San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 44
120. Almoço dos Velhos Tempos


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoinhas! Tudo bem?

Aqui estamos no primeiro dia de férias da Bru! E como diz a Silvia, nada melhor do que fazer um churrascão para comemorar a volta dos nenês da família xD

Boa leitura!



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Fiquei mais um tempinho conversando com o Yan, e ao mesmo tempo falava com Lili. Depois tive que desligar — e avisei que se desse entrava no domingo de novo — e fui jantar.

— Então, filha, quando vamos receber seu boletim? — Mamãe perguntou enquanto se servia.

— Acho que essa semana, provavelmente. Por quê?

— Por nada, só para saber.

— A mãe tá duvidando das suas notas, é? — Ana brincou.

— Imagina, até parece. — Ela retrucou. — Sua irmã nunca teve notas ruins, ao contrário de você, né?

— Como assim? — Me virei para Ana. — Você tirou notas vermelhas?

— Não tirei notas vermelhas — resmungou.

— Tirou notas baixas. Tirou cinco em português, e seis em matemática e em geografia. Sendo que sempre tirou de oito para cima.

— Ai, mãe. — Ana revirou os olhos. — O importante é que eu passei.

— Não vem com esse papo não. — Meu pai entrou na conversa. — Por pouco você não fica retida em português. — Apontou o garfo para ela, gesticulando.

Ana fez bico, mas não retrucou. Ela sabia que estava errada.

O jantar seguiu normalmente, com um belo bolo de chocolate de sobremesa. Depois ajudamos com a louça, vemos um filme na sala e quando vi, já era hora de tomar banho e dormir.

Assim que deitei, Ana apagou a luz e deitou na cama dela, em cima da minha.

— Por que você tirou notas baixas? — perguntei baixo.

— Não sei... Tirei umas notas ruins em umas provas... Não entreguei um trabalho... Não consegui pontos suficientes. Eu sei que fiz besteira, não precisa me dar bronca também.

— Não vou te dar bronca, nossos pais já fizeram isso por mim — brinquei e ela riu. — Mas da próxima vez que tiver dificuldade, precisa pedir ajuda para alguém.

— Eu sei... Só fiquei com preguiça. Não vai acontecer de novo. Não quero nunca mais ficar sem computador durante as férias.

— Ué, você ficou de castigo?

— Sim... Dezembro inteiro sem mexer no computador.

Uau... ainda bem que eu não fiz nada de errado. — Bom, pelo menos agora você não vai mais deixar a preguiça te vencer.

— Não mesmo... — sussurrou.

Provavelmente ela caiu no sono. Eu deveria fazer o mesmo. Mas quem disse que consigo?

A conversa que tive com Yan não saia da minha cabeça. Ele quis saber como foi a viagem, como eu estava, o que eu fiz depois que ele foi embora... E claro que eu quis saber dele também. Foi uma conversa curta, mas que me fez ficar feliz.

Demorei para dormir, mas consegui. Acordei sozinha de manhã com a Caju deitada do meu lado. Fiz um carinho nela, desci da cama, passei no banheiro e fui para a cozinha.

Meu pai estava vendo televisão junto do Batata, e Ana estava tomando café na mesa. Me juntei a ela e comemos em silêncio, cheias da preguiça de domingo.

— Ah, acordou. — Ouvi minha mãe na cozinha.

— Onde você estava? — Dei uma olhada rápida para ela.

— Recolhendo a roupa do varal. — Tomou um copo de água.

— Quer ajuda?

— Não, já terminei. Mas vocês duas pegam as roupas de vocês depois de comer e levam pra cima.

— Tá bom — concordamos ao mesmo tempo.

Assim que acabamos de comer, pegamos nossas roupas limpas e fomos guardá-las. Aproveitei para me trocar e liguei o computador.

— Vai jogar The Sims? — Ana perguntou, ainda dobrando suas roupas.

— Não, vou falar com os meus amigos.

— Mas já não falou ontem?

— Ué, e o que que tem falar de novo?

— Nada, você só tá de férias deles.

— Não estou de férias deles, estou de férias da escola, é diferente.

Abri o msn e loguei. Esperei abrir, e ansiosamente, olhei a lista de pessoas online, mas Yan não estava ali, nem Lili. Mas uma janela apareceu.

Bernardo diz:

“Já estava querendo falar com o Yan, né? Kkk”

Bruna diz:

“Quem disse?”

Bernardo diz:

“Te conheço, criatura

Já tá sabendo do almoço?”

Bruna diz:

“Não.”

Bernardo diz:

“Tá sabendo agora. Vai ser aqui. Lhe aguardo no meu quarto”

— Vai ter almoço no Bernardo? — questionei a Ana.

— Sim.

— Nossa e ninguém me avisa. — Olhei o horário, vendo que eram onze em ponto. — Tô aqui com roupa de ficar em casa. — Fui procurar uma roupa decente para vestir.

— Eu esqueci.

Assim que terminei de me trocar, mamãe veio nos chamar para sair. Desliguei o computador, passei um pouco de perfume e lá fomos nós para a casa do Bernardo. O portão estava aberto, e entramos, já ouvindo música e conversa alta.

Todos nós estávamos levando um prato, e depois que entramos deixamos tudo na mesa de jantar, vendo o movimento no quintal. Silvia nos viu assim que entrou e veio nos cumprimentar, e me deu um baita abraço.

— Nada melhor que um churrasco para comemorar a volta dos nossos nenês, não é mesmo? — Deu risada falando com a minha mãe.

— Claro! — Ela concordou toda feliz.

Deixei as duas conversando e subi, indo direto para o quarto do Bebê, que estava no computador, digitando.

— Vai ficar escondido na caverna? — Entrei e fui me sentar na cama, logo atrás dele.

— Vou. Saio quando a comida estiver pronta.

— Credo, que adolescente emo você é.

— Claro, não percebeu ainda minha franjinha preta? — Tirou sarro e se virou, ficando de lado para mim, me olhando. — Minha mãe disse que virão uns amigos dela e do meu pai, ou seja... Chato. — Fez cara de preguiça.

— Olha pelo lado bom, eu estou aqui para alegrar seu dia.

Ele me olhou dos pés a cabeça. — E quem disse que vai alegrar alguma coisa?

— Ah, é? — Abri um sorriso, mas levantei. — Então adeus. — Fiz menção de sair do quarto.

Bernardo deu risada e me segurou pela cintura, me dando um abraço e me levou para trás. Caímos na cama, rindo igual bestas, e deitamos de lado.

— Me solta! Se eu não faço diferença na sua vida, não quero nem ficar perto, seu ingrato. — Tentei me livrar de seus braços, mas ele só me apertou mais.

— É tão legal te deixar bravinha, sabia?

— Não estou bravinha, eu sei que você me ama.

— Eu até poderia dizer que é mentira, mas o anel nos nossos dedos diz o contrário, então deixa quieto. — Ergueu a mão, mostrando o anel.

Levantei a minha mão também, a deixando do lado dele.

— Você sabe que estamos parecendo um casal, não sabe? — Eu ri.

— Aí já não podemos evitar.

— Bebê? — Ouvimos Silvia na porta e olhamos ao mesmo tempo, abaixando nossas mãos. — Ué, o que está rolando aqui?

— Estamos dando uns amassos, não percebeu? — Bebê falou com um sorriso zombeteiro.

— Você quis dizer que você está amassando a Bru, né? — Ela deu risada.

— Exatamente.

— É, então eu percebi. Vem, o almoço já vai sair e nossos convidados chegaram. — O filho dela deitou a cabeça no colchão, fazendo graça. — Para de preguiça, anda logo. Se precisar, arrasta ele pelos cabelos, Bru — disse antes de sair.

Me virei de frente para ele e comecei a pegar os fios dele, quase fazendo um rabo de cavalo, e ele já se afastou, sentando.

— Sai fora.

Eu ri, e ele me estendeu a mão. A peguei e nos levantamos. Descemos e fomos para o quintal, onde estava todo mundo. Silvia nos viu ali e fez sinal para que nos aproximássemos.

— Olha aqui meu filho — disse aos que estavam na frente dela. — E a amiga dele, Bruna, filha da Agnes e do Edson.

Tinha dois casais ali e mais dois garotos, que nos cumprimentaram. Acenamos, e pegamos nosso lugar na mesa enorme que tinham montado ali perto. Todos se acomodaram e o almoço começou, com todos se servindo dos pratos dispostos.

Bernardo e eu ficamos alheios a conversa dos adultos, assim como os outros dois meninos, que estavam sentados quase na nossa frente, mais para o lado esquerdo. Eles conversavam hora ou outra entre si, mas ao contrário do Bernardo, eles não pareciam entediados.

Depois que terminamos, resolvemos ir jogar pebolim na nova mesa que a família deixou na sala. Logo os dois garotos vierem assistir.

— Jogar não paga. — Bebê comentou, enquanto acertava um gol em mim.

Os dois se olharam rapidamente, dando de ombros, e se juntaram, um de cada lado nosso.

— Vocês também não cansam desse papo de velhos tempos? — O garoto do meu lado perguntou, concentrado no jogo.

— Me admira que meus pais não cansem. — Bernardo falou. — O assunto da vida deles é “velhos tempos”. Se dependesse deles, com certeza voltariam no tempo para viver a juventude toda de novo.

— Quantos anos você tem? — O garoto questionou, encarando Bebê.

— Quinze, por quê? — respondeu sem olhá-lo.

— Ah... você parece mais velho. Achei que tivesse dezoito.

Bebê o encarou. — Ah... obrigado? — Soou em dúvida, e o outro riu.

— Que bom que você não se ofendeu.

— Eu não me ofendo tão fácil assim. — E fez outro gol, e som um sorrisinho de provocação para mim, levou os cabelos para trás antes de voltar a jogar. — E... acho que minha mãe não falou os seus nomes.

— Ah, sim. Igor. — Se apresentou.

— João. — O outro disse.

— E vocês são parentes?

— Somos primos. Meu pai é irmão da mãe dele. — Igor explicou. — E eles eram amigos da sua mãe, pelo que sei.

— Vocês sim são mais velhos, né?

— Sim, temos dezessete. Ainda acho que todos nossos familiares combinaram um dia de transar e ter filhos todos na mesma época.

Bebê o olhou com o cenho franzido. — Ei, tem criança aqui. — E eu já fiz uma careta.

Igor olhou ao redor. — Quem...? — Me olhou. — Ela?

— Eu não sou criança — resmunguei, apesar de ter ficado com as bochechas vermelhas.

— Claro que é, não pode ouvir essas conversas. — Tapou minhas orelhas com as mãos.

— Para de graça. — As puxei e os três riram.

— A quanto tempo vocês namoram? — Igor questionou, de repente.

— Não namoramos. — Bernardo respondeu, voltando ao jogo. — São anéis de amizade. — Mostrou rapidamente.

Igor balançou levemente a cabeça, parecendo pensativo, e não deixou de encarar Bebê, como se o analisasse.

João encarou o primo quase que desconfiado, e então revirou os olhos, voltando a prestar atenção na bolinha.

O que foi isso?


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Notas finais do capítulo

Oloco, senhoras e senhores. O que esse Igor estava pensando, hein? shaushuh

Começamos bem o primeiro dia de férias? Eu não sei muito bem o que vai rolar, mas estejam cientes de que não vou enrolar muito. Estou bem ansiosa para começar o segundo ano deles! Mas se vocês tiverem alguma ideia, de algo legal que a Bru e o Bebê possam fazer, aceito sugestões.

Espero que tenham gostado e nos vemos semana que vem! o/



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