Ground Zero escrita por Loyriufe


Capítulo 1
Ground Zero


Notas iniciais do capítulo

boa leitura ♥



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Bakugou Katsuki se negava a acreditar na realidade toda vez que vestia seu uniforme. Era um herói agora, mas o seu coração se desprazia com a veracidade do que estava diante dos seus olhos; a todo o momento desaceitava a visão da manipuladora da gravidade, enroupada com aquele vestido negro que evidenciava seu corpo. Magoava-se ao perceber aquele sorriso perverso em seus finos lábios, os quais um dia já havia se aprofundado pelo apego aquele sabor adocicado de sua boca.

Muitas vezes, questionava-se se era a causador da atual calamidade, por não ter identificado seu pedido de socorro que segui pelas lágrimas de melancolia. Afinal, poderia ter sido essencialmente o que queria, mas não aquilo que ela precisava; ainda que fosse ele o seu único pedido, a única conveniência para que continuasse sã. Entretanto, por principalmente dispor a capacidade de salva-la de escurecer seu quebradiço coração que a fez tornasse tão insensível a todos.

Muitas vezes pensava sobre sua individualidade e nessas reflexões se questionava sobre o herói que poderia ser com ela, na hipótese de que poderia realmente seguir aquela trilha com um poder tão naturalmente aniquilador; em conclusão de que sua característica explosiva não passava de um processo pontuado por um súbito aumento de volume e grande liberação de energia que, geralmente, era acompanhado por altas temperaturas. No final, ele era apenas alguém com um poder incrível e uma personalidade terrível que desejava ser a ilustração de um bem maior com uma cabeça, às vezes, bagunçada para caralho.

Naquele momento a gravidade lhe prendia, mesmo que tentasse se levantar, ela continuava a lhe esmagar até sufocar e nem todos os palavrões que residiam em seu vocabulário poderiam expressar o tamanho da angústia do momento. Sentia seu corpo sendo submetido a uma colossal pressão que lhe comprimia os órgãos do corpo enquanto observava aquela face insuspeita de qualquer ato desarmônico contra a humanidade; um rosto angelical que concebia sua individualidade para a tamanha barbaridade da criação de um pandemônio.

— Onde está o ­anjo que você viu em minha face? — A pergunta de Uravity, havia lhe pego de surpresa. Ele apenas trincou o maxilar e franziu o cenho irritado ao notar que ela esperava pacientemente por uma resposta, apesar de alguns daqueles que lhe acompanhavam já houvesse fugido.

Morreu. — Resmungou, observando a expressão de Uraraka ficar mais séria ao desfazer o sorriso, dando espaço para a decepção em seu olhar se tornar mais perceptível.

— Uma pena. — Ela murmurou, se levantando e se afastando dele sem qualquer imprudência para tomar distância dele. Sua atitude o magoou – apesar de sua feição expressar ira – ao vê-la andar para onde os vilões se retiravam; mas de jeito surpreendente sente a pressão esvaísse do seu corpo e deixa-lo com seu peso usual. Ela nem havia sumido de seu campo de visão ainda que estivesse parcialmente perto disso. Aquele livramento lhe deixou confuso e perdido, afinal sua individualidade poderia facilmente matá-lo; no entanto, ela sempre vai embora no final, o deixando ali sem dizer nenhuma palavra.


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