Provocação escrita por Kaoru Slytherin


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic surgiu com um desafio em um grupo de WhatsApp, e é baseada na fanart da capa. Eu não escrevo desde 2010 então não me matem, OK?
Espero que gostem!



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Província de Saitama, Colégio Shinzen
Primeira noite do acampamento de amistosos

— Continue assim e o Chibi-chan roubará toda a glória. Vocês jogam na mesma posição, não é? — Disse Kuroo presunçoso, com o intuito de provocar o loiro.

Tsukishima estava treinando com Kuroo; Lev, que mal se aguentava de tanto treinar recepções; Akaashi e o ace do Instituto Fukurodani, Bokuto. Só havia aceitado participar por ter sido provocado pelo capitão de Nekoma. Não achava necessário treinar como louco após o horário devido como faziam os outros, afinal, era só um clube escolar que não precisava de tanta dedicação assim. Mas ao ouvi-lo dizer que "como bloqueador central, deveria treinar mais o bloqueio", com aquele ar de desdém característico, sentiu-se desafiado o suficiente para aceitar participar do treino com os mais velhos.

Então, Bokuto começou a cortar os levantamentos de Akaashi, um a um, e Tsukishima se via incapaz de bloqueá-los. Kuroo juntou-se a ele um tempo depois. Após este bloquear a paralela de Bokuto, o ace disparou a criticar o bloqueio de Kei, que se via cada vez mais irritado com o cinzento. No entanto, toda sua raiva se esvaiu ao ouvir aquela frase dita pelo capitão de Nekoma.

— Continue assim e o Chibi-chan roubará toda a glória.

Ouvir aquilo foi como um tiro certeiro em seu peito. É apenas um clube. Apenas um clube. Mas doeu como se mil facas o atravessassem de uma só vez. Se sentia ofuscado pelo talento do menor, de fato, mas ouvir aquilo daquela maneira foi como um tapa na cara. Mesmo com o tom jocoso empregado por Kuroo.

Decidiu que precisava sair dali.

— Fazer o que? A diferença de talento entre nós é grande demais. — Forçou um sorriso. Despediu-se e saiu com certa pressa, embora se sentisse incapaz de correr. Não conseguiria mais ficar ali.

É apenas um clube. Mas por que doía tanto?

Saiu da quadra a passos lentos, então se lembrou que havia esquecido a joelheira onde haviam treinado mais cedo. Dirigiu-se ao local, onde pôde avistar os colegas treinando arduamente mesmo após o horário oficial dos treinos. "Pra que se esforçar tanto? É apenas um clube", pensou, tentando acreditar fortemente nessas palavras. Mas aquela estranha dor o consumia. "É justamente por isso que vocês sofrem depois".

Tsukishima andou apressado até um local isolado nos gramados do colégio. E então, tendo como companhia apenas a lua, permitiu-se chorar, frustrado.

É apenas um clube.

Kuroo não pôde deixar de se preocupar ao ver a maneira como o rapaz de óculos deixara a quadra. Sentiu-se mal. Sua intenção era apenas atiçar o maior, não magoá-lo. Não conseguia entender por que o outro se sentiria inferior à pequena isca de Karasuno. Ele tinha altura, era inteligente, previa bem os ataques e tinha boa técnica — o que faltava​ bastante em Hinata —, então por quê?

Continuaram treinando, agora com a companhia de diversos integrantes de Nekoma, mas sua mente estava em outro lugar. Precisava se desculpar. Estava preocupado por ter sido o responsável por espantar o rapaz, apenas isso... Não era?

E mesmo horas mais tarde, já pronto para dormir em seu futon no quarto que dividia com os colegas de Nekoma, não conseguia dormir. Repassava a memória do ocorrido tentando perceber onde errara. Estava preocupado com o loiro. Depois que este saíra da quadra não o vira mais. Aquela fragilidade demonstrada por Tsukishima naqueles poucos instantes em que sua máscara de indiferença estava prestes a cair chamou-lhe a atenção. Sentia-se culpado por tê-lo ferido a ponto de derrubar suas barreiras desta maneira.

E fascinado pelo que viu através destas, mesmo que por uma fração de segundo.

Segunda noite do acampamento de amistosos

Havia discutido com Yamaguchi e isso o levara à mesma quadra do dia anterior, apenas pela curiosidade de saber por que os demais se dedicam tanto a um simples clube. A resposta do capitão do Fukurodani realmente o fez pensar. Será que seu momento chegaria?

E foi este pensamento que o deixou aéreo logo que o treinamento de bloqueio acabou, o que permitiu que ele e o capitão de Nekoma se encontrassem sozinhos na quadra em determinado momento.

— Tsukishima-kun, podemos conversar um instante? — Kuroo disse sério ao lado do maior, que estava distraído em um canto da quadra, retirando-o de seus devaneios. Não parecia em nada o tom divertido que o loiro estava acostumado a ouvir.
— Hm? Sobre o que quer conversar?
— Bem... Me desculpe por ontem. Te deixei bravo, não foi? Me desculpei com seu capitão hoje cedo, também.
— Ehm... Bem, tudo bem. Só... Não precisa se preocupar com isso.

Então o silêncio perdurou no local por um minuto, Tsukishima nota a proximidade do moreno e isso lhe causa um leve incômodo enquanto o outro sente seus batimentos acelerarem, até que Kuroo pôs-se a falar novamente.

— Então, Megane-kun, posso saber por que você tem tanta dificuldade de se dedicar ao vôlei? — Tsukishima engoliu em seco, sentindo a garganta se fechar. Era um assunto delicado, porém começou a explicar brevemente o ocorrido ao outro que o observava com olhos atentos. Ao terminar de ouvir, o moreno voltou a se pronunciar:

— Entendo bem o porquê​ de você evitar o gosto pelo vôlei, mas vai por mim, você é muito melhor do que pensa... Deveria se esforçar mais, hm? — Dito isto, Kuroo ergueu sua mão esquerda colocando-a sobre a face de Tsukishima, fazendo-o corar fortemente com o ato. — Você é alto, habilidoso, inteligente, tem noção de jogo... Você poderia ser um ace, sabia?

Kuroo então passou levemente o polegar sobre os lábios do maior, que instintivamente entreabriu-os, fazendo-o sorrir de canto. Não achava que o rapaz chegaria a tanto mas se via na obrigação de motivá-lo. E pelo leve brilho novo em seus olhos, conseguiu. Encantador. Tsukishima ficava encantador ao ser elogiado dessa forma.

Embaraçado, porém estranhamente feliz por ser elogiado pelo menor, Tsukishima tenta retrucar:

— E-eu não sou tudo isso, imagina. Não precisa disso só pra me animar um pouco... — Apesar disso, o maior estava muito corado e completamente sem jeito. De certa forma aquele peso estava saindo de suas costas. Se sentia livre ouvindo o menor falar daquela forma com ele. Gostava.

Kuroo se sentia magneticamente atraído por Tsukishima naquele momento, olhou em seus olhos buscando algum sinal para não fazer o que lhe vinha à cabeça, porém tudo o que enxergava era aquele brilho novo que o estava deixando louco. Decidiu deixar a loucura tomar conta.

Então colou seu corpo ao do loiro e o empurrou lentamente até a parede, onde prensou seu corpo. Kuroo esperou um sinal de recusa, que não veio. Kei, contrariando as expectativas do rapaz, ergueu sua mão e entrelaçou-a com a do moreno, levando-o ao limite. Tetsurou então segurou o rosto do jovem com a mão que outrora o acariciava e selou seus lábios pelo que não durou mais que alguns segundos. Era bom. Tsukishima sentiu-se levemente irritado ao perceber o quanto havia apreciado um simples tocar de lábios com outro homem, embora não estivesse nada disposto a parar. Quando Kuroo pensou em se afastar, Tsukishima agarrou-lhe a camisa e puxou-lhe para outro beijo, mais profundo.

Começaram timidamente, as línguas se tocavam com certa relutância, porém logo já estavam em um ritmo completamente intenso. Desejavam sentir mais e mais o sabor do outro. Suas línguas dançavam eroticamente, juntas, as mãos começaram a passear pelos corpos dando pequenos apertões e puxando cabelos, enquanto os corpos roçavam em busca de contato. Sentiam o volume se formar em ambos por conta do intenso beijo, quando enfim tiveram que separar-se pela falta de ar. Foi então que perceberam que tinham plateia.

— Hey hey hey Akaashi, nós podemos fazer isso também?


~Fim?~


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, muito obrigada. Não deixe de dizer o que achou, se quiser elogiar, xingar ou encomendar meu assassinato, pode ficar à vontade, viu?
Até a próxima!



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