Sob a luz das estrelas escrita por Juju Moreira


Capítulo 2
Beijos e promessas...




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  As horas se passaram tão depressa que só fizeram o nervosismo do pobre rapaz aumentar. Por mais que suas pernas tremessem e dificultassem sua caminhada, ele tentou lutar contra si mesmo para chegar ao local marcado. Por alguns minutos pensou em algo para lhe dizer, não queria ser tão direto como foi naquela manhã, não queria assusta-la novamente. Por mais que decora-se mil frases, sempre acabavam se tornando em vão. Ela o deixava nervoso.

  Aquela gentil e delicada mão tocou seu braço. Era ela com seu desconcertante sorriso. Catherine sempre estava linda e naquela noite não seria diferente. Ela parecia ter um pouco menos do que dezesseis usando o cabelo preso em um rabo de cavalo, deixando seu fino rosto a mostra. Ela parecia estar mais descontraída, com seu par de tênis brancos e seus jeans desbotados que deixavam suas belas pernas a mostra.

— Você está linda! –Bem, dessa vez não havia sido tão mal quanto pensava. Conseguiu fazer um elogio discreto.

— Obrigada Louis.

— E então, em qual prefere ir primeiro?

— Que tal irmos na montanha russa?

— Boa escolha, vejo que você gosta do perigo! – Ela sorriu e segurou sua mão. Uma descarga de adrenalina percorreu todo seu corpo, fazendo seu coração disparar.

  A adrenalina do brinquedo não chegava nem perto da que percorreu seu corpo, provocado por um simples e inocente toque.

— Quer tentar derrubar alguns pinos? – Sugeriu apontando para uma barraca bem próxima, pois ainda se encontrava nervoso.

— Quero sim. – Três bolas de baseball foram colocadas na mão da garota. Então arremessou, mas as bolas não chegaram nem perto dos pinos. – Droga queria muito ter acertado e ganhado um prêmio.

  Aquela era a hora de impressiona-la, “vamos Lou você consegue, só precisa se concentrar” o que iria ser difícil com ela o olhando.

— Eu quero tentar. – O homem colocou as bolas na mão do rapaz. Louis respirou fundo e tentou olhar apenas para seu alvo, ele derrubou todos os pinos na primeira jogada.

— UAU, você é muito bom Louis. – Ele sorria modestamente.

— Escolha seu prêmio rapaz. – O rapaz olhou para Catherine.

— Escolha.

— Vou querer o ursinho! – Exclamou contente e entusiasmada. Ela parecia uma menina de cinco anos ao agarrar o urso grande de fita vermelha no pescoço, Cath mal podia conter os pulinhos.

  Os dois andaram em mais alguns brinquedos, mas nenhum superou o poder da velha roda gigante. Aquele era o último brinquedo de uma noite inesquecível.

— Lou... obrigada, não só pelo ursinho, ou por me trazer ao parque, mas sim por essa noite. Nunca me diverti tanto em minha vinha quanto me divertir com você. Você é tão incrível, torna momentos simples como esses em lembranças inesquecíveis, que jamais saíram me minha memória. – Seu sorriso branco ofuscava qualquer brilho que ousasse capitar a atenção do rapaz. – Obrigada.

  Disse depositando um leve beijo no rosto de Louis, mas seus corpos ingênuos ansiavam por algo a mais do que um simples cumprimento de gratidão. Seus olhos se mantinham fixos na luz do outro, e seus corpos recusavam se distanciarem. Lou ergueu sua mão tremula e tocou o rosto delicado da moça, fazendo-a fechar seus olhos, ele também executou o mesmo movimento. Aquela foi a primeira vez que ele sentiu seu coração se aquietar por estar com aquele lindo anjo de olhos azuis em seus braços, suas mãos já não tremiam, então aquela era a hora, vagarosamente seus lábios tocaram os dela, disparando um turbilhão de sentimentos entre aquele casal, que desfrutava um jovem, mas eterno amor sob a luz das estrelas.

  Louis a acompanhou até em casa, caminhando juntos, com os dedos entrelaçados uns nos outros, por aquelas ruas mal iluminadas da boa e velha New Orleans.

— Bem, chegamos, está é minha casa! – Ele permaneceu parado, fitando por um breve e silencioso momento o longo caminho que haviam percorrido.

— Cath, desde... desde que eu a vi passar em frente à loja de meu pai, eu senti que possuíamos uma forte ligação. Talvez me ache louco por eu estar lhe dizendo isso...

— Shh. – Ela tocou delicadamente seus lábios com seu dedo indicador. – Então sou tão louca quanto você por saber que nós não nos encontramos por acaso. Nossos destinos foram escritos nas estrelas. Sinto que nossas vidas estão a muito tempo interligadas.

  Ele sorriu e envolveu a cintura de Catherine, puxando-a contra seu corpo, fazendo sua pequena garota ficar na ponta dos pés.

— Eu quero que seja minha namorada, sei que sou pobre e não tenho nada a lhe oferecer, mas prometo que lhe darei toda a felicidade do mundo.

— Lou, você não precisa ter uma fortuna para que eu possa ama-lo. Pois eu sei que amarei você para sempre do jeitinho que você é.

  Talvez algumas promessas são eternas, elas são feitas como um pacto que jamais será quebrado, já outras, duram tão pouco... as vezes levam o tempo que uma vela acesa no meio do deserto custa para apagar sua chama.


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Notas finais do capítulo

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