Frustração escrita por anabfernandes8


Capítulo 1
Óbvio


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo lindo. Tudo bom? Caramba, tanto tempo que não posto nada. Não vou mentir, a faculdade está uma loucura. Bem, enfim, hoje estou aqui com uma nova fanfic, a quinta da série Sentimentos (para quem não acompanha, vou deixar como último tópico as fics anteriores, para quem se interessar). Uma leitura não atrapalha a outra, são fanfics independentes.
Agora vamos falar um pouco sobre essa fanfic. Ela vai ser dividida em dois ou três capítulos, ainda estou analisando as possibilidades. Foi um pouco difícil escrever no ponto de vista do Kiba, principalmente por ser um personagem que eu não tinha muito conhecimento. Mas de qualquer forma, foi bastante interessante, porque eu já tava meio a fim de testar como era escrever com essa personalidade maravilhosa do mundo de Naruto. Enfim, essa fanfic segue um pouco da história, mas talvez nem todos os fatos batam.
Espero de coração que gostem e se divirtam lendo como eu me diverti escrevendo. Postarei, em breve, o (s) próximo (s) capítulo (s). Um beijo a todos e boa leitura. Nos vemos nas notas finais.
Série Sentimentos:
1º GaaNeji - Frieza
2º TemaTen - Surpresa
3º SakuSaku - Raiva
4º ShikaIno - Paixão



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“Você está sendo muito óbvio” Shino murmura ao meu lado, os braços cruzados, a expressão neutra como sempre. Dou um suspiro, terminando de alimentar Akamaru.

“Não estou sendo óbvio. Não o suficiente. Se eu estivesse, ela já não teria falado comigo ou algo assim?” Digo, com toda a paciência do mundo ao meu companheiro de time, pois é um fato óbvio. Hinata e Kurenai estão sentadas afastadas de nós, cuidando da criança recém nascida da nossa sensei. Era a nossa primeira visita à casa dela, depois do nascimento do bebê.

“Você está sendo bastante óbvio, só você não percebe. E todos sabemos como a Hinata é tímida, ela nunca chegaria em você dessa forma que imagina. Pare de sonhar.” Era com certeza a frase mais longa que ele havia dito, mesmo que fosse uma zombaria. Bufo, porque totalmente não acredito no que ele está dizendo. Na verdade, estou sendo bastante discreto em minhas atitudes, considerando que geralmente sou direto no que quero. Eu ainda não havia dito a ela com todas as palavras que eu a queria. Dar em cima é o que ele chama de ser óbvio? Shino precisa aprender um pouco mais sobre o amor.

“Vamos Akamaru” Ando em direção às duas mulheres do recinto, meu amigo de quatro patas em meu encalço. Quando chego perto, três pares de olhares se movem para nós. Dou um sorriso amarelo, sem graça pelo ato repentino e me sento ao lado de Hinata. Mirai olha de mim a Akamaru com curiosidade visível, como se ela quisesse brincar com ele.

Dou uma risada leve e afago a cabeça de meu companheiro peludo, convidando-o à aproximar-se o suficiente para que a garota o tocasse com sua mão minúscula. Ela deu um gritinho, seguido de uma gargalhada feliz. Todos abrimos sorrisos perante à cena. Virei-me para observar onde estava o outro membro do meu time, que continuava no canto da sala, provavelmente olhando-nos por baixo de seus óculos escuros. Ele havia alegado não gostar de crianças, de forma que preferia ficar afastado. Estava tudo bem, já que a menina chorou na primeira vez que o viu, então era um não gostar mútuo.

“Você parece levar tanto jeito com crianças, Hina.” Comento, deitando minha cabeça em seu ombro, um afago. Seus olhos perolados se dirigem aos meus, um rubor gracioso tomando suas bochechas. Sorrimos um para o outro. Não tenho dúvidas de que estou olhando-a com aquele olhar apaixonado e óbvio que Shino diz que eu tenho sempre que estou nessa situação. Assim, me recomponho e dou um sorriso vergonhoso, pela primeira vez me perguntando se todos estavam realmente reparando no que estava acontecendo.

Desvio meus olhos para Kurenai, que parece totalmente aleatória a qualquer coisa na sala que não fosse sua filha. Dou uma gargalhada, como um idiota. Eu estava sendo cuidadoso. Kurenai-sensei é bastante observadora, o que às vezes chegava a ser incômodo, então se ela não havia reparado, estava tudo bom. E pode ter certeza que eu saberia, porque toda vez que acontece ela fica me encarando com um ar diferente, que faz eu me sentir culpado.

“Vou comemorar o aniversário da Mirai-chan amanhã à tarde. Shikamaru e eu estamos organizando uma festa pequena, apenas com os mais próximos, desculpem-me não ter avisado antes. Vocês três estão convidados.” A mulher de cabelos negros e olhos vermelhos ofereceu-nos um sorriso doce. Apesar da tristeza por causa da fatalidade com seu companheiro, Asuma, aparentemente ela estava levando bem a criação da filha, com a ajuda do Nara.

Akamaru deitou-se, fazendo um som estranho de decepção. Ri ao perceber o que o incomodava. Nossa comunicação era incrível. No entanto, eu não era o único a reparar no que havia acontecido com ele.

“Vocês quatro estão convidados. Você também, Akamaru.” Não conseguimos não rir. Até mesmo Shino, no canto, abriu um sorriso de canto, típico de quando queria rir mas conseguia se controlar. Era o indício de que ele estava achando algo engraçado, o que não acontecia com frequência.

A tarde passou-se rapidamente, regada de diversão e risadas. A criança Mirai era bastante divertida, no fim das contas e ela passou a maior parte da tarde brincando com meu cão. A noite chegou e eu, é claro, me ofereci para levar Hinata em casa quando ela declarou que precisava ir embora. Era a minha chance de passar mais tempo com ela, eu não iria desperdiçar isso.

“Eu posso acompanhá-la em casa se quiser, Hina.” A minha casa ficava no caminho oposto ao da dela. Mas não era problema algum, pra mim não tinha nenhum problema.

“Gentileza sua, Kiba-kun.” Ela sorriu para mim, de forma doce, antes de virar para o lado e acabar com toda a minha expectativa. “Você vem também, Shino-kun?”

Fecho minha expressão, encarando o homem ao meu lado com toda a determinação que posso, dizendo-o por sinais telepáticos, apesar de eu não ter esse dom, para não aceitar o convite. Estou encarando-o de verdade, esperando sua reação. Ele não seria capaz de atrapalhar, seria?

“An, bem, é claro.” Dou um bufo alto o suficiente para que ambos me olhem. Sim, não sou nada discreto. Hinata parece confusa, o que não é nenhuma surpresa. Ás vezes eu me pergunto se ela realmente é tão inocente a ponto de não perceber certas situações ou se ela apenas finge para não ter complicações para o seu lado? Não sei dizer. Parece que a conheço há tanto tempo, mas várias vezes eu não faço ideia do que se passa em sua cabeça.

O portador de insetos olha para mim e sua expressão é totalmente lavada. Aquela expressão que faz questão de fazer o que está fazendo, atrapalhar os outros. Sinceramente! Meu amigo era melhor quando não dificultava a minha vida.

“Você está mesmo vindo, Shino?” Pergunto, para fazê-lo se tocar. Está mais do que claro que eu não quero que ele venha. Eu sei disso, ele sabe disso. É claro que ele sabe. E, é claro, que ele não se importa.

“Qual o problema?” A Hyuuga pergunta e minha face ruboriza com a surpresa. Não tenho a intenção de que ela perceba que estou querendo ficar sozinho com ela, mas ao mesmo tempo quero que ela me note… Estou bem confuso, nem sei o que quero mais.

“A minha casa é nesta direção de qualquer forma. Para onde mais eu iria?” Eu o fuzilo com o olhar sem nenhum pudor. É óbvio que sei que a casa dele é no caminho que estamos indo, mas custava dizer que precisava fazer outra coisa e tomar um caminho diferente? Eu teria feito a mesma coisa com ele. Pensando bem…

“Que seja. Vamos logo.” Cruzo os braços e saio na frente, meu amigo de quatro patas me seguindo, silencioso. Já havíamos nos despedido de Kurenai-sensei e sua criança, que praticamente já dormia em seus braços. provavelmente por ter brincado tanto durante o dia, prometendo voltar no dia seguinte para a festa. Me animo novamente, sabendo que esta é uma ótima oportunidade para ter mais contato com a garota de cabelos negros e olhos perolados. 

Somos companheiros de time, sim, e nos vemos com bastante frequência, sim. No entanto, são raros os momentos que temos para conversar coisas que não sejam relacionados à missões ou tempo para ficarmos sozinhos. Na verdade, tudo seria ótimo se não fosse por Shino, que nunca se atrasa. O maldito sempre chega na hora, o que não me deixa nenhum pouquinho de tempo para conversar com ela.

Tudo bem, posso estar colocando a culpa toda em cima dele quando claramente não é. Eu é que sou o único culpado aqui, por ainda não ter feito nada mais ousado, assim vamos dizer. Mas, bem, essa era Hinata. Todo passo com ela precisava ser delicado. E com cuidado. Eu não tinha dúvidas de que ela me considerava apenas um amigo, então seria muito fácil que ela me recusasse alegando que eu estava confundindo as coisas. E então um clima estranho se instalaria entre nós, prejudicando a dinâmica do grupo.

Além disso, não era segredo a ninguém de Konoha que ela sempre fora, e ainda era, apaixonada por Naruto, um dos meus rivais. Éramos amigos, na atualidade, é claro, mas desde que eu percebi que estava sentindo alguma coisa por ela, passei a detestá-lo novamente. Principalmente pelo fato de que ele parece nunca perceber o quanto ela gostava dele e às vezes isso a magoava. Bem, eu deveria mesmo detestá-lo por esse motivo? Pensando bem, era exatamente por isso que eu ainda tinha o mínimo de chance com ela. Porque ele estava fora da jogada. Até o momento. E eu esperava que sempre estivesse.

“Kiba-kun, você deve estar cansado. Hoje foi um dia longo e você deve descansar para que possamos aproveitar o dia de amanhã. Eu sei que sua casa é longe daqui e você pode demorar a chegar lá só pela gentileza de ter me acompanhado. Eu agradeço o gesto, mas acho que o Shino-kun pode me acompanhar a partir de agora para que você descanse.” Hinata disse, as palavras saindo de sua boca atropeladas. Um rubor leve tomou conta de seu rosto e ela moveu os olhos para o chão. Demoro a perceber o que ela está dizendo. Ela acabou de me mandar embora e dizer que quer que o Shino a leve para casa? Besteira.

“Não é nenhum sacrifício te acompanhar até em casa. Eu gosto da sua presença.” Digo e percebo-a ficar ainda mais vermelha. Shino, que está ao meu lado, toca meu braço e olho para ver porque ele está fazendo contato físico quando este não é o seu estilo. Seus lábios se movem silenciosos, sinalizando para mim a palavra “óbvio”. Fico irritado, mas percebo que ele não está fazendo isso para me estressar nem nada, provavelmente só está tentando ajudar a amiga. Que seja.

“Eu vou acompanhá-la até o resto do caminho, Kiba. Vá em segurança para casa.” Ele solta-se de mim e faço um bico, ainda não acreditando que estou passando por essa situação. É frustrante de formas que nem sei explicar.

“Tudo bem. Boa noite a vocês. Vamos, Akamaru.” Viro-me e saio antes de ver suas expressões. Caminho lentamente até em casa, pensando durante todo o caminho. Em minha mente, percebo todo o esforço que fiz até agora, para não ser nem meramente notado. Quero dizer, não apenas não notado, mas também mandado embora. Ela não gostava da minha companhia? Não estávamos na mesma sintonia? Não queríamos a mesma coisa? Era frustrante.

Tudo bem, não vou mentir que a possibilidade de ficarmos juntos é baixa. Por todos os motivos que já listei anteriormente. Mas ainda acredito que o impossível pode acontecer. Por que não? A partir desse ponto, tudo pode acontecer. Estou fazendo a minha parte e, mesmo que não dê certo, terei a consciência de que fiz tudo para conseguir o que quero. Bem, talvez nem tudo.

Chego em casa e caio diretamente em minha cama, juntamente com meu cachorro. Agradeço a Kami que minha irmã está fora em uma missão, de forma que não possa me encher a paciência. Acreditem, ela conseguia ser chata e insuportável quando queria. Enquanto encaro o teto, tomo uma decisão, ao meu ver ousada, no calor do momento, de que amanhã seria o dia ideal para me declarar a ela e começarmos a ser um casal oficial. Esse chove não molha estava me cansando. Era a hora de agir.


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Notas finais do capítulo

E então, deixo aqui aberto o espaço para quem quiser e se sentir à vontade para comentar o que achou. Todos os comentários serão aceitos com todo o amor e respondidos. Espero de verdade que tenham gostado. Um beijo a todos, até o próximo capítulo.



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