San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 62
138. Perdidos no Parque


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas!

Acabei de terminar o capítulo, se encontrarem algum errinho, me digam.

Alguém ficará feliz no passeio de hoje xD

Boa leitura!



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Durante a semana, fomos lembrados do que aconteceria na sexta-feira: o passeio para um parque de diversões que eu tinha esquecido completamente, já que estava tentando focar nos estudos para a próxima semana de provas. Se a Lili não tivesse comentado sobre o passeio na quinta, eu acordaria no horário normal no dia seguinte e ser a doida.

Todos estavam ansiosos para o passeio, como sempre. Os adolescentes estavam agitados no café da manhã, ansiosos para ir logo para os ônibus de viagem.

— Bom que esse parque é novinho em folha — comentou Júlio, na mesa, comendo. — Então não tem riscos de alguém morrer em um brinquedo que não foi vistoriado.

— Credo, sai fora — falou Lili, incomodada. — Deus me livre cair de algum brinquedo, imagina que horrível cair do “Elevador”?

— Ué, pode acontecer, nunca se sabe.

— Cala boca, eu não quero ficar pensando nisso quando estiver lá em cima.

Júlio deu risada. — Abestada, você vai sair viva do parque, não precisa dessa neura.

— É, nunca se sabe. — Ela imitou o tom que ele usou. — Se eu morrer, vou voltar só para te atormentar.

— Então vai continuar a mesma coisa, viva ou morta.

Lili tentou fazer uma carranca, mas acabou rindo junto de nós. — Idiota.

Terminamos de comer, levamos as bandejas e voltamos aos nossos lugares para esperar para sermos liberados para ir aos ônibus. Lili sentou do meu lado, apoiando o braço no encosto da minha cadeira para ficar mais perto.

— Será que o Carlos vai? — sussurrou, de olho no refeitório.

— Não sei... — Também dei uma observada ao redor, tentando encontrar o garoto, Nathan ou mesmo Bia. — Ficou mesmo interessada nele?

— Ah... não sei. Talvez. Ele é diferente... Nunca fiquei com um garoto assim.

— Sei. — Acabei rindo. — E se ele for? Quais seus planos malignos?

Ela esfregou as mãos, maleficamente. — Vou pensar na hora em alguma coisa.

O som de conversas no salão começou a abaixar e reparamos que alguns professores estavam pedindo silêncio, parados na frente das portas. Um deles começou a chamar os terceiros anos primeiro.

Ficamos de olho e eu avistei Carlos, mas não Nathan.

— Viu? Ele vai. — Apontei para a fila que os terceiros estavam fazendo.

— Não vi, mas ótimo. Será que conseguimos nos aproximar? Podemos fingir que estamos perdidas e pedir para ficar no grupo dele.

— Ai, Deus. — Ri, já prevendo altas vergonhas.

Assim que os terceiros saíram, os professores chamaram os segundos anos. Lá fomos nós sair e procurar nosso ônibus, que não estava muito longe. Pegamos nossos lugares enquanto o pessoal já cantava e fazia barulhos de animação.

Algum tempo depois, partimos. A viagem demorou uma meia hora até chegarmos ao parque. Na hora de ir embora, o ponto de encontro era o portão principal e tínhamos que estar lá a partir das cinco.

Pegamos nossos carimbos no pulso e entramos, já discutindo em qual brinquedo iríamos primeiro. Acabamos indo no mais próximo da entrada, o “Double Shock”, que já tinha fila, claro.

Depois de outros brinquedos, não tão radicais assim, James, Júlio e Lili queriam ir em um que parecia o “Cataclisma”. Eu estava morrendo de medo? Sim, estava, mas acabei indo. Bebê preferiu ficar seguro no chão e esperou por nós, vendo tudo de longe.

Quando me sentei na cadeira, o coração já estava na boca.

— Por que eu fiz isso... — resmunguei, enquanto o brinquedo começava a se mover.

— Levanta os braços, Bru! — James precisou berrar, graças aos gritos que as pessoas já davam.

— Nem pensar!

Eu consegui ficar sem gritar. Fechei os olhos com força e me agarrei aos ferros de segurança como um macaquinho se agarra a sua mãe. A sensação de movimento que esses brinquedos faziam não eram minhas preferidas. Aquilo fazia com que eu me sentisse desprotegida e com medo de sair voando.

Felizmente acabou logo e paramos. Abri os olhos e percebi James me encarando, não sabendo se ria ou se preocupava comigo.

— Você está bem?

— Agora que estamos no chão, sim.

Ele riu. — Então ainda bem que foi rápido.

As grades se ergueram e eu rapidamente saí da li, agradecendo por estar em terra firme. Saímos do brinquedo, indo para o mesmo lugar onde tínhamos deixado o Bebê, mas ele não estava ali.

— Ué, cadê esse menino? — Lili olhava ao redor, a procura dele, assim como nós.

— Será que ele não foi no banheiro? — Júlio sugeriu.

— Acho que não, ele teria avisado se quisesse ir — falei. — E agora? Esperamos ou vamos andando e procurando?

— A gente pode ir procurar ele. — Lili disse, puxando Júlio pelo braço. — Por que vocês não aproveitam um pouco, casalzinho? — E ela saiu andando antes que disséssemos algo.

— Uë. — James ficou sem entender. — O que foi isso?

— Eu realmente não sei...

— Então vamos andando, quem sabe não encontramos ele por aí.

Acabamos indo em um “Barco Viking” e em brinquedo de terror, que nem era tão assustador assim, mas sempre tinha diversas pessoas berrando assustadas. Saímos de lá rindo, sem saber se a atração foi boa ou não.

Depois que caminhamos um pouco, vimos que já passava de meio dia e estávamos morrendo de fome. Tivemos que atravessar o parque em busca de um restaurante que não estivesse tão lotado.

Conseguimos pegar comida e achamos uma mesinha solitária de dois lugares. Nos sentamos e começamos a comer.

— Ah, Bru, semana que vem é aniversário da minha vó — comentou James, espetando um nugget. — Vão fazer um fim de semana de festa, praticamente. Todo mundo vai para a casa dela no sábado de manhã, vai ter a festa a partir da tarde até a noite, e no domingo querem fazer um churrasco. Quer ir comigo?

— Ah... tudo bem, eu vou sim. Você vai chamar os outros também?

— Não. Vou falar e tudo, mas não vou chamar. Minha mãe falou que é uma reunião mais familiar, sabe? Então... Acho melhor não levar todo mundo dessa vez.

— Entendi. Tudo bem, eu vou.

Ele sorriu, animado. — Eu fico aqui na escola na sexta, e depois meu pai vem nos buscar no sábado de manhã.

— Tá bom!

Continuamos nosso almoço tranquilamente. Depois, voltamos a caminhar pelo parque afim de achar o resto do grupo.

— Acho que eu vi a Lili ali... — James apontou para um corredor largo entre duas atrações.

Andamos mais rápido, tentando localizar a ruiva e acabamos vendo-a mais a frente, junto de uma figura alta e loira, que era a mais visível.

Corremos para alcançá-los e eles pararam em frente aos banheiros.

— Finalmente achamos vocês! — falei, chegando perto. — E o bonito apareceu.

— Na realidade, eu achei ele vomitando em um arbusto pouco tempo depois que nos separamos — disse Lili dando uma risadinha.

— Como assim? O que aconteceu? — Olhei bem para o Bebê, me certificando de que ele estava inteiro e bem.

— Nada, eu fui em um brinquedo que parecia ser inocente e no fim foi um pesadelo. — Bernardo explicou, se sentando no muro em frente aos banheiros que ficavam em um nível abaixo do chão.

— Qual?

— Eu não sei o nome. Era uma montanha-russa que ia para trás. — Passou as mãos no rosto, aflito. — Ainda sinto meu estômago girando.

— Mas por que você foi sozinho?

— Eu só fui porque o Carlos insistiu que eu fosse.

— Carlos? E cadê ele?

— No banheiro — respondeu Lili, com um sorrisinho. — Coitado, ele estava com uma cara de culpado quando chegamos perto.

— Ele estava sozinho, tinha se separado do grupo da sala dele. Falou que o pessoal tinha medo de altura e não queria ir no brinquedo que ele queria e pediu para eu ir com ele. Minha pressão caiu quando o negócio começou a ir para trás e... pelo menos eu só senti vontade de vomitar quando saímos. — Bebê colocou as mãos acima da barriga, fazendo uma careta. — Eu odeio vomitar.

— É melhor você comer alguma coisa — disse James. — Seu estômago deve estar irritado.

— Estou até sem coragem.

— É melhor mesmo, vai, vamos atrás de algo. — O puxei pela mão.

— Calma aí, o Carlos e o Júlio estão no banheiro. — Lili me parou e já vimos os dois saindo. — Agora podemos ir.

Olhei para a cara dela, vendo a forma que ela observava Carlos. Eu ri, achando graça e ela me mostrou a língua.

— Olha só, o grupo se reuniu de novo. — Carlos chegou perto. — Acho que eu estou sendo intruso.

— Imagina, fica de boa — disse Lili. — Vamos levar o bonitão aí para comer alguma coisa. Vem também.

Ele deu de ombros. — Tá bom.

Balancei a cabeça, sorrindo, e começamos a caminhar. Fiquei ao lado do Bebê e de James, enquanto atrás estavam Júlio, Lili e Carlos, conversando sobre alguma coisa.

— Acha que consegue comer alguma coisa? — perguntei ao Bernardo.

— Acho que sim, mas também não quero comer muita coisa. Só alguma coisa salgada. — Ele parecia incomodado, passando a mão na barriga.

Alguns minutos depois de caminhada, chegamos em uma lanchonete que estava quase vazia. Os quatro foram pegar seus lanches e James e eu ocupamos a mesa.

Como Bernardo não queria comer muito, pegou uma porção de batatas fritas, que eu acabei roubando algumas, e ele até que se sentiu melhor.

Acabamos indo em mais outros brinquedos todos juntos, não tão radicais assim. No final da tarde, Carlos já parecia bem à vontade com a gente, rindo das besteiras que Júlio e Bebê falavam, e Lili ali, babando no menino.

Só nos separamos quando tivermos que entrar nos ônibus, mas nos encontramos de novo no refeitório na hora do jantar. Depois de comer, James, Júlio e Lili foram embora, deixando nós três no salão já vazio.

— Já está se sentindo bem melhor, não está? — questionei, vendo que Bebê estava menos cabisbaixo.

— Sim. Nada melhor do que voltar para sua segunda casa.

— Vocês só voltam para casa nas férias, então? — Carlos perguntou, puxando sua bandeja para o lado, apoiando os cotovelos na mesa.

— Sim, ou quando tem feriado prolongado, o que é difícil. E você?

— Às vezes eu volto no fim de semana quando estou afim, ou quando minha mãe fica em casa, mas é difícil também.

— Vai ficar aqui, então? — Bernardo indagou, se apoiando na minha cadeira.

— Vou.

— Ah... — Bebê me olhou. — Acho que vou subir.

Concordei. — Eu também, estou morta.

— Somos dois, então. — Carlos levantou, pegando sua bandeja.

Também levamos as coisas para o balcão e caminhamos para o jardim. Me despedi dos garotos e fui para o meu quarto, indo direto tomar um banho.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Bebê hsuash

E aí, já shippam Lili e Carlos ou ainda não? kkkk

Até mais o/



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