Que Akiko era assustadora, toda a Yokohama sabia bem, mas para Doppo, chegava a aparentar que a mulher era uma bruxa.

Quando Yosano misturava algumas bebidas, no intuito de, como ela dizia, “deixá-las ainda melhores” – ou como Kunikida preferia dizer, mais fortes –, ele jurava ver as roupas longas e o chapéu pontiagudo nela. E durante todo o caminho para casa, a bruxa má dava espaço para uma mais gentil, que apenas ria dele errando as ruas. Mas por deus, ele até esquecia o que era a raiva ouvindo-a gargalhar enquanto puxava seu braço para outro lado.

Fosse lá o que ela havia feito ele beber, Kunikida tinha certeza que era bastante forte, o atacava a qualquer hora na madrugada, enquanto ordenava sua mente dormir, e era imediatamente negado. Causava-lhe desejo, calor, desilusões e ocasionalmente, lembrava de algum momento que não deveria ser nada demais, mas relembrando daquela forma, via frases mudando de sentido, notava detalhes que não havia antes. Negou bebidas vindas da médica mais vezes do que podia lembrar, e sendo sincero, Doppo possuía uma excelente memória. Quanto mais dizia não, mais Yosano aparecia sorrindo que sim.

E foi aquele mesmo sorriso que lhe afirmou: não havia antidoto no mundo que conseguisse cortar os efeitos da poção, ele já estava apaixonado.