San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 94
170. Visita Especial


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas.

Hoje é o penúltimo capítulo (só pra relembrar). Como diz o título, teremos uma visita especial :3

Boa leitura!



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Se passaram exatos três dias, e eu ouvi a pergunta que já esperava.

— Quando o Yan vai vir aqui? — indagou minha mãe, com a mão na cintura, como se ela estivesse sendo obrigada a tocar no assunto porque eu não toquei.

— Não sei... Por quê?

— Porque eu quero conhecer ele também! — disse Ana, secando alguns pratos.

— Ele precisa conhecer a família, né? — Minha mãe continuou. — Ou prefere que isso aconteça no natal?

— Não mesmo. Ele não merece passar por essa vergonha. — E Ana deu uma risada alta.

— Então trata de trazer ele logo. Eu gostei dele, parece um bom menino.

Aquilo me deixou feliz. Eu sorri. — Tá bom.

Um pouco depois, subi para o quarto e peguei o celular. Digitei uma mensagem para Yan, o chamando para comparecer à minha humilde residência. Ele respondeu poucos segundos depois, dizendo que iria. Como minha mãe era apressada, perguntei se ele poderia vir amanhã, e ele confirmou. Passei meu endereço e me senti subitamente nervosa.

No outro dia, dei uma geral no quarto. Mal conseguia ficar parada.

— O Yan vai vir, é? — Tomei um susto quando Bebê falou atrás de mim.

— Como você sabe? — Me virei com a mão no coração.

— A Ana me falou.

— Ou será que você não obrigou ela a falar?

— Bom, eu cheguei e perguntei porque ela estava passando pano nas cadeiras da mesa, coisa que eu sei que ela não faria, aí ela falou que vocês teriam uma “visita especial” e que sua mãe mandou ela fazer aquilo enquanto lavava o banheiro de novo. Dai eu perguntei se eu podia saber quem era, e ela deu uma risadinha e me mandou falar com você. Então só pode ser o Yan.

— Uau. Que raciocínio — ironizei.

— Você me tratava melhor antes de começar a namorar.

— Não seja dramático. — Voltei a recolher as roupas da Ana espalhadas pelo quarto.

Ele riu. — Quer ajuda?

— Pode ser... E o Carlos? Vai vir algum dia pra cá?

— Ele disse que quer, mas precisa arranjar dinheiro pra passagem — comentou, também recolhendo roupas e sapatos. — Nossa senhora, essa menina não sabe guardar nada?

— Pelo jeito, não. Eu não vou dobrar nada, só vou enfiar no guarda-roupa. Ela que arrume.

Depois de meia hora, conseguimos deixar o quarto apresentável. Quando eu parei para me arrumar, a campainha tocou, e meu coração quase saiu pela boca.

— Eu vou distrair ele, se arruma aí — anunciou Bernardo, já saindo.

Apressei as coisas ali. Troquei de roupa, passei perfume, arrumei o cabelo e suspirei umas duas vezes na frente do espelho, só então tomei coragem pra descer. Assim que desci a escada, vi o grupinho reunido perto da porta e morri de amores vendo Yan, meio tímido pela atenção, e muito fofo. Ele sorriu ao me ver.

— Já rolou apresentação?

— Precisa? — Bebê perguntou. — Bom, oi, eu sou o Bernardo...

Minha mãe começou a rir. — Mas como é besta. Fica à vontade, viu, Yan. Eu preciso terminar umas coisinhas.

— Obrigado.

Fiquei uns segundos sem saber o que fazer. Apesar de sempre fantasiar em como seria namorar com Yan, nunca imaginei de fato ele aqui.

— Sabia que ele desenha? — Bebê olhou para Ana, e seus olhos brilharam.

— Sério? — Ela ficou toda animada.

— Sim, você também? — indagou, abrindo um sorriso.

— Eu estou tentando, mas sempre sai uma porcaria. Vem, vou te mostrar! — Ana puxou Yan pelo braço para a sala, e eu encarei Bebê com cara de “que foi isso?”

Segui atrás dele, enquanto Ana mostrava e falava o óbvio sobre a casa. “Aqui é a sala, aqui é o corredor, quarto dos meus pais...” E chegamos ao nosso quarto. Ainda bem que tinha arrumado, apesar de achar mínima as chances da gente ficar ali.

Animadamente, Ana foi pegar sua pasta de desenhos no guarda-roupas, e não deu tempo de eu avisar para não fazer aquilo. Um monte de roupa foi esgurmitada.

— Ninguém viu nada — disse ela, pegando a pasta, entregando para o Yan, que segurou a risada, e embolando ainda mais as roupas para colocar de volta.

Ele foi se sentar no sofá, e Ana sentou no braço. Eu fui para o outro lado dele, e Bebê para o meu direito. Eles ficaram falando dos desenhos, ele dando dicas, ela tirando dúvidas... Quando vi, eles estavam desenhando no chão. Bebê estava cochilando do meu lado, e eu fiquei ali, admirando meu namorado desenhar com a minha irmã. Com certeza eu nunca teria imaginado aquilo.

De repente, Bernardo acordou em um impulso, como se tivesse sonhado que caía. Ele viu a cena dos dois no chão e negou com a cabeça.

— Ô Ana, você não quer fazer alguma coisa comigo lá embaixo?

— Fazer o quê? — Ela perguntou sem nem tirar os olhos do desenho.

— Tipo deixar sua irmã passar um tempo com o namorado dela.

Ana levantou o rosto, com os olhos meio arregalados. — Ah... Foi mal...

— Tudo bem. — Yan deu risada.

Bebê levantou e puxou Ana pelo braço. — Depois, daqui a um bom tempo, voltamos.

Os dois saíram do quarto e eu ouvi Yan rindo e vindo se sentar do meu lado.

— Acho que ela se empolgou — falou baixinho.

— Percebi.

Ficamos uns segundos nos olhando, e ele se aproximou, me dando o primeiro beijo da visita. Aproveitei para tocar seu rosto e cabelo. Parecia que fazia muito tempo que não o via.

Resolvi me afastar quando aquilo começou a esquentar demais. Além do fato de que alguém poderia entrar a qualquer momento.

— Sabe o que isso me lembrou? Os desenhos. — Ele perguntou, despreocupadamente.

— O quê?

— Lembra quando eu te mostrei o meu caderno, e você viu umas folhas soltas dobradas no meio dele?

— Lembro. Eu fiquei bem curiosa pra saber o que era.

— Eram todos de você — falou, na lata. Senti as bochechas esquentarem. — Eu tinha dito uma vez que tinha memória fotográfica, então quase todas as cenas memoráveis que eu tinha com você, eu desenhava. Os que estavam no caderno mesmo eram só alguns, tinha vários desenhos dobrados no meio.

— Nossa... — Eu nem sabia o que dizer.

— Eu não quis mostrar porque fiquei com vergonha. Seria estranho eu simplesmente mostrar cinquenta mil desenhos que fiz de você.

— Será que agora eu posso ver?

— Talvez. Se você se comportar nas férias, sim.

— Mas olha só...

Ele riu. — Quando voltarmos eu mostro. Ficou lá na minha mãe.

— Tá bom. Vou cobrar.

— E eu não vou esquecer.

Demos mais um beijo e resolvemos descer. Minha mãe estava começando a preparar um lanche da tarde, e fomos ajudar. A tarde passou cheia de conversas e risadas, e meu pai chegou. Ele também participou do grupo, e Yan teve que ir embora antes do jantar, já que ele teria que cozinhar para o pai dele.

Levei Yan até o portão, e vi que ele tinha vindo de bicicleta, que deixou na garagem.

— Minha mãe já comentou sobre você vir no natal — comentei.

Ele riu. — Ah, por que não? Mas antes você vai ter que ir lá em casa também. Meu pai quer conversar mais com você.

— Posso ir no sábado.

— Seria legal. Posso vir te buscar.

— Tá bom. Combinamos melhor depois... Obrigada por vir.

— Por nada. Foi bem legal.

Nos despedimos com um beijinho, e eu o observei indo embora com sua bicicleta. Suspirei e voltei para dentro.

— Quando ele vai voltar? — Ana já veio perguntando.

— Nossa, ele nem foi embora direito. — Meu pai riu.

— É que ele é legal. Ele sabe desenhar, pai!

— Ah, é? Ele vai te dar umas aulas?

— Assim vou falar pra ele cobrar — comentei.

— Isso é injusto — resmungou ela.

Eu poderia responder “injusto é você querer roubar ele de mim”, mas resolvi ficar quieta, afinal, ela não fazia por mal. E também, fiquei feliz que ela gostou dele, assim como meus pais.

E ele mal foi embora e eu já estava ansiosa para as próximas vezes que ele viria. E que eu iria na casa dele.

Que belas férias!


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Notas finais do capítulo

Ah, gente, que coisa fofa, né? Tão bom ver todos eles se dando bem. Nem teria como não gostar do Yan :p

Até mais o/



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