San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 12
88. Isso é tão fanfic


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOO!

Aposto que estão ansiosos para esse capítulo :BB ~pq será né aaaaaaaaa eu também tô

Chega de enrolação, bora lá. Boa leitura!



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A luz foi acesa e pisquei, vendo Bebê ali me segurando.

— O que tá fazendo? — cochichei.

— Ué, eu tinha que pegar alguém. — Começou a me empurrar pro meio do quarto com um sorrisinho de quem tava se divertindo.

Assim que encostei na parede, dei uma olhada rápida pros lados, vendo algumas meninas com cara de decepção, e Lili com uma cara de quem estava na dúvida se tinha gostado ou não.

De relance vi Yan logo atrás dela, mas não quis olhá-lo diretamente.

Ai Deus, por que ele tinha que estar aqui?

As meninas começaram a falar entre si.

— Pode ser no rosto? — sussurrei pro Bebê.

Ele chegou perto da minha orelha. — Até parece. Você não acha que isso pode causar ciúmes no Yan e assim ele vai tomar uma atitude?

— Eu não quero causar ciúmes e nem que ele tome atitude.

— Claro que quer. — Voltou a me olhar. — Você só é tímida demais pra falar isso.

— Vai, gente! — Tamiris nos apressou.

Bebê me olhou com uma cara de “ou vai ou vai”.

Suspirei e levantei um pouco o rosto.

Não olha isso, Yan.

Assim que Bebê chegou perto, fechei os olhos. Senti os lábios dele levemente abertos sobre os meus.

Começaram a contar.

Quando eu achei que fosse beijar meu amigo? Nunca. Ainda mais ele! Tudo bem, é uma brincadeira, um beijo simples. Talvez eu até estivesse achando graça, se o Yan não estivesse vendo isso.

Tá, Bruna, tenta esquecer isso. Vocês não têm nada, não fizeram mais nada, então tá tudo bem.

— Três… dois… um!

Abri os olhos, mas Bebê continuou ali, e vi que ele estava segurando o riso.

Botei as mãos na cara dele e o afastei. — Chega.

Ele começou a rir e ainda deu um beijo na minha bochecha, e se ergueu. Colocou um braço no meu ombro e me deu um meio abraço.

— Como eu gosto de te encher.

— Eu já sei disso. — Me esquivei dele e me sentei na minha cama.

Todos voltaram pro círculo e continuaram a jogar.

Yan sentou na ponta da cama, quase na minha frente.

— Eu vou pro meu chalé, tá tarde já.

Ai, merda.

Será que ele ficou chateado? Mas também, o que eu vou falar? Agora a vergonha ta batendo na minha cara.

— Tá… — falei meio baixo.

Ele me olhou um tempo. — Você tá brava com ele?

— Eu… — Eu tô? — Não sei, ainda não pensei nisso.

— Eu bato nele, se quiser. — Brincou, com um sorrisinho.

Sorri. — Obrigada, mas não precisa. Qualquer coisa eu mesma bato.

—Então tá. — Sorriu. — Boa noite. — E se aproximou, dando um beijo na minha maçã do rosto.

— Boa noite.

Yan levantou e foi até a janela. A abriu e pulou pra fora.

Fui até lá e o vi andando para o chalé. Aproveitei e fechei as folhas, e voltei para a cama.

Estava começando a ficar com sono. Tirei as cobertas e me deitei, me cobrindo.

Pelo menos ele não parecia bravo, ou chateado…

— Tá dormindo…? Ei…

Abri os olhos, percebendo que o quarto estava escuro. Dormi sem perceber.

Me virei um pouco, vendo Bebê deitado do meu lado.

— Que que você tá fazendo aqui ainda? — perguntei meio grogue.

— O jogo acabou de acabar… — E puxou a coberta, se cobrindo também. — Você tá brava comigo? — Senti seu braço direito em cima da minha cintura.

— Não — respondi baixinho, voltando a ficar de lado. — Por que você não vai pro seu quarto?

— Você não gosta de ficar de conchinha comigo? — Ouvi um tom de sarcasmo em sua voz, cada vez mais distante.

Murmurei um “besta”, mas acho que nem saiu direito.

Apenas senti Bebê me abraçando direito e caí no sono.

***

Abri os olhos, estranhando a claridade e tentei me mexer, mas senti o braço do Bebê me impedindo.

Olhei pra trás e vi que a coberta estava cobrindo a cara dele.

Dei risada e a puxei.

Que estranho, ele gosta da claridade da manhã.

Ouvi a porta abrindo e fechando, e logo vi Lili entrando no corredor do nosso beliche.

— Ah, você acordou. — Ela disse baixo. — Eu tive que cobrir a cara do Bebê porque uma monitora veio aqui quando eu levantei. Ela tava checando as camas. — Agachou pra guardar algo na mochila. — Ainda bem que ele tem cabelo grande, ou ela ia pegar ele.

Eita. Essa foi por pouco.

— Agora quero ver como ele vai sair daqui — continuou.

Ixe, tem isso ainda.

Tirei o braço dele de cima de mim e sentei. Balancei seu ombro.

Bebê fez uma careta e abriu os olhos.

— Levanta, você tem que sair antes que te vejam — falei.

— Ninguém consegue me pegar, eu sou ninja. — Esfregou os olhos.

— Um ninja que quase foi pego por uma monitora. — Lili ficou de pé. — Sorte que eu tava do seu lado e cobri sua cara.

Ele fez uma cara de “eita”. — Ah… valeu. Então me deem cobertura pra eu sair. — Levantou.

— Folgado — reclamei, também levantando.

Lili e eu saímos no corredor, e ela foi até a porta, olhando pra fora.

— Vem — disse baixo, fazendo um gesto com a mão.

— Vai. — Indiquei o corredor.

— Até já. — Ele passou por mim rapidinho e saiu.

— Essa foi boa. — Lili riu, voltando.

— Boa nada. Você que chamou ele pra cá, né? — Cruzei os braços.

— Eu achei que você fosse querer participar se ele estivesse aqui. — Fez cara de cachorro abandonado.

— Acabei participando sem querer, né. — Entrei e fui em busca da minha bolsinha.

— Bom, aí já não foi culpa minha.

— Não, magina… — Peguei a bolsa. — Cadê todo mundo?

Todas as camas estavam vazias.

— Provavelmente foram tomar café. Quando eu acordei, já não estavam mais aqui.

Fui pro banheiro e depois me troquei. Saímos em busca do café da manhã.

Quando entramos no refeitório, mais vazio do que o normal, vimos que as meninas ainda estavam lá.

Pegamos nossa comida e nos sentamos na mesa delas.

— Bom dia gente! — Lili disse toda feliz.

— Bom dia. — Elas responderam ao mesmo tempo, umas mais alegres, outras nem tanto, e reparei que a Tifany olhou pra Lili por mais tempo do que as outras.

— O Bernardo não quis vir tomar café com vocês? — Natasha perguntou com um sorriso brincalhão.

— Ele teve que sair de fininho pro chalé dele, isso sim. — Dei um gole do meu chá.

— Ai Bruna, você tem muita sorte. — Tamiris comentou.

Estranhei. — Por quê?

— Ué, ele é lindo, engraçado, charmoso… — Natasha listou. — Sem falar que tá caidinho por você.

Quase engasguei depois dessa.

— Vocês ficam né? — Tifany me olhou. — Porque dá pra ver de longe que rola algo entre vocês. E depois de ver ele dormindo com você então…

Todas elas me olharam, esperando uma resposta.

— Nós… somos só amigos.

— Só amigos? — Natasha não acreditou. — Então você deixa ele na friendzone?

— Tadinho — disse Tamiris surpresa.

— Não! Ele não gosta de mim, ele não tá na friendzone.

— Claro que ele gosta. — Sol falou. — Até eu percebi isso.

— E pra Sol perceber algo, olha… — Tifany balançou a cabeça.

Eu olhava inconformada pra elas. Elas não iam acreditar em mim, não importa o tanto que eu falasse.

— Mas você gosta dele? — Natasha questionou.

Senti a pressão pesar na minha cabeça.

— … não. Não do jeito que vocês tão pensando.

Elas fizeram cara de “tadinho dele”. Olhei pra Lili em busca de ajuda.

— Eu também achava que ele gostava dela. — Lili disse. — Mas aí eu vi que era o normal dele agir assim. Eles são amigos de infância.

— Sério? — Natasha arregalou os olhos. — Desde quantos anos?

— Desde que éramos bebês… — respondi meio receosa.

— Ai, que gracinha! Imagina só!

Hein?

— Isso é tão fanfic — falou Tamiris, parecendo animada.

— Vai chegar um dia que você verá essa amizade virar amor. — Tifany falou, toda sonhadora. — E aí ele vai estar namorando e você vai perceber que ama ele.

— Mas não vai querer estragar o namoro dele e vai guardar esse sentimento pra você. — Natasha continuou.

— E aí ele vai se casar e vai te chamar pra ser madrinha de casamento. — Tamiris disse. — Você vai ficar triste porque não disse nada antes, mas na hora do “fale agora ou cale-se para sempre” vai interromper o padre falando “eu protesto!”

— E vai falar tudo o que sente e ele vai falar que sempre te amou. — Tifany fez drama. — E vão fugir da igreja de mãos dadas…

— Ah, chega! — Sol se pronunciou. — Isso é vida real, não filme que passa na sessão da tarde.

— Você precisa ser mais romântica, eu hein. — Tamiris falou e Sol revirou os olhos.

Obrigada, Sol. Suas amigas viajaram legal agora.

— Mas sério, ele gosta de você. — Natasha me deu um sorrisinho fofo.

Elas tão vendo coisa demais…

Não, ele não gosta de mim assim. Ele sempre foi desse jeito comigo. Tem nada a ver isso.

Né…?


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Notas finais do capítulo

EIS A GRANDE DÚVIDA DA ATUALIDADE!

E aí, o que vocês acham? kkkk ~tô adorando causar desse jeito

Gostaram do beijinho deles? Será que o Yan ficou chateado mas não quis demonstrar? Será que a Tifany quer repetir o beijão com a Lili? Hmmm são muitas questões xD

Espero que estejam gostando! Nos vemos no próximo o/



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