Se tinha uma coisa que Blake adorava, era andar por aí segurando a mão de Yang. Às vezes nem tinham algum local como objetivo, apenas ficavam andando e conversando sobre coisas triviais. Flertavam, riam e pareciam entrar num mundinho só delas.

Mas quando começava a ficar mais tarde, Blake sentia um nervosismo brotar no peito. Começava a se sentir observada no decorrer que mais pessoas apareciam na rua (ou dependendo do dia e horário, quanto mais pessoas saíam das ruas), e ficava com medo. Medo de que alguma coisa pudesse acontecer com elas. Porque conhecia bem a maldade humana.

E quando percebia, já havia largado a mão da namorada. Por mais idiota que fosse, aquilo a afetava bastante. Vive falando sobre orgulho e amor próprio, mas não tem coragem de enfrentar realmente. Se sentia hipócrita. Não é nem como se quisesse soltar, mas já era automático. Nem mesmo percebia a sua mão deslizar e ir para costas, só a sentia ficar mais fria e então se tocava do que tinha feito.

Mas então disse para si mesma que não estava sozinha. Se lembrou de que teria alguém para cuidar das suas costas e vice-versa.

E agora sempre que fossem entrar numa multidão e sentisse que iria soltar, faria o contrário; apertaria mais forte.