Senhor Tom disse que meus dedos eram muito mais habilidosos que minha língua.

Quando repeti isso aos meus amigos escravos e seus donos, ficaram todos horrorizados, mas não me importei. Meu senhor estava feliz e isso bastava.

Após descobrir isso, ele começou a me ensinar muitas coisas. ‘Teoria musical’ foi a primeira. Eu não usava meus dedos, mas não questionei, aprendendo cada nome e cada técnica que ele me ensinava em seu tempo livre do trabalho. Depois da teoria, me ensinou violino. Eu gostava do violino, mas o piano ainda falava comigo de forma mais bela. Era muito mais fácil cantar através dele.

Senhor Tom, porém, pareceu gostar muito. Chamou-me de ‘prodígio’, que Darel me ensinou ser uma criança talentosa, e disse que me faria aprender mais.

Estava ansiosa, porque adorava passar o tempo das aulas com ele, mas me surpreendi ao ver um homem feio desconhecido com uma flauta. Apesar de toda a minha rogatória, insistiu que eu aprendesse com o feio. Não só a flauta, mas vários outros instrumentos, que Tom não conhecia, mas ficava feliz quando eu mostrava que aprendi.

Enquanto os anos passavam e eu crescia, o repertório de instrumentos que sabia tocar se tornou enorme.