San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 21
97. Pizzaria


Notas iniciais do capítulo

Olááá pessoas! Tudo certo?

Vamos lá ter uma saída com a Bru e dar umas risadas.

Boa leitura!

Obs: A imagem abaixo é a casa do Gean.



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Voltamos para a beira da piscina e deitamos ao lado da Lili.

— Sabe o que eu tava pensando? — Bebê me olhou. — Você pode aproveitar que hoje é dia independência e ser independente do amor do Yan. Finja que ele é Portugal.

Ri, balançando a cabeça. — É, quem sabe.

— Independência ou morte! — Lili deu risada.

Passamos o resto da tarde e começo da noite lá, e depois voltamos para a escola.

Me peguei pensando no Bernardo enquanto guardava minhas coisas.

Que tipo de amigos te largam daquele jeito? Como se a amizade não fosse nada?

Ele quis que ficasse entre nós... mas não acho que os outros iam virar a cara pra ele. Mas caso virassem, eu daria um bom esporro neles. Mas certeza que não aconteceria.

Bom, acho que ele vai falar quando quiser.

Coloquei o material na mochila e olhei minhas anotações, vendo se não tinha esquecido de nada. E vi uma sobre pegar um livro de história na biblioteca.

Olhei o relógio. Eram quinze para as dez.

Acho que ainda dava tempo de ir pegar.

Fui até o quarto da Lili, mas quando abri a porta, vi que a luz estava apagada e ela, dormindo.

Resolvi ir sozinha mesmo. Desci, atravessei o jardim e refeitório quase vazio. Subi e fui pra biblioteca. Rapidinho, procurei o livro na sessão escolar e o achei. O peguei e ouvi uma voz familiar.

Ué, Júlio tá por aqui.

Olhei para os lados, e percebi que a voz dele vinha da fileira de trás. Dei a volta e o vi de longe conversando com uma menina de cabelos longos e escuros.

Achei melhor não atrapalhar, e antes que eu saísse, os dois se aproximaram e se beijaram.

Eita gente...

Levei meu livro para o balcão e a Dona Grace o registrou com a maior carinha de sono, tadinha.

Voltei ao quarto, guardei o livro na mochila e fui deitar.

É... tá todo mundo beijando alguém. Menos eu.

***

Mais dias se passaram, mais uma semana sem Yan e mais ensaios com o Bebê, que estava pegando ainda mais o jeito. Inclusive, fazendo umas meninas frequentarem os ensaios.

Chegamos a essa conclusão porque elas sempre estavam de olho nele.

Coitadas.

Ah, sim. Contei pra Lili do Júlio, e ela deu de ombros falando “e daí?”. Não que eu esperasse que ela ficasse chateada, mas... esperava uma reação diferente.

Quero ser ela quando crescer.

Na sexta, me chamou pra casa dela, já que Gean estava querendo por o plano da pizzaria em prática.

Bebê não quis ir, alegando que tinha lição, mas depois me disse que ia tentar se encontrar com Cauã.

Então fomos só nós duas.

Dormimos na casa da Lili e depois do almoço, no sábado, fomos pra casa do Gean, que ficava algumas ruas pra baixo.

Ele morava em um conjunto de apartamentos pequenos. Eram só quatro prédios.

O porteiro nos deixou entrar direto, já que já conhecia a Lili, e subimos para o segundo andar. Lili tocou a campainha e esperamos, mas logo uma mulher muito parecida com a mãe da Lili abriu a porta.

— Oi, amoreco! — Ela sorriu e abraçou Lili.

— Oi, tia. Essa é a Bruna.

— Oi, Bruna, sou Luana. — Me abraçou também.

— Prazer. — Sorri com sua simpatia.

— Entra, entra. — Deu espaço.

Lili foi na frente. Logo perto da entrada, a direita era a porta para a cozinha. Segundo o pequeno corredor, saímos em uma sala de jantar, seguido da sala de estar mais a frente.

Na parede da frente, um corredor, com uma porta em cada lado e outra no fundo, na qual entramos.

Lili já foi se jogando na cama de casal centralizada na parede da direita. Havia um guarda roupa embutido na parede da porta e uma estante de frente para a cama, com duas prateleiras acima.

— Cadê o Gean? — perguntei.

— Não sei.

— Nossa, que folga é essa? — Gean apareceu na porta, com as mãos na cintura.

— Como se você não fizesse isso na minha cama. — Lili ironizou.

— Ah mas não é bagunçado assim, né. — Ficou do meu lado, e tocando minhas costas, beijou-me o rosto.

Foi tão repentino que fiquei vermelha, mas felizmente ele não viu, já que se jogou em cima da prima.

Sorri, ouvindo o berro que Lili deu e a risada dele.

— Então... — Ele sentou, enquanto ela se fingia de morta. — Pensei da gente jogar um Guitar Hero, o que acham?

— Pode ser. — Lili disse.

— Tá bom — concordei.

— Beleza. — Levantou e saiu. O seguimos. — Mas eu e a Bruna jogamos primeiro.

— Ora, por quê? — Lili fez voz de ofendida.

— Porque ela é convidada e eu sou dono do jogo.

— Afe. — Sentou no sofá. — E eu sou o quê?

— Você é tipo a irmã mais nova que joga depois. — Ligou e televisão e o videogame.

— Você é mais velho? — questionei para ele.

— Quase um ano. — Me entregou um controle. — Vou fazer dezessete em dezembro.

— Ah.

Ele colocou o jogo e escolhemos a música. Ficamos jogando a tarde toda e trocamos de jogo algumas vezes.

Lá pras sete horas, Gean foi tomar um banho rápido e decidimos ir cedo para a pizzaria, já que costumava ser mais vazio.

Como a mãe dele não quis ir, saímos nós três.

Andamos um pouco e chegamos. Pegamos uma mesa encostada na parede e olhamos o cardápio.

Gean sentou do meu lado direito, e Lili na nossa frente.

— Só não quero pizza que tenha ervilha. — Ela avisou, olhando as opções.

— Então... — Gean também olhava. — Posso pedir uma portuguesa, mas sem presunto, queijo, tomate, ovo, cebola, milho e azeitona.

— Ahn? — Lili o olhou estranhando. — Aí vira pizza de ervilha!

— Exatamente. — Riu dela.

— Engraçadinho. — Fez uma careta. — Escolhe logo o que você quer.

— Eu gosto de ervilha. — Deu de ombros. — Então não é melhor a gente pedir esfirra?

— Você é estranho, isso sim. Mas pode ser. Assim cada um paga o que for comer.

— Não, eu vou pagar. Eu trabalho, esqueceu? E também eu que chamei vocês.

— Tá bom, tá bom.

Acabamos pedindo esfirras de carne e queijo para a atendente, que elogiou o cabelo dos dois.

Estava tocando uma musiquinha de fundo, e quando mudou, já reconheci a próxima.

Você é assim, um sonho pra mim, e quando eu não te vejo... Eu penso em você desde o amanhecer, até quando eu me deito...

— Eu gosto de você! — Lili cantou. — E gosto de ficar com você.

— Meu riso é tão feliz contigo. — Gean continuou. — O meu melhor amigo é o meu amor.

— E a gente canta, e a gente dança, e a gente não se cansa — cantaram juntos. — De ser criança, a gente brincar na nossa velha infância...

Sorri ao vê-los fazendo graça, mas não deixei de lembrar do Yan. Essa era uma boa musica pra ouvir enquanto se tortura com lembranças.

— Que foi, Bru? — Gean me perguntou. — Não gosta dessa música?

— Ela deve ter lembrado do ex amor dela. — Lili brincou.

Dei um mini sorriso envergonhado, com o rosto corado. — Acho que ainda não é ex amor.

— Quer que eu peça pra mudarem a música? — Lili riu.

— Para de graça. — Sorri.

— Ixe, você namorava? — Gean ficou mais sério.

— É complexo, — Lili falou primeiro. — Mas rolou uma decepção amorosa.

— Ah... sei como é. — Apoiou o braço no encosto da minha cadeira. — Ela chegou a te contar o que aconteceu comigo?

— Não — respondi.

— Bom, eu trabalho em uma cafeteria de atendente, meio período, e minha ex trabalha lá também. — Fez uma cara de “fazer o quê”. — E a cafeteria é dos pais dela.

— Uau. — Imagina o climão?

— É... e ela que terminou comigo. Mas a minha vingança é que os pais dela me adoram. — Riu.

Lili riu com ele. — Adoro isso. Nunca gostei daquela louca.

— Por que louca? — A olhei.

— Ela era muito ciumenta. Até comigo!

— Mas... vocês ainda conversam? — Olhei pra ele.

— Sim, normal. Só não somos super amigos. Nossa relação é mais profissional do que outra coisa.

É, acho que o caso dele é pior do que o meu.

— E... você ainda gosta dela?

— Na verdade não sei. Tem dia que sim, tem dia que não.

— Nós somos parecidos nessa parte. — Lili riu.

— É, bem confusos — disse rindo.

Lili parou de rir, parecendo impressionada com algo, e eu me virei para ver o que ela olhava.

Não acreditei no que vi.

Mateus e Yan andando até o balcão de atendimento. Pelo jeito não tinham nos visto.

Ai, Deus.

Virei o rosto de volta, sentindo as mãos suando frio.

— Quem são eles? — Gean também olhava pra lá.

— Da escola. — Lili viu minha cara. — Um amor e um quase ex amor.

De repente, ela sorriu e acenou.

E eu engoli seco.


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Notas finais do capítulo

Vish ferrou xD

Gente kkkk Esse Gean viu, tadinho. Vocês estão gostando dele? Eu já amo esse menino, meu Deus!

No próximo capítulo teremos bastante camaradagem. Não percam ;D

Depois vou postar mais detalhes da casa do Gean no meu Instagram @machbiia

Até mais o/



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