Titanos escrita por Emily Rhondes


Capítulo 1
Vermelha é a nova ordem


Notas iniciais do capítulo

Hello! É minha primeira Fanfiction, e só pra constar o universo é alternativo, como vão notar, os personagens, e algumas partes do enredo são parecidos com o livro.
Tenho estórias originais postadas também!

Ps. Os titulos dos capítulos são versos da música "Red", que a Beth Cowley fez em dedicatória ao livro.



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Isso não estava acontecendo.
Alguém estava me seguindo.
Que horas eram? Deviam ser cerca de uma e meia da manhã. Briguei com Kilorn, e sai da festa mais cedo, e agora, tremendo no escuro sendo seguida por um cara de 1,80, isso era o que eu menos queria ter feito.
Certo. Controle-se, Barrow. - Digo a mim mesma, colocando minhas mãos firmes nas coxas. Olho para trás. O homem grande, vira dois. Meu Deus.
Começo a correr como se não houvesse amanhã, e entro no tobogã amarelo de plástico do parquinho, com as botas escorregando para baixo. Me forço a ficar no mesmo lugar, com o número do 911 discado no meu nokia surrado.
Forço-me a controlar a respiração. Okay, você ficará bem.
Abaixo a cabeça, e consigo ver os homens passando reto, contornando o laguinho escuro.
Meus ombros relaxam, e meu coração quase congela de alívio. Espero eles se afastarem, e desço, sentando na beiradinha.
Hoje não, Mare.
Até que vejo algo surgir perto dos homens. Um homem menor, acompanhado por uma garota com cabelos loiros curtos. Estreito os olhos para ve-los melhor.
Estavam discutindo. O que para quando mais 3 caras enormes aparecem. Estão segurando armas. Meu coração para.
A briga começa eles imobilizam a garota com um pouco de dificuldade, - o que me surpreende, já que eram brutamontes.
Eles rendem o homem no murinho da ponte, e ficam assim, comversando, com a arma em seu queixo. Não consigo nem se quer piscar, quanto mais ligar para a polícia.
Aperte o botão verde, Mare! - Não consigo. Fico congelada, com os dedos tremendo sobre a boca. Aposto que podiam ouvir minha respiração de lá.
Quando um deles estoura, gritando palavras que não compreendo, e apontando a arma para o homem.
Ele atira em sua barriga, e eu dou um berro mais alto que o da garota loira, fazendo cabeças atentas olharem ao redor, me procurando.
Tapo a boca com mais força, sendo emgolida pela escuridão do tobogã. Meus olhos se enxiam de lágrimas enquanto o corpo do homem cai para o lado.
Eu tremia. Meu celular não estava mais em minhas mãos. A noite estava embasada por minhas lágrimas. Soluços rasgavam minha garganta.
Eles largam a garota, que corre como se sua vida dependesse disso. - e dependia. Meu instinto é fazer o mesmo.
Mas assim que piso pra fora do tobogã escorregadio, algo me atinge na cabeça, e eu caio, atônita na grama. Tento gritar. Mas nenhum som sai.
Rolo para o lado, sentindo minha cabeça latejar, e meus olhos rodando enxergam uma sombra segurando uma pedra.
Não consigo fazer absolutamente nada, enquanto a pessoa se aproxima mais. Não sei se era mulher. Não sei se era homem. Só sei que não morreria ali, de algum jeito.
A pessoa me acerta de novo, e apago.
Minha mente refaz o dia em minha cabeça.
(...)
— Como assim não quer nada em sua festa de aniversário? - Kilorn para, de repente, como se levasse um choque.
— Eu... Não quero. - Dou de ombros, continhando a andar pela multidão. - Shh.
Localizo uma vítima. Uma mulher morena com cabelos cinzas despontando do couro cabeludo. Focada demais no caminho a sua frente para parecer minha mão tirando de sua bolsinha simples a carteira.
Kilorn me lança um olhar orgulhoso.
— O que temos aí?
— Hum. - Tiro as várias moedas e notas de 1 a minha mão. - Tirei dela o pouco que a restava.
Kilorn dá de ombros, decidindo, para seu bem mental, não pensar nisso.
— Palafitas, é Palafitas.
Concordo.
Andamos até a cafeteria perto do rio, e nos sentamos na mesa de sempre, a mais escondida.
— Dois cafés bem pretos. - Kilorn sorri para a garçonete que dava em cima dele descaradamente. A ruiva dá meia volta, e eu instantâneamente me pergunto se ela tem algum problema de coluna para andar com a bunda empinada desse jeito.
— Então. Vai ao Pub hoje? - Kilorn começa, se despreguiçando na cadeira.
Dou de ombros.
— Tanto faz.
— Ah, Mare. - Ele tomba a cabeça como um cachorrinho pidão. - Só hoje. Por mim.
— Tudo bem. - Desvio o olhar pra janela. Não seria tão ruim.
— Seu pedido, Kilorn. - A ruiva volta, com uma voz exageradamente doce. Eles se conheciam?
— Obrigada, Grace. - Ele lança novamente um sorriso elegante, e a moça deixa as duas xícaras, e um potinho com açúcar. Faz um sinal de "me liga" e vai embora.
O encaro, com um sorrisinho malicioso e ele me olha.
— O que?
— Entendi como consegue todos os números na sua agenda. Mas você nunca liga, então tanto faz, pra você.
Ele ri, tomando uma boa golada do café quente.
— Talvez esteja enteressado em alguém.
— Personagem de anime não conta. - Sorrio, bebendo o café também.
— Acho que não.
Kilorn, interessado em alguém que não fosse ele mesmo? Aham. Encaro o relógio. Marcava 10 pras 6.
— Carmaba. - Pulo no lugar, lembrando do jantar que minha mãe faria. - O jantar.
— Ah, sim.
— Te vejo às dez horas. - Levanto, e beijo sua bochecha, colocando cinco pratas no balcão para gagar pelo meu café, e saio andando antes que ele diga que não precisa.
— Até.
Ando rapidamente para casa, cirtando caminho pelo mato, e rapidamente chego. Palafitas é uma cidade pequena, com poucas coisas e muitas pessoas. Então haviam mais pessoas que passos até em casa.
— Mare, atrazada de novo. - Ouço a voz de minha mãe assim que boto os pés em casa. Refiro os olhos.
Coloco tudo que consegui/ roubei hoje na cômoda velha ao lado da porta, e em poucos passos chego a cozinha.
— O que temos hoje? - pergunto, fingindo animação.
— O de sempre. - Gina responde, comendo.
Fico em silêncio um pouco, me servindo da sopa verde e horrível.
— Como está Kilorn, filha? - Meu pai pergunta, com seu sorriso pequeno e natural surgindo.
— Ele está bem, mandou um oi.
— Devia chama-lo para jantar aqui um dia. - Ele sugere, e rapidamente minha mãe o olha.
— Não temos comida nem para a gente.
— Temos sim, querida. Esse menino é muito bom para nossa filha. - Ele dá de ombros, comendo a sopa sem reclamar. Dou de ombros.
— Mãe, a sopa está ótima.
Nesse momento eles param, e me olham como se eu tivesse criado chifres de repente.
— O que você quer? - Gina extreita os olhos.
— Kilorn e uns amigos vão se reunir no Pub, hoje...
— Ahh. Só podia ser. Só elogia minha comida quando quer algo.
— Sua comida não merece elogios...
— Não, querida, sua comida é ótima. - Meu pai mente, e pisca para a gente, e minha mãe revira os olhos. - Você pode ir. Use o dinheiro que conseguiu com deu... Trabalho. - Meu pai zomba sem intenção, tentando deixar claro que não aprovava meus furtos. Mas também não me proibia. Era o único jeito de ajuda-los.
— Bem, meu trabalho na confecção vai bem, mesmo ninguém tendo perguntando.
— Ia chegar lá, docinho.
— Fiz um casaco colorido lindo hoje
Reviro os olhos. Novamente, minha irmã esbanjando suas habilidades e trabalho. Estava acostumada.
Continuei ouvindo-os, sem muita atenção, e acabei rápido, subindo para me arrumar.
Eu não tinha muitas roupas. Mas ninguém na cidade tinha. Então, tanto faz. Coloquei uma leggin preta e uma camiseta de malha branca e simples. O bolero azul que Gina fez para mim dá um toque colorido a minhas bptas pretas.
Vou até o quarto de Gina, e pego o gloss transparente e sua pequena paleta de sombras, passando um brilho prata.
Pego uma bolsa em seu armário, e estou pronta.
— Está linda, querida. - Meu pai sorri, animado, e Gina de pijama no sofá ri.
— Você deve ser muito grata a esse casaquinho.
— Ah, eu sou. - Sorrio. - Não vou chegar tarde.
— Antes das duas! - A voz estridente da minha mãe grita.
— Okay. Amo vocês.
Mas as imagens começam a apagar, dando lugar a algo escuro. Viram borrões, como se tivesse acontecido a muito tempo.
Mas não. Foi ontem.
Uma dor me atinge do nada, e começo a abrir os olhos. Era como se alguém estivesse batendo em minha cabeça inssessantemente.
— Mare? - A voz de Kilorn me trás das minhas lembranças.
Não o enxergo. Nada além de borrões coloridos.
— Ela deve estar confusa. - Uma voz feminina que não conheço, diz. - Mare. O que está vendo?
— Borrões... - Pisco, com os olhos incomodados com a claridade. - Kilorn?
— Sou eu, Marezeba. - Sua voz exaltava alívio, e embora eu não pudesse ver, sabia que ele sorria.
— Mare, você foi atacada. Está na enfermaria da.. Polícia. - Ela hesita ao dizer a palavra polícia. Não estava na polícia.
De repente, começo a lembrar. Fleches do que aconteceu ontem passam diante dos meus olhos.
A garota loira. Os dois homens. O corpo morto do que um dia foi um garoto.
Minha respiração se agita num instante, e quero chorar. Se eu tivesse ligado pra polícia... Uma lágrima escorre, seguida por outra. Sinto a mão de Kilorn envolver a minha.
— Você se lembra do que aconteceu?
— Eu vi uma pessoa ser assassinada. - Fungo. Não lembrava muito bem os detalhes que me perguntariam.
Começo a ver melhor o teto, e as beiradas do cabelo loiro de Kilorn. Eu estava bem.
— Okay. Você levou uma pancada na cabeça, e sei que está confusa, mas está bem.. - Ela escolhia as palavras com cuidado. Não usou o termo "alguém te deu uma pedrada".
— Eu sei. Estou bem. - Limpo as lágrimas com força, tentando me sentar. Me arrependo. Quase caio para trás, impedida apenas pelos braços de Kilorn que me segura num abraço apertado.
— Vai ficar tudo bem. - Concordo com a cabeça, respirando fundo. Minha visão estava normal, mas minha cabeça latejava absurdamente.
— Coloque isso. Vai diminuir a dor. - A mulher me entrega um saco de gelo, e coloco no galo enorme que se formou em cima do ferimento com pontos.
Não quero saber o que aconteceu com minha cabeça, nem o tamanho da pedra que me atingiu. Sei que tenho sorte de estar viva.
— Bem, Mare, como você sabe, um garoto foi assassinado, e você é a única testemunha.
Observo-a melhor.
Ela era asiática, com cabelos negros escorridos numa pele prefeita. Suas mãos também eram perfeitas.
Não trabalhava em Palafitas. A sala era arrumada e moderna demais. Não estávamos em Palafitas.
— Onde estamos? - Kilorn ergue as sobrancelhas, olhando para o outro lado. Hum.
— Estamos em Norta, senhorita Barrow. - A doutora diz, meio indecisa se me contat foi uma boa.
Paro de respirar. Meus olhos se arregalam, e acho que fiquei encarando a mulher por anos.
— O que? É brincadeira?
— Não, Mare. Estamos na sede dos Ardentes. - O último nome sai como deboche. TA DE BRINCADEIRA?
— Eu apago por algumas horas e vocês decidem que podem me trazer para Norta e me deixarem na sede desse grupinho radical metido a governo?! Que isso?!
— Mare... É mais complicado.
— Não é complicado! Eu não fico mais nem um segundo nesse lugar! - grito, me levantando, e antes que Kilorn possa mover um músculo, estou cambaleando até a porta, o que dura pouco. Acabo me desequilibrando, e caindo nos braços de alguém.
Ele era alto, com cabelos pretos e olhos dourados como fogo. Suas mãos, quentes, apertavam minha pele, e suas sobrancelhas grossas se erguem até o cabelo de tanta surpresa.
— Oi. - Ele diz, incapaz de olhar para outro lugar. Estava com aqueles "vestidos" de hospitais. Coro no mesmo isntante.
— Quem é você?
— Tiber... - Ele olha para a doutora, que tinha o olhar tenso sobre os dois. - Cal.


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Notas finais do capítulo

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