Um barulho estridente ecoou pelos meus pensamentos. Acordei suando frio. Abri meus olhos e grunhi. Olhei para todos os flancos de meu quarto, como se eu estivesse a procura de uma resposta, enquanto tentava de um jeito que não obtive sucesso, desvencilhar-me de minhas cobertas. Pisquei meus olhos ainda sonolentos e bocejei pensando: “um sonho?” Frustrada, levantei-me e tirei meu pijama, substituindo-o por uma blusinha lisa acompanhada de um cachecol preto e um jeans, além das botas, por causa do frio intenso da estação.

Desci as escadas para tomar meu café da manhã e logo em seguida, peguei minha mochila pondo-me a correr até o ponto de ônibus.

A espera do veiculo, conversei com umas amigas que encontrei. Todas falavam animadas de alguma coisa no qual não prestei atenção, mas que me dera uma dor de cabeça insuportável.

Entrei no ônibus amarelo com letras pretas no capo e na lateral, e sentei-me no primeiro banco que vi. Não queria falar com ninguém, não queria conversar com ninguém, não queria ver ninguém. Isso até ele chegar até mim, e comentar sobre meu rosto estar vermelho, e após colocar sua mão em minha bochecha, dizer que estava quente.

-E-e-eu estou bem- respondi encabulada.

-Hey, se anime! Hoje a noite vai ter o baile de mascaras!- Robert disse dando uma risada sincera.

Um rápido flashback relembrou-me meus sonhos.

“Então...” pensei “é hoje.”