esse negócio de “senhorita Parkinson”.

—Certo. Então estou muito contente em finalmente poder conhecê-la, Luisa.

—Igualmente, Hagrid. –Luisa sorriu, satisfeita.

—Bom, agora eu já vou indo...

—Espera Hagrid! Só me diz mais uma coisa: Você sabe onde o Harry está?

—Bem, eu sei onde ele não gostaria de estar: Tendo aulas de Oclumência com Snape!

—Mas você sabe onde posso encontrá-lo? Queria muito conversar com ele...

Hagrid pareceu pensar por um momento, mas depois foi logo negando.

—Não, não, não... Desculpe, mas não posso lhe dizer. Harry precisa descansar... Como acha que ele vai fazer isso se todo mundo ficar indo procurá-lo na sala comunal da Grifinória?

O rosto de Luisa se iluminou.

—Obrigado pela dica, Hagrid! Você é um ótimo amigo! –e saiu correndo.

Hagrid seguiu seu caminho, resmungando.

—Eu não devia ter dito isso... Eu não devia ter dito isso...

 

*    *    *

Luisa chegou no retrato da Mulher Gorda. Sabia que a sala comunal da Grifinória ficava escondida ali atrás, o único problema era que precisava de uma senha para entrar... E ela não fazia a mínima idéia de qual poderia ser.

—Oh! Quem é você? –perguntou a Mulher Gorda (todos os quadros e retratos tinham vida em Hogwarts). –Não estou conhecendo seu rosto... Você é da Grifinória?

—Hã... –Luisa ficou meio sem jeito. –N-não. Eu... Eu já vou indo. –e saiu correndo, antes que a Mulher  Gorda fizesse mais perguntas.

Desde então, três dias se passaram e Luisa não conseguia dormir. Mais do que nunca, sentia-se ansiosa... Estava com mil coisas passando na cabeça. Primeiro Harry passara mal, depois o pai de Rony, agora Dumbledore que se ausentara... O que diabos estava acontecendo? Luisa não sabia. Estava muito incomodada com toda aquela situação. Acima de tudo, estava irritada por não conseguir fazer nada para ajudar... Sentia-se excluída de todo aquele círculo. Em geral, sua vida era assim em Hogwarts: às vezes ela ia tomar café no Grande Salão, sentindo-se completamente integrada; ironicamente, havia outros dias em que ela se sentia um verdadeiro sapo de fora. Como duas idéias opostas podiam variar tão freqüentemente? Bem, Luna tinha um palpite sobre isso: Dizia ser culpa de uns tais de “Alaminos” –de acordo com ela, umas praguinhas minúsculas (do tamanho de grãos de areia) que entravam na cabeça das pessoas a partir do ouvido, e começavam a bagunçar e confundir seus pensamentos; Sinceramente, Luisa gostava de Luna, mas não acreditava em tudo que ela dizia. De modo geral, a morena julgava se conhecer bem o bastante para saber diferenciar um sinal de “bipolaridade”, de um ataque de monstrinhos.

Contudo, nada daquilo melhorava sua noite ou mesmo seu humor. Ela sentia que precisava procurar Harry... Falar com ele. Ver se ele estava bem. Depois perguntar sobre Dumbledore... Talvez ele soubesse de alguma coisa.

—Certo, já chega! –cansada de tanto refletir, Luisa jogou os lençóis para o alto e levantou da cama. Pôs os chinelos e vestiu o roupão, pois a noite estava fria (estava nevando lá fora); A menina havia chegado em Hogwarts no início da primeira semana de dezembro (contrariando todas as expectativas, o deslocamento temporal forçado -ocorrido em função da queda no vórtice -acabou levando Luisa a viver duas vezes a mesma semana. Logicamente, na primeira situação, ela esteve viajando à bordo da TARDIS). Agora, já estavam na segunda semana. Indícios de um inverno rigoroso já podiam ser conferidos e os alunos só não haviam sido liberados para irem passar o Natal e o fim de ano com suas famílias, porque as notas finais ainda não haviam saído (um atraso casual que não incomodou Luisa em nada, já que ela iria passar as férias em Hogwarts). Fazia parte do plano de Dumbledore, aproveitar aqueles meses para pegar ainda mais firme com ela. A menina teria que se esforçar-dobrado para conseguir recuperar o tempo perdido e aprender uma leva de encantamentos importantes para sua defesa pessoal, mas como Dumbledore ainda não retornara à escola, Luisa não tinha a menor noção de como ficariam os planos daqui pra frente.

Ela deixou a sala comunal da Corvinal para trás. Chegou ao corredor nas pontas dos pés e se espreitou por entre as sombras, tentando ao máximo não ficar visível. Era estranho pensar aquilo, mas Hogwarts ficava meio macabra no escuro. Tudo, desde as armaduras de cavaleiros medievais, até as iluminações bruxuleantes que pareciam distorcer a imagem das coisas, deixavam-na nervosa. Luisa estava torcendo muito para não se perder. Se isso acontecesse, provavelmente ela não teria outra opção a não ser pedir ajuda a alguém, e isso seria sua ruína, pois uma vez fora da cama depois do horário permitido, as conseqüências poderiam ser catastróficas.

Estava contornando uma estátua, com muito cuidado para não derrubá-la, quando escutou vozes exaltadas. Era a voz de Snape. Luisa reconheceu seu tom seco e irado. Ele parecia enraivecido por causa de alguma coisa. Parecia gritar com alguém...

—Já chega, Potter! Encerraram-se as aulas de Oclumência para você... Quer aprender a defender-se do “Você-Sabe-Quem”? Pois faça sozinho!—gritou.

—Mas professor... Eu não pretendia...

—SAIA DA MINHA SALA AGORA!!! –Sanpe gritou. Luisa se encolheu. Em seguida, escutou o arrastar de uma porta se abrindo, logo depois de fechando, e em seguida, passos apressados pelos corredores, perto de onde ela estava. Luisa espiou próximo a um batente, e viu Harry descer um lance de escadas e desaparecer. HARRY! Era ele! Justamente a pessoa com quem ela tanto queria falar... Será que ainda haveria tempo de alcançá-lo?

Esperançosa, começou a se erguer de seu “esconderijo” improvisado, mas foi obrigada a se abaixar de novo, ao ouvir uma nova leva de passos rápidos, que conseqüentemente, batucavam a mesma escadaria que Harry percorrera ainda a pouco. Luisa sentou-se e abraçou as próprias pernas, muito quieta. Não sabia de quem se tratava. Resolveu dar um tempo; Ficou ali por alguns minutos... Talvez mais. Na verdade, ela nem soube quanto tempo esteve fora de ação. No fim das contas, o corredor ficou deserto e ela decidiu que já era seguro sair.

Correu na direção da escadaria e desceu-a, sem causar alarde. Talvez esse tivesse sido seu maior erro porque, assim que chegou na metade da escada, viu através do corrimão, as figuras de Harry e Hermione conversando baixinho.

—... Harry, não fique desse jeito –dizia ela, com uma voz afetada. Luisa nunca ouviu aquele tom ser usado por Hermione. Muito possivelmente, nem Harry.

—Hermione, eu não sei mais como ficar. Sinceramente... Nunca estive tão mal quanto agora. Os pesadelos só pioram, Snape se recusa a me ajudar, e Dumbledore está mais distante do que nunca! –falou, descorçoado.

Hermione passou a mão em suas costas, afagando-as.

—Eu sei Harry. M-mas você não pode desistir agora... A Armada de Dumbledore... Todos contamos com você.

—Desistir? –Harry disse, como se aquela palavra lhe desse náuseas. -Quem está falando em desistir? Hermione, você me conhece, eu jamais faria uma coisa dessas!

—Eu sei –repetiu ela, com a voz fraca.

—O que foi? –Harry pareceu confuso de repente. –Por que está falando desse jeito? Você está bem, Hermione?

—Pra falar a verdade, eu não sei. –ela disse, mordendo o lábio. Uma lágrima escorreu por sua bochecha. Harry tocou seu rosto, enxugando-a com delicadeza. Hermione observou aquele gesto. Os dois ficaram em silêncio.

—Está tudo tão confuso ultimamente... –disse ela, por fim. –Eu sei que todos acham que eu sempre tenho tudo sobre controle, e que não sou dessas garotas que choram por qualquer coisa, e realmente não sou, mas... –ela olhou para ele. Seus olhos encheram-se de lágrimas, a voz ficou embargada. –Eu não sei mais o que fazer, Harry! Estou com medo que alguma coisa muito ruim nos aconteça... Estou com medo que nossa idéia de treinar a Armada não de resultado... Eu estou... Estou... Com MEDO!

Harry a abraçou.

—Mione... Não chore. Sério, não combina com você. –brincou, tentando suavizar a situação.

Hermione afastou-se, enxugando as lágrimas.

—Tem razão. Eu só precisava desabafar... É. –disse, esboçando um leve sorriso. Harry era um ótimo amigo. Sempre fazia ela se sentir melhor. –Afinal, ninguém consegue ser forte vinte e quatro horas por dia.

—Hermione Granger consegue –interpôs Harry, fazendo-a se empertigar. –Não se preocupe, eu não vou contar para ninguém o que aconteceu aqui entre nós. Nem pro Rony. Eu prometo.

—Promete mesmo? Você jura? –insistiu. Aquilo aprecia ser muito importante para ela.

—Juro. –Harry garantiu.

—Certo. –a respiração dela acelerou de repente. Harry sentiu o mesmo calor percorrer seu corpo. Novamente deram para se olhar significativamente, então, num movimento previamente calculado, se beijaram.

Sem fazer barulho, Luisa recuou para o andar de cima, depois correu de volta ao Salão Comunal da Corvinal. Não acreditava no que acabara de ver.


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Notas finais do capítulo

Hey, hey! A Luisa falou com o Hagrid hoje! EU ADORO ELE!! :D

***
Hoje no capítulo, eu dei uma informação esporádica sobre o momento em que Luisa teria chegado em Hogwarts (início da primeira semana de dezembro). Com isso, estou aqui agora, vindo esclarecer possíveis dúvidas.
Primeiro, uma perguntinha: vocês alguma vez já tentaram imaginar quantos dias terrenos a Luisa e a Melissa estiveram fora com o Doutor? Bom, pra quem esteve curioso sobre isso, aí vai minha explicação: vocês lembram que as garotas e o Doutor se reencontraram na Formatura delas, e que depois daquela noite, elas passaram a ser companheiras oficiais? Então... Fazendo os cálculos direitinho (lá vou eu de novo kkk) a gente vai constatar que, se o aniversário da Luisa foi sábado (dia 24/11), a Formatura só poderia ter sido na sexta feira seguinte (dia 30/11). Sendo assim, com eles indo e voltando para a rua Bannerman com uma certa freqüência... bom, eu imagino que a confusão na delegacia tenha acontecido lá pela quinta feira (dia 06/12). Pouco depois, Luisa teria caído no vórtice, o que sugere, tecnicamente, que eles não passaram NEM UMA SEMANA viajando na TARDIS kkk (porém, a gente sabe que a nave é uma máquina do tempo né, e que eles puderam viver uma eternidade juntos lá –que vai muito além do tempo terreno bitolado –então tudo bem! kkk) Só uma curiosidade aí pra vocês...

Agora, atualmente, a Luisa tá vivendo o dia a dia do mês do Natal em Hogwarts, e ao que tudo indica, passará uma boa temporada no castelo.

***

Agora, o momento pelo qual TODOS estavam esperando: YEEEEO! VAMOS FALAR DO BEIJO DO HARRY COM A HERMIONEEE!

kkkkk Olha, eu não vou dizer que sou a MAIOR FÃ deles juntos, mas eu shippo. Eu SHIPPO SIM! NINGUÉM ME SEGURAAA! kkk
Durante todo o tempo em que li os livros e vi os filmes... tudo que eu queria era SÓ UM BEIJINHOOO! E nem isso me deram... J.K. que coisa feia! kk
Mas tudo bem, fanfics servem pra isso mesmo! Eu sempre vi ali uma coisinha a mais entre o Harry e a Mione e achei que seria legal brincar um pouquinho com isso por aqui. Enfim, aproveitem esse MILAGRE! kkk

Os filmes em que eu mais shippei os dois foi em o Prisioneiro de Azkaban e o Cálice de Fogo, porque a Hermione tava muito próxima dele e tudo indicava que poderia ter rolado algo se o sentimento da amizade não fosse ainda mais forte.

Espero que tenham gostado do capítulo! Domingo tem mais!

bjs ^-^



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