Entre o rio escrita por Hunter Pri Rosen
Notas iniciais do capítulo
A palavra de hoje é: mortalha.
Capítulo narrado pela Angela, se passa minutinhos depois que ela e o delagato prosearam.
Eu tô me sentindo meio bloqueada, então não ficou uma Brastemp...
Não fiquei surpresa por Erik ter me investigado. Não sou hipócrita, também fiz minha lição de casa sobre ele. Queria descobrir algo consistente que justificasse a sensação intensa que desperta em mim. Não cheguei a qualquer ilação.
Posso ter o visto em São Paulo, na época em que estudei lá, porém meu sexto sentido não acredita nisso. Frequentamos lugares diferentes, moramos em bairros distantes e acho que nos lembraríamos um do outro se tivéssemos ficado frente a frente.
Foi só quando Erik admitiu ter revirado meu passado, trazendo a tragédia da minha infância à tona, que entendi o que chamou minha atenção nele e decidi lhe mostrar algo.
Enquanto caminho por entre túmulos, ele pondera:
— Cemitério? Você é muito estranha, Angela... Sinceramente, eu não sei o que vi em você.
Apesar da tristeza que esse lugar causa, consigo sorrir diante da sua reflexão.
— Bom, talvez agora eu saiba o que vi em você, Erik. Acho que... você me lembra alguém.
Finalmente paro. As flores que deixei na última visita ainda repousam sobre o túmulo do meu melhor amigo, meu companheiro dos tempos infantis, Daniel.
Fecho os olhos. Aquela tarde ressurge. O rio é testemunha e carrasco. Revivo a dor. Mortalha.
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Deu para entender que Daniel era o amiguinho de infância da Angela, que morreu afogado no rio e que ela testemunhou tudo porque estava com ele na fatídica tarde?
Por que o Erik lhe lembra o falecido? Eis a questão...
Faltam 6 capítulos ♥ Que Deus me ajude kkkkkk
Bjs!