Eli detestava aquela sensação de que tudo ao seu redor era efêmero. As coisas passavam muito rápido e os sentimentos pesavam demais nos seus pés. Não tinha condições de correr para sempre alcançar o que desejava.

A neve derretia, as flores morriam, o sol tinha que se por no fim da tarde e as folhas paravam de cair. Aquilo sempre lhe foi muito assustador. As coisas com validade lhe davam medo.

E se tinha algo que lhe dava medo mesmo, era o pensamento de que Nozomi e seus sentimentos eram efêmeros junto de todas as estações. Uma hora tudo acaba, mas se recusava aceitar que algum dia Nozomi fosse embora ou que seus sentimentos simplesmente desaparecessem. Aquela sensação de que poderia perdê-la a qualquer momento era difícil de lidar.

Apenas tentava ficar com ela o máximo que podia. Dava beijos como se fossem os últimos, a abraçava como se em seguida nunca mais fosse fazê-lo, a amava com todo o seu coração cansado e torcia para que Nozomi nunca se fosse junto da última folha de outono.