Gustavo e o Inferno Chamado Ensino Médio escrita por Daniel Aronte
Notas iniciais do capítulo
Eu tô metendo o louco, tenho seis minutos pra postar e começar a dar os nós para terminar a história.
Gustavo entrou na sala cambaleante e risonho. O único canto vago era na frente, o bafo de vodca era forte em seu hálito e ele se sentia alto. A aula era de história do Brasil e o professor falava sobre as moedas de circulação que haviam em Portugal antes da colonização. Um exemplar raro de uma besante, moeda da época, circulava na mão dos alunos.
— Você está bem? – perguntou Ana quando ele entrou na sala e sentou-se próximo dela. – Você tá com o olhar baixo, Tavo. O que houve?
— Mano, só sei que te amo. – disse ele e a amiga entendeu na hora. Ele estava bêbado.
— Por que tu fez isso, cara? – perguntou ela baixo, a voz frustrada.
— Eu só queria sentir alguma coisa, cara. – disse ele, rindo baixo. – Eu queria sentir alguma coisa.
A moeda passeava pelas filas da sala e logo chegou às mãos de Tavo. Mãos essas suadas e trêmulas. Ele virou-a diversas vezes e ela pesava um pouco. Olhou mais de perto e disse:
— Essa moeda é gosmenta.
E o mundo à sua volta girou. Tudo se tornou um borrão verde e Tavo, sem perceber, vomitou em cima da mesa e da moeda.
Foi perda total.
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Mais um flashback, retornando para os primeiros capítulos da história. Eu vou encerrar esse ciclo de dúvidas, prometo.