Em um certo ponto da conversa, ela cutucou e nós nos olhamos.

Como ela continuou quieta, eu perguntei o que era e ela respondeu que não era nada. Ok. Ou ela era maluca ou queria que eu a beijasse.

Não que eu também não quisesse... Porque eu a beijei.

Perguntei, olhando em seus olhos, se podia beijá-la (para que estávamos lá, afinal?). Nos beijamos carinhosamente e eu a abracei pela cintura para evitar a excruciar, sentindo ambas respirações descompassadas uma contra a outra.

Ela dizia coisinhas fofas entre um beijo e outro e eu sorria em resposta... E ela me disse que eu tinha sido o primeiro "desconhecido" que ela tinha ficado e que não tinha sido uma experiencia traumática.

Fiquei um pouco orgulhoso de ter sido o primeiro desconhecido e feliz, por não ter sido uma experiencia traumática para ela. Nos separamos, ofegantes e eu encarei a parede, quando lembrei que já estava ficando tarde e não fazia ideia de como voltaria caso a estação do metrô fechasse.

Quase me engasguei quando ela disse que o metrô fechava meia-noite e eu precisava ir embora. Me despedi com um selinho e beijei carinhosamente a sua testa, mas eu queria ficar...