The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 19
Ai, caralho


Notas iniciais do capítulo

HEY, HEY, HEY!
EU VOLTEI AGORA PRA FICAR
PORQUE AQUI, AQUI É MEU LUGAR
EU VOLTEI PRAS COISAS QUE EU DEIXEI
EU VOLTEI
HAHA
Sim, gente, eu voltei, caso não tenham percebido pelo meu pequeno surto.
Mil perdões pela demora, mas eu fiquei sem internet. Parece uma desculpa esfarrapada, mas foi o que realmente aconteceu. A vizinha de quem eu roubava a internet não pagou, então eu (e vocês também) sofreram com as consequências.
Enfim, falta de internet a parte, o capítulo novo chegou! Uhuu!
Leiam ele com muito amor e carinho, porque tem momento Melinda e Tyler (amo esses dois).
Nos vemos lá em baixo.



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 —Eu já disse o quanto você fica gato em um terno, pai? – disse assim que ele saiu da sala de armas com duas pistolas nas mãos. Lucas saiu logo depois deixando-me de queixo caído. – Uau! – me sentei no sofá, analisando ele mais detalhadamente. – Acabei de ter um orgasmo só de olhar para você, amor. – dei um sorriso malicioso.

—Meu pai eterno. – ouvi meu pai resmungar.

—Michael, vamos levar mais agentes? – Lucas questionou guardando a arma dele nas costas.

—Daqui de New York, não. Alguns já estão no Cassino, observando cada movimento do Connors. – Michael respondeu também guardando suas armas.

—Ahm... vem cá, vocês vão poder entrar no Cassino armados? – indaguei arqueando a sobrancelha.

—Nós damos nosso jeito. –

—Em cima da hora? A base do improviso? – soltei uma risada.

—Se for para ser pessimista, Melinda, é melhor ir para casa. – revirei os olhos.

—Minha boca será um túmulo, pai. – cruzei os braços.

—Está pronto? – Lucas assentiu.

—Eu também estou. – levantei do sofá começando a andar. – E não, Michael, não quero ir para casa. – falei assim que vi meu pai abrindo a boca. Dei um sorriso, girando as chaves nos dedos. – Eu dirijo. –

—Queremos ir para a Filadélfia, Melinda, não para a Tailândia. – Michael pegou as chaves da minha mão e saiu andando.

—Ei! Eu já dirigi até a Filadélfia, sabia? E existe GPS para que? – bufei indo atrás dele.

—GPS costuma dar rotas mais longas, precisamos chegar na Filadélfia o mais rápido possível. São quase duas horas até lá. – Lucas falou ao meu lado.

—Chegamos em uma hora e meia. Se tivermos sorte, menos. – Michael respondeu. Meu celular começou a tocar.

—Hey, Ty! Advinha para onde estou indo agora. Filadélfia, uma missão com o agente Hunters e seu parceiro. – soltei uma risada. – Nós vamos apreender um contrabandista de armas, acredita? –

—Acredito. Acredito, sim. – notei certa hesitação na fala dele.

—Ty, o que aconteceu? –

—Nada, não aconteceu nada. Eu precisava falar com você, mas não sabia que você estava ocupada. Achei que você já estava em casa, mas tudo bem. Eu posso falar com você amanhã. – franzi as sobrancelhas.

—Tyler, o que aconteceu? – repeti a pergunta, agora mais firme.

—Nada. Melinda, foca na sua missão, ok? Depois a gente conversa. – ele falou antes de desligar. Encarei a tela do celular por um tempo.

—Querida, o que foi? – levantei o olhar para Michael e Lucas. Nós já tínhamos chegado no estacionamento.

—Tyler está com problemas. Ele precisa de mim. Depois do que ele fez por mim hoje, pai... – Michael assentiu, compreendendo, e entregou as chaves do meu carro para mim.

—Vá. Eu mantenho notícias. – assenti e entrei no carro.

—Não morram. – pedi antes de dar a partida e sair da base da S.H.I.E.L.D.

***

—Melinda? – sorri.

—Tia Mary. Como você está? – a abracei.

—Bem, querida, estou bem. – está mentindo, isso sim. – E você? –

—Eu estou bem. E o Tyler? – indaguei.

—O Tyler saiu. Não me disse para onde ia. – minhas sobrancelhas franziram. – Eu achei até que ele estivesse com você. –

—Ele me ligou, mas eu estava ocupada então disse que falaria comigo depois. Eu percebi que ele estava mal e vim para cá. – expliquei coçando a nuca. – O que aconteceu? –

—Albert. – ela suspirou. – Ele veio conversar com o Tyler, aproveitou que eu não estava em casa. Quando cheguei, ouvi gritos de ambos e expulsei Albert daqui. Tyler foi para o quarto sem falar nada e um tempo depois saiu de casa sem dizer um a. Eu não sei o que eu faço, Melinda. – ela murmurou e senti sua voz tremer um pouco. – Estávamos muito bem sem ele. Por que voltar agora? Depois de tantos anos. –

—Hey. – sussurrei segurando as mãos dela. – Vai ficar tudo bem, ok? Esse cara não pode ficar importunando vocês pelo tempo em que ficou fora. – ela respirou fundo.

—Você tem alguma ideia de onde o meu menino possa estar? – assenti.

—Eu vou atrás dele. – ela sorriu, agradecendo.

Me despedi dela e entrei no carro, dando a partida e seguindo para o único lugar que o Tyler poderia estar nesse momento: o bar.
Peguei meu celular e tentei ligar para ele. Como das outras oito vezes, ele não atendeu.

—O que será que o pai do ano falou para você, hein? – murmurei deixando o celular de lado e voltando a prestar atenção no trânsito.

Alguns minutos depois, eu já pude avistar o bar com o olhar. Assim que encontrei uma vaga, estacionei o carro e sai do mesmo, entrando no bar.

—Não acredito! – ouvi uma voz sobressair as demais no bar. – Não é que o bom filho a casa torna? Filha, no caso. – meu olhar encontrou o dono da voz e eu soltei uma risada, prevendo o que iria acontecer. – Senhoras e senhores, Melinda Hunters está de volta! A única campeã dos torneios de quem bebe mais cerveja desde 2012! – Samuel, o bar man, gritou apontando para mim.

As pessoas gritaram batendo palmas e/ou erguendo seus copos e garrafas com bebida. Sorri, fazendo uma reverência.

Caminhei até o balcão, sendo recebida por um beijo e uma garrafa de whisky. Neguei.

—Negou bebida, então aposto que está procurando o Tyler. Acertei? – sorri, assentindo.

—Ele passou por aqui, não passou? – Samuel assentiu preparando uma bebida.

—Passou e estava disposto a esvaziar o meu estoque de vodka. – suspirei.

—Quantas garrafas ele já bebeu? –

—Está na metade da segunda. Ele foi lá para os fundos. – indicou com a cabeça.

—Você pode me dar uma garrafa de água? A mais gelada que tiver. – ele sorriu e me entregou uma garrafa de 500ml muito, mais muito gelada. – Obrigada. – sorri indo até os fundos do bar.

Abri a porta que dava para um beco e olhei ao redor, logo encontrei Tyler virando uma garrafa que ainda continha um resto de vodka. Soltei um suspiro e fui até ele, sentando ao seu lado no chão.

—Levou um fora, amor? – brinquei.

—Melinda? – ele falou com a língua enrolada. – O que você... você não estava na S.H.I.E.L.D.? Fazer... uma missão? – virei meu rosto e encontrei seus olhos azuis me encarando. — Shhh! Ninguém pode saber que você é uma Vingadora. — ele sussurrou com o indicador nos lábios.

—O que aconteceu, bebê? Soube que Albert foi na sua casa e vocês conversaram. Ou bateram boca, não sei. – dei de ombros.

—Aquele cara... é um completo idiota! – ele respondeu batendo nas pernas. – Um completo idiota, Melinda. Um... completo... idiota... – suspirei. Eu não sei se dava para saber o que aconteceu com um Tyler bêbado.

—Sobre o que vocês falaram? – tentei retirar nem que fosse um terço da conversa que eles tiveram.

—Ele me odeia, Melinda. Meu pai me odeia! – fechei os olhos por um curto período antes de suspirar pesadamente.

Tyler levou a boca da garrafa até seus lábios e antes que ele pudesse ingerir a bebida, eu puxei a garrafa de duas mãos.

—Ei! – ele protestou. Deixei a garrafa de vodka do meu lado, longe dele, e peguei a garrafa de água. Abri a mesma e joguei a água gelada na cabeça de Tyler. – Melinda! – ele me repreendeu se esquivando. Guardei metade da água.

—Está melhor? – indaguei deixando a garrafa de lado e passando a mão pelo seu rosto.

—Eu odeio quando você faz isso. – resmungou fazendo menção de levantar. Rapidamente sentei em seu colo, com cada perna ao lado do seu quadril, impedindo-o de levantar.

—Hey. – segurei seu rosto entre minhas mãos. – Me conta o que aconteceu. – sussurrei acariciando suas bochechas.

—Eu fui o motivo dele sair de casa, Melinda. Eu!— ele falou com a voz baixa. – Ele tinha outra família, outros filhos, mas eu fui o motivo da saída dele! Eu! – dessa vez ele falou em um tom de voz mais alto, quase gritando.

—Por quê? –

—Porque ele disse que eu era um péssimo filho! Que eu não fazia nada que ele pedia, que eu não dava o devido valor a ele, que eu era um imprestável! – franzi as sobrancelhas.

—Que raios de motivo é esse? Isso não é uma explicação válida por ele ter saído de casa dizendo que ia marcar uma consulta e nunca mais voltar! – falei indignada.

—Eu sei. – ele murmurou. – Ele disse que eu estraguei a vida dele, Melinda. – seus olhos olhos encararam os meus. – Ele nunca quis ter um filho. Ele nunca quis me ter como filho! Eu nunca atendi as expectativas dele. Nunca. Eu não era suficiente para ser filho dele. Já os outros três, sim! – limpei as lágrimas dele. – Será que eu não sou o suficiente para ninguém, Melinda? –

—Você é suficiente sim! — segurei seu rosto com mais firmeza. — Você é suficiente para mim, Tyler! – encarei seus olhos que focavam nos meus com intensidade. – E eu estou com vontade de te bater por pensar que você é insuficiente apenas porque aquele embuste chegou e te disse aquilo. –

—Ele está com câncer. Leucemia, Melinda. – ele sussurrou.

—Ai, caralho. –

—Ele precisa de um transplante com alguém compatível, Melinda. Eu sou o único dos filhos dele que é compatível. – algumas lágrimas caíram sob o rosto dele. – Foi por isso que ele deu as caras. –

—Que filho da puta. – falei entredentes. – Mas que caralho! Como ele tem a cara de pau de só te procurar por que ele está morrendo? Só porque precisa da sua medula óssea? –

—Por que meu pai tem que ser tão filho da puta? Por quê? – ele indagou mantendo o olhar no meu, mas logo ele cobriu o rosto com as mão, caindo no choro.

Abracei Tyler, encostando sua cabeça em meu peito enquanto afagava suas costas e cabelo. Seus braços circundaram minha cintura e ali ficamos por um tempo.

Como diabos um pai tem coragem de fazer isso com seu próprio filho?

O pior vilão não é Ultron ou a HYDRA. O pior vilão é o próprio ser humano.

Eu não sei quanto tempo se passou. Se foi 15, 20 ou 30 minutos, mas enquanto Tyler se acalmava, eu só tinha uma pergunta na cabeça:

—Ty, sabe onde o pai do ano está morando? –

***

Parei o carro em frente a casa que com toda certeza deve ser a do Albert. Era a única casa azul e com o número 1432 daquela rua.

—Ty, você vai ficar aqui ou... – olhei para o banco do passageiro e encontrei o garoto dormindo. Suspirei. – Ótimo. A missão é só minha. – disse desligando o carro e pegando a chave, saindo do mesmo.

Caminhei até a casa e apertei a campainha. Enquanto esperava, olhei ao redor. Não tinha uma alma viva perambulando, nenhum carro passando pela rua. Nada.

A porta foi aberta, atraindo minha atenção.

—Nicole? – falei surpresa.

—Melinda? – a garota falou mais surpresa ainda e logo um gritinho escapou da garganta dela. – Eu não acredito! – Nicole me abraçou enquanto ria. – O que você faz aqui? Meu Deus! Eu não acredito que você está aqui! –

—Nicole, quem é? – ouvi uma voz masculina vir de dentro da casa.

Antes que eu pudesse processar qualquer coisa, Nicole segurou minha mão e me puxou para dentro da casa.

—Gente, vocês não vão acreditar em quem apareceu na nossa porta! – ela falou toda animada e logo estávamos na sala, em frente às outras duas figuras que eu conhecia muito bem.

—Não acredito! Melinda? Meu Deus! – Danielle levantou do sofá e pulou em cima de mim.

Graças a um reflexo muito rápido e aos treinamentos que eu tive com a Nat e Amy, nós não caímos no chão. Mesmo após ela colocar os pés no chão, continuou abraçada a mim – lê-se: me sufocando.

—Dani, você vai matar a Melinda! – Nathan falou vindo até nós. Danielle me soltou e o garoto me abraçou totalmente diferente das duas irmãs. – Não acredito que você está aqui. – me separei dele e então eu disse alguma coisa:

—Mas que palhaçada é essa? – coloquei as mãos na cintura. – O que vocês estão fazendo aqui? Digo, desde quando vocês moram em New York? Achei que estivessem em Massachusetts! – eles riram.

—Nos mudamos para New York há duas semanas. Ainda não temos certeza se vamos morar aqui definitivamente. – Danielle respondeu.

—Mas o que você está fazendo aqui, Ruivinha? Achei que nunca mais fôssemos te ver. – a pergunta de Nathan me fez lembrar o porquê de eu ter apertado aquela campainha.

—Eu... estou procurando uma pessoa, mas acho que errei de casa. – cocei minha nuca. – Mas como diabos eu errei de casa? Essa é a única casa azul dessa rua! E não tinham duas casas com a numeração 1432. –

—Sim, é a única casa azul da rua e a única com a numeração 1432. – Nicole soltou uma risada.

—Ué. Mas eu tenho certeza que essa era a casa da pessoa que eu procurava. – então revirei os olhos. – O Tyler estava bêbado. É óbvio que ele errou a casa. – bufei passando as mãos pelo cabelo. – Mas que anta que ele é! –

—Quem você está procurando, Melinda? – Dani questionou.

—Albert. –

—Nosso pai? – ela franziu as sobrancelhas.

—Espera. Pai?— repeti vendo se escutei direito. Os três assentiram. – Ai, caralho. – murmurei levando a mão até a boca. – Não acredito que vocês são os outros filhos do Albert. –

—Você conhece nosso pai? –

—Você conhece o nosso outro irmão? –

Diante das perguntas das gêmeas eu só consegui fazer uma coisa: rir.

Sim, eu ri na maior cara de pau. Mano do céu.

—Do que você está rindo, Melinda? – Nathan falou confuso.

—Meu Deus! – falei entre uma risada ou outra. – Eu transei com os quatro irmãos! Socorro! – disse ainda rindo.

—Você conhece nosso irmão. – Dani falou agora com toda certeza.

—Sim! – respondi ainda rindo. Após algum tempo, quando a risada cessou um pouco, eu respirei fundo e encarei os três irmãos. – Eu não acredito que vocês são filhos do Albert. –

—Então você conhece o nosso pai? –

—Felizmente não, Nathan. Porém, terei o desprazer de conhecer hoje. – suspirei. – Onde ele está? –

—No quarto, mas... –

—Ah, ótimo. – disse indo em direção à escada. – Primeira porta a esquerda ou direita? –

—Espera. – Danielle segurou meu braço. – O que está acontecendo? – suspirei.

—Eu preciso falar com o pai de vocês sobre o Tyler. – expliquei.

—Melinda... –

—Olha, se vocês não querem que eu suba, tragam o pai do ano para cá. Mas eu não saio daqui sem falar com ele. – cruzei os braços.

Os três irmãos se encararam por um período, mas logo Nicole deu de ombros e começou a subir a escada.

—Só não conte a ele que eu sou amiga do Tyler. Pelo menos não agora. – pedi e vi ela assentir depois de um tempo.

—Você não vai bater nele, vai? – soltei uma risada com a pergunta de Nathan.

—Depende muito do meu humor e das respostas dele para minhas perguntas. –

—Por que você não se senta? –

—Estou inquieta, Dani. – fiz um gesto de dispensa. Alguns minutos se passaram e logo Nicole desceu com o pai. – Ah! Olha ele aí! – sorri largamente. – Boa noite, Albert. –

—Boa noite. Quem é você? – o homem perguntou.

—Melinda. Melinda Hunters. – ele arqueou a sobrancelha.

—Eu deveria saber quem é você? – assenti devagar.

—Deveria, já que eu sou amiga do seu filho. – então, fingindo lembrar de algo muito importante, bati na testa. – Ah, é! Você sumiu da vida do seu filho por 15 anos! – soltei uma risada. – A desculpa foi maravilhosa, sério mesmo. Marcar consulta? – novamente soltei uma risada. – Não podia ter usado uma mais tradicional? A de comprar cigarros e nunca mais dar as caras ainda é um clássico. –

—Quem você pensa que é para vir até minha casa e me insultar desse jeito? – Albert falou causando-me mais uma risada. Esse cara é engraçado.

—Eu já disse quem eu sou. Melinda Hunters, amiga e peguete do seu filho. Bom, eu acho que de todos os seus filhos. As duas coisas. – sorri.

—Então você é amiga do Tyler? – ergui os ombros. – Ele mandou você aqui? – revirei os olhos.

—Ninguém manda em mim, bebê. Eu vim aqui por conta própria. – suspirei. – Soube que você foi na casa do seu primogênito hoje a noite. Então, como foi a conversa? –

—Olha, garota, eu não vou ficar aqui ouvindo você falar asneiras. Tenha uma boa noite! – Albert fez menção de sair pela tangente e subir a escada, mas antes que ele desse um passo eu entrei na sua frente.

—Olha, papi soberano, eu vou ter que discordar de você. Porque o que você vai fazer é me ouvir falando. E eu devo te alertar que eu amo falar muito. – sorri. – Então, tio, se você quiser se livrar de mim mais rápido sugiro que fique de boca fechada, não tente sair pela tangente e responda todas as perguntas que eu fizer, que não serão poucas. –

—Melinda, o que você... – interrompi Danielle erguendo minha mão.

—Olha, bebê, eu realmente preciso muito conversar com o pai de vocês. Se vocês forem dar pitaco a cada frase que eu disser, acho bom que se retirem. Um pouco contraditório já que a casa é de vocês, mas é um singelo pedido. – dei um sorriso pequeno e voltei a encarar o homem. – Ótimo. Vamos para a primeira pergunta valendo um soco na cara. –

—Melinda! –

—Relaxa, gente, não vou bater em ninguém! – revirei os olhos. – Por que você foi embora? – ele engoliu seco. – Vamos, coração. É uma pergunta simples. –

—Eu me recuso a ficar aqui. – ele tentou novamente passar por mim, mas eu ergui a mão até seu peito, fazendo-o parar.

—Responda. – mandei entredentes.

—Eu quis viver minha vida, quis viver com meus filhos. – ele respondeu sem tirar os olhos dos meus. – Eu não amava mais a Mary, estava apaixonado por outra mulher, tive filhos com ela. Decidi começar uma nova vida. –

—Esquecendo seu próprio filho? – arqueei a sobrancelha. Ele ficou calado.

—Melinda, nosso pai não sabia que a mãe do Tyler estava grávida. – Danielle respondeu atraindo meu olhar até ela. – Ele só soube há algumas semanas que tinha um filho. –

—Parece que temos um impasse. – voltei a encarar o pai dos meninos. – Você mentiu para seus filhos, Albert? Que coisa feia! – balancei a cabeça negativamente.

—Mentiu? Mentiu em relação a que? – Nicole questionou visivelmente confusa.

—Quando Albert fugiu, o Tyler tinha 3 anos. – respondi, cruzando os braços. – Ele sabia muito bem da existência do filho. –

—Pai... –

—O bom foi que ele sumiu do mapa, não apareceu nem no aniversário do filho, nem na formatura e em nenhuma outra data comemorativa. Albert não teve a decência nem de pagar uma mísera pensão. – olhei ao redor da casa. – E pelo que eu vejo, você tinha ótimas condições para pagar. –

—Isso é verdade, pai? Você fugiu deixando seu filho para trás? –

—Eu não fugi, Nicole. – Albert resmungou. – Eu decidi viver com vocês. –

—E abandonar seu outro filho? Uma criança?! – Danielle gritou.

—Eu não queria ter o Tyler, ok? Eu não queria ter um filho naquela idade! Eu tinha 19 anos! Queria viver minha vida! –

—Quando você quer transar, mas não quer gerar uma criança, você se previne. Existe um método bem simples chamado camisinha. – esclareci calmamente. – Contudo, ainda bem que você não usou porque, caso contrário, Tyler não estaria aqui. – suspirei.

—Eu não acredito que você fez isso, pai. Você deixou uma mãe cuidar de uma criança sozinha! –

—Ela quem engravidou, Nathan! Era para ela ter tomado a pílula. – Albert falou exasperado.

—E ela tomou, mas nem sempre a pílula funciona, sabe? Se tivesse assistido as aulas de Biologia em vez de foder alguém no vestiário, talvez você soubesse. Porém, eu não vou contestar já que você não acredita. Vocês, homens, transam, a mulher engravida e a culpa vai para quem? Para a mulher, óbvio! – soltei uma risada carregada de escárnio. – Vocês têm mentes tão pequenas. –

—Sua... –

—Meça suas palavras, tiozinho. – o interrompi. – Se me ofender, eu esqueço que sou amiga dos seus filhos e te bato. – sorri cínica. – Agora vamos para a última pergunta. A pergunta que vale R$ 1.000.000! – ergui as mãos para o alto exibido um sorriso enorme. – Digo, dólares. Isso é de um programa brasileiro, acho que vocês não conhecem. – fiz um gesto de dispensa. – Então, Albert, a pergunta é bem simples. – cruzei os braços. – Por que você voltou? –

Os três filhos dele o encararam, esperando a resposta. A qual demorou já que faltava coragem.

—Não vai me responder? – nenhuma resposta. – Ok, eu já sei a resposta, mas acho que quem não sabe são seus filhos, né? Então, eu conto ou você conta? –

—Não ouse. – disse entredentes.

—Vou contar até três. Entretanto, devo dizer que se eu contar, não serei cautelosa com as palavras. – alertei e, em vez de contar bem devagar, eu contei bem rápido: – 1, 2, 3! O pai de vocês está com... –

—Eu estou doente! – Albert me interrompeu, falando tudo de forma abrupta. – Eu estou doente. – repetiu, agora mais calmo.

—Doente? Doente como? Uma gripe? Uma virose? – Nicole perguntou fazendo o homem respirar fundo.

—Não. Eu estou com leucemia. –

—O que? – os três falaram incrédulos. – Pai, como você está com leucemia e não nos conta? – Danielle indagou fazendo o pai baixar o olhar.

—Mas leucemia... é o único câncer que... o transplante de medula óssea. Nós podemos... – Nicole tentou falar.

—Vocês não podem nada. – ele falou em um sussurro. – Lembram da bateria de exames que eu pedi para vocês fazerem? Foi para saber se algum de vocês eram compatível comigo. Nenhum é. –

—Foi por isso que você quis voltar para New York? Para estar perto do Tyler em um momento como esse? – Albert não respondeu a pergunta do Nathan. Soltei um suspiro.

—Sim, o pai de vocês procurou o Tyler porque pode morrer a qualquer momento. Porém, ele não quis se reaproximar do filho que ele abandonou porque pode morrer. Ele voltou porque sabe que o Tyler é compatível. – o olhar de Albert carregado de ódio encontrou o meu. – Porque o filho que ele abandonou é o único que pode salvar a merda de vida que ele tem! O pai de vocês voltou com segundas intenções, voltou porque essa volta só beneficiaria ele! –

—Não. Você não pode ter feito isso. – Danielle murmurou. – Isso é tão sujo, pai. –

—As coisas não foram exatamente assim. Vocês vão acreditar em mim ou nessa garota? – ele apontou para mim. Arqueei a sobrancelha.

—Sabe, eu tenho uma coisa para te dizer. É rapidinho. – assim que seu rosto virou-se na minha direção, eu cerrei o punho e acertei um soco na cara dele. – Ops. Desculpe. Minha mão tem vida própria, sério. Me desculpe. – falei sarcasticamente enquanto via Nicole ajudar o pai a se recuperar do golpe. – Olha, Albert, o que eu tenho para te dizer é algo bem simples: o Tyler nunca precisou de você para nada. Ele não precisou de você para ensiná-lo a andar de bicicleta, ou para trocar o pneu do carro, ou para jogar futebol e nem nada. – enumerei. – O Tyler soube fazer tudo isso sozinho. Se tinha algo em que ele precisava de ajuda, a tia Mary ajudava. E eu tenho muito orgulho daquela mulher, sabe? Foi mãe e pai ao mesmo tempo, criou um filho sozinha. Um verdadeiro exemplo de mulher e mãe. Contudo, uma criança precisa de uma figura paterna querendo ou não. Sabe quem foi essa figura? Seu irmão. –

—Você tem um irmão? – não deixei a pergunta de Nathan atrapalhar meu pequeno discurso.

—O tio Harry esteve ao lado do Tyler sempre que ele precisou. O seu irmão, Albert, foi mais pai que você, ele foi mais homem que você. –

—Acho bom você ter cuidado com suas palavras ou eu... –

—Vai fazer o que? Eu posso te matar com um só movimento e olha que eu aprendi isso com uma assassina profissional. – falei exibido um sorriso displicente.

—Ela não está blefando. – Dani esclareceu fazendo meu sorriso aumentar.

—Agora, sabe o que eu sinto por você, Albert? Pena. – então eu parei para pensar por dois segundos e voltei atrás. – Na verdade, eu não sinto nada além do mais puro ódio. Porém, eu teria pena de você por ter perdido toda a vida do Tyler. Você não pôde ver o quão incrível seu filho se tornou. O Tyler se tornou um cara muito melhor que você. E eu agradeço por você ter metido o pé. Deus me livre do Tyler ter tido a oportunidade de se espelhar em você e virar o embuste que você é hoje. – falei com um olhar de desdém.

—Eu não vou ficar aqui nem mais um segundo! – novamente ele tentou sair, mas eu o impedi.

—Espera. Eu tenho só mais uma coisa para falar. Desculpa, é que meus pensamentos costumam vir assim mesmo. Em pequenos fragmentos. – soltei uma risada. – Eu não tenho ideia do que deve estar se passando na cabeça do Tyler nesse momento. Em relação ao transplante muito menos. O Tyler pode não doar a medula dele por vingança ou sei lá, ou ele pode doar para mostrar que não é igual a você que vira as costas para alguém que precisa de você naquele momento. Acontece que se fosse eu não pensaria duas vezes antes de mostrar meu dedo do meio para você e sair andando. Porque eu jamais faria essa doação para você. – cruzei os braços. – Você deve está pensando que eu sou um ser humano horrível. Sim, eu sou. Não mais que você, é verdade, mas sou. Talvez esteja pensando que após isso eu tenha um lugar garantido no Inferno, mas saiba que eu já tenho. Desde meus 6 anos. – sorri. – Bom, era só isso. Tenham uma boa noite. E, meninos – encarei os três filhos dele. –, me desculpem por ter vindo até aqui e falado essas coisas para o pai de vocês. Eu não vim aqui afim de acabar com a bela imagem que vocês têm dele, porém eu precisava fazer isso pelo Tyler. – suspirei. – Enfim, espero que vocês não planejem minha morte. Eu adoro vocês três. E, Albert – encarei o homem e dei um sorriso cínico. –, durma bem e sonhe com os anjos. – acenei e girei nos calcanhares, indo até a porta e saindo da casa.

Inspirei e expirei algumas vezes e logo soltei uma risada. Eu preciso contar isso ao Tyler.

***

—Como o Tyler está? – Michelle perguntou após eu contar onde eu estava e o que fui fazer.

—Dormindo. – suspirei. – Amanhã vai acordar com uma ressaca horrível. –

—Não acredito que um pai teve coragem de fazer isso com um filho. – ela suspirou.

—Pois é, mãe. Acho que enfrentar um capanga da HYDRA é melhor que enfrentar o próprio pai que só deu as caras porque precisa da sua medula óssea. – soltei uma risada. – Não quero nem imaginar como Tyler vai estar amanhã. –

—Tyler é um garoto forte, Melinda. – Michelle segurou minha mão, afagando ela de leve.

—E o Michael? –

—A missão foi um sucesso, mas ele só vem pela manhã. – sorri.

—Claro que foi um sucesso. Meu pai estava encarregado dela. – minha mãe soltou uma risada e deu um tapa de leve na minha mão. – Ei! Eu estou falando sério. Meu pai é o melhor agente que a S.H.I.E.L.D. já teve. –

—Eu sei. Agora, mocinha, eu vou deixar você dormir porque amanhã alguém tem que acordar cedo, não? – arqueei a sobrancelha.

—Quem? Você? Achei que estivesse de folga. – ela revirou os olhos.

—Sem me enrolar, Melinda. Amanhã você vai para à escola querendo ou não. – Michelle levantou da minha cama.

—Eu bem que poderia faltar, né? Tive um domingo cheio! – me joguei no colchão.

—Você não vai faltar aula. E nada de jogar, ler, ver séries ou coisa do tipo. É para dormir. – mandou puxando o cobertor para me cobrir.

—Você é uma chata. Sabia que eu não terminei o último episódio de Supernatural? – peguei meu celular.

—Você já terminou todas as temporadas dessa série, Melinda. Está revendo ela novamente de besta. – Michelle respondeu retirando o celular das minhas mãos e conectando no carregador. – E se eu não fosse chata, não seria mãe. – ela beijou minha testa e saiu do quarto.

Soltei um suspiro e puxei mais o cobertor, virando para o lado. Eu realmente tive um dia cheio.

***

—Então seus poderes vieram do Tesseract? Tipo, realmente do Tesseract? – Tyler questionou baixinho.

A ressaca dele ainda estava atacando. Foi uma luta para tirá-lo da cama.

—Sim. Toquei no Cubo quando tinha 4 anos, meu DNA foi alterado pouca coisa e quando o reator explodiu, a energia dele, que era alimentada pelo Tesseract, me atingiu e os genes que eu tinha adquirido quando entrei em contato com o mesmo foram "ativados" e eu ganhei os meus poderes. – suspirei parando em um semáforo. – Quer ter poderes? Desobedeça seu pai. – peguei uma cartela de aspirinas no porta-luvas e entreguei para ele.

—Por que você tem aspirinas se você nunca fica de ressaca? – sorri, dando a partida assim que o sinal ficou verde.

—Porque meus amigos ficam de ressaca e eu falo de mais. – observei de soslaio ele ingerir a pílula e logo seu olhar curioso estava sobre mim.

—O que aconteceu na casa? – soltei um suspiro.

—Conheci seus três irmãos e o pai do ano. – sorri. – Falei algumas coisinhas, bati no seu pai e descobri que os seus irmãos não sabiam de nada já que o pai mentiu. –

—Como assim? –

—Albert não contou que abandonou você e sua mãe. Pelo contrário, ele disse que quando meteu o pé não tinha ideia que a tia Mary estava grávida. –

—Mas que filho da... –

—Disse também que só sabia que tinha um filho há algumas semanas e que esse foi o motivo na volta para New York. Ele nem falou da doença para os outros filhos, acredita? – encarei Tyler que mantinha os olhos fechados.

—Minha mãe não podia ter engravidado com o dedo? – soltei uma risada, voltando a focar na estrada.

—Se isso fosse possível eu não queria nem imaginar quantos filhos eu já teria espalhados pelo mundo. – Tyler e eu rimos. – O que você está pensando em fazer, Ty? –

—Não faço a mínima ideia. O que eu faço? – ele me encarou.

—Se fosse eu, mandaria seu pai ir para a puta que pariu, daria as costas no segundo seguinte e nunca mais queria ouvir a palavra pai na vida. – ele soltou uma risada. – Mas como você não é assim, eu digo: faça aquilo que você acha certo. Se você acha certo fazer o que eu faria, ótimo. Se acha certo fazer o transplante, ótimo também. A medula é sua. – dei de ombros.

—E os meus irmãos? Como eles são? – pressionei os lábios.

—Legais. Sério mesmo. Nicole, Danielle e Nathan são muito gente boa. Nem sei como são filhos daquele traste. – rosnei.

—Então já virou amiga deles? E já transou com eles também? – assenti. – O que? Com os três? Em uma noite? —

—Não. Eu já conhecia eles. – respondi.

—Como assim? Quando? –

—Há um ano, eu acho. Lembra quando a escola estava de férias e eu peguei meu carro e sai dirigindo por aí? – Tyler assentiu. – Uma das minhas paradas foi Massachusetts. Lá eu conheci primeiro as gêmeas, depois elas me apresentaram o irmão. –

—Você conseguiu transar com os três ao mesmo tempo? – ele arqueou a sobrancelha.

—Não. Eu não consegui essa proeza. Nathan não queria fazer um incesto com as irmãs. – revirei os olhos. – Mas eu consegui um ménage com as gêmeas. A-rá!— sorri.

—Então as duas são lésbicas? –

—Dani, sim, Nicole é bi. – dei de ombros. – Com o Nathan eu transei no dia seguinte. E eu estou me sentindo muito lisonjeada por ter transado com os quatro irmãos. – levei a mão até o peito encarando Tyler que balançou a cabeça, rindo.

—Quem é melhor na cama? – virei o rosto voltando a dirigir.

—Ops. Essa é uma pergunta que não posso responder. – balancei a cabeça. – Todos são ótimos na cama, mas a Dani é minha preferida. –

—Então é assim? – entrei no estacionamento da escola e procurei pela minha vaga.

—Relaxa. Você está atrás dela por uma pequena diferença. Bem pequena, sabe? – parei o carro na vaga e olhei para Tyler. – Estou brincando. Vocês estão empatados. Talvez eu devesse transar com os dois e desempatar. Um ménage, o que acha? –

—Eu não vou transar com minha irmã, Melinda. – ele pegou sua mochila no banco de trás e saiu do carro. Suspirei pegando a minha e saindo do mesmo.

—Qual é! Você não praticaria um incesto com ela? – Tyler me encarou com um olhar sério. – Eu praticaria um incesto com o Adam sem pensar duas vezes. Meu irmão é muito gato. – Tyler até tentou segurar a risada, mas não conseguiu.

—Você não tem vergonha na cara mesmo. Impressionante. – ele passou o braço sobre meus ombros, começando a caminhar.

—Não ter vergonha na cara é algo muito bom. Tipo, você não sente vergonha. Quer saber de algo? Basta perguntar. Você nem se importa se a pergunta irá deixar a outra pessoa constrangida. – passei meu braço pela sua cintura e senti ele beijar o topo da minha cabeça.

—Vamos esquecer o papo sexo com meus irmãos por um tempo, ok? – revirei os olhos.

—Tudo bem. – resmunguei. – Ty, por que todos estão nos encarando? – indaguei observando os olhares curiosos sobre nós dois assim que entramos na escola.

—Eles não estão nos encarando. Estão encarando você.— franzi as sobrancelhas.

—Mano do céu! Será que vazou um nude meu? – encarei Tyler que apenas arqueou a sobrancelha. – Se bem que nem tem motivo de alarde. Mais da metade dessa escola já me viu nua mesmo. – dei de ombros.

Paramos em frente aos armários e pegamos os livros que íamos precisar. Foi quando duas pessoas chegaram eufóricas perto da gente.

—Melinda, ainda bem que você chegou! –

—Já estava sentindo minha falta, Chris? – sorri fechando o armário.

—Como você está tranquila com o que aconteceu? – franzi o cenho, confusa.

—O que aconteceu? –

—Você não olhou o celular hoje de manhã? – se eu já estava confusa, acabei de ficar mais ainda.

—Sim, mas foi coisa rápida. Só para olhar a hora. Sabia que eu ganhei treze seguidores no Twitter? – soltei uma risada. – Acho que estou ficando famosa. – Charlie e Chris se encararam.

—Melinda, vem com a gente. – Charlie segurou minha mão e saiu me puxando pelo corredor sem me dar direito de escolha.

—Charlie, espera. O que está acontecendo? – questionei vendo as pessoas nos encarando.

—Merda. – ouvi Tyler resmungar e olhei para trás, vendo seu olhar cravado no celular.

Misericórdia. O que estava havendo?

Chris abriu a porta do porão da escola que a gente tinha se apossado e Charlie me puxou para dentro.

—Ok, gente. O que está acontecendo? – perguntei pausadamente. Charlie, Chris e Tyler se encararam. – Gente? – chamei.

—Tudo bem, Melinda. Apenas tenta... não surtar, ok? – Charlie falou vindo até mim com o celular na mão.

—Ué, por que eu surtaria? – soltei uma risada. – Eu nunca surto. – Charlie virou a tela do celular para mim e, assim que vi do que se tratava, arregalei os olhos, pegando o celular da mão dele. – Ai, caralho. –


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Notas finais do capítulo

AI, CARALHO HAHAHAHA
E então, bebês, o que acharam? Gostaram? Não gostaram? Comentem! Eu adoraria receber um comentário hoje haha.
E aí? O que será que aconteceu para todos da escola estarem encarando Melinda? Palpites?
Novamente eu peço desculpas pela demora. Sério mesmo. Ficar sem internet é uma merda. Eu até consegui um pouco internet de umas doações aí (mãe roteando e wifi da escola) mas não consegui. Acho que eu tentei postar umas três vezes, mas não consegui.
Eu tenho outros capítulos pronto. Se tudo der certo, eu posto ainda hoje ou amanhã.
Bon revoar, bebês!