- você estava me espionando? – perguntei irritada.

- há, eu espionando você?Pff!Claro continue acreditando nisso! – ele disse com sarcasmo.

- claro então aquela ceninha dentro da arena foi o que?

- e-eu não sei. – ele parecia confuso.

- Afrodite. – murmurei.

- o que? – ele perguntou.

- n-nada. – virei e fui em direção à casa grande.

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Confusa era assim que eu estava assim que fechei a porta do meu quarto, Afrodite estava bagunçando muito a minha cabeça e a dos outros também, mas... Não tinha como negar nem pra mim nem para ninguém eu tinha gostado do beijo e muito,mais do que deveria,gostei de seu aperto firme e gelado na minha pele quente mandando correntes elétricas por todo o meu corpo, gostei de seus lábios sobre os meus. Minha mente se dispersou de novo, agora só conseguia pensar em Percy, em tudo o que aconteceu, mesmo sendo errado eu ainda sentia certa... Atração por ele, mas não tanto quanto antes lembrei também de Annabeth, eu não queria brigar com ela justo com ela que tinha sido uma amiga quase uma irmã para mim, mas qual é!? Ela arrancou fios do meu precioso cabelo, não é qualquer um que tem um cabelo como o meu (A-D-O-R-O ser ruiva kkkkk).

Quando fui ver já estava na hora do jantar, não queria ir sabia que todos iam me olhar como se eu fosse uma vadia e isso era o que eu menos queria agora. Desci as escadas e fui em direção ao refeitório, no caminho todos olhavam para mim e cochichavam bando de fofoqueiros de Platão.

Sentei ao lado de Rachel que me olhava curiosamente.

-Que foi?Não vai ficar me xingando ou me ignorando?-perguntei receosa.

-Porque eu faria isso?-perguntou ela.

-Por quê?Bem digamos que agora todos devem estar me chamando de vadia por que ficado aos beijos com dois garotos um comprometido e outro... Bem sei La. - disse.

-Eu não acho nada só que eu queria saber o que você fez pra fisgar o Percy, já que quando eu não era o Oráculo eu tinha uma pequena... quedinha por ele.- sussurrou Rachel envergonhada.

                 -Bem EU não fiz nada – respondi.

-Uhm sei – disse ela desconfiada.

Fizemos uma fila para fazer a oferenda aos deuses e quando chegou a minha vez sussurrei “Mãe, por favor, me ajude nesta missão, não quero que ninguém se machuque por minha causa”

Depois de comermos todos ficaram em volta da fogueira e como eu não sou muito de cantoria e animação fiquei andando pelo acampamento, tudo estava vazio se eu não tivesse passado por tudo o que passei com certeza teria ficado com medo, a luz da fogueira que iluminava parte do acampamento deixava sobras sinistras nos chalés e da floresta vinham ruídos dos animais que as vezes passavam por ali.

Recostei-me em uma pedra perto dos limites da praia e fiquei olhando a lua como em vários filmes clichês que tem por ai... Nossa isso é um saco!

POV NICO: 

Assim que começou a cantoria na fogueira caminhei em direção a praia, não sabia exatamente o que estava fazendo, mas enfim,tinha caminhado ate os limites da praia quando vi uma figura sentada em uma pedra,chegando mais perto percebi que era Luce; o vento fazia seus cabelos vermelhos balançarem e a pálida luz da lua fazia sua pele ficar mais clara do que já era e seus olhos verdes pareciam fosforescentes poderia dizer que ela enxergava tudo mesmo no escuro, mas isso é impossível.

-Luce- sussurrei em seu ouvido. Ela olhou-me assustada.

-O que você esta fazendo aqui?-perguntou.

-Só vim caminhar e você?-

-Nada, não estou afim de ficar ouvindo todos me chamarem de vadia e vim pra cá e fiquei observando a lua mas vou te dizer isso é um SACO!Como as pessoas conseguem fazer isso?- perguntou ela incrédula, comecei a rir, rir não a gargalhar da expressão que ela estava fazendo. -Você esta rindo do que?-

-Nada, nada - sentei-me ao seu lado. – Então Luce, porque todos estão chamando você de vadia agora?- perguntei curioso.

-Pensei que era obvio – respondeu rispidamente, mas vendo minha confusão falou – bem, é aquilo que aconteceu hoje a tarde você e o Percy e eu e a Annabeth - disse ela com a cabeça baixa

-Ah!Bem eu NÃO acho você uma vadia – sussurrei encontrando seu olhar.

-Não?-perguntou ela com a voz fininha como se fosse chorar.

-Não – disse olhando em seus olhos, eram de um verde tão intenso como o gramado do Central Park, eu não conseguia desviar o olhar, nossos rostos estavam tão próximos seus lábios que era quase irresistível, acabei com a distancia e a beijei, seus lábios tinham gosto de canela, quente e delicioso, suas mãos foram para meus cabelos puxando-os levemente enquanto minhas mãos iam para a base de suas costas e para seu pescoço impedindo que ela fugisse, sua pele era quente, parecia que ela estava com febre, queimava minha mão, mas mesmo assim era... Excitante. Nossos lábios moviam-se em sincronia e se moldavam, mas ela venceu minha resistência e separamo-nos ofegantes.

-O que exatamente foi isso?- perguntou ela ainda sem ar. Não respondi, também não sabia a resposta não vou mentir eu tinha... Amado (nossa isso foi gay!).

Olhei-a nos olhos novamente e por algum motivo sabia, sempre soube, eu era ligado a ela, por algo forte não sei o que, mas não podia, mas simplesmente ignorá-la.

Ela era minha agora.