After Life Promise escrita por SatonePink


Capítulo 1
Drabble


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE! FINALMENTE ESCREVI COM LIFE IS STRANGE
Vocês não tem noção de quanto eu amo esse jogo! Depois de comprar a deluxe do BtS, fiquei ainda mais apaixonada. AmberPrice se tornou meu OTP do jogo (perdão Pricefield) e com certeza tinha que escrever com elas, não é mesmo?

Se você por acaso gostar da drabble, fique por aqui! Quero muito escrever um "Good ending" para Life is Strange (diferente daqueles que a gente vê no Youtube, relaxe) e uma one-shot do casal Nathan x Samantha, que também me apaixonei

to pensando em algo Pricefield ou Pressfield também, meu perfil vai se tornar Life is Strange madness! o

Falei demais, fiquem com a One-Shot



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    Abri meus olhos lentamente, sentia como se tivesse tirando um cochilo de três horas.

    Entretanto, não estava em meu quarto.

    Era um lugar branco, brilhoso, não demonstrava nenhum tipo de paisagem, como disse, era um vazio claro.

     Onde eu estava?

     Estava usando a mesma roupa que usava quando... Fui atrás do Nathan em Blackwell, A mesma touca azul marinho, mesmos jeans rasgados, mesmo casaco de couro falsificando, a minha mesma camisa... Branca?

     Quando olhei para meu tronco, eu só via vermelho, vermelho sangue. Levantei minha camisa para ver a gravidade do que aparentava ser um ferimento. Quando olho, nada, nadinha de nada.

     — Ei, o que porras tá acontecendo aqui? — me perguntava, sem esconder que estava apavorada

     O que era aquilo? Um lugar diferente, sangue derramado em mim sem nem sinal de ferimentos, minha última lembrança sendo o banheiro de Blackwell e aquele merda do Nathan com uma arma. Será que eu...

     ...Morri?

     — Chloe... — uma voz de anjo, eu conhecia aquela voz

     — O que? — olhava para todos os lados, todos a mesma merda, tudo branco

     — Chloe! — como? — Chloe, estou aqui!

     Segui a voz com meu ouvido e meu olhar, uma das paisagens brancas começaram a apresentar cores, cores que formavam uma silhueta humana que se aproximava enquanto chamava o meu nome. Sua calça clara, camisa branca estampada com uma foto de modelos em sua frente, tendo por cima aquela outra camisa quadriculada vermelha. Seus cabelos cor de mel longos voando sem vento e aquele diferente brinco de penas azuis.

     Eu lhe encontrei:

    — Rachel! — corri como se não houvesse amanhã, aparentemente não tinha mesmo

    Depois de seis meses, finalmente meu corpo se encontrou com o dela em um caloroso abraço. Sentia falta de seu cheiro, de sua pele macia e de nossas brincadeiras de zoar todos daquela cidade estupida. Quando nos afastamos, olhei seu rosto, seu nariz estava sangrando, ela o limpou naturalmente, ao ver aquilo, percebi seu verdadeiro paradeiro, acabei desabando no chão, minhas lágrimas desapareciam ao despencar de minha cara. Rachel me puxou para cima, me dando mais um abraço forte:

    — Desculpa Rachel, eu... Eu achei que você tinha me abandonado — enxuguei as lágrimas, respirando fundo — Como todos os outros da minha vida

    — Não Chloe, a gente prometeu que nunca íamos nos separar, lembra? Eu sei que isso é meio melento e clichê de se falar, mas você sabe que é verdade

     Respirei fundo, tinha tanta coisa para botar em dia com Rachel:

    — C-Como você veio parar aqui? — perguntei, já planejando em assombrar a vida daquele ou daquilo que a matou

     — Não sei exatamente, minha última lembrança é de uma sala toda escura com luzes em cima de mim, não lembro mais de nada — rodou — Uma overdose de álcool e drogas, talvez? Eu posso ter tentado me matar durante um ensaio fotográfico com o Senhor Jefferson. É, faz sentido

     — Acho que só de álcool, você nunca foi chegada a drogas — aquelas informações de Rachel havia me dado eram tão vagas

     — Ou eu sempre gostei de drogas, contrai AIDS de uma seringa e nunca te contei nada porque estava querendo transar com você

     Um silêncio de dois segundos rompido pelo coro de nossas risadas:

     — Venha, eu sou Chloe ‘fodendo’ Price, nenhuma DST pode me matar

     — Aparentemente só um ferimento na barriga pode — Rachel passou a mão na parte manchada de minha camisa — Quem foi que você irritou?

     — Eu lembro do Nathan no banheiro feminino de “Blackhell”, se aquele riquinho tiver me matado eu vou ficar puta — sentei no chão

     — Veja pelo lado bom — Rachel se juntou a mim — Pelo menos você não precisa mais lidar com seu padrasto de merda

     — É mesmo, não é? — ri, deitando — Acho que morrer não é tão ruim assim, né?

     Rachel ficou me encarando enquanto encostava sua cabeça no chão, também fiquei olhando para ela, percebendo um sorriso besta em seu rosto:

     — O que foi? — perguntei

     — Nada... Gosto de seu cabelo azul, mas sinto falta de seu cabelo natural, ele faz me sentir... Nostálgica

      — É, pena que estou na fase do cabelo colorido de adolescente rebelde, né?

      Silêncio:

      — Chloe, estamos mortas... Por que então não fugimos daqui? — falou — Você lembra depois da peça? A promessa que fizemos há mais ou menos três anos? Por que não cumprimos ela agora?

      Dei um sorriso dominador, botando minhas mãos atrás da cabeça:

     — Sei lá, prove que está falando sério — recriei a cena

     — O que você quer para que eu prove isso? — sorriu, aparentemente entendeu a minha intenção

      — Bem... Me surpreenda

      Nossos rostos começaram a se aproximar lentamente, sua mão suave foi parar em minha bochecha, minha mão um pouco mais seca foi para sua nuca, puxando-a lentamente para mais perto de meus lábios. Quando nossas bocas finalmente encostaram, me senti realmente no paraíso, aquele momento que decidimos fugir foi o ponto alto de minha vida após a morte de meu pai.

     Nos afastamos lentamente, nossos olhos brilhavam:

     — E agora? Vamos?

    — Vamos

    O branco se moldou na estrada litorânea de Arcadia bay, onde o sol nascia e deixava o céu em um lindo lilás que misturava-se aos poucos com o azul bebê que surgia conforme o sol subia. Minha velha caminhonete também estava lá, esperando para ser ligada.

    Segurei a mão de Rachel, onde partimos para o carro velho, sentamos no banco consertado e abrimos a janela. Parti em direção a não sei aonde enquanto a estrela d’Alva sumia no céu da manhã. Rachel botou sua cabeça para fora do carro, gritando enquanto seus cabelos e sua pena azul voavam como uma borboleta:

    — Cuidando Los Angeles, Rachel e Chloe estão indo dominar vocês!

   Desci a mão na buzina, fazendo barulho sem me importar com algum policial morto que patrulha o paraíso.

   Depois de tanto tempo, fiz aquilo que sempre quis, fugir daquele inferno.

   E o melhor de tudo, estava com ela.


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Notas finais do capítulo

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