Snowflake escrita por Lily


Capítulo 9
Capítulo 9




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—Caitlin? – se virou encarando Joe, sorriu para ele. – O que você está fazendo aqui?

—Dando uma volta e você? – indagou se aproximando do detetive que segurava um ramalhete de flores. – São para Francine?

—Sim, mas por que dar uma volta no cemitério? – ele perguntou confuso, ela riu.

—Apenas confirmando algumas coisas, posso ir com você? – indagou, ele assentiu. Caitlin entrelaçou o braço no dele. – Você visita muito ela?

—Sempre quando posso, Wally vem mais vezes, já Iris raramente pisa aqui.

—Entendo.

—Mas sério, o que diabos você está fazendo aqui? Vocês não estavam em reunião?

—Sim, mas eu meio que fugi no meio dela.

Joe riu.

—Por isso Nick não está com você?

—Eu meio que fugi pela janela do banheiro do segundo andar usando meus poderes para fazer uma rampa de gelo e escorregar graciosamente para baixo. – disse, desta vez Joe soltou uma gargalhada alta.

—Eles devem estar loucos atrás de você. – assentiu abaixando a cabeça. – Mas por que fez isso?

—Oliver pediu para eu ficar até o final das obras, talvez Cisco ou Barry tenham pedido isso.

—Eles querem arranjar uma maneira de faze-la ficar.

—Eu sei, mas eu e Henry temos que ir. – falou colocando a mão sobre a barriga.

—Então ele vai se chamar Henry, como o avô?

—Eu e Nora concordamos com isso. – Joe a olhou confuso, mas ela apenas balançou a cabeça rindo.

Quando chegaram ao túmulo de Francine, Caitlin o soltou. Observou Joe caminhar até o túmulo e depositar as flores, mesmo depois de tantos anos ele ainda parecia ter respeito pela mãe de seus filhos, embora ela tivesse escondido Wally dele e sido irresponsável com Iris, talvez fosse por isso que Joe quisesse que ela contasse para Barry, para ele não sofre quando descobrisse, ou se algum dia descobrisse.

Sentiu o vento frio passar por si e o arrepio percorrer seu corpo, fechou os olhos e quando os abriu novamente não estava mais no cemitério, olhou para frente, estava em um corredor de um hospital, havia cadeiras jogadas e quebradas, as paredes antes brancas estavam manchadas de vermelho, as luzes sobre sua cabeça piscavam, ao longe podia ouvir o choro de um bebê, sentiu o coração apertar.

—Ele trará caos para todos nós, será o inferno na terra. – virou-se encontrando a velha grisalha.

—Quem é você? – indagou apertando os punhos.

—Meu nome não importa.

—Por que odeia tanto meu filho?

—Porque ele é filho daquele que causou mais mal na terra. – a velha disse. – Savitar. Ele me transformou nisso e não posso deixar que o herdeiro dele continue o trabalho.

—Meu filho não será como ele. – falou com convicção.

—Não se engane por uma carinha bonita. – a velha se sentou em uma das únicas cadeiras que não estava quebrada. – Savitar me prometeu tudo, mas o que eu ganhei foi isso. – apontou para si mesma. – Eu era jovem, linda, mas cada vez que eu usava meus poderes, meu corpo envelhecia mais rápido.

—Então pare de usa-los.

—Não é tão simples assim.

—Então para se vingar de Savitar você vai matar meu filho? – a velha assentiu. – Não tem uma maneira melhor? Tipo, sei lá, não se vingar?

Ela riu sarcasticamente.

—Sinto muito, criança. Não tenho alternativa.

Então de repente um vento forte cruzou o corredor, Caitlin fechou os olhos com força, a ventania aumentou, a desequilibrando, sentiu alguém a segurar pela cintura, abriu os olhos encarando Joe.

—Você está bem? – ele indagou preocupado.

—Estou bem, bem. – murmurou se colocando de pé.

—Você quase desmaiou, Caitlin.

—Estou bem, juro, apenas preciso me deitar um pouco.

—Ok, vou te levar para casa. – Joe começou a puxa-la para baixo da colina em direção aos portões.

—Joe, acho que sei quem quer me matar. – disse o surpreendendo.

—Sabe?

—Acho que sim, mas antes você pode me pagar um sorvete, por favor. – pediu, ele riu.

—Com todo prazer.

***

Apoiou a vasilha com as frutas na mão enquanto se inclinava para pegar a revista e subir para o quarto, a porta da frente se abriu e River entrou toda afobada.

—Tenho novidades, mas primeiro, o que diabos te deu para fugir assim e deixar todos preocupados? – ela indagou jogando a bolsa no sofá e colocando as mãos na cintura. Caitlin sorriu envergonhada e com o garfo colocou um pedaço de melão na boca. – Barry quase enlouqueceu atrás de você, ele deve ter rodado essa cidade umas mil vezes, Dominic quase alertou toda a polícia, Julian e Cisco usaram todos os satélites disponíveis até perceberem que você não levou o celular. – River deu uma pausa para respirar.

—Você não surtou?

—Claro que não, eu te conheço, sabia que estava bem, mas quase morre de ri do desespero deles. Um pouco de exagero, porém deu pra perceber o quanto você mexeu com eles.

Se sentou no sofá confusa. River riu de sua cara.

—E quais são as novidades?

—Bem, hoje à noite vamos sair, todos nos.

—Como?

—Oliver e Felicity vão passar a noite na cidade, então decidimos por um happy hour fora de hora. Vamos nós arrumar se não vamos chegar atrasadas. – River a puxou pela mão, Caitlin fincou os pés no chão.

—Eu não vou, nem arrastada ou morta.

—Qual é Cait? Vamos nos divertir um pouco, sair, dançar, flertar. – ela insistiu, negou com a cabeça.

—Prefiro ficar em casa e dormir.

—Caitlin não seja a chata da vez, todo mundo topou e eu fiquei de te convencer a ir. Por favor. – River juntos as duas a sua frente do corpo e piscou os olhos. – Por favor.

—Você fica ridícula quando implora.

—Então você vai? Diga que sim, por favor.

—Ok, eu vou. – disse desistindo.

River sorriu e deu alguns pulinhos humilhantes, Caitlin revirou os olhos já se arrependendo de ter aceitado aquilo.

—Vamos nós arrumar então. – grunhiu em desgosto quando River a puxou para o quarto e começou um desfile de vestidos, alguns brilhantes, outros estampados demais, alguns simples demais ou exagerados, no fim ela optou por um tubinho preto um pouco sexy e saltos finos. – O que você vai usar?

—O vermelho que é completamente solto e não marca nada.

—Saltos?

—Os pretos grossos.

—Cabelo?

—Solto ou com babyliss.

—Maquiagem?

—Fraca, talvez um batom vinho. – disse comendo os últimos pedaços de melancia que estavam na tigela, River riu.

—Pra quem não queria ir até que você já tem tudo em mente.

—Eu disse que não queria ir, mas já que estou sendo obrigada não posso aparecer com o meu pijama.

—Acho que eles de admirariam de qualquer jeito. – ela disse, em sua voz Caitlin já podia identificar a segunda, quarta e até oitava intenção. – Que tal a gente testar a teoria dos três mosqueteiros.

—Não vamos testar teoria nenhuma. – falou se levantando da cama. – Porque não tem nada para testar.

—Ok, né.

Saiu do quarto, mas ainda podia ouvir River rir consigo mesma, talvez ter aceitado ir fosse uma má ideia. Uma péssima ideia.

 


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