Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 19
Capítulo 17 - Goodbye, My ANgel


Notas iniciais do capítulo

Ownn, olá! Não me matem okay? Leiam o avisinho no cap e nos encontramos lá em baixo.

;*

PS: Tive que colocar os links das musicas diferente do que costumo colocar, então copiem os links que estão em baixo dos títulos e colem numa pagina do navegador. São videos do youtube! Links seguros!



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N/A: Peguem os lenços e ouçam as músicas, sugiro que deixem os vídeos carregando antes de ler. Boa leitura.

Capítulo 17 – Goodbye, My Angel

Adeus, meu anjo.

The Soft Goodbye – Celtic Woman

http://www.youtube.com/watch?v=nDVgb4pJMdI&feature=related

- Edward!!!!

Bella gritava, desesperada. Agarrou-se ao corpo do amado, que ainda mantinha o sorriso torto – o preferido dela – estampado nos lábios. Tinha uma face tranqüila, expressão serena. Edward havia ido em paz.

“Meu corpo flutuava para o alto, num espaço em branco. Havia muitas pessoas naquele lugar. Ao passo que era um lugar bonito e feliz, também podia ser um lugar triste. Eu não derramei lágrima alguma quando senti meus pés tocarem um chão firme.

- Quem é você? – Perguntou uma menininha. A aparência dela lembrava-me a de Alice. Era pequena, esguia. Ela tinha quatro anos.

- Sou Edward. E você? – Perguntei a ela.

- Sou a Alicia!

De repente, eu fui tomado por uma compaixão extrema. Então eu me toquei. Eu não estava visitando aquele lugar. Aquele seria onde eu passaria o resto dos meus dias. Mas o que me chocou não foi o que EU fazia lá. Era o que ELA, a doce menininha, a Alicia.

- O que faz aqui Alicia?

- Eu fiquei dodói. – Ela disse baixinho. – Então eu dormi e acordei aqui.

Alicia ergueu suas mãos para mim e eu fiquei sem entender, até que finalmente eu me toquei. Ela queria colo.

- Seu colinho é quentinho. – Ela se aconchegou a mim.

- Então já conheceu Alicia. – Uma menina disse-me. – Sou Jamie.

- Sou Edward. O que...

- Não se preocupe. Todos nós que estamos aqui, temos a missão de zelar por quem amamos. – Jamie disse. – Ela é tão pequena, mas ainda olha pela mãe dela...

- O que aconteceu? – Eu olhei para o rosto da menininha, que dormia em meu colo.

- Alicia faleceu quando tinha quatro anos. Pegou uma infecção generalizada no hospital.

Fiquei encarando Jamie e Alicia. Eu estava naquele lugar porque tinha prometido à Bella que cuidaria dela. Eu olharia por ela. E isso me confortou. Jamie andou ao meu lado por toda a imensidão da praça bonitinha e dos campos floridos. Aquela era minha nova jornada, a segunda parte.

- E você? – Perguntei a Jamie.

- Eu tinha câncer. Morri aos dezenove anos. – Ela disse sorrindo.- Eu sempre olho pelo Landon.

- Landon?

- Sim, meu marido. Nos casamos jovens.

Aquela era Jamie Sullivan. Filha de um pastor de igreja. Excluída do colégio. Descobriu que tinha câncer aos dezessete anos e que não reagia mais ao tratamento. Landon Carter formou-se médico, tornou-se oncologista.

- E você?

- Cheguei há pouco tempo. – Contei. – Eu tinha uma doença degenerativa. Morri depois de três paradas cardiorrespiratórias.

- Venha.”

- Eu não quero!!! – Bella exclamou. – Não quero deixá-lo. Meu amor. O amor da minha vida.

- Querida, eles precisam levá-lo.

- Não, mãe! Não... – Ela soluçou várias e várias vezes, até que deixou seu corpo ir cedendo. Jacob a segurou.

- Bella, por favor. Vamos. – Ela abraçou Jacob e chorou ainda mais.

E assim Edward Cullen havia deixado este mundo. Mas havia deixado muito mais que saudades...

Todos estavam abalados. Choravam, abraçados uns aos outros. Carlisle e Esme estavam inconsoláveis. Charlie havia os levado para casa e Renée tentava fazer o máximo para ajudá-los. O máximo que podia fazer naquele momento, era ajudar com os preparativos para o enterro.

Quando a cidade soube da morte de Edward, um clima de luto pairou.

“Quando eu a vi, abraçada a Jacob, senti-me um pouco melhor, sabendo que ela seria bem cuidada, mas ainda sim, ver Bella, inconsolável daquela maneira partia meu coração.

- No começo vai ser ruim. – Jamie me dizia. – Mas depois ela vai melhorar.

- Não fica tristi, Ed. – Alicia sorriu para mim.”

My Immortal “Accoustic” - Evanescence

http://www.youtube.com/watch?v=m1NaHzNn-sY

Os dias que antes corriam rápidos pelos corredores do tempo, agora se seguiriam lentos e, pior ainda, também seriam dolorosos. Era como se cada mísero minuto, se tornasse uma era.

No dia seguinte após o falecimento de Edward, o funeral já estava organizado, graças à ajuda de Renée e Charlie. O pequeno cemitério da cidade de Forks estava lotado naquele dia e, estranhamente ensolarado. Quando o primeiro raio de sol adentrou o quarto, Alice terminava de abotoar os botões do vestido preto, com flores miúdas em um tom acinzentado. O cabelo de Bella foi preso em um coque baixo e bagunçado. Quando estavam prontas, elas se dirigiram, a pé, para o cemitério onde o amado jovem seria velado.

O gramado fofo e verde, cuidadosamente aparado, com cadeiras dispostas sobre a sombra de uma árvore e o caixão branco, decorado com entalhes dourados, estava sobre um suporte acima de uma cova. Os convidados iam chegando, um a um, pares à pares, famílias por famílias; em pouco tempo, o local já estava repleto de pessoas que conheciam o rapaz. Todos da família, os mais próximos, usavam óculos escuros e lenços.

O pastor havia falado algumas palavras, nada muito extenso e logo em seguida, foi Carlisle quem tomou posse do microfone.

- É difícil para mim falar muito. Então serei breve. – O médico, que sempre era visto trajando vestes brancas, agora usava preto. – Edward sempre foi um rapaz que me deu orgulho, estudioso, aplicado a qualquer tarefa que resolvesse desempenhar. Como médico, é difícil aceitar que ele faleceu, tão jovem e de uma doença que não tinha cura. – Ele enxugou algumas lágrimas e então continuou. – Nós nunca falávamos da doença dele, mas não porque tínhamos vergonha, pelo contrário, ele nos pedia simplesmente porque não achava necessário. Meu filho foi vítima de uma doença degenerativa, que não tem cura e com tempo assola outros órgãos ou partes vitais do corpo e, por isso, eu o chamo de lutador. Lutador porque ele enfrentou sua doença por anos à fio e sempre manteve a cabeça erguida. Ele era o exemplo de vida. Edward, sempre estará em nossos corações e mentes. Nós te amamos meu filho.

Alguns convidados enxugavam suas lágrimas e choravam pela morte do rapaz, que, por incrível que pareça, era querido por todos. Perto dali, próximo à uma árvore alta, cuja sombra projetava-se por uma boa parte do gramado, três figuras translúcidas observavam a cena, uma delas deixava algumas lágrimas caírem. A da ponta, era a figura de uma jovem, de cabelos lisos, presos em um rabo de cavalo e trajava um vestido esvoaçante, branco; a segunda figura era Edward, que vestia calça e camisa branca de tecido leve; e a terceira figura era a pequena Alicia, que usava um vestido rosa bebe.

“- Eu só quero que ela seja feliz. Eu só quero fazer com que ela saiba isso. – Ele murmurou.

- Um dia você vai podê. Sempre podemos. – A pequena Alicia sorriu.”

As três figuras continuavam observando, de longe, o enterro. As lágrimas ainda corriam dos olhos de Edward e a pequena Alicia, em seu colo, tentava confortá-lo. Assim que Carlisle finalizara suas palavras ao filho, que as ouvia com atenção; Emmett, Jasper, Carlisle e Charlie dirigiram-se ao caixão. Os quatro pegaram as pontas das cordas e foram descendo, vagarosamente, até que o caixão atingisse o fundo da cova.

A figura translúcida de Edward aproximava-se de local onde estavam todos. Alicia estava no chão, de mãos dadas a ele, uma pequena lágrima rolou de seus olhinhos amendoados. Edward aproximou-se de Bella e tocou seus lábios aos dela, logo em seguida murmurou:

­“-Só quero que saiba... Que estou bem... E estarei sempre ao seu lado.”

Bella sentiu uma brisa acariciando sua pele... Seus lábios, sua bochecha... Sentiu um chiar baixo em seu ouvido. Seus olhos se arregalaram e ao longe, vislumbraram as três figuras, por um instante pensou ter visto seu amado Edward sorrindo.

- O que foi, querida? – Renée perguntou.

- Nada. – Bella disse.

“Eu te amo, Edward. Sempre vou te amar. Sei que você está aqui agora, sei que não foi um mero acaso eu te ver. E sei que você está bem. Sei que não está sozinho.” Bella disse para si mesma, enquanto o caixão era coberto pela terra fofa. Ela aproximou-se e jogou uma rosa branca. Ela não virou as costas por instante nenhum, até que a terra cobrisse todo o caixão. Ela ergueu seus olhos para a lápide de marmore branco, onde havia a inscrição “Edward Cullen. 20/06/1989 – 14/02/2010. Amado filho, amigo e esposo. Nossa eterna gratidão.” e deu as costas.

- Sinto muito pela sua perda, Sra. Cullen. – Algumas pessoas cumprimentavam Esme e Carlisle, logo em seguida Bella. Não havia cinismo e nem falsidade em nenhuma daquelas pessoas, porque de alguma forma, Edward deixaria saudade em vários corações.

“E foi assim que conheci o amor da minha vida e da minha existência, esta foi uma parte da minha história. Até hoje, meses depois da minha morte, eu continuo olhando por Bella. Os dias após minha partida foram difíceis, todos estavam abalados, a vida tornou-se monótona e fria, cheia de tristeza. Eu não apareci mais para Bella, somente aquela vez no dia do meu enterro, mas sempre estou por perto.

Alicia e Jamie sempre estão comigo, me ajudando a passar por essa fase, porque só assim, todos que ficaram na Terra, poderão superar também. Foi assim que eu entendi.

Nossa jornada não acaba quando morremos. Depois que partimos, é como se uma cortina de chuva prateada se erguesse, transformando tudo o que conhecemos em vidros prateados. Então, tudo se transforma novamente. Transforma-se em praias brancas e campos verdes, em amanhecer e entardecer.

A morte é só mais um caminho. Não é o fim.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem! :D Não gostaram, comentem também! o/



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