The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 21
Bebê a bordo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olá, Terráqueos! Como vocês estão, chuchus da minha horta?
Depois de dias sumida, aqui estou eu. Devo desculpas pelo atraso de novo, eu sei. Porém, aqui estou e com um capítulo novo para vocês.
Nos vemos lá em baixo, ok?
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746953/chapter/21

 —"Eu sou bi"? Você encerrou a coletiva de imprensa revelando sua orientação sexual? – revirei os olhos.

—Olha, eu sei que jornalistas são fofoqueiros. Não são todos, mas a maioria, sim. – falei, comendo meu waffle.

—Não fale de boca cheia, Melinda. Tenha modos. – Michelle me repreendeu séria.

—Foi mal aí, mamacita. – sorri, erguendo as mãos para o alto. – Retomando, como disse antes da coletiva: eu vou continuar estudando. Não sei se eles vão bancar o stalker ou não. Se forem, eles irão saber que eu corto para os dois lados. – mais um pedaço de waffle. – E é melhor as pessoas saberem pela minha boca do que por matérias jornalísticas, que, convenhamos, na maioria das vezes favorecem eles do que o indivíduo citado. –

—Realmente é bom você ter cuidado. Depois do que fez com a Everhart, não irá vir uma matéria favorável a você na Vanity Fair. – Natasha cruzou os braços.

—Olha, aquela mulher é insuportável! Sério mesmo. Nunca vi pessoa mais cínica, sonsa e fingida que ela. – protestei indignada.

—Eu já. Você.— encarei Michael, que sorriu. – Tirando a parte do fingida. Você costuma falar na frente das pessoas mesmo. – dei um sorriso cínico.

—Você é um ótimo pai, Michael. Nunca duvide disso. – o sorriso dele aumentou, transformando em uma risada. – E vocês sabem. Estamos no século XXI, mas a sociedade ainda é muito preconceituosa. Já estou até vendo os comentários de que eu serei uma péssima influência para as crianças como uma Vingadora. – soltei uma risada, quase me engasgando com um pedaço de waffle.

—Se vão dizer isso apenas por sua orientação sexual, imaginem se eles conhecessem você pessoalmente. – a Bruxinha falou me fazendo rir.

—Minha carreira estaria acabada. – Wanda riu. – E aí? Por ser uma Vingadora eu tenho privilégios nos lugares? –

—É claro que não. – bufei.

—Acabou com a minha esperança de comprar uma moto de graça. – murmurei.

—Comprar de graça. Essa é ótima. – Rhodes soltou uma risada.

Peguei meu celular e soltei uma risada empolgada quando consegui desbloquear ele sem travar.

—Até que fim, meu Deus! Finalmente não terei mais vida social! – falei indo para o Twitter.

—Do que está falando? – virei a tela do celular para Tony.

—A melhor rede social do mundo. – respondi voltando a mexer no aparelho.

—Você irá apagar todas suas redes sociais, não? –

—E ter a chance de ter uma vida social? Nem ferrando! – Natasha arqueou a sobrancelha.

—Melinda, não é muito recomendável nós termos redes sociais. Não costumamos conseguir administrar tudo, entende? Salvar o mundo, ter uma vida. – Steve explicou. – Fora que você ainda continuará estudando. Como pretende fazer tudo isso ao mesmo tempo? –

—Olha, bebê, eu posso muito bem salvar o mundo, ter uma vida, estudar e atualizar minhas redes sociais. Eu sou multi tarefas. – joguei uma piscadela para ele. – Agora vamos ver o que o povo está tuitando sobre mim. – sorri. – Caralho! Eu já estou com 11 milhões de seguidores! – soltei uma risada. – Vocês estão com a mais nova digital influence. – anunciei abrindo os braços e exibindo um sorriso orgulhoso.

—Eu fico imaginando se a Melinda fosse rica. – Tony comentou, pensativo. – Como ela seria? –

—Igual a você. – Rhodes e Sam respondeu. Soltei uma risada ao ver a sobrancelha arqueada de Tony.

—Melinda já é igual ao Stark, mesmo sem ser rica ou coisa do tipo. – Natasha corrigiu. – Talvez, o dinheiro só a deixasse mais metida e esnobe. Só talvez. –

—Me acha metida e esnobe, Romanoff? – arqueei a sobrancelha. – Não que seja do interesse de vocês, mas eu sendo rica ou não, não mudaria muito coisa. Apenas iria poder comprar tudo que eu quisesse, inclusive uma moto, que é o que mais quero no momento. – falei voltando a mexer no celular. – O dinheiro não muda a minha forma de ver o mundo e nem interferiria em muita coisa na minha vida. A prova disso foi meu relacionamento com o Ryan. –

—Quem é Ryan? – Sam questionou.

—O cara do jatinho. – Michael respondeu, soltando um suspiro logo em seguida.

—Jatinho? Estou perdido. – Steve respondeu fazendo-me rir. O pobre.

—Ryan Buchanan, filho de Joseph Buchanan, um dos maiores empresários do mundo. – respondi. – Vocês devem saber quem é, não? –

—Você transou com o filho do Joseph Buchanan? – o tom de voz do Tony era incrédulo.

—Não foi apenas uma transa, ok? Nós tivemos um... ahm... – tentei achar uma palavra adequada para definir o meu rolo com o Buchanan. Eu poderia chamar o que tive com o Ryan de rolo?

—Namoro? – Thor sugeriu.

—Não. Eu nunca namorei. – fiz um gesto de dispensa. – Nós tivemos uma... uma bela aventura! Isso! –

—Você rodou para achar uma palavra que expressasse melhor o que tinha com o Buchanan e falou "aventura"?— encarei Tony.

—Cala a boca. – resmunguei revirando os olhos. – Ryan e eu nos conhecemos há dois anos. Ele estava perdido pelo Queens e eu fui ajudá-lo. Admito que assim que o vi, não o reconheci, mas fiquei interessada. Mesmo após ele dizer o nome, eu não lembrei dele. Só me liguei quando estávamos em uma lanchonete tomando um café e chegou um carro preto perto da gente. Era os seguranças dele. Acharam que eu tinha sequestrado o Ryan. – ri lembrando da cena. – Nós começamos a sair. Um ano depois, ele voltou para New York e me convidou para fazer uma viagem. Minha escola estava de férias, então eu só arrumei uma mochila e fui. Ele estava de jatinho. – sorri. – Fomos para o Brasil, vocês acreditam? Na verdade, fomos também para Cuba, Portugal, Japão. Passamos um mês e alguns dias viajando ao redor do mundo. Ainda falta alguns vários países para visitar, é verdade, mas um dia eu chego lá. –

—Você tinha o que? 16 anos? E não passou por qualquer problema com a polícia ou algo do tipo? –

—Eu tinha acabado de fazer 17, ok? – revirei os olhos. – E o pai dele é o Joseph Buchanan! Quer resposta melhor que essa? – encarei Sam que soltou um "faz sentido".

—Tenho medo de um dia casar e a Melinda dizer que já transou com minha noiva. Ela pegou até o Buchanan junior. – Rhodes falou fazendo todos rirem. Meu celular começou a tocar, arrancando-me um sorriso.

—Hey, Chris! Então, o que achou da minha coletiva? –

—Não é a Chris. – franzi as sobrancelhas. – E está no viva voz. Eu, você e ela. –

—Charlie? Sua voz está tensa. Aconteceu alguma coisa? Por que você está ligando do celular da Chris? Ela está bem? Me responde. Aconteceu alguma coisa? – levantei do sofá, atraindo os olhares curiosos dos Vingadores e meus pais.

—Se você parar de falar, eu posso te responder. – revirei os olhos, me afastando deles.

—Certo. O que aconteceu? –

—Nós não vimos a sua coletiva. Na real, nem sabíamos que você iria dar uma entrevista. Como foi? – suspirei.

—Bom, agora todos sabem a verdade. Não toda a verdade, como quem causou a explosão do reator e tudo mais, mas eles sabem que eu ganhei meus poderes do próprio reator. – respondi, andando pela sala. – Ah! Eu agora sou oficialmente uma Vingadora. Legal, né? – dei um sorriso.

—Não brinca. – ouvi uma risada dele. – Está falando sério? –

—E eu já menti alguma vez? –

—Já, várias vezes. – revirei os olhos.

—Isso não importa. O que aconteceu? Por que você ligou do celular da Chris? –

—É porque ela tem algo para te contar, mas não tinha coragem para ligar. – franzi as sobrancelhas.

—O que? Não me diga que finalmente ela conseguiu uma nota menor que a minha em Física e não quer me contar para eu não rir dela. – soltei uma risada.

—Não é momento para brincadeiras, Melinda. – a voz de Charlie estava séria.

—Tudo bem. Estou no aguardo da notícia. – encarei a parede, esperando pelo assunto de vida ou morte. Contudo, ele não veio.

—Anda, Chris. Fala logo para ela! – ouvi Charlie sussurrar baixinho.

—Não! Eu não posso falar isso por telefone, Charles! – Chris sussurrou de volta.

—Não me chama de Charles, Christina! – sua voz subiu algumas oitavas, mas logo voltou a sussurrar: – É a Melinda. Nossa melhor amiga. Sua melhor amiga. E ela precisa saber disso. –

—Olha, eu não sei se vocês lembram, mas quando eu ganhei meus poderes minhas habilidades foram aprimoradas. Significa que tudo foi ampliado. Força, visão, audição, essas coisas. Minha audição não é igual ao do Superman, mas, ainda sim, eu escuto melhor que qualquer pessoa normal com uma ótima saúde auditiva. Então, eu ouvi os sussurros de vocês, por mais baixo que fossem. Sugiro que você, Christina, deixe de enrolar e me conte... –

—Estou grávida. – ela me interrompeu, calando-me.

—Chris! – Charlie a repreendeu.

—Você não disse para contar a ela? – sua voz soou tensa.

—Não desse jeito, sua lerda! Como é que você conta uma coisa dessas assim? – Charlie esbravejou.

—E como eu deveria falar? Usar a teoria da sementinha? "Ah, Melinda, então, eu dormi com um cara aí uma sementinha brotou no meu útero e agora eu serei mãe". – Chris estava sendo irônica em um momento como esse?

—Agora é tarde, não acha? –

—Charlie, qual a chance da Melinda ter desmaiado? Ela não surtou, não gritou e nem nada do tipo. – pisquei os olhos atônita.

—Mel? Melinda? – algo elementar passou pela minha cabeça, fazendo-me despertar.

—Você ficou maluca? – gritei. – Como diabos você me conta uma coisa dessas por telefone? E ainda mais desse jeito? – continuei falando com a voz mais alta que o normal.

—Será que você poderia falar mais baixo? – ela pediu, provavelmente revirando os olhos.

—Você esperava que eu reagisse bem com essa notícia? – retruquei.

—Parece até que quem está grávida é você e não eu. – revirei os olhos. Respirei fundo.

—Onde vocês estão? –

—Na escola. – Charlie respondeu.

—Tudo bem. Vão para minha casa. Estou saindo da Torre agora mesmo. – informei desligando o celular e virando-me na direção dos sofás, onde minha mochila estava.

Foi então que eu reparei os olhares curiosos e sobrancelhas arqueadas na minha direção.

—O que foi? – indaguei.

—Aconteceu alguma coisa? – Sam questionou.

—Não. Nada demais. Apenas uma pessoa que necessita dos meus serviços de psicóloga. – respondi pegando minha mochila.

—A pessoa deve estar muito desesperada para recorrer a você como psicóloga. – Tony alfinetou. O encarei, mostrando meu dedo do meio.

—Não vão para casa agora, ok? – encarei meus pais, que arquearam as sobrancelhas. – Eu não vou fazer uma festa, ok? Não nessas circunstâncias. – peguei minha carteira, indo até eles. – Eu apenas necessito de um tempo com meus amigos. E com amigos, quero dizer Charlie e Chris. Aqui tem 20 US$ – estendi a nota para eles. – Divirtam-se e tragam o troco. –

—O que você e os outros dois irão fazer? – dei de ombros, guardando meu dinheiro de volta. Não aceitaram meu dinheiro de besta.

—Uma festa de arromba. – soltei uma risada. – Estou brincando. A Chris apenas precisa conversar. Sobre algo bem sério. –

—Não quebrem nada ou eu arranco o coro de vocês. – Michelle alertou.

—Michelle Hunters usando expressões brasileiras e ainda por cima nordestina? – arqueei a sobrancelha. – Quem diria, hein? – dei as costas para eles, caminhando até o elevador. – Bon revoar, bebês! – acenei entrando no mesmo.

Ah, mas eu vou matar a Chris.

***

O caminho para casa foi um pouco estranho, mas bastante divertido.

Como meu carro estava na escola sob os cuidados de Tyler - que espero que ele esteja tratando meu bebê com todo amor e carinho -, resolvi ir a pé para casa. E, bom, digamos que eu parecia uma celebridade. Na real, eu era uma celebridade no meio daqueles meros mortais.

Pessoas me paravam nas ruas para tirarem fotos, fazerem perguntas (que se fosse qualquer pessoa acharia algumas inconvenientes, porém, como se trata de mim, tudo ok) e até mesmo pedirem autógrafos.

Eu não sabia que nos dias de hoje ainda se pedia autógrafos, mas tudo bem. Bola para frente.

Minha chegada em casa demorou um pouco, só que eu não achei Charlie e Chris me esperando na varando então deduzi que ainda não tinham chegado.

Ao entrar na casa, vi que estava enganada.

—O que vocês fazem aqui? –

—Você não pediu que a gente viesse para cá, sua lerda? – Charlie soltou visivelmente chateado pela minha demora.

—Sim, mas o que eu quero saber é como entraram aqui. – cruzei os braços.

—A chave reserva no piso solto em baixo do vaso na varanda. – Chris sussurrou. Suspirei.

—Pelo visto, teremos que encontrar outro esconderijo já que esse foi comprometido. – falei, encarando Christina.

Nos nossos 10 anos de amizade, eu nunca tinha visto ela tão abatida como agora. Nem mesmo quando os pais dela contaram que iam se divorciar.

—Por que demorou tanto? – Charlie questionou.

—Muitos fãs. – deixei minha mochila no chão e fui até Chris, sentando na mesinha de centro. Espero que dona Michelle não saiba disso. – Então, bebê, como você está? –

—Fodida. – segurei uma risada. Eu adorava a Chris, mano. – Melinda, eu estou lascada. Tipo, muito lascada. Lascada ao cubo! – arregalei os olhos.

—Meu Deus! São trigêmeos? – indaguei perplexa.

—Não! Foi modo de dizer, sua anta. Bate na madeira, pelo amor de Deus! – sorri.

—Como você descobriu, amor? – Chris suspirou, baixando o olhar.

—Eu descobri hoje mesmo. Há alguns dias eu já andava tonta, com enjôo. Então, no horario do almoço, depois que você foi para a Torre, eu tive outro mal estar e sai correndo para o banheiro. Ao sair, Charlie me puxou para o canto e me entregou um teste de gravidez. –

—Você já suspeitava, né? – encarei Charlie, que assentiu. – Então, Chris, testes de gravidez de farmácia nem sempre são confiáveis e... –

—Três vezes? – me interrompeu. A sobrancelha arqueada.

—Nesse caso, parabéns, bebê, pelo seu bebê. – sorri, abrindo os braços.

—Não! Nada de parabéns, Melinda. – protestou. Minhas sobrancelhas franziram.

—Ué, por que não? – indaguei confusa.

—Porque eu estou grávida! G-R-Á-V-I-D-A. Grávida. – Chris respondeu, visivelmente alterada.

—E? – sondei ainda confusa.

E? E que eu estou grávida com 17 anos! – oh, então esse é o xis da questão.

—Olha, Christina – segurei as mãos dela com força, fazendo seu olhar focar no meu.

—Chamou de Christina, a coisa é séria. –

—Shhh! Não piore o que já está ruim. – repreendi Charlie, que ergueu as mãos em sinal de rendição. – Gravidez não é doença. Você pode engravidar com 10, 20, 30, 40 anos. Não é recomendável engravidar logo cedo ou tarde de mais, mas pode vir a acontecer. Isso é a coisa mais natural do mundo, ok? – ela assentiu em silêncio. – Você se preveniu? –

—Sim. Eu usei camisinha, juro. – sorri.

—Acredito em você, amor. Acontece que mesmo se prevenindo, você pode engravidar. Talvez a camisinha estivesse furada, não sei. Mas você está grávida e a culpa não é sua. Nunca. Jamais você deve pensar que quando a mulher engravida a culpa dela. Não deixe ninguém te dizer isso. – ela sorriu, apertando minha mão contra a sua. – O Adam já sabe? – a morena à minha frente arregalou os olhos.

—O que o Adam tem a ver com isso? – Charlie questionou confuso.

—C-como você soube? – Chris indagou, nervosa.

—Soube o que, gente? – Charlie ainda estava perdido.

—Vocês não sabem mentir, ok? – joguei a real, dando de ombros. – Não como eu. – sorri orgulhosa. – Ninguém mente tão bem quanto eu. E eu sei das coisas, Chris, apenas finjo que não sei. Admito que vocês esconderam muito bem, só não melhor que o Tyler e eu. Só que nós nunca escondemos, vocês que não perguntaram. Enfim, voltando para o assunto do qual eu fugi de novo, eu sabia desde que vocês começaram a sair. Fora quando você saia daqui pela manhã e não tinha dormido comigo. – dei um sorriso, cruzando os braços.

—Eu ainda estou voando. – Charlie murmurou. O encarei seriamente e parece que algo despertou em sua cabeça. – Para tudo! Eu não acredito! Você e o Adam? Sério? Todo mundo no nosso grupinho se pega e só eu que sobrei? –

—Já disse que se você quiser eu te pego sem problema nenhum. – sorri.

—O Adam é o pai? Meu Deus. O mundo está perdido. – Charles me ignorou?

—Não falem a ele. – disse Chris, atordoada. – Ele... ele não sabe de nada. Nem suspeita, nem nada. Então não contem. –

—Tudo bem. Você é a mãe do pestinha, então o direito de contar ao pai é seu. – Chris ficou calada. Semicerrei os olhos. – Você pretende contar ao Adam, né? –

—Eu... eu não sei. – sussurrou.

—Como não? Chris, você não pode privar o Adam de ter conhecimento sobre isso. – disse.

—Mas e se ele não aceitar? Se ele me der um fora? Pior: e se der um fora na criança? –

—Aí a gente bate nele. – sorri dando de ombros. – Estou brincando. Olha, bebê, o Adam, por mais irresponsável que seja jamais deixaria você cuidar desse filho sozinha. Ele ainda é um pouco machista, admito, mas eu fiz o possível e o impossível todos esses anos para enfiar na cabeça dele que nenhuma mulher faz um filho sozinha. Eu não posso dizer se ele vai casar com você e essas coisas, mas eu sei que se ele cogitar a ideia de fazer que o mesmo que pai do Tyler, eu mato meu irmão. – ela sorriu minimamente. – Talvez essa criança seja uma coisa boa para vocês. Quem sabe vocês dois não criam juízo? –

—Melinda Hunters falando sobre responsabilidades. É isso mesmo produção? – Charlie riu, levando Chris consigo. Ela ficou séria de repente.

—Eu não quero que o Adam se sinta obrigado a cuidar dessa criança, Melinda. E se ele não quiser ter o bebê? – suspirei.

—Eu não posso dizer como ele irá reagir. Se terá uma reação positiva ou negativa. Talvez ele fique alguns dias sem falar com você por conta disso, é  a cara do Adam. – revirei os olhos. – Mas aí é só a gente trancar ele no sótão que é sucesso. – soltei uma risada. – Fora que esse filho também é dele. Ou seja, ele tem a obrigação de ajudar você a cuidar dessa criança. Agora você só saberá como ele irá reagir quando contar ao dito cujo. E se por algum acaso ele não quiser cuidar da criança, tudo bem. Você ainda terá o meu apoio. –

—E o meu. – Charlie pousou sua mão sobre as nossas.

—E acredite, meus pais jamais deixaria você arcar com as despesas dessa criança sozinha ou cuidar dela sozinha. Dona Michelle é doida para ter um neto. Lógico que ela vai surtar um pouco por ser avó com o filho ainda adolescente, mas depois ela ficará feliz, aposto. – Christina sorriu, contudo, seus olhos se arregalaram logo depois.

—Meu Deus! Meus pais! – franzi as sobrancelhas, confusa. – Eles vão me matar. Ainda mais depois da separação deles. Meu pai eterno. Melinda, eu... –

—Você irá contar para eles normalmente. Do mesmo jeito que contava sobre sua nota em Física. – sorri. – E se quiser, nós podemos ir com você. –

—Mas... meu pai não vai com a sua cara, você sabe. –

—Azar o dele. – sorri, dando de ombros.

—Ainda mais agora que todos sabem que você tem poderes e é uma Vingadora. – meu sorriso aumentou.

—Eu já deixava claro para ele não mexer comigo antes, então isso só reforça o aviso. – ela sorriu. – Agora eu tenho que fazer uma pergunta importante, talvez a mais importante de todas. – respirei fundo e encarei os olhos dela, seriamente. – Você terá essa criança? – o olhar de Chris se perdeu momentaneamente em um ponto qualquer do chão. – Independente da sua resposta, Chris, a gente vai estar com você. – esclareci, fazendo seu olhar voltar ao meu.

—Sim, eu vou. Admito que essa gravidez me pegou de surpresa, mas eu quero ter esse bebê. – sorri.

—Ótimo. Já estou esperando o chá de bebê para poder comer bastante. – falei levantando e indo até a cozinha. – Estou morrendo de fome. E vocês? –

—Você bem que poderia fazer aquela maravilha brasileira. – Chris veio até mim exibindo um sorriso enorme. Retribui o sorriso.

—Brigadeiro? É pra já! –


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey! E aí, o que acharam?
Adam será papai? Melinda titia? Oi? Dois irresponsáveis e uma criança. No que vai dar?
Novamente eu peço desculpas pela demora, mas em vez de eu choramingar por não ter internet eu resolvi continuar escrevendo. Ou seja, tem três capítulos esperando o momento deles serem postados (e isso ocorrerá em breve já que minha internet voltou).
Até o próximo capítulo, bebês! Bon revoar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The New Avenger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.