Inveja escrita por anabfernandes8


Capítulo 25
Aproximação


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, como vocês estão? Quero agradecer novamente todos os comentários de carinho e obrigada por não desistirem. É incrível como o tempo passa rápido, juro que não tinha percebido que um mês havia se passado desde o último capítulo. Ai parei tudo que tava fazendo e vim correndo escrever essa belezinha pra vocês. É isso, espero que gostem e uma boa leitura!



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Depois que Sakura verificou Reiwa e confirmou que ele estava realmente bem (era o máximo que poderia fazer e ainda não era possível identificar a causa daquele desmaio seguido de tanto tempo desacordado), ela saiu e não demorou muito para que os outros se dispersassem junto com ela. Lee, depois de chorar abraçado ao garoto como se fosse seu próprio filho, saiu do recinto alegando que tinha um compromisso. TenTen foi com ele, mesmo que sua postura dissesse que ela queria ficar mais tempo ali. Ela saiu calada, despedindo-se de Sasuke com um aceno, e isso foi uma da pistas para que o moreno começasse a suspeitar de algo: os olhares urgentes de Gai na direção dos outros companheiros de time não passaram despercebidos por ele, porém não entendia o que significava.

Quando o sensei pediu educadamente para que Sai se retirasse da sala para que ele pudesse conversar a sós com o aluno, então o Uchiha teve certeza do que estava pensando momentos atrás. Ele não conseguia imaginar nenhum motivo pelo qual eles precisavam ter uma conversa e ficou um pouco apreensivo com como a voz do mais velho estava séria; não que ele não fosse sério quando precisava, mas aquele tom significava que algo maior estava acontecendo. 

Sasuke se aconchegou melhor na cama e pegou uma embalagem que estava ao lado, que continha uma refeição outrora deixada por uma enfermeira para quando o pequeno acordasse. Fazia um tempo considerável que ele não se alimentava e seu estômago estava reclamando, porém naquele momento não estava preocupado consigo mesmo. Então, abriu com cuidado, pois ainda estava morna e ajudou Reiwa a sentar-se para que pudesse alimentá-lo. O menino não protestou e os olhos brilharam em direção ao alimento. 

Depois de servir a criança com uma colher do que parecia ser uma sopa de legumes, o moreno encontrou os olhos negros do Maito. Ele estava em pé, do outro lado da maca, os braços cruzados sobre o peito. Suas sobrancelhas estavam franzidas e seus lábios formavam uma linha fina, pressionados um contra o outro.

“O que aconteceu?” Gai hesitou um pouco antes de responder. 

"Eu gostaria de conversar com você sobre algo que estou preocupado. Não deixe de me avisar se achar que estou passando dos limites."

"Estou ouvindo." E ele realmente estava. Não necessariamente ele aceitaria ou seguiria o conselho, e o sensei sabia muito bem disso. Na verdade, se fosse um conselho que fosse totalmente contra o que estava em sua mente, seria uma total perda do seu tempo. Era assim que ele costumava pensar e era como o fazia até hoje, porém o Uchiha sabia que Gai não falaria nada a ele a não ser que fosse extremamente necessário. Ou seja, a maior parte das convicções do velho Sasuke simplesmente caia por terra quando se tratava do seu time.

“Estou preocupado com o seu relacionamento com Sai.” Por mais que o ex-nukenin soubesse que sua expressão facial continuava a mesma, o teor da conversa o surpreendeu. Somente alguns ninjas mais próximos como seu próprio time, Sakura, Kiba e Naruto sabiam, ele particularmente não havia verbalizado aquele assunto com mais ninguém. Se perguntou por um momento se Lee ou TenTen haviam fofocado. Não, eles não fariam isso. Não que fosse segredo, até porque ele não se preocupou em esconder que algo estava realmente acontecendo, porém as interações deles eram o suficiente para que alguém de fora fizesse uma suposição correta? “Eu percebi a movimentação estranha mais cedo e só o fato de ele estar aqui significa que ele faz parte da sua vida de alguma forma.”

“Você tem algo contra ele?” Era o único motivo que Sasuke podia pensar para que o sensei estivesse entrando naquele assunto com ele. Gai balançou a cabeça, negando. 

“Particularmente não acho que ele seja uma pessoa ruim, porém não é sobre isso que eu gostaria de conversar. Acho que perdi alguns momentos, pois, da última vez que me lembro, vocês estavam tendo problemas um com o outro.”

O Maito era bastante observador, o aluno sabia, mas ele também só prestava atenção no que era necessário. Aquele não era o tipo de notícia que atrairia a atenção do sensei tão facilmente, o que só deixou Sasuke mais confuso ainda. Qual era exatamente o problema ali?

“Vocês estão…” O mais velho pareceu ter dificuldade em encontrar a palavra correta para completar a frase.

“Estamos nos envolvendo um com o outro.” Era a primeira pessoa para quem ele estava realmente contando sobre o relacionamento deles com todas as letras; todos os outros haviam descoberto sem que ele tivesse que contar. A expressão de Gai não se alterou e ele acenou lentamente com a cabeça.

“Isso… o que está acontecendo entre vocês… é algo passageiro?” Naquele momento, Sasuke permitiu que sua expressão assumisse uma nuance de surpresa. Reiwa aproveitou aquele momento, em que o moreno abaixou a embalagem, para tirá-la das mãos dele e começar a comer sozinho. O Uchiha mais velho olhou para o pequeno, certificando-se de que ele estava conseguindo se alimentar da forma correta, e então voltou sua atenção para o outro ninja no recinto.

“Gai, aonde exatamente você está querendo chegar?”

Aproveitando que a criança parecia bem concentrada no que fazia, o Maito aproveitou para colocar em palavras o que realmente lhe incomodava.

“Você acha que o Sai está pronto para ser pai?” O possuidor de duas das mais poderosas técnicas oculares existentes agora estava em completo choque. Primeiro por descobrir finalmente o que incomodava o sensei e segundo por ser exatamente sobre aquele assunto.

Sasuke não havia desperdiçado muito tempo pensando naquilo. Na verdade, ele estava evitando que aquele assunto entrasse em sua mente. Reiwa era seu filho agora, mas isso não significava uma responsabilidade equivalente para Sai. Quer dizer, a relação deles seria um pouco diferente, mas não é como se o Shimura fosse mudar para sua casa e assumir o título de segundo pai. 

“Me desculpe se eu estou invadindo sua vida pessoal. Minha intenção não é colocar um peso extra sob as suas costas. Você pode ter certeza que eu, TenTen e Lee sempre estaremos aqui para ajudá-lo, independente do que precisar. Pode ser que você acredite que o que estou dizendo é sem sentido, mas, como seu sensei, eu me sinto na obrigação de orientá-lo. O relacionamento de vocês vai passar por uma mudança significativa e acho que você deve deixar bem claro ao Sai o que ele deve esperar disso.” 

Não era aquilo que o membro do time Yamato havia questionado não muito tempo atrás? Que eles precisavam conversar para saber de que forma deveriam agir um com o outro para se sentirem confortáveis? Sasuke suspirou, passando a mão com impaciência pelo rosto. Ao mesmo tempo em que ele se sentia agradecido por Gai ter levantado aquele assunto, também sentia raiva porque agora se sentia na obrigação de lidar com aquilo. 

“Obrigado, sensei. Eu vou levar suas palavras em consideração.” Como se ele tivesse pressionado um interruptor, a expressão séria no rosto do outro se dissolveu e ele abriu um sorriso pequeno. 

“É muito bom saber que você encontrou alguém para fazê-lo feliz.”

Sasuke abriu um sorriso de canto em resposta, pensando em como aquela expressão era um pouco engraçada. Quer dizer, ele se sentia bem. Estar com Sai, a cada dia que passava (tirando os momentos em que eles brigavam ou se desentendiam), fazia com que ele se sentisse cada vez mais leve. As preocupações, os estresses e os problemas ainda estavam lá, mas o Shimura tinha a habilidade de acrescentar uma colher de humor naquela mistura, o que fazia com que tudo fosse mais fácil de suportar. Mesmo que tudo parecesse o fundo do poço, Sai sempre falava algo engraçado para Sasuke, mesmo sem ter intenção de fazer aquilo, e o dia melhorava uns quarenta por cento, o que era uma quantidade bastante razoável.

***

Reiwa não teve que passar muito mais tempo no hospital. Depois que ele acordou e considerando que o exames dele não apontavam nada preocupante, Sakura liberou-o para ir para casa. Gai já não estava mais a vista, tinha saído logo depois da conversa entre eles, dizendo que informaria a decisão de ficar com o garoto para o Hokage e que se reuniria com ele para tratar das missões deles, já que agora as missões saindo da vila seriam inviáveis; ou pelo menos, exigiria que o time se organizasse melhor para cumprí-las.

No final, apenas Sai ficou para acompanhá-los. Já era final da tarde quando eles saíram do hospital e o Uchiha convidou o outro para jantar com eles. Ele nem ao menos sabia quantificar o quanto estava devendo ao Shimura, principalmente depois de esconder aquela situação toda dele, então convidá-lo para uma refeição era o mínimo que podia fazer. Não que fosse cozinhar, até porque depois daquele dia cansativo, ele não tinha nenhuma vontade de preparar alguma coisa. 

Passaram no Ichiraku Lámen e, por mais que Sasuke não gostasse muito de lámen, aquela era sua melhor opção. Eles encomendaram alguns pratos e seguiram seu caminho; o estabelecimento agora estava trabalhando com um sistema de entrega em domicílio, o que facilitava bastante naquele caso. 

Quando chegaram à residência, o Uchiha mais velho levou o pequeno direto para o banheiro, aproveitando que ele estava em seu colo. Ele disse para Sai ficar à vontade enquanto ele tirava do garoto o famoso “cheiro de hospital”. O moreno de pele pálida deixou os sapatos próximos a porta e andou lentamente, seus passos cautelosos.

Já havia estado ali várias vezes, não sabia porque se sentia nervoso. Sentou-se no sofá, sua mente um pouco atordoada. Havia absorvido muita informação em um dia. Ele se estressou no começo do dia por ter sido deixado esperando sozinho no ponto de encontro. Assustou-se ao saber que o ninja estava no hospital, pensando que ele poderia estar ferido. Encontrou uma criança internada e logo depois descobriu que aquele era o mais novo filho de Sasuke. E agora estava ali, esperando os dois Uchihas para o jantar. Respirou fundo, dizendo a si mesmo para se acalmar.

Os dois voltaram mais rápido que o membro do time 7 estava esperando. Reiwa estava vestido com outra roupa, os cabelos negros molhados. Estava no colo do mais velho, os braços finos ao redor do pescoço do ninja. Sai não conseguiu não sorrir; era fofo a forma como a criança não parecia querer desgrudar de Sasuke de forma nenhuma. O ex-nukenin lançou um olhar confuso em sua direção, como se perguntasse o que aquele sorriso repentino significava, mas ele se limitou a balançar a cabeça. 

“Não cheguei a apresentar vocês dois. Sai, esse é o Reiwa. Reiwa, esse é o Sai-san.” A criança olhou na direção do homem que estava sentado, uma expressão serena em seu rosto. Sai sentiu algo se revirar em seu estômago. Torceu em seu interior para que o garoto gostasse dele. Na verdade, se ele não gostasse, tudo bem. Mas seria ótimo se ele não o odiasse. Já havia passado por muitas emoções naquele dia, precisava de pelo menos uma vitória. 

“Sai? San?” Reiwa sussurrou, franzindo as sobrancelhas de uma forma engraçada.

“Isso. Você pode chamá-lo assim.” A criança ainda parecia um pouco confusa, como se estivesse tentando resolver um quebra-cabeças muito complexo em sua mente. 

“Você pode?” Sasuke deixou que uma risada suave escapasse de sua boca. Ele não sabia como explicar aquilo, mas era como se ele e o pequeno tivessem uma conexão; mesmo falando coisas aparentemente sem sentido, o mais velho conseguia saber o que ele estava querendo dizer. 

“Você só usa o ‘você’ quando for se referir a uma outra pessoa. Como está falando de si mesmo, você usa o ‘eu’.”

“Eu pode?” O pequeno Uchiha fez uma careta, como se percebendo que algo não estava correto naquela frase, mas ainda sem conseguir identificar o quê. Sasuke riu mais, sem conseguir se segurar. Seria divertido ensinar o que sabia para a criança. 

“O certo é ‘eu posso.’” Reiwa balançou a cabeça, parecendo ter compreendido a lição. 

O Uchiha mais velho abaixou-se, disposto a colocar o menino no chão para que ele mesmo pudesse tomar seu banho. Quando o pequeno pareceu reticente em largá-lo, Sasuke abandonou o humor e olhou nos olhos negros com um pouco mais de seriedade em sua expressão.

“Você está seguro aqui e eu quero que você saiba que eu não vou a lugar nenhum. Só preciso de um banho e estarei de volta em alguns minutos. Tudo bem?”

“Sim, Sasuke.” O moreno se segurou para não dar uma risada, era a hora de ser sério.

“Você pode me chamar de otou-san, se você quiser.”

“Otou-san?”

“Isso mesmo.” Ele colocou a criança no chão e mesmo que os olhos negros estivessem alertas, os braços finos recuaram e deixaram o pescoço do mais velho. 

Sasuke continuou naquela posição, pois assim poderia ficar da mesma altura e ser compreendido mais facilmente. Ele fez joinha com a mão, por mais que achasse que aquilo fosse um pouco ridículo. Aquele gesto fazia com que ele se lembrasse da pose que Gai e Lee faziam quando estavam animados. Mas assim que Reiwa sorriu, o Uchiha mais velho percebeu que não se importava de ser ridículo de vez em quando, se isso fosse necessário para fazer o filho sorrir. 

“Por que você não pede pro Sai te mostrar uns desenhos? Ele é bom nisso.” Tentou uma abordagem diferente para distraí-lo enquanto poderia tomar um banho. Olhou para Sai, que não havia dito nada desde que eles entraram na residência. Ele não parecia chateado ou triste, talvez um pouco tímido. Sasuke quis provocar o outro com alguma gracinha, mas se conteve. 

“Des- desenhos?” 

“Sim, você vai gostar.” 

Como não sabia o significado daquela palavra ainda, Reiwa exibiu uma expressão desconfiada. Porém, isso não o impediu de se aproximar de Sai com cuidado. Olhando para Sasuke em busca de aprovação, e recebendo de volta outro joinha, a criança aparentou estar muito mais confiante do que antes. Ele dirigiu seus olhos negros brilhantes para o homem sentado no sofá. 

“Desenho.” O Shimura moveu seu corpo levemente para frente, de forma a se aproximar um pouco mais da criança. O pequeno Uchiha deu mais uma olhada na direção do pai e então respirou fundo antes de dizer. “Mostra pra eu.”

Sai abriu um sorriso pequeno, se sentindo contente e satisfeito que ele havia ganhado uma tarefa; estava se sentindo meio inútil sentado ali enquanto o outro fazia todas as coisas. Levantou-se e liderou o caminho até um espaço vago no recinto, de maneira que suas formas tivessem um espaço melhor para circular. Observou Sasuke se afastar e, por mais nervoso que ainda se sentisse agora sozinho com a criança, o pequeno não parecia odiá-lo e isso por si só já era um alívio enorme. Talvez fosse uma questão de tempo até que eles se aproximassem e isso o deixava cem vezes mais aliviado. 

Quando Sasuke voltou, já com outra roupa e devidamente limpo, ele encontrou Reiwa rindo como se não houvesse amanhã. Durante o jantar, o pequeno liderou a conversa, fazendo umas mímicas para explicar alguns desenhos que ele tinha visto, dando nomes a todos eles: Tigre, papai, passarinho, Itachi… O Uchiha mais velho lançou um olhar surpreso para Sai, que se limitou a corar, desviar o olhar e sorrir. O Shimura havia realmente feito um ótimo trabalho ensinando os nomes do que mostrava à criança.

Quando eles acabaram a refeição, o membro do time Yamato anunciou que precisava ir para casa, pois teria treinamento logo cedo pela manhã no dia seguinte.

“Embora? Não. Desenho, mais desenho.” Sai sorriu, ficando sem jeito em perceber que o garoto queria ficar mais tempo com ele. Na verdade, o atrativo principal eram seus desenhos, porém ele não se importava em ser usado pela criança se isso significasse conseguir se aproximar. 

“Nós podemos continuar fazendo desenhos em outro dia.” 

“Por que você não vai arrumando a cama para nós dormirmos?” Sasuke dirigiu-se para o filho, recebendo um olhar de receio de volta.

“Eu?” Ele sussurrou, como se quisesse perguntar se teria que fazer aquilo sozinho. 

“Sim. Eu preciso falar com o Sai sozinho por um minuto. Você vai ouvir a minha voz o tempo todo, não se preocupe.” Mesmo não parecendo gostar nem um pouco daquela situação, Reiwa não falou mais nada, ele apenas se dirigiu ao quarto a passos calmos, mesmo que os olhos estivessem colados nos adultos o tempo todo enquanto podia vê-los.

Balançando a cabeça e surpreso no quanto o garoto era esperto, Sasuke virou-se na direção do visitante. 

“Eu vou indo, então. Obrigado pelo jantar!” Sai disse em uma voz calma e completou a frase com um sorriso, mas o último foi apenas para mascarar seu nervosismo. Novamente ele não sabia como se portar diante de Sasuke. Ele gostaria de ser simples como Reiwa e simplesmente se grudar ao moreno sem pensar em nada.

“No que você está pensando?” O moreno de pele pálida sobressaltou-se, arregalando os olhos com a pergunta.

“C-como?”

“Você está fazendo uma careta estranha.” 

“Não é nada.” O Shimura desviou os olhos e sentiu sua face esquentar. Por que ele não conseguia conversar normalmente com o outro, olhá-lo nos olhos e coisas assim? Se sentia estúpido. 

“Nós precisamos conversar.” A frase chamou sua atenção e ele voltou os olhos para Sasuke. O Uchiha parecia estar sério. “Quer vir aqui amanhã? Que horas é o seu treinamento?”

“Será pela manhã.” 

“Então, almoço?” 

Sasuke não estava esperando que Sai fosse ficar tão monossilábico de repente, principalmente estando com aquela expressão que ele não conseguia decifrar. Porém, sendo observador, ele havia notado um padrão. O outro fazia aquela expressão com frequência quando eles iam se despedir. Perguntou-se se poderia ser algo relacionado a ele não saber como deveria tratá-lo naquele momento. Isso lhe rendeu um novo sorriso. Estava sorrindo demais naquele dia. Estava se tornando um Lee? Cheio de sorrisos e joinhas? Talvez devesse aceitar um collant verde também?

Foi com aquilo em mente que ele tocou a mão de Sai com a sua, trazendo-o para perto. Fechou os olhos, encurtando a distância entre as bocas. O Uchiha estava planejando apenas encostarem os lábios, até porque sua intenção era apenas tranquilizar o outro. Mas, como sempre, no momento em que o beijo se iniciou, era a chama que faltava para começar o incêndio.

Eles se beijaram com vontade e o Shimura fez questão de liberar todo o seu sentimento de tensão naquele momento. Era confuso na maior parte do tempo e, às vezes até meio assustador, mas, quando as bocas se tocavam, era como se nada mais importasse e tudo de repente começasse a fazer sentido. 

Os dois só se separaram, a contragosto, quando ouviram a voz baixa de Reiwa chamando pelo pai; a criança provavelmente havia se assustado por não conseguir mais ouvir as vozes. Eles riram juntos. 

“Almoço, então, amanhã. É melhor eu ir.” Sai se afastou de Sasuke, calçou seus sapatos e despediu-se com um aceno. 

O dono da casa suspirou e fechou a porta, virando e deparando-se com o filho a sua frente, que havia se aproximado sorrateira e rapidamente. Ele deu um sorriso para o pequeno, pensando que era impossível ficar bravo com ele. Mas só porque era Reiwa ele deixaria passar. E também porque a criança o olhava como se tentando entender o que estava acontecendo; Sasuke imaginou que ele havia visto a cena anterior. 

O mais velho pegou-o no colo quando ele fez menção em querer subir e levou-os para o quarto, tentando pensar em como explicaria da melhor forma o que significava um beijo. Era engraçado como ser pai era uma linha tênue entre difícil e gratificante; e como ele estava gostando bastante de tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

Ansiosa pra saber o que vocês acharam de tudo o que aconteceu. E me contem quais as teorias de vocês pro próximos capítulos. Eu fiz um planejamento que achei que ficou bem legal e felizmente venho informar que essa fanfic deve ter uns 10 capítulo (ou mais). Eu disse que tava acabando, mas ainda preciso fechar umas coisas e não vou conseguir fechar em dois/três capítulos, tô com umas ideias bem bacanas! Pra quem tá pedindo lemon, aviso que vai ter sim, mas não agora. Acho que uns três/quatro capítulos pra frente mas não quero prometer nada. ENFIM, espero que tenham gostado. Beijo grande a todos e até o próximo capítulo!



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