Chris estava sentada no corredor, sem reação. O médico falava, mas, ela não conseguia ouvir.

— Eu sinto muito meninas, mas, para seu amigo sobreviver ele terá que pleitear. Sven levou um tiro no peito e teve três paradas cardíacas. Temo que ele não conseguirá suportar mais uma.

Thalia abaixou a cabeça. Sven não tinha ninguém além de sua mãe que também estava em uma cama de hospital.

Chris deixou que as lágrimas caíssem livremente.

Ela o amava, entretanto, sentia que nunca iria ter a oportunidade de dizer.

Chris sabia que ele ainda amava Thalia e sabia que aquele beijo confirmava aquilo, mas, tentou de todas as formas se apegar a esperança de que ele gostasse dela.

— Um dos pulmões foi perfurado e pode causar danos graves ao garoto. Ele foi colocado na fila de transplante, mas, irá demorar.

Então, ela levantou do chão em um pulo.

— Eu me ofereço.

— Garotinha, você ainda é menor de idade. Precisaria de um documento assinado pelos seus pais para que pudesse doar.

— Sou emancipada. Por favor, você mesmo disse que ele está entre à vida e a morte.

O médico suspirou e assentiu.

— Vou falar com meus superiores.

Chris sorriu, grata e sentou novamente.