Escolhas escrita por Rayanne Reis


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Esse capítulo é especialmente para a Robsten Rematch que recomendou a fic. Muito obrigada Tita, amei cada palavra.



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Edward sentiu algo o cutucando e quando abriu os olhos, Alice o fitava.

—Como ela está? – perguntou num sussurro.

—Me espera lá fora. – pediu e com delicadeza tirou Bella dos seus braços e foi até a irmã. Ele não queria acordar a esposa, ela precisava descansar. – Mal Alice, muito mal. – encostou-se à parede.

—Carmen nos contou como ela chegou. - falou em tom de censura.

—Eu sei que você não gosta dela, mas será que pode me ajudar? Não sei o que fazer.

—Não é que não gosto dela. Só não confio nela e acho que tem algo de errado nessa história. Se bem que, vendo vocês dois daquele jeito, até pareciam um casal de verdade.

—Alice, não vamos falar sobre as suas paranoias. – pediu irritado com a intromissão da irmã.

—Tudo bem. Vou preparar algo para a Bella comer. – deu as costas para o irmão e desceu as escadas. Edward entrou no quarto e deu de cara com Bella encarando a porta.

—Achei que tivesse ido embora.

—Só estava conversando com a Alice, ela veio saber como você está. – foi até ela. – Como está?

—Me sinto melhor. Obrigada por ter me ajudado. – ela estava envergonhada do que tinha feito na noite anterior. Ela sempre bebia até cair, mas por algum motivo, ainda inexplicável, ela se sentiu constrangida por Edward tê-la visto daquela forma.

—Não precisa agradecer. Sou seu marido. – respondeu com um sorriso.

—Não sabia que o seu rosto podia fazer isso.

—Isso o que?

—Sorrir. – respondeu e ele riu. Era a primeira vez que ela o via rir e achou o som maravilhoso. – Achei que tivesse algum problema e que não pudesse sorrir.

—Não tenho dito muito motivos para sorrir. – sentou na cama. – Eu falei sério quando disse que queria ser seu amigo.

—Nunca tive um amigo de verdade.

—Bem, agora você tem. – abriu os braços.

—Só não me venha com apelidos bobos. – fez uma careta se lembrando de como Emmett a chamava. 

—Ok Belinha. – a provocou. – Vou deixar você à vontade para que possa se trocar.

—Não quero me levantar. – voltou a deitar na cama.

—Você precisa. Alice vai trazer algo para você comer. Então se arrume que tem muitas coisas para resolver.

—Você é muito mandão. – mostrou a língua para ele.

[...]

—Oi Bella. – Alice entrou no quarto carregando uma bandeja. – Rose e eu trouxemos seu café. – Bella que ainda estava deitada na cama sentou e encarou as duas.

—Como você está? – Rose foi até ela e a abraçou. Bella não gostava de abraços, mas aceitou esse de bom grado. Ela precisava de um pouco de colo.

—Me sinto destruída. Meu avô era tudo o que tinha e agora que ele se foi... – deu de ombros deixando a frase no ar.

—Sei que não é a mesma coisa, mas você tem a nós. Estaremos ao seu lado. – Rose deu outro abraço nela. Bella não queria se apegar a eles, pois sabia que eles não ficariam para sempre em vida dela, e quando eles fossem embora, ela sofreria.

—Obrigada!

—Coma algo. – Alice entregou a bandeja para ela e se manteve distante.

—Não estou com fome e não costumo comer pela manhã.

—Coma pelo menos uma fruta. – Rose pediu com doçura e Bella pegou uma torrada e quando colocou na boca percebeu o quão faminta estava.

—Precisa de algo mais? É só dizer que estou a sua disposição. – ao contrário de Alice, Rose tinha tido uma forte empatia por Bella.

—Preciso de ajuda com os preparativos do funeral.

—Eu te ajudo. Não se preocupe. É só dar as orientações. – Bella apertou a mão dela em agradecimento.

—Eu ajudaria, mas tenho que ver como a mamãe está. A propósito, ela te mandou um abraço.

—Agradeça a ela por mim. Quando tiver um tempo vou visita-la.

—Ok. – Alice se virou e saiu do quarto.

—Acho que ela não gosta muito de mim.

—Ela só está achando estranho você e Edward terem se casado tão rápido e ela era a única que gostava um pouco da Victoria. – Bella deu espaço para Rose sentar na cama.

—Me fale mais sobre ela. – pediu curiosa, enquanto devorava o café da manhã.

—Ela é ruiva, alta e até que é bonita. Você é mais, é claro. Eles se conheciam desde a adolescência.

—E por que não gostam dela?

—Não sei. Ela nunca fez nada de mal, ficava sempre na dela e não gostava muito de participar dos momentos em família. Acho que ela não se encaixava na família.

—E você acha que eu me encaixo? – perguntou com surpresa.

—Você e Edward combinam. De uma forma bem estranha, mas combinam. E precisávamos de alguém assim na família.

—Assim como? – ela quis acrescentar, com dinheiro? Mas percebeu que seria rude demais.

—Alguém com tanta tenacidade e altruísmo. – Bella se perguntou se Rose estava sendo falsa ou se ela não sabia o significado daquelas palavras, pois ela não era nenhuma das duas coisas.

—Vai me ajudar então? – perguntou mudando de assunto.

—É claro. Eu diria para você se animar, mas é um velório. Então, seja forte. – sorriu para ela e a ajudou a se levantar.

Bella imaginou que passaria por esse momento sozinha, mas ao que parece ela não estava tão só. Rose ficou ao lado dela o tempo todo e a ajudou em todos os detalhes e Edward após ser expulso pela mãe, do hospital, também ficou ao lado dela.

A cerimônia foi simples e rápida. Bella não quis prolongar o sofrimento e também não queria que os abutres ficassem rondando ela ou o corpo do avô, o que não impediu em nada que Marcus fizesse isso.

—Lamento muito sobrinha. – ele tentou abraça-la, mas Bella o ignorou e Edward percebendo o desconforto dela, passou os braços em volta dela. – Não dei os parabéns pelo casamento.

—Marcus, me deixe em paz.

—Só estou sendo gentil e preciso cuidar da minha sobrinha. Somos família.

—Não Marcus, nós não somos família. Eu já tenho família. – segurou na mão do marido e Marcus vendo que não conseguiria nada ali, saiu deixando os dois a sós.

—Você está tremendo. – Edward se perguntou o que mais Marcus tinha feito, além de roubar dinheiro da empresa, para que Bella ficasse tão tensa perto dele.

—Estou com um pouco de frio. Será que podemos ir? Não quero ficar aqui mais nenhum segundo.

—É claro. – a levou até o carro e quando chegaram em casa, Bella se trancou no quarto.

[...]

—Oi mãe. – Edward foi até ela e lhe deu um beijo na testa.

—O que faz aqui? Era para estar ao lado da sua esposa. – o repreendeu.

—Ela quis ficar sozinha. – sentou ao lado da cama da mãe. – Como está?

—Bem melhor. Os médicos acham que vou poder receber alta até o final da semana.

—Que excelente notícia.

—Quando sair daqui, quero cozinhar. Faz tanto tempo que não entro em uma cozinha. Será que Bella vai se importar? – Edward achava que Bella nem deveria saber onde ficava a cozinha.

—Não mãe. E ela vai amar quando experimentar o seu macarrão. – Esme era uma excelente cozinheira.

—Já tenho o prato perfeito em mente. A família dela é italiana? Deve ser. – Esme estava falante e muito animada em poder ir para casa em breve. – Eu sinto tanta dó dela. Tão jovem e já sofreu tanto. Deveria levar ela para viajar, vocês nem tiveram uma lua de mel.

—Com tudo o que está acontecendo, não vamos ter. – se mexeu desconfortável na cadeira.

—A leve pelo menos para passar um final de semana fora. – talvez a ideia não fosse tão ruim assim, Bella realmente precisava se distrair um pouco e ficaria muito estranho se eles não “tivessem uma lua de mel”.

—Vou ver com ela. As coisas estão realmente muito complicadas.

—O que está te afligindo? – perguntou preocupada com a expressão do filho.

—Tem esse tio-avô dela, o Marcus, ele tem roubado a empresa há vários anos, mas eu acho que tem algo mais nessa história. A Bella sempre fica tensa quando está perto dele.

—Por que não pergunta a ela? Se estiver acontecendo algo, você tem que protegê-la.

—Eu sei mãe, mas não quero ser invasivo.

—O segredo para um casamento de sucesso, é o diálogo.

—Vou dar um pouco de espaço a ela. Cada um tem uma forma de enfrentar o luto.

—Quando partir, não quero que fique sozinho.

—Você não vai partir tão cedo Dona Esme, eu te proíbo. Em breve vai estar em casa, e sei que não é a nossa casa, mas estaremos juntos.

—Não vamos ficar muito tempo lá. Seu pai e eu já estamos planejando alugar uma casa quando as coisas se ajeitarem para ele no serviço. Não quero incomodar vocês. – Edward quis confessar que ele também não ficaria muito tempo na mansão. Bella tinha dito que eles teriam que ficar casados por apenas 1 ano. E quando esse prazo terminasse, ele voltaria para Victoria e se casaria com a mulher que amava.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Algo me diz que os planos do Edward vão mudar...
Um pequeno aviso, nesse resto de ano, vou diminuir a frequência das postagens, vai ter capítulo toda semana, só não vai ter 3 na mesma semana.
Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.
Bjs e até mais.