Titanomaquia escrita por Eycharistisi


Capítulo 26
XXV. Isso é uma loucura!


Notas iniciais do capítulo

[Capítulo agendado]



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A arena da Guarda Sombra era bastante semelhante ao Coliseu de Roma: um edifício redondo com grandes arquibancadas reunidas em torno de um círculo de areia. O estreito corredor que eu percorrera com Lithiel conduzia ao topo das bancadas, de modo que tinha uma visão desimpedida de todo o espaço… e divisei de imediato os dois faeries que se enfrentavam no círculo de areia, sob os gritos de incentivo e chacota de um pequeno público.

— Parece que estás com sorte — comentou Lithiel, começando a descer as bancadas depois de uma rápida mirada no duelo — Vais ter a oportunidade de conhecer o teu instrutor. Vem.

Lithiel levou-me até à primeira fila das bancadas, poisando os cotovelos sobre a pequena cerca que delimitava o círculo de areia. Eu coloquei-me ao seu lado, observando atentamente o combate. Eu nunca gostara de assistir àquele tipo de exercício, mas tinha de admitir que havia algo de belo na contenda dos dois faeries. Seria a forma suave como se moviam? Seriam os golpes certeiros e poderosos? Seriam os corpos fenomenais, desnudos da cintura para cima e cobertos por uma fina película de suor…?

— Vês o minotauro? — inquiriu Lithiel, arrancando-me bruscamente aos meus devaneios.

Senti uma pequena onda de calor subir-me ao rosto enquanto assentia com a cabeça. Eu vira o minotauro, sim… Estivera, inclusive, a admirar o seu peito negro reluzente quando ela falara!

— Chama-se Broun — continuou a rapariga, alheia ao meu embaraço — É o instrutor dos novos recrutas da Sombra. Vais fazer o treino comum com ele.

Franzi ligeiramente o sobrolho, confusa.

— Eu pensei que fosse treinar com o Nevra…

— O Nevra orientará o teu treino individual, específico para as tuas habilidades. O treino comum é diferente, é um treino em grupo para exercitar as aptidões básicas de um membro da Guarda Sombra.

— E quais são as aptidões básicas?

— São as que te permitem sobreviver — respondeu Lithiel, abrindo um pequeno sorriso malicioso.

Os grupos nas bancadas desataram aos gritos e assobios, interrompendo a nossa conversa. Devolvi a minha atenção ao círculo de areia, procurando a origem do tumulto, e vi o minotauro estender a mão para o seu adversário, caído no chão. O faery aceitou a sua mão e levantou-se, trocando um rápido abraço com o minotauro antes de cada um seguir para o seu lado. Lithiel gritou o nome do minotauro, fazendo-lhe um gesto para se aproximar quando ele olhou na nossa direção.

O humanoide era enorme, impondo de imediato um respeito temeroso. Era quase tão alto como Jamon e com o mesmo corpo musculado e forte. A pele era negra como ónix, coincidindo com a cor da pelagem que cobria a cabeça bovina, ornamentada por elegantes chifres brancos e argolas prateadas nas orelhas.

— Lithiel — reconheceu o minotauro, parando do outro lado do muro — Precisas de alguma coisa?

— Não, queria apenas apresentar-te a tua nova aluna — anunciou a rapariga, indicando-me com uma palmadinha nas costas.

— Uma humana? — indagou o minotauro, pouco agradado.

— Faeliena — corrigiu Lithiel.

— O que é que eu vou fazer com uma coisa tão pequena e frágil? — continuou o humanoide, ignorando a intervenção da rapariga.

— Coisa pequena e frágil? — repeti, ofendida.

Lithiel ergueu uma mão para me deter enquanto dizia:

— A maior parte dos novos recrutas são do mesmo tamanho que ela, não vejo qual é o problema…

— Os outros são muito mais resistentes. A Maana fortalece os seus corpos.

— Eu tenho Maana — recordei num tom azedo.

— Não é a mesma coisa. A Maana não se entranha da mesma forma nos músculos e nos ossos…

— Ela precisa de treino, Broun — interrompeu Lithiel — Eu já te vi fazer verdadeiros milagres com outros recrutas, não espero que seja diferente com a Eduarda.

Broun soltou um pequeno suspiro, sacudindo a cabeça.

— Não me venham com lamúrias se a matar por acidente — avisou antes de se virar para mim — Como é que te chamas?

— Eduarda — respondi de má vontade.

— Tens alguma experiência de combate?

— Não, mas os meus pontapés doem bastante e sei onde acertá-los.

Era difícil perceber as expressões faciais de um rosto animal, mas pareceu-me que aquilo era um pequeno sorriso.

— Estou ansioso por ver isso — disse o minotauro antes de voltar a ficar sério — O treino comum é feito todas as manhãs aqui na arena. A tua comparência é obrigatória até ordem em contrário. Não tolero atrasos, portanto, certifica-te de que estás aqui ao raiar do dia, entendido?

— Sim, senhor.

— Ótimo. Vemo-nos amanhã, então.

Anuí com um gesto de cabeça e o minotauro afastou-se. Lithiel deu-me uma nova palmada nas costas para me chamar a atenção.

— Anda, vou mostrar-te os balneários da arena.

A visita guiada não durou muito tempo. Lithiel cingiu-se ao essencial, mostrando-me os lugares que considerou mais importantes e sintetizando as respostas às minhas questões. Terminada a visita, a rapariga acompanhou-me até à biblioteca, onde esperava encontrar Lee e Karenn.

Vimos o elfo assim que entrámos, sentado numa das secretárias no centro da divisão. Estava tão concentrado a anotar algo num pergaminho que nem notou a nossa chegada.

— Oi — cumprimentei, fazendo-o erguer a cabeça — Chegámos…

— Demoraste — comentou Lee, abrindo um pequeno sorriso matreiro — O Nevra convenceu-te a ficar um pouquinho mais depois da vossa conversa?

— O que é que estás a tentar insinuar? — perguntei, lançando-lhe um olhar reprovador.

— Nada, nada — negou rapidamente o elfo, tentando conter o seu sorriso — Só estranhei a demora…

— O Nevra pediu-me para mostrar a arena e o labirinto à Eduarda — interveio Lithiel — Encontrámos o Broun entretanto e ficámos a conversar…

— O que faz ela aqui? — inquiriu Lee, desagradado.

— A Lithiel vai continuar a ajudar-nos.

— Como é que alguém que mente com quantos dentes tem na boca poderá ajudar-nos?

— Olha quem fala… — resmoneou Lithiel.

Lee abriu a boca para responder, mas eu cortei-lhe a palavra:

— Okay, já chega! Vamos colocar as nossas pequenas querelas de parte e concentrar-nos no trabalho, pode ser? A propósito, onde está a Karenn?

— Foi procurar um livro — revelou Lee, desviando relutantemente o olhar com que fulminava Lithiel — Descobrimos onde encontrar todos os ingredientes menos um.

— Onde temos de ir? — perguntei, sentando-me numa cadeira a seu lado.

Lee soltou um pequeno suspirou e pegou num pergaminho próximo.

— Vai ser uma viagem longa — disse com pesar — Os ingredientes estão em lugares distantes e isolados, teremos quase de percorrer Eldarya de uma ponta à outra…

— Porque não envias o teu mascote? — perguntou Lithiel — Tens um draflayel, não tens? Ele não consegue ir buscar esses ingredientes?

— Os mascotes precisam de conhecer os objetos para conseguirem encontrá-los — disse o elfo num tom ácido — A Mish não conhece nenhum destes ingredientes, por isso teremos de ser nós a ir busca-los.

— Tens a certeza de que queres fazer uma viagem dessas quando… — olhou rapidamente em volta, certificando-se de que ninguém nos prestava atenção, e baixou o tom de voz ao continuar — …quando há um titã por aí à solta?

— O titã não é problema…

— Como é que um titã não é problema?!

— Ele está ferido e fraco — relembrou Lee — Deve estar escondido por aí algures a lamber as feridas da explosão em Darr. Não será um problema.

— Já lá vão dois meses, Lee, o titã teve muito tempo para curar as suas feridas.

— Ele já estaria a tentar consumir outro cristal se estivesse curado. Há dois meses que não ouvimos falar do bicho, talvez tenha morrido…

Tu não ouviste falar do bicho — corrigiu Lithiel.

— E tu ouviste?

— Ouvi — confirmou a rapariga, apoiando os punhos no tampo da mesa e inclinando-se na direção de Lee — Ouvi e digo-te mais… O titã está atrás da Eduarda!

— O quê?! — admirou-se o elfo, lançando-me um olhar arregalado.

— Exatamente o que ouviste. Ainda achas que é boa ideia levá-la para fora d…?

— O titã está atrás de ti?! — perguntou-me Lee, interrompendo a fala de Lithiel — Porquê?!

Eu encolhi os ombros.

— Não faço a mais pálida ideia. Eu nem sequer sabia que ele era um titã até…

— Não sabias que ele era um titã? O que queres dizer com isso? Tu estiveste com ele?! — guinchou o elfo, alvoraçado.

— Ah… hum… — hesitei, perguntando-me se seria seguro dizer-lhe a verdade. Bem, eu já falara demais de qualquer maneira — Estive, por acaso estive…

— Quando?! Onde?! Ele já entrou no quartel?! Falou contigo? Fez-te mal? Foi ele que te feriu na mão?!

— Calma — pedi, fazendo um gesto apaziguador com as mãos — Não precisas de entrar em pânico, tem calma…

— O titã está atrás de ti, como queres que tenha calma?!

— Já chega, Lee — intrometeu-se Lithiel — A Eduarda não corre perigo enquanto permanecer dentro da cidade. O titã está demasiado fraco para enfrentar toda a Guarda de Eel, mas não tenhas dúvidas de que irá atacar se sairmos sozinhos! Nós não podemos levar a Eduarda para fora da cidade, é demasiado perigoso!

— Interessante — comentou a voz de Karenn, surgindo subitamente ao nosso lado.

Lee soltou um pequeno guincho de susto, cobrindo rapidamente a boca com as mãos quando vários olhares reprovadores se voltaram na sua direção.

— Há quanto tempo estás aí? — perguntou Lithiel à vampira.

— Tempo suficiente para ter uma grande ideia quanto ao titã.

— Ah, sim?

— Sim. Pensem comigo — pediu Karenn, sentando-se do outro lado do elfo — O titã está fraco e vulnerável e as Guardas estão a tentar aproveitar isso para o caçar e matar. O problema é que o próprio titã tem consciência da sua fraqueza e escondeu-se onde ninguém o conseguiria encontrar. Ou, pelo menos, era assim que a situação estava… até ele sair do seu covil e arriscar o pescoço para vir à procura da Eduarda.

— E daí? — inquiriu Lee, confuso.

— Ela quer usar a Eduarda como isca para atrair o titã — explicou Lithiel.

— O quê?! Isso é uma loucura! — exclamou o elfo, tirando-me as palavras da boca.

— Pensem bem — insistiu Karenn — Ele veio até ao quartel, sozinho, desprotegido, sacrificando a pouca energia que tem para tirar a Eduarda das masmorras. Nós nunca estivemos tão perto de o apanhar como nesse momento! O Leiftan lutou com ele na muralha da cidade, caramba!

— Como é que sabes isso? — murmurou Lithiel, pasmada.

— O titã arriscou tudo pela Eduarda — continuou a pequena vampira, ignorando a intervenção da outra rapariga —, logo, não acho que ele vá desistir de chegar até ela assim tão facilmente. Ele voltará a procurá-la se tiver a oportunidade e nós podemos criar essa oportunidade… podemos criar o cenário perfeito para uma emboscada!

— Isso foi ideia do Nevra? — inquiriu Lithiel, erguendo uma sobrancelha.

— Não, foi minha…

— Não podes estar a falar a sério — intrometeu-se Lee — Nós não podemos fazer isso, é demasiado arriscado!

— É igualmente arriscado permitir que o titã ande por aí e deixar que recupera a sua força — retrucou Karenn — Temos de fazer alguma coisa e tem de ser agora, enquanto ainda temos uma hipótese de vencer!

— Já te passou pela cabeça que eu posso ter uma palavra a dizer sobre esse teu plano? — questionei-a.

— Eduarda, por favor, pensa nisso — implorou Karenn, dando as mãos na frente do rosto — Tu és a nossa última esperança de chegar ao titã…

— Participar no teu plano seria suicídio!

— Não seria nada, o titã não te magoou quando se encontraram nas masmorras, não iria magoar-te agora!

— Não é essa a questão, Karenn — negou Lithiel — O titã está atrás da Eduarda porque quer algo dela. Usá-la como isca acarretaria o risco de estarmos a dar-lhe exatamente o que ele quer!

— Só se o meu plano falhar…

— O teu plano é uma estupidez — atirou Lee.

Karenn cruzou os braços, amuada.

— O Nevra concordaria comigo — resmungou baixinho.

— Duvido — disseram Lee e Lithiel ao mesmo tempo.

— Humm… com licença…

Eu e os três faeries virámo-nos na direção da nova voz, encontrando um Adonis atrapalhado e ligeiramente corado parado a alguns passos de distância, abraçando um livro contra o peito.

— Ah, Adonis! — reconheceu Karenn — Encontraste o livro que te pedi?

— S-sim, é este aqui…

A pequena vampira levantou-se para recolher o livro, agradeceu e voltou para junto de Lee, começando a analisar o pesado volume com ele. Eu dirigi um pequeno sorriso e um aceno a Adonis, fazendo-o corar intensamente e afastar-se com tanta pressa que atropelou algumas cadeiras.

Ficámos o resto da tarde na biblioteca a procurar referências ao último ingrediente da poção no livro que o centauro trouxera. Não voltámos a falar no titã ou na hipótese de me usar como isca, nem mesmo quando Lee se questionou sobre como conseguiríamos os ingredientes se não podíamos sair da cidade para não me expor ao perigo. Eu poderia ter-lhes sugerido que fizessem a viagem sem mim, mas, honestamente, não sentia a mínima vontade de ficar trancada no quartel enquanto os poucos amigos que conseguira fazer naquele sítio partiam à aventura. Só aceitaria essa opção se não houvesse mesmo nenhuma outra solução.

Decidimos deixar aquele assunto para outra altura e preparámo-nos para ir jantar. Karenn convidou Adonis a fazer-nos companhia e o centauro aceitou com a condição de que os seus amigos (incluindo Chrome) pudessem vir também. Formámos um dos maiores grupos no refeitório, mas eu gostei bastante de fazer parte dele. O convívio fazia-me sentir menos sozinha. Gostaria de ter ficado um pouco mais no meio deles para conversar e distrair-me, mas as emoções do dia, associadas ao meu despertar repentino e prematuro, quase me fizeram adormecer em cima do prato. Lee e Karenn ofereceram-se para me levar até ao quarto, mas a vampira afastou-se mal saímos do refeitório. Ela ouvira-me queixar durante a refeição da sujidade que sentia agarrada aos dentes e fez o favor de ir à enfermaria buscar mais “pasta de dentes” enquanto Lee quase me carregava até o quarto.

— Precisas de decorar este sítio — dizia o elfo enquanto me ajudava a sentar sobre o colchão — Nem parece que vive aqui alguém! Não tens sequer uma vela?

— Tenho, mas não tenho nada com que a acender. Eu não t… — fui interrompida por um grande bocejo — Não tenho dinheiro para comprar nada, muito menos mobília.

— Eu posso pagar-te algumas coisas.

— Não, Lee. Já gastaste bastante dinheiro a pagar aqueles ingredientes todos, não quero que gastes mais nada comigo.

— Eu não me importo…

— Não.

— Nem uns fósforos?

— Não — recusei, sisuda — Chega. Não estou no melhor quarto do mundo, mas serve o seu propósito. Com sorte, não terei de ficar aqui por muito mais tempo.

Lee fez uma pequena careta.

— A sorte não parece estar do nosso lado ultimamente…

— Cheguei! — anunciou Karenn, entrando nesse momento e bloqueando a luz que vinha do corredor — Porque estão no escuro?

— A Eduarda não tem nada para acender a vela — revelou Lee.

— Tu não tens afinidade com o fogo?

— Não, mas tenho fósforos no quarto. Gostaria de trazer alguns para a Eduarda, mas ela recusou…

— Disparate, ela precisa dos fósforos. Vai busca-los, Lee.

O elfo acenou uma concordância e encaminhou-se para a porta, fechando-a atrás de si a pedido de Karenn. Eu e a vampira ficámos mergulhadas numa ténue escuridão que era apenas cortada pela luz que vinha da janela, oriunda das tochas que ardiam no exterior, e por uma luz difusa que vinha…

Karenn soltou um risinho quando deixei escapar um palavrão cabeludo, observando a minha mão direita com os olhos arregalados.

— Vês? — disse ela — Eu disse que a tua mão tinha um brilho violeta.

Uma suave luminescência violeta escapava-se por baixo da luva como se tivesse uma lâmpada no seu interior ao invés de carne e ossos. Descalcei apressadamente a luva, ignorando as pequenas tiras de pele que se soltaram no processo, e ergui a mão iridescente diante do rosto.

Karenn não mentira. A minha mão brilhava mesmo. Não era o suficiente para iluminar o quarto, mas permitia-me ver melhor aquilo que se encontrava mais próximo de mim. Poderia, aliás, servir-me dela para ler um pouco antes de dormir. Teria apenas de suspender a mão sobre as páginas para enxergar as pequenas letras!

— A tua pele continua a cair — constatou Karenn — Não quero agoirar, mas… acho que vais ficar sem pele no braço também.

— Isso seria um desastre — murmurei — Como vou esconder… isto?

— Eu consigo arranjar-te um par de luvas até ao cotovelo, não te preocupes.

— Obrigada…

— A propósito, trouxe a pasta de dentes e uma camisa de dormir, porque presumi que não tivesses nenhuma — anunciou a pequena vampira, aproximando-se para deixar um pequeno embrulho ao meu lado. Não consegui distinguir detalhes até aproximar a mão direita e constatar que se tratava de uma camisa de dormir branca, uma fita da mesma cor para prender o cabelo e um grande maço de “pasta de dentes”.

Meti um retângulo com sabor a limão na boca antes de me despir e enfiar dentro da camisa de dormir. Entrancei o cabelo para não ficar tão desgrenhado e, entretanto, Lee regressou para me oferecer uma caixa de fósforos. Karenn não lhe permitiu entrar ou sequer espreitar para dentro do quarto porque a minha mão direita ainda estava descoberta. Despediu-se do elfo por mim e regressou ao interior do quarto para me entregar os fósforos e perguntar:

— Precisas de mim para mais alguma coisa?

— Não, obrigada, Karenn… Já me ajudaste imenso — murmurei com um pequeno sorriso.

— Sem problema. Eu trago-te a luva nova amanhã de manhã — garantiu a pequena vampira — Aproveitamos e vamos juntas para o treino comum, se quiseres.

— Tu também tens treino comum?

— Sim, é obrigatório para todos os novos membros e eu só faço parte da Guarda há alguns meses.

— Ah…

— Vemo-nos amanhã de manhã? — questionou a vampira, regressando ao assunto anterior.

— Sim, claro.

— Ótimo! Boa noite!

— Boa noite…

Karenn saiu do quarto e estava prestes a fechar a porta quando voltou a espreitar para o interior.

— Só mais uma coisa… Eu gostaria que pensasses seriamente sobre aquilo que disse na biblioteca. Sei que é um risco muito grande usar-te para atrair o titã, mas nós precisamos de ponderar todas as opções que temos e, acredites ou não, essa é a opção mais viável. Peço-te, Eduarda, pensa nisso. Tu podes ser a solução para acabar com a guerra… e a nossa salvação da extinção.


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Notas finais do capítulo

[Próximo: 11/2/18]



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