San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
Oi, pessoinhas!
Desculpe a demora, só consegui terminar o capítulo agora. Isso porque eu não costumo dormir tão tarde, olha o amor que sinto pelos meus leitores hsuashu
Enfim, boa leitura!
Voltamos ao nosso lugar e as professoras voltaram ao palco.
— Agora, precisamos de dois personagens secundários, uma menina e um menino — disse Aline. — Alguém se interessa?
Bernardo levantou a mão e ela veio lhe entregar uma folha.
— Seu personagem se chama Guardião, ele não tem um nome.
— Hm, ok. — Começou a ler.
Teve mais dois garotos que resolveram tentar, e tiveram o tempo para decorar suas falas. Uns minutos depois, Bebê foi o primeiro a ir ao palco e a Eduarda foi atuar com ele, se sentando no chão explicando algo em voz baixa.
— Peço desculpas por seus amigos, não foi a intenção fazer mal a eles, mas sabe como é. Preciso defender este livro, é meu trabalho — falou de forma séria, porém gentil.
— Ah... tudo bem — respondeu Eduarda, meio perdida.
Bebê deu dois passos para perto dela. — É, você está um tanto diferente daquela época. Tanto tempo se passou... mas até que não está tão diferente.
— Aloys disse que... eu o invoquei.
— Está correto — disse de forma pensativa, e Eduarda hesitou. — É muito curioso o que aconteceu. Você é a mesma, mas também não é. — Soou misterioso.
— Eu não entendo...
— Não há problema. Eu também não.
— Não entende? Mas... espera, por que queria falar comigo?
— Queria ter a certeza de que era você. Ou iria atrás daqueles dois rapazes que seu aprendiz me pediu para soltar. — Deu uma olhada no papel.
— Meu aprendiz?
— Aloys. Ah, sim, ele não é mais seu aprendiz, é claro. É uma pena que não possua acesso as suas memórias... Mas tudo está bem.
— Você não tem olhos?
— Meus olhos? Estão aqui. — Apontou para seu rosto.
— O que você é?
— Eu? Uma entidade, um espírito, uma coisa. Como queira me chamar. Não tenho um nome. Para você, nesta vida, sou apenas um guardião...
Senti alguém se sentando ao meu lado, e quando virei o rosto, vi que era Micaela. Diferente de muita gente, ela não havia mudado absolutamente nada.
— Oi, Bruna — sussurrou, sorrindo. — Como vão as coisas?
— Ótimas, e com você? — cochichei. — Veio tentar um papel?
— Não, o Bernardo me disse para vir vê-lo atuar, ou quase isso. — Olhou para o palco.
Nisso, percebi que Bia olhava em nossa direção com certa curiosidade. Talvez por Mica ter os cabelos platinados e ela coloridos, tenha ficado admirada.
Logo Bebê terminou sua parte e voltou ao lugar, falando com a nova chegada. Os outros dois garotos tiveram sua chance, e as professoras conversaram com Bia para decidir quem seria melhor.
Não por que Bernardo era meu amigo, mas ele foi muito melhor do que os outros dois.
— Nós conversamos com a escritora e... — Eduarda fez mistério. — Bernardo ganhou o papel. Parabéns. — Puxou as palmas.
— Aê! — Dei uma empurrada nele, brincando.
— Nós ainda precisamos de uma menina para fazer uma amiga de Rebeca, a Maria, e também alguns figurantes, como os pais de Rebeca, e a Cecília, uma senhora amiga da família. Alguém se interessa nos personagens?
Dessa vez, mais gente levantou as mãos, e ela foi entregar as folhas para eles. Ficamos mais um tempinho conversando, e depois os alunos foram interpretar no palco.
— James... — chamei baixo e ele me olhou. — A Erica não vai participar esse ano?
Ele deu de ombros. — Não, ela quis aproveitar as aulas extracurriculares. Ela sempre quis aprender francês e só deu para fazer no horário das seis da tarde. Não daria para fazer o teatro.
— Hm... E o que você achou disso? Não vai ser estranho sem ela?
— Não, por que seria? — Riu.
— Não sei, ué.
— Na verdade, acho até bom. Assim não ficamos tanto tempo juntos.
— Ué, mas isso não é ruim?
— Depende. Quando você já vê a pessoa todo santo dia e fica com ela algumas horas, você não sente... falta. Eu acho, pelo menos.
— Então ficar longe é melhor porque você sente falta? — considerei aquilo.
— Exatamente. E aí, quando nos vermos, teremos mais assunto. Entendeu?
— Entendi. Faz sentido.
— Você tem muito o que aprender sobre namoro, Brubru — brincou, dando tapinhas na minha cabeça.
— Desculpa aí, experiente. — Dei risada.
— E aí, você não vai participar? — Bernardo perguntou à Mica, alheio a nossa conversa.
— Participar do quê? — Ela o olhou, confusa.
— Do teatro, ué. Não é um incentivo suficiente eu estar na peça?
Ela fez um biquinho, pensativa. — Não sei.
— Você tinha me dito que queria sair da sua zona de conforto, não foi?
— Eu disse?
— Claro que disse. Ano passado, na última semana de aula.
— Ah, mas... O que tem a ver teatro?
— Ora, tem tudo. Você é extremamente tímida e fechada, apesar de querer mudar. O teatro é forma perfeita para te fazer ser mais confiante.
Micaela olhou para o palco, parecendo considerar. — Mas já estão fazendo os papeis terciários. Eu posso até tentar, só não será nada relevante.
— Na verdade, precisavam de uma menina para um papel secundário. — James entrou na conversa. — Para fazer uma amiga da personagem principal.
— Verdade, acho que é Maria o nome da personagem — comentei. — Você seria minha amiga — brinquei.
— Bom, tudo bem... Posso tentar, mas não acho que me colocariam para interpretar...
— Você não sabe — disse Bebê. — Seja confiante e interprete como se sua vida dependesse disso.
Mica riu. Apesar de aparentar estar receosa, olhava de forma firme ao palco, como se estivesse ansiosa para tentar o papel.
Uns minutos depois que os alunos fizeram suas audições, as professoras e Bia conversaram de novo, e anunciaram quem tinha ficado com aqueles papeis.
— Bom, para ser a mãe de Rebeca, Maristela, será a Elizabete! — Beatriz anunciou e batemos palmas. — Para fazer o pai, será o Fernando. — Mais palmas. — E para fazer a Cecília, será a Geovana. — E as últimas palmas.
— Nós ainda precisamos de alguém para fazer o papel secundário, da amiga da Rebeca, a Maria. — Aline disse. — Não tem mesmo ninguém interessado?
Vi Bernardo cutucando Micaela no braço, e com uma certa hesitação, ela levantou o braço.
As professoras fizeram uma cara de alívio e deram uma folha com o texto para ela.
Enquanto ela lia e ensaiava, tentávamos ajudar com entonação, gestos e feições que ela poderia fazer.
Minutos depois, ela foi ao palco e até que foi bem.
Assim que ela terminou, vi Bia acenando para a professora Beatriz que estava encenando com a Mica, como se tivesse gostado e aprovado.
— Bom, então temos a nossa Maria. — Ela já disse de lá e batemos palma.
Micaela voltou ao lugar toda corada, mas aparentemente feliz por ter conseguido.
— Então, pessoal. — Aline subiu e falou. — Os ensaios serão das cinco as oito da noite. Diferente do ano passado, não teremos ensaios separados. Serão todos juntos, tá? — Houve um coro de “tá”.
— Ah sim, nos dias. — Beatriz disse. — Como percebemos ano passado, algumas pessoas não conseguiam aguentar de ansiedade e voltar para casa na sexta depois do almoço, então, conversando com a diretora, resolvemos mudar os dias do ensaio. Agora será de segunda, quarta e quinta. Assim vocês ficam livres na sexta para irem para casa mais cedo.
— Certo, pessoal? Começaremos na quarta-feira sem falta. Antes de sair, venham pegar seus roteiros.
Aline foi para trás das cortinas e voltou pouco depois com uma pilha de papeis. Ficou na escadinha do palco e começou a distribuir os roteiros para todo mundo, colocando os nomes na capa de cada um.
Pegamos a pequena fila e cada um recebeu seu roteiro.
Eu estava muito ansiosa para ler e saber o que rolava na história.
— Já vai subir para ler? — James questionou enquanto íamos para fora.
— Estou pensando seriamente nisso. E você?
— Eu estou pensando em ler no jardim, porque não lemos juntos? Assim já vamos nos ajudando.
Considerei o convite. Seria útil lermos juntos para já irmos fazendo algumas anotações.
— Tá bom. É bom ir pegar uns lápis para ir anotando, né? — Saímos do teatro.
— Sim, é bom. Vou pegar meu estojo e nos encontramos na nossa mesa, pode ser?
— Pode.
Nos separamos e rapidamente subi para ir pegar meu estojo. Fiquei pensando se devia chamar Lili para ficar lá conosco e ler também, e fui no quarto dela primeiro.
Bati na porta e entrei. — Lili?
— Oi, Bru. — Ela estava sentada na cama lendo algo. — E aí, como foi?
— James e eu conseguimos os papeis principais. E o Bebê e a Mica os secundários.
— Caraca, que sorte!
— Ah, não chamaria de sorte. Ninguém quis nem tentar esses papeis. O único que teve mais dois participantes foi para o papel do Bebê, mas ele foi o melhor — comentei rindo.
— Queria ter visto isso, afe.
— James quer ler o roteiro lá no jardim, quer ir também?
— Claro! — Levantou e calçou seus sapatos.
Passamos no meu quarto para pegar o estojo e descemos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Olha nossos queridos todos juntos no teatro, que coisa mais fofa! :3
Só quero ver como será isso shaush
Espero que tenham gostado e nos vemos semana que vem o/