Em um segundo escrita por Carol


Capítulo 16
Capítulo 16 – Interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos ^.^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747575/chapter/16

― Não acredito que vai me abandonar e não só a mim a sua filha também!

― Não vou, é só por hoje, prometo, preciso conversar com a Gabi. – Ed conversava com Carol no campus. – Eu tenho certeza que ela vai entender e amanhã estarei com você.

― O que eu faço se a Mel perguntar por você?

― Você me liga, que eu falo com ela.

― Você é ruim, uma esposa ruim e uma mãe ruim. – Ed fez cara de triste.

― Criança birrenta. – Carol se aproximou do amado e o beijou. – Não sou sua esposa, não ainda.

― E o que falta para isso acontece?

― Você fazer o pedido, talvez?

― Sério isso?

― Sim. Quero carruagem, flores e champanhe. – Carol brincou se distanciando do amado.

― Ca-Carolina! – Ele chamou e ela olhou. ― Eu te amo!

― Eu também te amo, meu príncipe! – Ela gritou de volta. – Amanhã, eu prometo. – Ele sorriu e acenou.

― Então, me conta tudo. – Gabriele já ia perguntando. ― Como foi? Quais as novidades?

― Aconteceram tantas coisas.

― Posso imaginar, sua pele está ótima e seu sorriso... ah não sai dos lábios.

― Safada! – Carol exclamou e as duas riram. – Mas foi muito bom nesse quesito também, mas não me referia a isso, não ainda. – Carol disse saliente e Gabi riu.

― Então conta. O beijo, foi igual como era?

― Sim, foi como sempre, mas melhor, entende?

― Acho que sim, será que ele andou treinando por ai?

― Não! Ele não se envolveu com ninguém... ou melhor...

― O que, o que aconteceu? Conta logo.

― Ele tem uma filha.

― O que?! – Gabi arregalou seus olhos negros ficando espantada, ela levava as mãos a cabeça em desespero. – Ele é casado? E vocês ficaram mesmo assim? Filha? – Carol respirou fundo e contou tudo a amiga que no fim se entristeceu. – Nossa, coitado! Meu Deus, passou por tudo isso. Gente! Vocês sofreram muito, que história de novela é essa! Como pode? Que mulher perversa, ainda bem que está presa, vagabunda! Mas e a menina, quantos anos tem?

― Ela tem um, ou melhor, vai fazer um ano e estamos organizando a festa dela e ela me chama de mãe.

― O que?! – Mais uma vez Gabi abria a boca e arregalava os olhos.

― Ed ensinou a menina desde que nasceu, ou si lá, a me chamar de mãe, ele mostrava fotos minhas e dizia a ela que eu era a mãe.

― Awwnnnnn que lindo! Você tem uma filha, amiga. Tem fotos dela?

― Tenho algumas no celular.

― Quero ver. – Gabi dizia já pegando o celular da amiga.

― Nossa que linda, qual o nome?

― Melina.

― Que lindo gente! Olha você! Tão feliz e ela também, segura você com força, olha a cara do pai, todo besta. – Gabi riu. – Ai, já vi que perdi minha companheira de quarto.

― Ah Gabi...

― Não, nem implore. Eu estou te colocando para fora da minha casa, não quero mais você aqui.

― Mas eu vou continuar te ajudando com o aluguel.

― Nem pensar, agora você tem uma filha, use o dinheiro com ela e sua família. Eu estou dando meu jeito. – Gabi sorriu maliciosa.

― Que jeito? E já está dando? Você está mesmo me pondo para fora! E eu besta achei que você fosse chorar, pedir para eu ficar, brigar com Ed, ter ciúmes da Mel, mas não, está já arrumando esquemas. Pode contar.

― Hei, a interrogada aqui é você.

― Não, nada disso, me conte.

― Então, estão ocorrendo as chamadas extras, ou segunda chamada, sei lá e um vizinho meu conseguiu passar e está procurando um lugar para ficar aqui, eu tenho uma queda por ele, sei lá, eu acho que desde sempre. Minha mãe nesse fim de semana comentou que a mãe dele está com pena por que ele pode até pensar em desistir, já que as aulas começaram fica difícil para ele se arrumar tão rápido e ele já tenta entrar na faculdade faz um tempo, então eu disse que poderia vagar o seu quarto e minha mãe contou para a mãe dele e ele me procurou, aquele Deus de ébano. Eu quase morri, só faltei dizer que ele poderia morar aqui de graça.

― Safada!

― Sou nada. Mas vou amar, acordar todas as manhãs e ver aquele Deus andando de sunga pela casa. – Carol, ria desesperadamente.

― Sua mãe aceitou isso de boa?

― Claro, ela nem maldou.

― Que inocente, não sabe a filha que tem, mas e o carinha?

― Ele pareceu feliz, me agradeceu com um beijo, mas que beijo menina! Eu sempre sonhei com um beijo dele, mas em meus sonhos não era tão bom.

― Por isso você disse me entender quando falei do beijo.

― Isso. – Gabi baixava a cabeça envergonhada.

― Pelo que estou vendo, nem vai precisar do meu quarto.

― Uso como closet. – Gabi disse e gargalhou acompanhada pela amiga. – Mas hoje você dorme aqui, não é?

― Se você deixar, sim.

― Se eu deixar... sua besta, eu te amo, queria você aqui por muito tempo, mas não vou pedir isso a você. Me conta mais sobre seu fim de semana, não esconda nenhum detalhe, quero todos os detalhes, os mais sórdidos também. – Gabi se divertia e Carol começou a narrar seu fim de semana.

As amigas conversaram por horas, comeram besteiras e bebiam refrigerante, riam, cantavam e conversavam, de repente, o telefone de Carol começa a chamar, ela corre para atender.

― Oi amor, algum problema?

― Você disse que eu poderia ligar, sua filha está te chamando. – Ed dizia.

― Mama mama mama – A menina berrava do outro lado.

― Calma Melina ela vai falar com você. – Ed dizia desesperado. – Desculpe, mas não sabia mais o que fazer para ela se acalmar, fala com ela, por favor.

― Oi Mel, minha princesinha, o que foi, está com saudades?

― Mamama mamamama – A menina dizia e sorria.

― Logo a mamãe estará de volta. – A menina parecia entender e voltou a chorar.

― Desculpe por isso amor, mas pode abrir a porta?

― Oi? – Carol perguntava confusa.

― Estamos aqui, na frente da sua casa.

― Aqui, agora? – Ela parecia surpresa.

― Sim, abre aporta, por favor?

― Sim, claro. Gabi, abra a porta para mim? – Carol pediu para a amiga e Gabi rapidamente abriu a porta, Melina estava coberta por lágrimas e Ed descabelado.

― Desculpe meninas, quando ela começa não para mais, Dudu fez de tudo, eu também tentei, cantei para ela, brinquei com ela, conversei com ela, até briguei com ela, mas não deu certo ela só quer você.

― Você brigou com ela? – Carol disse sério. – Eu disse que poderia me ligar, mas você brigou com ela?

― Ela está muito mimada. Para que todo esse escândalo, não precisava ela berrar tanto.

― Me dá ela aqui. – Carol segurou a menina que imediatamente se calou. – Oi meu amor, sentiu saudades?

― Dades mama. – A menina dizia.

― Awnnnn – Gabi murmurava.

― Melina essa é a tia Gabi, diz oi para ela.

― Oi titi. – Melina respondeu

― Gente! Que fofura! E você brigando com ela. – Gabi olhava para Edward e apontava o dedo.

― Não é? – Carol tentava entender. – Essa criança é muito fofa. Não tem nem por que brigar.

― Ah sim, apenas faça as vontades dela, tudo fica mais fácil.

― Não se trata de fazer vontades. Para ela eu sou a mãe que ela nunca viu antes na vida a não ser por fotos, quando ela teve a mãe perto por um final de semana completo e, essa mesma mãe, precisou sumir de novo, o que você achou que iria acontecer?

― Me sinto um idiota. Você tem razão. Mais uma vez, desculpe ter atrapalhado vocês.

― Não atrapalhou em nada, me dá aqui minha sobrinha um pouco.

― Titi binca. Bubu – Mel dizia mostrando o ursinho para Gabi e já puxando a moça para o quarto de Carol.

― Não acredito que ela se lembra do seu quarto, estou impressionado.

― Realmente, é impressionante as coisas que uma criança pode aprender, não é mesmo?

― Ah meu amor, não briga comigo, já disse que não ensinei a Mel a te chamar de Mãe por mal, mas sua amiga pareceu achar bem bonitinho, ouvi quando ela suspirou.

― Você não tem jeito e eu te amo, estava com saudades.

― Mesmo?

― Sim. Muitas saudades. Saudades gigantes.

― Hum. – Ele murmurou e a beijou. – Não sei como vou embora, se eu a separar de você, ela vai chorar. Me ajuda? – Ele implorava.

― Fica aqui com ela, hoje preciso ficar com a Gabi.

― Como assim hoje? Isso significa que...

― Sim. – A menina abriu um sorriso e Ed estava empolgado.

― Gabriele. – Ele gritou.

― Oi?! – A menina gritou em resposta.

― Muito obrigado por devolver a minha princesa.

― Por nada, mas você me deve uma. – Gabi se aproveitava.

― Pode cobrar. – Ed abraçou Carol e a beijou dizendo. – Estou tão feliz, tão feliz, tão feliz.

― Eu também, eu também, eu também. – Ela dizia em resposta.

Pela manhã bem cedo Ed saiu com Melina e a deixou com Dulce em sua casa, seguiu para sua aula, a tarde iria trabalhar e a noite finalmente buscaria sua amada para em fim viverem juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Em um segundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.