Capitulo 15 – Segunda Prova.

— hehehe as coisas estão saindo mais interessante do que pensei – comemorava Tenten na sala de comando.

Através de várias câmeras escondidas Tenten assistia ao desenrolar do exame chuunin, basicamente ela via os times perdidos nas áreas de treinamento e alguns alcançando o objetivo, em especial aqueles que caíam nas armadilhas que protegiam as bandeiras.

— Você não acha que a capitã Tenten se empolgou em fazer as armadilhas? – comentava um dos chuunins presentes.

— Eu acho que o Hokage-sama vai ficar puto com ela se nenhum time passar dessa fase – dizia outro.

— Vocês querem calar a boca? Eu posso ouvi-los daqui! – gritou Tenten furiosa – e eu não exagerei! Comparado ao que passamos na minha época isso é moleza!

— hiiii lá vai ela falando do passado de novo... – dizia o chuunin entediado.

— Isso foi quando? Uns 20 anos atrás? – perguntou o outro – foi quando eu nasci não foi?

— Eu ainda posso ouvir vocês!! – gritou ela atirando shurikens nos dois que correram.

Depois que os dois correram ela bufou irritada e voltou sua atenção para as telas, em uma delas Tenten podia ver o time do Boruto tentando passar pela barreira que surgiu em volta da bandeira, outros times também estavam trabalhando pra obter as bandeiras, ela voltou sua atenção para o time 15 onde estava a sua discipula, e para sua surpresa viu que ela caiu na armadilha.

Ela também prestou atenção no que as colegas de time dela fariam, um time composto só por garotas foi uma grande novidade, por isso Tenten torcia por esse time, mas entre elas havia uma garota problemática, Tenten estava ciente dos acontecimentos do incidente fantasma e quem causou tudo aquilo, ela já testemunhou redenções antes e por isso não implicava com Sumire por esse motivo, ela só achava que Sumire precisava de mais vigilância.

— Ela recebeu treinamento da ANBU ainda criança, aqueles caras só sabem fazer as coisas do jeito deles – dizia Tenten observando os passos da Sumire – então vamos ver como você lida com isso.

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— Wasabi-san! Desvie! – gritou Sumire.

— Eu sei! – respondeu Wasabi saltando para o alto de uma árvore.

Logo em seguida veio as explosões, as kunais explosivas da Namida miravam diretamente nelas, algo que a própria jamais teria coragem de fazer em condições normais, aparentemente o genjutsu que a afetou estava fazendo-a agir automaticamente tomando todos a sua volta como inimigos.

— “Normalmente para desfazer um genjutsu você precisa inserir seu chakra na pessoa” – pensava Sumire lembrando do treinamento da academia – “mas a Namida usa kunais explosivas, se nos aproximarmos ela vai detonar tudo ao redor dela, incluindo ela mesma!”

Namida atirou shurikens normais na direção das duas, ambas se protegeram entre os galhos da árvore onde estavam, como Namida veio caminhando na direção delas era obvio que em breve um ataque mais perigoso viria, por isso em vez de ficar na defensiva elas concordaram que era hora de ir para a ofensiva.

Wasabi pulou numa direção chamando a atenção da amiga controlada, enquanto ela era alvo de ataques Sumire esgueirou-se para outra direção para dar a volta, Wasabi saltava e esquivada de todos os ataques mas mantinha uma distância curta para manter a atenção focada nela, Sumire aproveitava a distração para usar de sua furtividade, quando ela viu uma brecha adequada saltou dos arbustos para chegar até Namida.

Um segundo antes de Sumire tocar Namida esta se virou dando um chute giratório, as duas sempre souberam que Namida era péssima no taijutsu e por isso preferia o combate à distância, mas o fato dela não ser boa em taijutsu não significava que não podia revidar, ainda mais sob efeito de um genjutsu que a fazia agir por instinto, foi esse fato não levado em conta que arruinou toda a estratégia das duas.

— Essa não! – disse Wasabi vendo Namida sacar uma kunai.

Tendo sido surpreendida Sumire foi atingida em cheio na cara e caiu atordoada no chão, Namida avançou para perfura-la com a kunai enquanto Wasabi tentava chegar a tempo, recuperando um pouco a consciência Sumire viu a lâmina da kunai já bem perto de alcança-la.

— “Ah não, desse jeito não!” – pensou Sumire vendo a lâmina chegando cada vez mais perto – “quando ela acordar nunca vai se perdoar, não posso deixar isso acontecer!”

De sua mão esquerda um chakra negro materializou-se e esticou-se na forma de uma serpente, o chakra Yin do Nue avançou e enrolou-se no braço da Namida como uma serpente de verdade faria, graça a isso o ataque foi impedido e a Namida imobilizada enquanto o chakra restringia só o braço dela, recobrando-se do susto Sumire viu a abertura que precisava.

— Agora Wasabi-chan! – disse Sumire fortalecendo o chakra negro.

Wasabi tocou o ombro da Namida e disse “Kai!” enquanto liberava um pouco de chakra, graças a isso Namida despertou atordoada do genjutsu soltando a bandeira que ela segurava até agora, caindo de joelhos no chão ela olhava em volta se perguntando o que estava acontecendo.

— Hei Sumire, o que é isso? – perguntou Wasabi vendo o chakra negro se dissipando aos poucos.

— Eu acho que o Nue quis me proteger – respondeu ela sentindo o chakra se estabilizando – ainda bem que ele não machucou a Namida.

— Bem, eu não entendo direito o que aconteceu mas o importante é que deu certo – dizia Wasabi rindo – como você está Namida?

— Minha cabeça tá doendo, o que aconteceu? – perguntou ela confusa – e por que estou sentindo cheiro de pólvora?

— Você encheu aquelas kunais com pólvora não foi!? – reclamou Wasabi apertando a bochecha da outra – uma tarja explosiva não é suficiente? Você quer acabar com tudo de uma vez?

Namida olhou para o rosto da Sumire, havia uma marca vermelha indicando que ela se machucou ali, Namida foi até ela rapidamente mas Sumire segurou a mão dela gentilmente.

— Eu te machuquei não foi? – dizia ela quase chorando.

— Apenas porque eu fui ingênua, não se preocupe com isso – respondeu Sumire – comparado ao que eu fiz antes isso não é nada.

— Podemos falar sobre isso depois, o nosso tempo está acabando – avisou Wasabi segurando a bandeira – temos que voltar para entregar isso.

As três concordaram com isso e tomaram o caminho de volta, mas o caminho todo Namida estava triste e abatida, enquanto isso Sumire analisava o que aconteceu, do seu ponto de vista o Nue se manifestou para protege-la, mas não de uma forma hostil como já fez antes, se isso era verdade significava que o treinamento estava gerando frutos, algo que ela precisava relatar para o Sasuke mais tarde.

De volta ao ponto de partida os times que obtiveram bandeiras foram apresentados, havia vários times e Sumire suspirou aliviada ao ver o time do Boruto com uma, alguns outros colegas de turma também conseguiram, incluindo o time onde Denki e Metal Lee estavam, ela lembrava de tê-los prejudicado antes e ficava feliz por eles terem superado o trauma e ficado mais fortes.

— Parabéns à todos que completaram a missão, ao conquistarem uma bandeira vocês passaram para a próxima prova – avisava um jounin presente – estejam preparados, em breve vocês serão informados sobre o local e hora da próxima prova.

— O que será que vem agora? – se perguntava Wasabi empolgada.

— Seja o que for vai ter que ficar pra depois – dizia Sumire tranquila – porque só tem uma coisa para se fazer amanhã.

— É mesmo? E o que é? – perguntou Namida que não lembrava de nenhuma coisa importante.

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(no dia seguinte)

— Um brinde a todos que passaram na primeira prova! – dizia o diretor Iruka empolgado – vocês mereceram.

Os gennins da folha estavam comemorando de forma privada, após concluírem a primeira prova do exame chuunin eles ganharam um dia de folga, tanto para recuperar as forças como também para se preparar pro que viria.

Além disso os times que falharam também estavam presentes, apesar de terem falhado eles ainda estavam determinados e felizes por alguns companheiros terem conseguido, por isso mesmo Iruka ficou empolgado e alugou a área de festas da lanchonete para se divertirem.

— Eu estou muito orgulhoso dessa geração, vocês provaram que aprenderam tudo corretamente – dizia Iruka limpando as lagrimas – mesmo aqueles que não passaram mostraram seu potencial.

— Iruka-sensei, o senhor tá parecendo nossos pais – reclamou um dos gennins que falhou – vamos cortar o papo e vamos comemorar!

Iruka ficou meio triste por não poder terminar seu discurso, além dele alguns dos outros professores estavam presentes e se juntaram aos gennins, por via de regra eles deveriam evitar contato com os gennins durante a prova, mas participar de uma festa em comemoração não estava fora das regras.

— Escutem, precisamos ganhar essa pra Konoha a qualquer custo! – dizia Iwabe para os que passaram da primeira prova – não podemos deixar outro time vencer quando o exame chuunin acontece aqui!

— Não coloque mais pressão nisso – reclamou Denki – mesmo não vencendo basta fazer o melhor.

— si-si-sim, fa-façamos o nosso melhor! – disse Metal Lee todo nervoso.

Entre os times que passaram estava o time Konohamaru do qual Boruto fazia parte, o time Udon do qual Sumire fazia parte, o time Moegi do qual o Ino-shika-chou fazia parte e o time Nayura do qual o Iwabe fazia parte, 4 times de Konoha lutando para conquistar vagas nas finais.

— Tudo bem festejar, mas não esqueçam que amanhã cedo começa a 2º prova – alertava Sarada séria – não sabemos o que vamos enfrentar, só sabemos que eles mandaram guardar a bandeira que conquistamos na 1º prova.

— Hei Sarada, não existe nada mais chato que desperdiçar uma comemoração – dizia Chochou de boca cheia – então vamos aproveitar, até porque não sabemos quando vamos ter outra.

Os gennins apenas deram de ombros e continuaram a comemoração, Iruka que estava responsável por eles continuou lá monitorando e ao mesmo tempo aproveitando, já que os jounins responsáveis pelos times não podiam aparecer ele tinha que garantir que não se excedessem.

— Então vocês caíram naquela armadilha? – perguntou Mitsuki olhando pra Namida.

— Eu deveria ter usado um mizu bunshin pra testar – dizia Sumire meio arrependida.

— Foi o que fizemos com a nossa armadilha – dizia Sarada – as vezes um idiota cheio de chakra serve pra alguma coisa.

— Hei! Não fale como se minha única função fosse testar armadilhas! – reclamou Boruto.

— Acho que a representante copiou você nisso – dizia Wasabi brincando.

— Isso é mal, você está andando demais com esse idiota – avisava Sarada – não faz bem pra você, vai pegar a estupidez dele.

— Não tem como uma coisa dessas acontecer! – disse Boruto irritado.

— “Ele acabou de admitir que é estupido” – pensaram todos ao mesmo tempo.

— De qualquer jeito vamos brindar essa primeira vitória, e que muitas outras venham – dizia Iruka – mas lembrem-se: mesmo que seja importante levar isso a sério não fiquem obcecados em vencer, priorizem o aprendizado acima de tudo.

Boruto ficou pensativo sobre isso, ninguém mais sabia mas Boruto estava determinado a vencer o exame chuunin na frente do seu pai, assim ele finalmente veria o quanto Boruto era incrível, isso servia também pra mostrar que Boruto não era uma sombra do seu pai, ele ia conquistar sua gloria com suas próprias mãos, mesmo que tivesse que recorrer a métodos indesejáveis.

— Boruto-kun? Você parece perdido – comentou Sumire aproximando-se – alguma coisa lhe incomoda?

— Hã? Ah não, não se preocupe! – disse ele tentando parecer animado – eu estava pensando naquela primeira prova, que raios de pergunta foi aquela?

— Eu considerei que havia mais coisas por trás, mas não esperava uma armadilha daquelas – dizia ela lembrando do fosso de tinta – aquilo foi quase injusto, qualquer um ficaria paralisado diante de uma surpresa daquelas.

— Não é? O pai do Inojin é muito sem noção! – reclamava Boruto.

— Normalmente seria dever do filho defender o pai, mas eu concordo com você – disse Inojin do outro lado do salão – agora quem será o responsável pela próxima prova? Se conseguíssemos descobrir poderíamos ter uma ideia do que viria.

— O meu pai é o responsável geral, então não é ele quem elabora as provas – dizia Shikadai – mas tenho certeza que é um daqueles que fizeram parte da geração do Nanadaime.

— Hei hei, o que acham de a gente sair pra descobrir? – sugeriu Boruto com uma cara malandra.

— Idiota, se você for pego espionando vai ser desclassificado – avisou Sarada – normalmente eu não me importaria mas você vai arrastar nós dois com você.

— Na verdade eu acho que tenho uma ideia – comentou Namida – a Tenten-sensei estava muito empolgada semana passada, dizendo que chegou a hora de mostrar suas habilidades.

— Vejamos... pelo histórico da jounin Mitashi Tenten acho que podemos achar uma pista da próxima prova – dizia Denki olhando seu computador – ela é especialista em armas, então talvez a prova seja um teste de habilidade.

Iruka via de longe os gennins reunidos e discutindo sobre o exame chuunin, o simples fato deles estarem reavaliando suas habilidades e pensando no futuro já fez valer a pena, ainda que estivessem se divertindo eles estavam agindo como verdadeiros shinobis, uma geração que cresceu sem o medo da guerra e que por isso estavam meio sem foco, mas que aos poucos descobriam seu caminho.

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O dia seguinte começou cedo para todos os gennins participantes do exame chuunin, conforme foi instruído os times deveriam levar as bandeiras que conquistaram na prova anterior para o local da próxima prova, cada time que conquisto uma bandeira recebeu um conjunto de coordenadas para onde deveriam levar a bandeira, e assim os times seguiam para os locais indicados.

— Eu não gosto disso – dizia Namida toda nervosa – todos estão olhando pra gente.

— Não tem como evitar, estamos carregando essa coisa por aí – dizia Wasabi com a bandeira roxa – pra que acha que deve servir isso?

— Eu não sei, mas temos que ter cuidado – sugeria Sumire – se eles nos mandaram guardar e depois levar significa que ela é importante.

— Você reparou que havia muitas bandeiras coloridas? Será que isso tem importância também? – perguntava Namida.

— Eu decorei as cores de todas as bandeiras – disse Sumire – pode não ser nada mas também pode ser importante.

— Você é meio estranha as vezes – dizia Wasabi fazendo uma cara engraçada.

Nesse momento uma pessoa misteriosa surgiu repentinamente na frente delas, com o susto as três saltaram pra trás pra se afastar da pessoa toda vestida de preto e usando máscara, foi nesse momento que Wasabi sentiu um puxão por trás e um pé em seu ombro, um outro mascarado tinha aparecido atrás dela e pego a bandeira que ela carregava, ao pisar no seu ombro ele saltou para um telhado sendo acompanhado pelo outro.

— Que droga! Quem é esse cara!? – gritou Wasabi furiosa – quando eu o pegar vou rasgar toda a cara dele!!

— Se acalme Wasabi-chan! Provavelmente isso é parte do teste – dizia Namida.

— É verdade, não tinha como essas pessoas tão suspeitas entrarem em Konoha só pra nos atacar – dizia Sumire – ainda bem que tomamos uma garantia.

— Puxa, quem diria que sua paranoia ia dar certo – disse Wasabi suspirando derrotada.

As duas olharam para o pergaminho que Namida carregava, dentro dele estava a verdadeira bandeira, quando Sumire ouviu que tinham que levar a bandeira pro local do teste imaginou que algo assim poderia acontecer, por isso preparou uma bandeira falsa e guardou a verdadeira no pergaminho.

— Acho que eles já devem estar se perguntando por que não fomos atrás deles – dizia Namida achando engraçado – vamos pro local do teste?

Não havia porque ir atrás dos ladrões, o melhor a fazer era ir direto pro local designado, mas quando estavam passando por um cruzamento as três viram uma cena inusitada, viram dois mascarados iguais aos anteriores saltando e correndo pela rua, logo atrás viram Boruto gritando e correndo atrás deles, e mais um pouco atrás Sarada e Mitsuki perseguindo, já dava pra ter uma ideia do que aconteceu.

— Parece que pegaram a bandeira deles – dizia Wasabi com uma gotinha escorrendo pela testa.

— Acho que podemos apostar que o Boruto insistiu em levar – dizia Namida da mesma forma – coitado dele, quando a Sarada o pegar vai arrancar seu couro.

As duas olharam pro lado e perceberam que Sumire nem estava mais do seu lado, ambas ficaram surpresas a principio mas depois começaram a rir, estava na cara pra onde ela tinha ido.

— Vamos deixar com ela, o importante é levar a nossa bandeira – dizia Wasabi rindo.

— Sim, ela não vai se atrasar por causa disso – respondeu a outra acompanhando a amiga.

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— Volte aqui seu ladrão!! – gritava Boruto em perseguição.

— Baka Boruto! É obvio que isso é parte do teste! – gritava Sarada atrás furiosa – maldita hora que eu deixei a bandeira com você!

Os três perseguiam a dupla já pelos telhados da cidade, cada vez mais se afastando do local onde eles deveriam chegar, desesperados com a possibilidade de perder a prova aceleraram ainda mais atrás deles, nesse meio tempo Boruto era o mais nervoso de todos, por seu descuido todo o time seria prejudicado.

— “Devo usar o instrumento cientifico?” – se perguntava com a mão direita tremendo – “não, se eu fizer isso agora vão descobrir!”

Boruto tinha armazenado um pergaminho com o kagemane no jutsu do clã Nara, mas se ele usasse esse jutsu não haveria como esconder que ele trapaceou, ele estava no dilema entre salvar o time ou perder a prova.

Foi neste momento que alguém apareceu na frente da dupla fugitiva, com um chute giratório ela fez os dois pararem ao mesmo tempo, graças a isso o time 7 conseguiu aproximar-se e cercar a dupla, a pessoa que tinha parado o avanço deles era ninguém menos que Sumire.

— Representante! Que bom que você apareceu! – disse Boruto com um enorme sorriso na cara – se não fosse por você esses caras teriam fugido!

— Eu... estava passando e vi o que aconteceu – disse ela vermelha de vergonha.

— Acho que já podemos parar com isso, vocês estão cercados – dizia Sarada para os dois – ou o teste só acaba se derrotarmos vocês?

— Nossas ordens eram só de pegar a bandeira e fugir – respondeu um deles – se conseguissem parar nossa fuga passariam no teste.

— Hei, é impressão minha ou esses caras parecem ter a nossa idade? – perguntou Boruto.

— Eles são os clones do Uchiha Shin sob a custodia de Konoha – respondeu Mitsuki que sabia a verdade sobre eles.

— Her? Vocês estão trabalhando pra vila agora? – perguntou Sarada.

— Estamos ajudando com todas as provas – respondeu um deles após tirar a máscara de pano.

Boruto ficou espantado ao ver que os dois tinham a mesma cara, e mais espantado ainda ao ver que eles tinham o sharingan, ele já ia perguntar sobre isso mas Sarada disse pra ele não se meter nesse assunto, ela foi até os dois e pegaram a bandeira que eles tinham roubado, depois de se curvarem pra Sarada os dois sumiram num shunshin no jutsu.

— Temos que ir pro local da prova – dizia Sarada – e temos que ir rápido, senão vamos nos atrasar.

Os 4 seguiram um certo caminho juntos, depois de voltarem pro cruzamento Sumire disse que pegaria outra rota pra e encontrar com seu time, antes dela ir Boruto agradeceu pela ajuda dizendo que ela o salvou, Sarada também agradeceu mas disse que não pegaria leve se acabassem sem enfrentando alguma hora, Mitsuki apenas agradeceu de forma casual e seguiu os dois que foram na frente, já Sumire olhando pro relógio viu que estava quase na hora, usando uma certa quantidade de chakra ela correu o mais rápido que pôde.

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— Olha só pra vocês, bom trabalho garoto – elogiou Naruto – quantas bandeiras vocês pegaram?

Os vários Shins estavam reunidos na sala de controle do exame chuunin, assim que o Hokage juntou-se a eles veio conferir o resultado, ao todo 4 bandeiras foram roubadas, o que significava que 4 times estavam de fora da próxima fase do exame chuunin.

— Espere um pouco, essa aqui é falsa – dizia Tenten examinando a bandeira – é exatamente igual mas o tecido é diferente, de quem é essa bandeira... ah sim, do time do Udon.

— Mas se essa é falsa onde está a verdadeira? – perguntou Naruto.

Todos olharam o monitor que filmava o local onde cada time começaria, o time comandando por Udon estava lá com a sua bandeira, e se a que foi roubada era falsa então aquela só podia ser a verdadeira.

— hehehehe parece que elas enrolaram vocês – brincou Naruto olhando pros dois que foram enganados.

— Sinto muito Hokage-sama, vamos voltar lá e completar a missão – disse um dos dois com uma nítida aura assassina.

— Espere espere espere!! Não é pra fazer isso!! – dizia ele todo nervoso – oh deus, o Kabuto ainda vai ter muito trabalho com eles...

Yakushi Kabuto estava administrando um orfanato especial nas redondezas de Konoha, depois do incidente com Uchiha Shin os seus clones foram levados ao orfanato, para ajuda-los a desenvolver suas personalidades e aprendizado eles foram chamados pra ajudar no exame chuunin.

— Conforme decidido os times que tiveram suas bandeiras roubadas estão desqualificados – dizia Shikamaru – os times que sobraram serão redistribuídos, mas parece que um time vai ficar sem adversário pra próxima prova.

— Vamos pegar uma dupla deles pra enfrentar o time que ficar sobrando – explicou Naruto olhando pros jovens – já que eles são mais fortes que gennins o fato de terem um a menos talvez equilibre.

Enquanto as medidas eram escolhidas os times selecionados estavam posicionados em seus locais determinados, era ao redor de uma área residencial abandonada, durante a reconstrução e ampliação de Konoha essa área recebeu muitos prédios, mas por causa de diversas complicações nunca chegou a ser inaugurada e habitada.

Por causa disso havia o risco de ser um enorme prejuízo, mas Konoha decidiu usar esta área como uma área de treinamento urbana e também área de teste de ninjutsus, também era um deposito de restos de construção, basicamente era uma área de treinamento que também era um lixão.

— A missão de vocês agora é um jogo de captura de bandeira – explicava o chuunin no campo – um outro time tem uma bandeira da mesma cor que a sua, vocês devem capturar a bandeira deste time enquanto protegem a sua própria, como vão fazer isso fica a cargo de vocês, alguma dúvida?

As meninas responderam que não, então o chuunin continuou explicando os detalhes, um desses detalhes é que os dois times tinham duas horas pra capturar a bandeira que estaria na extremidade oposta da área de treinamento, se nenhuma bandeira fosse capturada nesse tempo os dois times estavam fora, a cada rodada 4 times estariam ocupando a área simultaneamente, seria possível inclusive que dois times se unissem contra um.

— Se o nosso time rival é determinado pela cor da bandeira então... o nosso adversário é um time da nuvem – dizia Sumire.

— Vamos começar em 15 minutos, dá tempo de pensar numa estratégia – dizia Wasabi – como vamos fazer?

— Se vocês estiverem de acordo, eu posso tomar conta da bandeira – sugeria Sumire – enquanto isso vocês duas podem ir tomar a bandeira adversaria, eu tenho certeza que suas habilidades combinadas dão conta.

— Sendo assim vamos fazer o mais rápido possível pra que não fique tudo nas suas costas – disse Namida empolgada – vamos pegar aquela bandeira rapidinho!

Quando chegou a hora marcada o chuunin pediu a bandeira delas e subiu para o telhado do prédio em ruinas, ele tinha explicado antes que a única coisa proibida era mover a bandeira de lugar, mas fora isso qualquer método era permitido pra protege-la, Sumire posicionou-se ao lado da bandeira enquanto as outras duas aguardavam na beirada do prédio, assim que fogos de artificio explodiram no céu a prova teve início.

— Estamos indo! – avisou Wasabi concentrando chakra nos pés e pulando.

— Contem comigo para proteger a bandeira – disse Sumire.

Assim que as duas sumiram num salto Sumire sentou-se em posição de meditação ao lado da bandeira, ela estava concentrando todos os seus sentidos em sentir a presença de possíveis inimigos, o chuunin de antes já tinha se afastado mas estava observando de longe, a presença dele não iria interferir na prova.

— Quando eu tinha o gozu tennou o Nue podia sentir as emoções ao meu redor – dizia Sumire pra si mesma – ele sempre buscava emoções negativas, seu eu puder direcionar a atenção dele pra atitudes hostis...

Ela estava pondo em pratica o que Sasuke lhe ensinou, o Nue podia detectar as emoções ao redor e reagir a elas, quando Sumire se sentia ameaçada ele interpretava isso como perigo e atacava a fonte da ameaça, em raras ocasiões ele interpretou a preocupação dela e ajudou a proteger pessoas, agora ela queria ensina-lo a detectar inimigos.

Embora não fosse possível ver a olho-nu uma aura negra formou-se ao redor da Sumire, um prolongamento dessa aura começou a esticar e assumir uma forma semelhante a uma cobra, na verdade tratava-se da cauda do Nue, em sua forma física a cauda do Nue picaria a vitima e injetaria um veneno feito de chakra Yin, esse veneno causaria a loucura na vítima intensificando suas emoções negativas, e assim o Nue poderia se alimentar delas e ficar mais forte, era uma arma terrível da qual ela tinha vergonha agora, mas que nesse momento seria posta em uso para ajudar os outros.

— Alguém está se aproximando – disse ela quando a cobra espiritual reagiu a um chakra.

Nesse momento alguém aproximou-se do telhado onde estava a bandeira, era um gennin da nuvem mascando um chiclete de forma despreocupada, ele logo avistou a bandeira e também a pessoa encarregada de protege-la, de forma casual ele saltou do telhado onde estava para o telhado onde o alvo estava, assim que seu pé tocou o chão uma tarja explosiva bem ao seu lado se ativou, o gennin da nuvem percebeu imediatamente e saltou na mesma hora da explosão evitando se machucar, e agora ele percebia que havia muitas delas no telhado.

— A minha amiga é um pouco exagerada sobre explosões – dizia Sumire ao lado da bandeira – estas tarjas não podem matar, mas se pisar em uma delas pode ter sérios problemas.

— Obrigado pelo aviso, então vou retribuir do meu jeito – dizia o gennin da nuvem sacando as duas espadas em suas costas – o meu nome é Yurui, e eu serei o próximo herói da nuvem, lembre bem desse nome.

Continua.