Hecatombe escrita por Bella Burckhardt


Capítulo 5
Último andar: bolsas, infectados e assassinas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, pessoas, finalmente me livrei do bloqueio criativo! Kk
Já peço desculpas de antemão, porque agora, com a correria da faculdade, fica difícil achar tempo para escrever, mas não pensem que abandonei a história!
Quando menos esperarem, eu vou estar lá u.u ahuahuahua
Boa leitura!;)



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 A estrada estava escura e surpreendentemente vazia, assim como a maioria das que pegaram desde que mudaram de rota. Isso porque na pressa todos optaram pelas rodovias principais, às quais o casal também insistiu em conferir, apesar dos avisos de Will, antes de tentarem outro caminho, e onde se depararam com a morte, a morte em figura de quilômetros e quilômetros de carros abandonados. Dúzias de mortos-vivos caminhavam ao redor dos veículos, perdidos e famintos, e em uma dessas principais, que inicialmente se mostrou transitável, eles quase ficaram cercados – não fosse pela habilidade do motorista ao conseguir retornar na situação impossível em que estavam, certamente não teriam sobrevivido.

 Os três não conversavam muito, às vezes perguntavam algumas coisas sobre Will, diziam algumas sobre eles, nada demais. Depois de um tempo apenas ficaram em silêncio. A mulher, Donna, dormia no banco da frente, Will se ofereceu para revezar na direção, mas George recusou dizendo que tudo bem, então ele apenas se recostou no vidro e tentou dormir um pouco.

 Assim que fechou os olhos Carson lhe veio à mente, como será que ela estava? Ainda no galpão? Talvez tenha partido, talvez nem estivesse mais viva, pensou e se repreendeu no mesmo instante. É claro que estava viva, ela não podia ter morrido, era forte demais para isso, perdera o irmão e logo no outro dia já parecia pronta para encarar qualquer coisa. Ou tentava parecer. Ele ainda conseguia ver a dor em seus olhos quando partiu e esse pensamento quase o fez se arrepender de ter ido, mas o remorso não durou muito, bastou lembrar de Justin e Gwen para a ideia ser varrida para o fundo de sua mente.

 Gwen estudava em Lynchburg, o pai dela estava sempre se mudando por causa do trabalho e Gwen sempre pedindo transferência, chegaram na cidade no ano passado e foi como a conheceu – depois os pais se mudaram novamente, no meio do ano, mas dessa vez Gwen não o acompanhou. Will vivia em Timberlake, uma cidade vizinha e bem menor, estava lá por causa do pai, que já não tinha condições de viver sozinho, então largou tudo e foi cuidar dele, uma longa história.

 Já Justin era de Richmond, onde Will nasceu e cresceu, e de onde foi embora aos dezesseis anos, enquanto o amigo continuou na cidade a vida toda. A distância não interferiu na amizade dos dois, nem quando Will foi embora, nem quando saiu do país e muito menos quando se mudou para Timberlake, o que permitiu aos dois se verem com mais frequência.

 Por incrível que pareça, Will estava mais preocupado com os amigos do que com o pai, pois a possibilidade de encontra-los era maior do que a de achar o velho, que com certeza havia “fugido” de casa assim que ele fora viajar, o homem sempre fazia isso e encontra-lo era quase impossível, considerando que sua intensão era exatamente não ser encontrado. Cada vez se enfiava em um lugar diferente e não estava nem aí para o filho, mas ao menos sabia se virar na rua e sempre acabava voltando, então, depois de um tempo Will apenas deixou de procurar, poupava sua preocupação para cuidar dele quando chegasse em casa todo ferrado e assim seguia sua vida.

  A viagem fora bem maior graças aos desvios e já devia passar das sete quando finalmente chegaram, Will pediu que o deixassem direto em Lynchburg, nas margens da cidade para evitarem riscos. George parou logo após a placa de boas-vindas.

— Já chegamos? – Donna acordou quando estacionaram.

— Virgínia ainda – o marido respondeu. – Will vai ficar por aqui.

 Will pegou uma mochila com alguns dos suprimentos que dividiram, respirou fundo e saiu do carro, parando na janela para agradece-los.

— Muito obrigado pela carona, não sabem o quanto me ajudaram – ele disse ajeitando a mochila nas costas. – Para onde mesmo estão indo?

— Vamos primeiro à Charlottesville e depois seguir para Baltimore. Nem quero imaginar o que vai ser passar por DC – ele explica e suspira, realmente estava certo, Washington devia estar um caos, mas se havia alguém tomando providências sobre a situação, esse alguém estava lá.

— Tomem cuidado, sigam meu conselho e peguem o caminho mais longo se necessário, é o melhor a fazer se virem que a cidade não está sob controle – Will alerta. – Mas é a Capital, se ainda existe algum controle é por lá, não duvido que tenham mandado um batalhão inteiro para patrulhar a Casa Branca.

 Ele brinca e os três riem com a ideia.

— Obrigada, Will, foi bom conhece-lo – Donna diz com um sorriso amistoso. – Boa sorte com o que for fazer!

— Boa sorte para vocês também! – Ele sorri, George acena e faz a volta com o carro, voltando por onde vieram.

 O rapaz assiste o carro sumir na escuridão e só então se vira para encarar a cidade que se projetava logo a frente, tira do bolso o papel amassado onde anotou o endereço da amiga de Gwen e depois olha para sua perna esquerda, um rasgo no jeans deixava à mostra o curativo. Ela ainda não estava cem por cento, doía às vezes, mas Will já conseguia andar normalmente.

 Assim como Colúmbia, Lynchburg era um breu e a única fonte de luz em um raio de quilômetros era a lanterna que ele trouxe do galpão. Andava se esgueirando pelas ruas sujas e vazias, um furacão parecia ter passado por ali, deixando lixo revirado, bagagens perdidas e corpos estraçalhados pelo asfalto, mas nem sinal dos reanimados. A faculdade ficava do outro lado da cidade, se continuasse assim até lá, seria ótimo, mas Will tinha um péssimo pressentimento sobre aquilo.

 Apressou o passo quando finalmente ouviu um grunhido e um deles dobrou a esquina, seguido por outro e mais um, Will virou na rua seguinte e mais dois surgiram, forçando-o a voltar e se desviar de seu caminho. Já eram pelo menos sete deles em seu encalço quando conseguiu despista-los entrando em um beco – para sua sorte, eram todos lentos e decrépitos, nenhum deles estava inteiro –, apagou a lanterna, se escondeu atrás de uma caçamba e esperou que passassem. E, bom, não foi um processo muito rápido.

 Quando finalmente deixou de ouvi-los, foi até a beirada espiar, localizando o bando a pelo menos três quarteirões e se permitindo sair, silencioso como um felino, ainda sem a lanterna. Três passos mais tarde e um grito soou no prédio ao lado, chamando sua atenção e a dos reanimados que, empolgados e magicamente mais velozes, já faziam o caminho de volta.

 Will pensou em correr, até tentou fazê-lo, mas a ferida em sua perna deu sinal de vida e um dos pontos se soltou. Do final da rua mais um morto-vivo apareceu, esse em ótimas condições e pronto para disputar uma maratona, não lhe deixando muitas opções.

— Socorro! – Outro grito desesperado, esse deixando clara a voz chorosa de uma menina e Will decidiu não pensar demais, se apressando até o prédio de tijolos vermelhos.

 A porta estava trancada, forçando-o a pular a janela da recepção e gemer de dor ao pousar sobre a perna machucada. Os gritos continuavam lá em cima e ele se pôs a subir, sentindo mais dor a cada lance de escadas, até chegar ao quinto e último andar, seguindo o som até o apartamento no fim do corredor, também trancado por dentro.

— Ei! – Ele chamou, esmurrando a porta e girando inutilmente a maçaneta.

— Socorro! – A menina voltou a gritar, ainda aos prantos, devia estar encurralada. Will olhou em volta e avistou um extintor de incêndio na parede, correu para buscar e chocou-o fortemente contra a porta de madeira, logo abaixo da maçaneta, repetindo o golpe até conseguir arromba-la.

 Adentrou o apartamento no último segundo, quando a criatura conseguira forçar a porta do banheiro e se precipitava sobre sua vítima. Prendeu o ar e acertou o extintor na cabeça da coisa, derrubando-a com a pancada e acertando mais uma para ter certeza, esmagando o crânio e fazendo o sangue jorrar. O extintor escorregou de sua mão e rolou barulhento até a sala, enquanto Will respirava ofegante recostado no batente, encarando a mulher alta e corpulenta estirada à sua frente, com os miolos saltando da cabeça e um pijama de flor

 Quando o ruído cessou, Will voltou-se para a banheira vazia, parcialmente coberta por uma cortina, de onde vinham soluços e um choro fraco. Caminhou até lá e puxando a cortina encontrou uma adolescente ruiva, descabelada e suja de sangue, encolhida no canto e agarrada a uma grande bolsa verde, que o encarou assustada.

— Está tudo bem, eu a matei – disse ainda ofegante, ela se esticou para ver, arregalou os olhos com a cena e se encolheu mais uma vez, em silêncio. – Você está bem?

 Nenhuma palavra, apenas um aceno positivo, mas seus olhos lacrimejavam. Will pigarreou, não fazia ideia do que dizer, então optou por ser sincero.

— Olha, eu não sei o que houve aqui, mas tem um bando reunido na porta da frente e não vai demorar para chegarem mais, então o que acha de sairmos? – Contou estendendo a mão para ajudá-la e a garota olhou dele para a mão, meio em dúvida – é sério, eu já vi isso acontecer e não é nada bonito.

 Por fim, ela aceitou sua mão e Will a colocou de pé. Nesse movimento, a bolsa verde escorregou para o lado, pendurada no ombro esquerdo, revelando um braço enfaixado e ensanguentado.

— O que foi isso? – Perguntou preocupado e a garota o encarou aflita.

— Não foi um deles, não fui mordida, por favor, acredite em mim – ela se afastou, ainda dentro da banheira, as lágrimas voltando a correr.

— Calma, calma, tudo bem, eu acredito em você – tranquilizou-a e a garota engoliu em seco, o que ela pensou que ele faria? – Vem, temos que sair daqui.

 Ainda receosa saiu da banheira e, agarrada à bolsa, seguiu com ele até a sala de estar, desviando-se do purê de cadáver na porta.

 Era um apartamento simples, sala, cozinha e um quarto nos fundos. Will ligou a lanterna e deu uma olhada nos cômodos, checando se não havia mais nada ali.

— Tem alguma coisa que queira pegar?

— Não, não é a minha casa, eu só estava... – um barulho vindo de fora a interrompeu, Will sinalizou para que fizesse silêncio. Outro barulho, dessa vez mais alto.

— Viu mais deles aqui? – Sussurrou.

— Não tive tempo de ver nada, subi direto para cá e a encontrei escondida no quarto – apontou o corpo –, mas ouvi alguns ruídos.

 Will não respondeu, apenas caminhou para a cozinha, o extintor lhe fora bem útil, mas não dava para carrega-lo por aí, tudo o que precisava era de algo que danificasse o cérebro, então abriu os armários até encontrar uma faca descente. Empunhou o objeto e caminhou para fora, fazendo sinal para que a garota o seguisse em silêncio – ela hesitou um instante, mas ir com ele parecia uma ideia melhor do ficar sozinha ali.

 Pé ante pé chegaram a escada e pelo corrimão espiaram o outro andar, por onde um reanimado se arrastava perdido e com uma perna engessada, provavelmente vindo da porta entreaberta pouco antes.

— Quando eu passei estava tudo fechado, o barulho deve ter atraído eles para fora – comentou o mais velho quando o morto desapareceu, virando o corredor. – Sabe se existe outra porta além da principal?

— Entrei pela janela, tanto a porta da frente quanto a saída de emergência estavam bloqueadas.

 Os dois mantinham a voz baixa, desceram alguns lances e pararam no terceiro andar, de onde grunhidos altos emanavam. Will varreu o corredor com a lanterna, parecia limpo, mas a porta logo em frente à escada dançava com o desespero dos mortos, que a esmurravam frenéticos tentando sair. Avançaram com cuidado e um baque mais forte na madeira fez os dois saltarem de susto, se voltaram para o apartamento e foram surpreendidos por uma das criaturas que, advinda silenciosamente das escadas, avançou sobre eles.

 Foi tudo muito rápido, o susto fez a ruiva cair para trás, para a porta, escorregar contra ela e de alguma forma girar a maçaneta, abrindo caminho para os três outros monstros ali escondidos e quase sendo devorada. Will a puxou de lado e o morto que subia colidiu com os restantes, dando a eles tempo de correrem e consequentemente tropeçarem nas escadas, rolando todos os degraus até o segundo andar.

 Cambaleando, correram para o primeiro apartamento aberto, bloquearam a entrada com um móvel e Will desmoronou sobre o sofá.

— Um prédio cheio de infectados e ninguém pensou em trancar as portas? – Disse, sarcástico, sentindo a perna latejar, agora com dois pontos a menos e um filete de sangue escorrendo. A garota ainda encarava fixamente a porta, assustada e com os olhos esbugalhados.

 Os monstros arranhavam famintos do outro lado, eles precisavam sair dali e, no estado em que estavam, a porta não era uma opção. Will foi até a janela da sala, aquele apartamento dava para a rua de trás, porém, como desceriam? Lá embaixo, nenhuma movimentação, nenhum sinal de pessoas e zero chances de repetir a tática que Carson usou em Colúmbia

— É só um andar, não é tão alto – pensou em voz alta, chamando a atenção da outra. – Podemos tentar com lençóis.

— O que disse?

— Que podemos improvisar uma corda e descer.

— Como nos filmes? – Ela ergueu a sobrancelha – Não me parece muito confiável...

— Não, mas é o que temos para hoje, não posso ficar preso aqui esperando eles irem embora. Não posso perder tanto tempo – disse já caminhando para o quarto, abriu o armário e puxou toda a roupa de cama para baixo.

 Em tempo recorde uniram cinco lençóis e o forro que cobria a cama em uma corda multicolorida, amarraram no pé do sofá e sobre ele posicionaram as duas poltronas da sala, só para garantir a firmeza. Will arremessou a corda e encarou a garota.

— Você primeiro, é mais leve, se eu for e a corda arrebentar você fica presa. Pode deixar que eu levo essa bolsa.

— Não! – Negou de imediato, passando-a pelo pescoço, na transversal – não precisa.

 Will estranhou, mas não insistiu, apenas apontou os lençóis e ela se posicionou na janela.

 – Sabe como fazer? – Perguntou e ela afirmou com a cabeça, se pendurou na corda e começou a descer lentamente.

 Estava indo bem até que o sofá escorregou uns milímetros, desequilibrando-a e a fazendo deslizar mais de meio caminho, com um gritinho estridente que atiçou ainda mais os mortos. Ela tentou se firmar novamente, mas um lençol se soltou, levando-a direto ao chão e, dessa vez, foi bem mais do que um gritinho, bradou de dor, se encolhendo no asfalto.

— Merda! – Will agarrou a corda e desceu o mais rápido que pôde, sendo obrigado a saltar a lacuna até o chão, e se abaixou ao lado dela. Na queda, a tal bolsa verde colidira com o ferimento em seu braço direito – para que tinha que descer com essa coisa?!

 Esbravejou enquanto a erguia, levando-a dali antes que os mortos chegassem, sem se preocupar com para onde estava indo, só precisava achar um lugar seguro, depois disso voltaria ao rastro de Gwen.

 Will caminhava com dificuldade, os dois viraram mais ruas do que se poderia contar, andaram até parecer seguro parar e quando pararam, ele mal se aguentava de pé. Suas costas doíam, a perna latejava e quanto tempo fazia mesmo desde a última vez que comeu? Sete, oito horas? Por aí.

 Estavam em um bairro residencial, cheio de casas de madeira, com varanda, jardim e cerca branca, mas nenhum sinal de vida. Rumaram para uma dessas casas, pequena, de apenas um andar. Will deu a volta, bisbilhotando pelas janelas e parecia vazia, uma delas estava destrancada e ele entrou, abriu a porta para a garota e os dois se jogaram sobre o sofá, lado a lado, esgotados. E foi quando se lembrou de que não sabiam nem o nome um do outro.

— Me chamo Will – se apresentou ofegante, estendeu a mão e ela apertou.

— Oi Will, sou a Megan – cumprimentou e voltou a segurar o braço dolorido.

— Oi, Megan – riu fraco e se virou para olha-la. – Se importa se eu der uma olhada?

 Apontou para o braço e ela consentiu. Com cuidado, Will desenrolou a faixa, revelando um rasgo na pele com cara de quem pretendia infeccionar.

— O que aconteceu aqui?

— Tropecei sobre umas ferragens hoje cedo, na hora não pude fazer muito, só passei uma água e enrolei isso daí. O corte em si só arde, mas depois da queda o braço começou a doer muito – Megan fez uma careta e tocou o cotovelo, que limitava os movimentos do braço direito.

— Deve ter deslocado ou algo assim, depois damos um jeito nisso, mas primeiro tem que lavar e fazer um curativo decente – ele disse e se ergueu, rumando para o corredor. – Veja se ainda tem água ou se cortaram isso também. Vou dar uma olhada pela casa e tentar achar algo que ajude.

— Will – Megan chamou, fazendo-o virar –, obrigada. Salvou a minha vida.

 Will não respondeu, apenas sorriu de canto e se afastou, pensando no que teria acontecido se sua perna estivesse boa e ele apenas tivesse corrido para longe do prédio, como pretendia.

 Afastou o pensamento e entrou no banheiro, vasculhando até achar uma gaveta de medicamentos, de onde tirou um vidro de antisséptico, um pacote de gazes e esparadrapos. No caminho de volta aproveitou para trancar as janelas e fechar as cortinas, quanto menos atenção chamassem, melhor.

 Encontrou Megan na cozinha, secando o braço com um pano após ter lavado. Tinha um semblante preocupado e até meio triste, o que estava fazendo sozinha no meio do apocalipse? Ele pensou. Não devia ter mais que dezesseis anos, estava ferida e tão assustada que aceitou seguir com o primeiro estranho que lhe apareceu.

— Achei umas velas – ela apontou a caixa sobre o balcão e se sentaram ao redor do mesmo. – Acha que precisa de pontos?

— Você sabe costurar essas coisas? 

— Não.

— Eu também não, então não precisa.

 A conversa não rendeu muito, os dois permaneceram imersos em seus próprios problemas e aquela não parecia uma boa hora para perguntas. Quando resolveram o problema do curativo, não pensavam em outra coisa que não fosse o cansaço, então acenderam algumas velas pela sala, trancaram a porta e apagaram os dois ali mesmo, cada um sobre um sofá.

 Esqueceram os mortos que caminhavam, a dor, a fome, Gwen e todo o resto, incluindo a velha tia de Megan, que agora jazia esfaqueada em uma picape, não muito longe daquele prédio, com uma expressão de surpresa congelada no rosto e, principalmente, sem a bolsa verde que costumava lhe pertencer.

 Mas, bem, Megan nunca gostara muito daquela tia mesmo. E na verdade, até se arrependia de não ter feito aquilo mais cedo.


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Notas finais do capítulo

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