San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax
Notas iniciais do capítulo
Bueenosss diiiaassss pessoas!
Vamos lá ver o que esse povo anda aprontando?
Qual será esse shipp do título, hein? ~le mistério
Boa leitura!
Me peguei nervosa quando estávamos indo para o ensaio. Parecia que era um dos primeiros ensaios que tivemos no começo do ano.
Mas bom, tecnicamente esse é o primeiro ensaio do semestre.
— Tá nervosa? — Bebê me cutucou com o cotovelo.
Claro que ele ia querer vir.
Lili nos olhou, curiosa.
— Acho que sim.
Entramos no teatro, e vi que estava vazio ainda, com exceção de dois meninos na plateia, e a professora Eduarda e Yan conversando, sentados no palco.
Pelo jeito eles estavam falando sobre aquele assunto, já que a professora estava com uma cara sentida.
— Que que eles tão fazendo aqui? — Bebê indicou Mateus e Gabriel enquanto descíamos.
— O mesmo que você. — Lili respondeu.
Fomos para o nosso lugar de costume, na primeira fileira. Lili e Bebê ficaram na fila de trás.
Olhei para o perfil de Yan, reparando nas linhas de seu rosto. Os cachinhos dele estavam grandes já.
E pensar que eu não passei a mão neles...
— Ei, para de olhar pra ele. — Bebê disse, tapando meus olhos com as mãos.
— Para com isso! — Tentei tirá-las, mas ele não largou.
— Vou colocar uma sacola na sua cabeça, hein — ameaçou.
— Eu não tô olhando.
— Claro que não, tô tapando seus olhos.
Suspirei e ouvi James e Lili rindo. Fui solta, e vi que os dois no palco estavam nos olhando.
A professora comentou mais algo com Yan, segurando seu ombro e andou para a beirada do palco, sentando ali. Yan fez o mesmo.
— Yan estava me explicando a situação. Vocês já estão sabendo... — Concordamos. — E eu estava pensando em quem poderia substituir ele nos dias que ele estará fora... O que você acha, Bruna?
Hein? — Quê? Como assim?
— Quem você acha que poderia ficar no lugar do Yan nesses dias?
Olhei confusa pro Yan, que deu um sorrisinho, como se incentivasse.
— Eu não sei...
— Porque... eu não posso colocar qualquer um, né? Você já está acostumada com o Yan e seria chato colocar alguém que você não tenha tanta intimidade.
— Prô. — James se pronunciou. — Eu poderia ficar no lugar dele.
Ela o olhou, pensando. — Não vai ficar pesado pra você?
— Acho que não. Posso tentar.
— Mas e se ficar ruim pra você? Talvez seja melhor eu pegar outra pessoa, não quero que você se atrapalhe com seu papel.
— Professora, ele se voluntaria. — Lili apontou para Bebê, que a olhou como se ela tivesse dito que ama comer insetos.
— Mas ele é novo — disse pensativa. — Nem sabe como é a peça.
— A Bru ajuda, ué. — Sorriu, travessa.
Olhei para trás, vendo Bebê com cara de dúvida/surpresa.
— Se ele quiser... — Ela continuou. — É só pra dar suporte para os outros alunos não ficarem perdidos, nada fixo.
Percebi que Yan não tinha gostado muito da ideia, já que ele estava tentando disfarçar a cara.
Bebê considerou. — Acho que posso tentar sim. Pelo menos comigo a Bruna ia ficar à vontade.
— Então certo! — Eduarda bateu uma palma. — Vamos pegar do começo hoje, então. Você tem que prestar atenção. Vou te dar um roteiro geral. — Levantou e foi atrás do palco.
Ficou um silencio desconfortável até ela voltar e entregar o roteiro pra ele.
As pessoas já tinham chegado, então fomos para o palco começar.
Pelo menos nas primeiras cenas eu não teria contato direto com o Yan.
Enquanto estava no palco, fiquei olhando para a plateia, pra ver se Bebê estava mesmo prestando atenção. E pelo jeito, sim. Lili até parecia explicar algumas coisas pra ele.
Em um momento, vi Mateus saindo do seu lugar, indo até a fileira de trás da Lili e parando atrás da cadeira dela.
Falou algo, e deu um papel para ela, e logo voltou pro lugar. Quase perdi minha fala com Erica, porque fiquei olhando a cara que Lili fazia, tentando descobrir algo.
Guardei a curiosidade até o ensaio acabar. E quando fomos liberados, fui direto pra lá e nos encontramos no corredor.
Corremos para fora, e quando saímos, ela me mostrou a folha, toda animada.
“Lili, gostaria de encontrá-la depois do jantar, nas árvores perto do ginásio. Aceita? Caso sim, olhe para trás, para eu saber se quer. Caso sim, me encontre lá hoje as nove e meia.”
— Uau. — Sorri, devolvendo o papel. — Você olhou pra ele?
Ela deu uma risadinha. — Claro! Ai, Bru! Agora tô nervosa.
Subimos rapidinho, e logo chegou a hora de jantar.
Comemos, ficamos um tempo no jardim e subimos. Lili foi escovar os dentes e passar um perfume, e no horário, desceu.
Fiquei no quarto, esperando ansiosa. Queria notícias, claro.
Decidi tomar um banho e coloquei meu pijama. Sentei na cama, olhando o relógio a cada minuto.
De repente, a porta abriu com tudo e Lili entrou, fechando a porta e se jogando na minha cama com um sorriso do tamanho do mundo.
— E aí?! Nem foi bom com essa cara, né? — Já ri.
— Ai, Bru. — Suspirou, deitando no meu colo. — Ele foi um amor!
— Conta tudo!
— Quando eu cheguei, ele já tava lá. Ele sorriu quando me viu, e quando cheguei perto, ele segurou minha mão. Ficamos conversando um pouco, e ele começou a falar como sempre me achou bonita e legal, desde que nos falamos no refeitório a primeira vez... E eu só rindo feito besta... Aí ele me puxou de leve e chegou perto, enquanto a gente ainda sussurrava coisas meio nada a ver. Ele segurou minha cintura e me beijou. — Suspirou de novo. — Maravilhoso, por sinal.
Sorri, feliz por ela. — Que legal, Lili. E você acha que vocês vão ficar de novo?
— Certeza que sim. Ele não queria me deixar subir. — Riu. — Quase pegaram a gente lá, porque já ia dar o toque de recolher. E aí, depois do último beijo ele falou “amanhã a gente continua”.
Dei risada. — Olha só.
Lili deu um gritinho com as mãos na cara e balançou as pernas no ar. — Nem acredito que isso aconteceu. — Se sentou. — Agora eu vou lá tomar banho e ficar acordada até tarde! — Levantou, cheia de energia. — Boa noite!
— Boa noite! — Ri, a vendo suar.
Levantei só pra apagar a luz e voltei pra cama, deitando.
Era tão engraçado quando ela ficava assim.
Espero que dê certo com o Mateus, eu gosto dele. Não que eu não goste do Júlio. Mas pelo jeito não ia rolar mais nada entre eles.
Eu realmente estou feliz por ela.
***
No café, era impossível não perceber como a Lili estava feliz, por mais que ela dissesse que estava normal.
Estava indo para a sala, quando ouvimos alguém nos chamar.
Nos viramos e vimos Mateus se aproximando, sozinho.
— Bom dia. — Mostrou um sorrisão.
— Bom dia — falamos juntas.
— Podemos... nos encontrar antes do almoço? — perguntou pra Lili.
— Claro. Onde? — respondeu, cheia de graça.
— Me espera na escada, pode ser?
— Tá bom. — Sorriu.
Mateus abaixou e por um momento parou, parecendo hesitar no que fazer. Lili riu e deu um selinho rápido nele. Ele ficou coradinho e riu, se afastando.
Eu estava de vela ou era impressão minha?
Nos viramos e vimos James parado na frente da nossa sala, de braços cruzados, sorrindo.
— Não é nada, né? — Deu um empurrão nela enquanto entrávamos.
— Nadica de nada. — Ela riu.
Fomos para o nosso lugar, e dei uma espiada em Júlio, mas ou ele não viu nada, ou não estava ligando.
As aulas passaram, e quando o sinal tocou, Lili enrolou pra arrumar suas coisas e disse pra eu ir com os meninos.
Assenti, meio ansiosa por ela, e fomos almoçar.
Ela demorou, e eu só a vi mais tarde, no dormitório. Ela tinha almoçado com o Mateus.
A semana seguiu assim, cheia de assuntos sobre Mateus, cheia de Bebê pedindo ajuda com o roteiro e sem Yan.
Só fiquei sabendo que ele ia para SP pela Lili, porque Mateus comentou. Então seria mais uma semana sem ele.
Na segunda, seria o primeiro ensaio com o Bebê como Heitor, e eu não sabia se ria ou se chorava.
Já estávamos indo para o ensaio, e ele estava com a cara enterrada no roteiro.
A professora o deixou ficar com o roteiro enquanto atuava.
Ele entrou na cena, olhando o papel. Estava sério até então, mas foi só olhar pra minha cara que começou a rir.
Acabei rindo e fiz um esforço pra ajudá-lo. Mas era quase impossível encenar um momento de romance com ele fazendo uma careta pra não rir.
E também, o fato de todo mundo rir não ajudava em nada. Só complicava mais ainda.
Apesar disso, não foi tão ruim. No último ensaio da semana, ele já tinha pegado o jeito e conseguia segurar as risadas.
Mas claro que eu sentia falta do Yan ali. Não era a mesma coisa sem ele.
Heitor e Jasmim não eram os mesmos sem ele.
Fiquei feliz quando Lili me chamou pra casa dela. Ela teria um aniversário pra ir, e queria que eu fosse.
Até chamou o Bebê, mas ele disse que tinha alguns trabalhos extras que precisava entregar, então ficaria na escola trabalhando.
Não que eu estivesse com ânimo pra uma festa, mas pelo menos ia distrair a cabeça.
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Feesssstaaaa o/ ~le dança
Shipparam hard Lili e Mateus? kkk Eu shippo muito :B
Será que o Júlio ficou abalado com isso? Depois vamos descobrir.
Mas e aí, gostaram do capítulo? Espero que sim.
Nos vemos no próximo :*
Ps: Me sigam no Instagram para ver as fotinhas dos personagens, as casas que eu monto no The Sims e coisas variadas (até de outras histórias!) É @machbiia