Após entrar em minha TARDIS, sinto meu corpo formigar e nesse momento vejo que está na hora de me regenerar e mudar de rosto, de novo.

— Está na hora - digo a mim mesma um pouco tristonha - Eu não quero ir....

Assim o faço e, ao olhar para as minhas mãos, vivencio outra vez, o fenômeno mais lindo dos Senhores do Tempo.

Fecho meus olhos e estico meus braços; todo o meu corpo começa a ficar coberto por pequenas partículas douradas, emitindo uma forte luz, e então, numa explosão cintilante, me sinto como se estivesse dentro de uma grande fornalha, pois está queima muito por dentro de mim.

Assim que termino minha mudança, sinto-me confusa e ofegante, mas ao mesmo tempo, muito alegre. Logo em seguida, pronuncio minhas primeiras palavras com o meu mais novo rosto.

"Eita Preula!" - eu disse olhando para o nada - "Uou! Nova voz! Perfeito!!!"

Me sinto super animada ao ouvir minha nova voz.

"Mas que lugar é esse? Onde eu estou?" - me pergunto um pouco assustada, forçando minha mente a lembrar - “Ai como dói…..”

Bom, ter amnésia após a regeneração não é nada legal. E ainda sentir dores de cabeça após o ato, é pior ainda. Ainda mais, quando se está tentando forcá-la para se lembrar de algo.

Olho em volta e vejo um lugar enorme cheio de coisas e um grande controle central com vários botões e um grande circulo no meio que modulava lentamente. Nas paredes, haviam muitas formas geométricas e portas que davam para outros lugares.

"Ahh sim... a TARDIS! Minha TARDIS!!!" - Falo caindo minha ficha

Naquele momento, estava sozinha em minha nave e não havia ninguém para conversar ou dar broncas. Por um lado isso era bom, mas pelo outro, não ter alguém ao seu lado ficava muito tedioso e chato, mas me lembro que perdi muitos amigos que cativei e amei ao longo dos tempos e isso me deixava muito triste.

"Bom, onde eu estava mesmo?" - me pergunto indo em direção dos controles

De repente, ouço um sinal vindo do centro de controle da TARDIS e vou rapidamente em direção ao monitor; olho para ele e vejo que estou caindo rumo a Terra, ano de 2016. Fico muito preocupada e tento tirá-la do trajeto, apertando alguns botões, mas não obtenho sucesso. Porém, mesmo assim, busco não deixá-la bater em algo, apenas faço com que se materialize-se.

— Tudo bem.... Vamos lá! - disse alegremente