Acelerava em direção ao desconhecido, o carro sacolejava pela estrada e Marjorie sentia o cheiro da poeira,  o cheiro da liberdade.

Percorreu quilômetros até encontrar uma única cabana. Em seu quintal uma senhora trabalhava em uma roda de oleiro, com as mãos calejadas ela moldava a greda.

− Estamos no quase fim do mundo, o que faz por aqui, menina? – Ela perguntou sem levantar os olhos da roda.

− Estou perdida, mas não é o fim do mundo, é só o começo dele.

− Então, seja bem vinda ao começo do mundo. – Ela sorriu gentil a olhando pela primeira vez.