Werewolf escrita por PikaGirl


Capítulo 1
Lust?


Notas iniciais do capítulo

CÁ ESTOU EU!!!
E desta vez numa one shot de Halloween :3
Bem provável a minha ser a única a não ter nem tristeza nem terror, mas eu gostei. E espero que vocês pensem o mesmo ♥



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Claudine voltava para casa depois de comprar as coisas que a sua mãe pediu. Endou deveria ter ido com ela, mas a sua justificação? “Tenho agendado um jogo de futebol com os outros.”. Claro que ela compreendia, e até gostaria de jogar com eles (e provavelmente venceria todo mundo). Mas não. Tinha logo de ser hoje que ela faria as compras, e o seu irmão deixou ela para trás. Ainda por cima o seu senso de direção era terrível, então perdeu-se um pouco enquanto comprava todos os produtos que sua mãe listou numa folha de papel.

Não que ela se importasse de sair um pouco, mas seu lado mais sedentário ainda reclamou um pouco com sua mãe. E esse mesmo lado estava neste momento reclamando dos músculos doridos por causa do peso dos sacos. Pelo lado positivo, sua mãe prometera que ela podia ficar com o troco, então Claudine pensou fazer um pequeno desvio para a loja de doces, para comprar umas barras de chocolate negro.

Mas ficou só no pensamento mesmo, porque começou a surgir uma espécie de portal á sua frente, e numa coincidência muito ruim, não estava mais ninguém na rua. Bom, ela tinha três opções: Gritar, fugir, ou tirar uma foto. Desviou para longe do pensamento a última opção, e decidiu que a segunda era a mais inteligente e óbvia. Virou-se para correr (nunca tirando os cinco sacos dos braços), mas o seu braço esquerdo foi agarrado por uma mão (surpreendentemente quente), e foi virada para encarar o rosto de quem tinha interrompido a sua volta a casa (o que ela achou muito clichê).

Os seus olhos azuis encararam um par ainda mais azul, e ela ficaria a encarar aqueles olhos o dia todo, se aquela pessoa relativamente mais alta que ela não tivesse falado.

—Estive muito tempo te procurando.

—Eu passo todos os dias por aqui para ir á minha escola, não existe muito por onde procurar.

O garoto de cabelos rosados com umas mechas brancas e pele morena (características que a de cabelos pretos só reparou depois daquela piada) olhou a mais baixa com um rosto que gritava bem alto “Sério isso?”, enquanto ela apenas se continha para não rir do próprio fora que ela deu.

—Você não está nem um pouco curiosa ou com medo de um desconhecido ter parado você no meio de uma rua vazia?

—Meu caro, eu já enfrentei alienígenas, acha que a sua aparição vai superar isso?

Algo naquele garoto (muito atraente, diga-se de passagem), fazia-a lembrar de umas coisas que acontecerem á uns poucos meses. Num momento ela estava com Aki e Endou, e noutro um ovni apareceu, e uns supostos garotos do futuro apareceram, depois surgiu um tal de Tenma, apareceu uma espécie de homem super forte por trás de Endou, e assim foi. Mas por alguma razão, eles os dois não se recordavam de nada disso. Nem mesmo o resto da equipe do Football Frontier se lembravam do Matsukaze e da sua equipe que os enfrentarem. E apesar da sua péssima memória, Claudine recordava-se de tudo isso. Agora o porquê ela não sabia. Decidiu perguntar isso àquele desconhecido, que talvez soubesse a resposta.

—Interessante… você recorda-se disso tudo. Você deve ser mesmo especial…

A de olhos azul petróleo arqueou uma sobrancelha, não entendendo do que ele falava.

—Bem, vamos andando.

Quando ela ia questionar ao que ele se referia, a sua visão começou a ficar borrada, logo escurecendo por completo. Garshya pegou na mais baixa em estilo noiva, abrindo mais um portal, e levando-a para outro sítio. Os sacos foram deixados para trás.

XXXXXXXX

A cabeça dela latejava quando acordou, e foi quase impossível se sentar. Olhou em redor, não reconhecendo o sítio onde estava, até que se lembrou dos acontecimentos de mais cedo. Começou a ficar nervosa, procurando pela sua bolsa, encontrando-a nos pés da cama onde estava. Pegando rapidamente no celular, ela tentou ligar ao seu irmão, mas logo foi-lhe informado que aquele número já não existia. Começou a coçar os braços, as unhas arranhando a pele frágil, em sinal de puro nervosismo.

Ela decidiu juntar as peças (porque talvez dessa maneira ela poderia finalmente entender o que raios se estava a passar): primeiro um desconhecido aparece e agarra no seu braço no meio da rua, dizendo que estava procurando por ela; depois ele disse que ela era especial, e levou-a para este sítio; e por fim, ela não era capaz de ligar para Endou.

Finalmente tudo se encaixava. Ela estava no futuro. Por isso que aquele adolescente de cabelos rosa sabia o que se tinha passado, e por isso que ela não era capaz de ligar a ninguém (até porque ela tentou ligar a mais pessoas depois da primeira tentativa falhada). Não fazia o menor sentido, e se ela contasse isto a algum dos seus amigos, eles a chamariam de doida. Mas neste momento, este pensamento era a única coisa que a poderia manter sã.

Quando parou de se coçar (até porque os braços já estavam ardendo), Claudine teve a sensação de que se esqueceu de alguma coisa, até que…

—AS COMPRAS! ONDE PORRA ESTÃO AS MINHAS COMPRAS?! MINHA MÃE VAI ME MATAAAAAAAR!

Mas rapidamente se lembrou que estava no futuro. Olha que ótimo.

Ouviu passou rápidos, e a porta foi aberta com força pelo mesmo garoto de mais cedo.

—HÁ GENTE A TENTAR DORMIR, TENHA MAIS CALMA!

—NORMALMENTE QUANDO UMA PESSOA É RAPTADA, ELA NÃO COSTUMA ESTAR MUITO CALMA, NÃO ACHA?!

Garshya ia responder, mas quando viu o sangue ligeiro saindo dos braços da mais nova, o seu pensamento ficou nublado, e ele se aproximou. Como um carnívoro (e um lobo, de certa forma), sangue vindo de uma pessoa, ainda por cima de uma garota poderosa como ela, era como um néctar dos deuses.

Deitando-se por cima dela, Claudine presenciou de perto o garoto com nome desconhecido pegando no seu braço direito e lamber sensualmente o mesmo, retirando o sangue que saíra dele. Os olhos azuis nunca se desviaram dos dela, fazendo com que um certo calor subisse pelo seu corpo até ás suas bochechas, mostrando-se pela primeira vez envergonhada com as atitudes dele. Estar sem camisa tornava aquele homem ainda mais sensual, mostrando o corpo bem definido.

Quando ele pegou o seu outro braço e começou a levantar a sua camisa é que ela finalmente se apercebeu: Estava completamente ferrada. Se ela se importava? Não, obviamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥



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