San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 31
107. Festa da Lili


Notas iniciais do capítulo

Olá! :3

Como vão? Tudo certo? De buenas? Ansiosos para saber o que vai rolar nessa festinha com dois crushes lindos e maravilhosos? ahuahauh

Bora lá! Boa leitura!



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— Ué, o Yan veio junto? — James perguntou. — Ele não ia pra Mogi? — Me olhou.

— Ia... Também não entendi.

— Achei que você fosse ficar feliz. Por que essa cara de sofrimento?

Gean segurou o riso e olhei feio pra ele. Então ele fez um sinal de “vem cá” e saiu andando. Levantei e o segui, e pelo menos ele passou bem longe da porta da lavanderia, entre as pessoas. Fomos parar no corredor lateral da casa.

— Tem algo para me contar? — Riu, encostando na parede.

— Não. Quer dizer... não exatamente. E-eu não sei.

— Se acalma, respira. — Brincou comigo. — Quero saber das novidades.

— Não aconteceu nada entre a gente. Mas... acho que voltamos a ficar próximos. Ele... ele vai mesmo sair da escola da escola e... queria aproveitar esse último tempo comigo.

— Hm... — Cruzou um braço e colocou a mão no queixo, pensando. — E ele nunca teve alguma atitude mais... próxima?

— Como assim?

— Ele te abraça sempre, te beija... alguma atitude assim?

— Não.

— Bom, então tudo bem. Seria sacanagem se ele fizesse algo do tipo.

— Por quê?

— Você não ficaria... triste se, sei lá, vocês ficassem nesse meio tempo e depois ele fosse embora?

— Eu... acho que sim.

— Então. Ele sabe disso e por isso seria sacanagem.

— Mas... eu não sei se seria tão diferente. Nós fazemos teatro, lembra?

— Eu sei, mas acaba sendo diferente. Você sabe que é teatro, se não fosse por isso vocês não teriam nada a mais, não é?

— É...

— Então... E não precisa ficar preocupada comigo, tá bom? — Colocou a mão na minha cabeça. — Somos e seremos hiper discretos. — Deu um sorriso convencido.

— Ô Gean, isso não é lugar de namorar! — Um homem gritou e começou a rir. Olhamos na hora, e do outro lado do quintal, alguns familiares dos ruivos estavam rindo, olhando pra nós.

— Valeu hein, tio — sussurrou bravo, e me puxou para a porta da cozinha ali no corredor. — Bêbado idiota.

— Gean... — A mãe dele estava ali com a mãe da Lili na cozinha. — Que que o Antônio está berrando ali?

— Berrando besteira, como sempre que bebe. Não consigo entender como a tia ainda é casada com ele.

As duas riram. — Nem nós, bebê. — Luana falou.

— Querem ajuda com algo?

— Leva essas travessas aí. — Indicou a mesa no canto.

Gean pegou uma e eu a outra, e saímos pela lavanderia. Dei uma olhada, vendo Yan e Mateus lá onde estávamos. Deixamos as travessas de lanches na mesa e fomos pra lá.

— Brubru! — Mateus sorriu ao me ver, sentado no meu lugar com Yan ao seu lado.

— Oi. — Acenei para os dois.

— Olá. — Gean também acenou.

— E aí? — Mateus sorriu para ele.

Lili nos olhava de forma desconfiada. — Que que o Antônio estava gritando seu nome ali?

— A minha mãe tinha me chamado e eu puxei a Bru pra ir comigo, fomos pro corredor e ele deve ter visto... Idiota.

Ela deu uma erguida de sobrancelha. — Eu falei que não queria que tivesse cerveja, isso sempre acontece.

— Esse é o típico tio chato da família? — Mateus perguntou a Lili.

— Sim. E fica mais chato ainda quando bebe.

— Toda família tem um desse. — Riu.

— Deveríamos fazer uma competição para ver qual é o tio mais chato do Brasil. — Gean deu risada.

— Ia ser o pior evento da história. — Lili falou. — Deus nos livre.

— Está tudo bem por aqui? — A mãe dela apareceu, ficando entre Gean e eu e abraçando nossos ombros.

— Tirando o tio chato, sim. — Sua filha respondeu. — Eu disse que era melhor não ter cerveja, mãe.

— É, mas se não tivesse, com certeza ele ia reclamar. E com mais certeza ainda ia querer comprar.

— Então da próxima deixa ele gastar do próprio dinheiro. — Gean disse.

Ela riu, concordando. — Mas tirando isso, tá tudo legal?

— Sim, tá sim.

— E vocês aí, Mateus e Yan? Não fiquem com vergonha, hein? Não comeram nada ainda? Lili, que tipo de anfitriã é você?

Lili fez cara de perdida. — Calma.

— Tá tudo bem. — Mateus riu. — Já vamos pegar algo, obrigado.

— Então tá. — Então me olhou. — E você? Tá quietinha. Não ficou com vergonha do Antônio, ficou? Não liga para o que aquele homem fala, todo mundo ignora, vocês podem ficar à vontade. — Puxou Gean.

— Quê? — Ele ficou confuso.

— Vocês podem ficar juntos, é só ignorar o que ele disser.

— Tá doida, tia? — Gean franziu o cenho, meio rindo.

— O quê? Vocês não estão juntos? — Fez cara surpresa.

— Não. — Ele riu.

Jesus, me tira daqui! Minha cara está em chamas.

Olhei para Lili, tentando não deixar transparecer meu desespero.

— Você e essas loucuras, né mãe? — Lili balançou a cabeça. — Foi a mesma coisa quando o James apareceu aqui.

— Ah... acontece, ué. — Deu risada. — Vou parar de fazer vocês passarem vergonha. — Nos largou e saiu andando.

Ficou uns segundos de um clima meio estranho, mas aí Lili levantou.

— Vem, vamos encher a pança de vocês com besteira. — Puxou os dois pelos pulsos, indo para a mesa.

Soltei o ar pela boca e Gean deu uns tapinhas no meu ombro. Foi se sentar no sofá ao lado do James e entrou na conversa entre ele, Júlio e Bebê.

Olhei para trás, vendo os outros três comendo e rindo.

Yan estava muito fofinho de bermuda e camiseta. Fala sério, ele ficava bonito com qualquer roupa!

Tomei coragem e fui até lá. Me servi de refrigerante e tentei entender a conversa deles.

— Pois é, a mulher é doida. — Lili ria.

Então uma menina veio correndo e abraçou Lili de lado.

— Feliz aniversário! — Ela berrou.

— Gabi! — Lili a abraçou, a tirando do chão uns segundos.

— Olha o seu presente! — Estendeu a sacola, toda animada.

— Obrigada, meu amor! — O pegou, olhando dentro.

— Tá o meu, da minha mãe e do Vi!

— Caramba, três presentes?!

— Sim! Vem, vamos lá falar com a minha mãe! — A puxou pela mão.

Lili nos olhou rapidamente e foi junto da menina. Ali perto da entrada estavam Viktor e seus pais. Lili falou com eles.

— É impressão minha ou aquele carinha era o monitor da escalada lá no acampamento? — Mateus me questionou.

— Sim, mas ele não era monitor, só estava ajudando os amigos.

— Ah... Ele é parente dela? Veio a família toda — falou olhando pra lá.

Ixe... será que a Lili não contou pra ele? — Ele... é vizinho dela. Pelo que sei, a família deles se conhecem há muito tempo.

— Ah... então é ele o ex dela?

Ué... — Sim, é... — Tentei ver sua reação, que não parecia abalado ou surpreso.

— Ele estuda lá na escola, né? Nunca o vi. — Comeu uma coxinha.

— Estuda sim... Você... não liga? — Não me aguentei e tive que perguntar.

— Para o quê?

— Por ele estar aqui.

— Não. Se ele é ex... — Deu de ombros. — Quer dizer que não deu certo entre eles... Não tenho motivo pra ligar. — Sorriu.

Nossa... acho que ele e a Lili realmente combinam.

Yan estava só acompanhando a conversa.

— Quando você vai pra Mogi?

— Não vou mais. Fiquei sabendo hoje depois do café que a irmã da minha mãe pegou férias e vai ficar com ela.

— Ah... E isso é bom ou ruim?

— Não sei bem. Eu acabo ficando meio preocupado, mas... em compensação vou ter mais uma semana para aproveitar. E para estudar também — acrescentou rindo.

— Como se você precisasse. — Mateus riu. — Quem precisa estudar sou eu — choramingou.

— Como se eu já não tivesse te avisado — imitou o tom do outro.

Mateus fez bico. — Tá, tá. Eu vou estudar essa semana. Preciso aproveitar que você está aqui, né? — Cutucou o amigo com o cotovelo.

— Nossa, bom saber que você só quer minha ajuda. — Fez cara de bravo. — Interesseiro.

— Ah, para vai. Você me ajuda nos estudos e eu te ajudo no seu humor. — Ofereceu uns amendoins. — Abre a boquinha.

Yan segurou o riso e abriu a boca. Mateus jogou um salgadinho por vez, errando quase todas, mas Yan conseguiu pegar antes que caíssem no chão.

E eu só rindo dos dois.

Lili voltou. — Isso, comam bastante, assim minha mãe para de falar que não sei dar festa... Você não vai comer? — perguntou ao Yan.

— Tô comendo. — Ele disse pegando mais amendoim.

— Come salgado também, tem sanduiche de patê de atum, tem de salpicão... — Começou a listar.

— Ele é intolerante a lactose, esqueceu? — cochichei para ela.

— Ah é... mas tem coisa sem leite. — Indicou o resto das comidas.

— Lili, ele não come carne. — Mateus riu.

Quê? — Desde quando? — O olhei.

— Desde sempre. — Deu de ombros.

— Você nunca me falou.

— Nunca pensei em dizer, desculpe. — Deu risada.

Tudo bem que eu reparei algumas vezes no que ele comia, mas... nunca liguei uma coisa com outra.

Pelo jeito eu ainda não sei muito sobre ele...

Lili fez uma cara desgostosa. — Eu vou arranjar algo para você comer, não vai ficar só no amendoim na minha festa.

— Não precisa, sério, eu...

— Não quero saber. — O interrompeu. — Nada que você diga vai me fazer mudar de ideia.

Mateus começou a rir e Yan fez cara de rendição.

Lili me puxou pela mão para a casa.

— Vamos lá fazer algo para ele.


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Notas finais do capítulo

Lili e Mateus, os dois bem resolvidos e maduros, como não amar?

Tão fofinho a Lili se preocupando com o Yan! O que será que elas vão preparar? :B

E Gean super hiper fofo? Esperavam essa reação dele? Mesmo que eu não soubesse da história, ia achar que ele ficaria bem de boas com tudo isso xD

Espero que tenham gostado!

Nos vemos no próximo! o/



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