A Aurora de Castelobruxo - A Harry Potter Story escrita por ThaylonP


Capítulo 13
Cartas e Despedidas




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Ir até a biblioteca trouxe algumas consequências.

Nino, por exemplo, foi enquadrado por sua mãe depois de uma das aulas de Poções. O grupo tentou ouvir através da porta, porém, sem escutar muito além de berros de Adelaide que confirmavam a seriedade da situação, então tiveram que esperá-lo do lado de fora. Quando saiu, e dirigiram-se ao almoço, perceberam o quanto ele estava para baixo com o que ouvira, ainda assim, toda a confusão durou até depois, quando as correspondências começaram a chegar, e uma arara azul-noite depositou um berrador sobre sua mesa. Aurora não reconheceu o que era, mas assim que viu a expressão de Nino, observando-o abri-lo na frente de todos, soube do que se tratava. Uma carta mágica berrava as palavras que o Sr. Stradivarius tinha a dizer sobre as imprudências do menino, e toda a mesa de Anhangá acabou escutando. Nas duas semanas que se seguiram, a menina apenas viu uma figura cabisbaixa que vagamente lembrava o amigo.

As coisas mudaram quando sua colega emburrada se aproximou do rapaz. Por mais estranho que parecesse, vez ou outra, via os dois aproveitando o tempo livre juntos, indo até a biblioteca
para mais uma leitura de O Núcleo. Aurora estranhou a posição de Inara, mas principalmente achou esquisito que Nino estivesse arriscando tanto depois de ser repreendido. O menino explicou que estavam sendo cautelosos o bastante, lendo trechos curtos vez após vez, e a bruxa reconheceu que não passava de uma desculpa esfarrapada. Nino parecia querer provar algo a mais, não sabia se aos pais ou às meninas. De qualquer forma, havia uma outra coisa, deixando Aurora perdida. Uma espécie de confidência, que Inara transparecia por ser ruim nos trejeitos sociais, mas que também não deixava fácil de ser descoberto. No fim, ocupada com outras coisas, Aurora deixou a situação de lado para voltar ao que precisava lidar. Como os treinos com Ruína.

Haviam alcançado, depois de incansáveis repetições dos movimentos, o ponto da conjuração do feitiço. Inara tivera dificuldade a princípio, mas passara disso com louvor depois de tentar bastante. Aurora acreditou que seria fácil assim consigo, porém a expectativa foi subvertida. Sempre que apontava a cajado e executava o movimento, recebia um resultado inesperado. Isso variava desde as implosões do boneco até empurrões vorazes que arremessavam o bruxo de mentira para longe. E a cada vez que Ruína reconstituía a tentativa, apenas para vê-la errar mais uma vez, a menina subia um grau em seus nervos. Ao alcançar o ápice da irritação, ocorria o evento mais crítico, onde em vez do desarme perfeito que a colega executava, disparava um raio vermelho descontrolado que recocheteava para todo canto. Então, Ruína acalmava suas emoções para retornarem ao começo, repetindo todo o ciclo. Tudo isso acompanhado de frases ríspidas da mulher, onde ela afirmava que se Aurora não executasse o feitiço ficaria ali para sempre, que decepcionaria a casa, que precisava se acalmar; uma centena de obviedades que ela conhecia de cor. O pior é que cada vez que a voz arranhava seus tímpanos, somava ao descontrole da menina, o que as levavam de volta para o início conturbado.

E além do cansaço dos dias de treino, havia o fato de que estava sempre sozinha. Ao deixar as masmorras, Inara cansava-se o suficiente para não ter o que dizer. Nas refeições, mesmo que os companheiros estivessem ao redor, não tinham outro assunto a não ser as aulas ou a leitura que faziam na biblioteca, coisa que Aurora não queria mais saber. Já estava consternada demais com todo aquele passado para mergulhar mais fundo.

E o principal, a coisa que mais doía, não havia um alívio cômico para tirá-la de toda aquela situação, pois ele estava sentado na mesa dos gaviões.

Matheus aproveitava o companheirismo de sua casa, formara um apego com os membros dela, e mais ainda com sua monitora, Letícia. Nas aulas, tinham poucas brechas para formar um assunto, mal se cruzavam nos corredores, e no tempo livre, podia vê-lo praticando voo, portanto se recusava a atrapalhar, já que ele melhorava a cada novo dia.

Foi então que, no começo de Agosto, a saudade de casa começou a sacudi-la. Às vezes, quando dormia, quase sentia o cheiro do apartamento, a maciez da cama, o olhar de Emília na estante. Os pais não haviam a contatado desde o início do ano letivo, talvez por algum compromisso que estariam dispostos a resolver. Isso poderia significar que Aurora estaria atrapalhando-os ao enviar qualquer mensagem, mas, pensando bem, se fosse contatá-los, enviaria uma carta, e não perderiam muito tempo a lendo, e muito menos a respondendo, desde que fosse sucinta. Resolveu dar uma chance, e passou dias pensando no quê e como escrever.

Numa noite de pouco sereno, chamou por Blu num assovio, e a ave decolou pelo caminho decorado. Fez algumas versões da carta, mas achou que esta era a mais sincera:

Olá, pais 1 e 2.

Como vão?

Bom, aqui está tudo certo. É claro, aconteceram algumas coisas que não sei explicar direito, mas deve ser porque sou muito nova com tudo que envolve magia. Sei que vou pegando tudo aos poucos, então fiquem tranquilos, porque o boletim será impecável.

N°1, queria dizer que sinto falta dos seus bolos solados, já que aqui nas refeições, eles erram muito pouco, graças aos feitiços. Isso tira um pouco da graça, confesso, porque ainda prefiro essas pequenas coisinhas que só você faz.

N°2, queria pedir desculpas por ter vindo pra cá sem você ficar sabendo. Quando o n° 1 explicou sobre o mundo que eu estava perdendo, acabou que fiquei empolgada demais para não querer vir, então o convenci a me permitir. Sinto muito.

Enfim, espero que possam me responder logo, estou ansiosa por notícias.

Com amor, 
Aurora.

Apesar de não dizer as coisas inacreditáveis que sua presença causara, sabia que não podia alarmá-los depois de toda a preocupação na família. Esperava que fosse a maneira certa de falar com os pais, então viu a mensagem com um meio sorriso que buscava ser esperançoso.

Numa das manhãs rotineiras de quarta-feira, pouco descansada depois de uma sobrecarga de Ruína, levantou-se tarde, num momento que Inara e boa parte das meninas haviam deixado o dormitório, conseguindo por milagre superar os gritos da monitora. Arrastou-se torre abaixo, visando chegar ao refeitório o mais rápido que os olhos sonolentos e as costas doloridas poderiam permitir, pois a fome nas manhãs pós-treino era avassaladora. Atravessou as escadas, sem reparar direito nas cascatas ou nas bases de ouro como sempre fazia, focada nas portas lacradas pelas estátuas portuguesas. Porém, antes que pudesse solicitar sua entrada, ouviu um cochicho atrás de uma coluna. Como se despertasse de imediato, aproximou-se com cautela, para ouvir melhor.

— Você tem que dar um jeito – a voz era grave e áspera, com poucos vestígios de adolescência. – Disse que o moleque era da sua conta.

— Eu sei – rebateu uma segunda voz, que se diminuía ante a primeira. – Mas não sei se vai dar...

— Se tem alguém pra fazer isso, é você – cortou. – Só você. É o que você é boa, né? Vai lá, e faz – a pessoa fez menção a sair dali, e Aurora procurou disfarçar-se como uma estudante que não estava ouvindo nada, mas ainda próxima, ouviu o restante: – E vê se olha o que come. Tá ficando grande demais pra mim.

A voz se distanciou, o que fez os passos começarem a se aproximar. Aurora foi depressa até as estátuas e pediu uma licença formal porém apressada. Marchou até o assento de seu time, conferindo por cima do ombro para ver quem entraria logo atrás. E quando viu a menina e seu topete cruzarem o refeitório para sentar-se à mesa de Jaci, arregalou os olhos. Letícia.

Nino ofereceu um bom dia, mas ela mal ouviu. Continuou encarando a garota, que agora recusava um prato que era empurrado em sua direção. O olhar da monitora foi até outro lado da mesa, onde Matheus estava, e ela considerou algo antes de seguir para sentar do lado dele. Também recusou uma outra guloseima antes de falar no ouvido do menino. Aurora apertou o olhar, mais uma vez vendo o queixo cair. Assim como havia visto a estranheza na Avenida 25, a situação se repetiu: uma mancha roxa brotando da beirada de seus olhos. Piscou forte, para ver melhor, e no instante seguinte, não estava mais lá.

O moleque, pensou Aurora, tentando relacionar Matheus àquilo que fora dito. Mas antes, pensou sobre de quem era a voz. Demorou um microssegundo antes de desviar os olhos para Guaraci, e ver que Luka Braz não estava entre seus companheiros.

Antes que pudesse concluir algo muito absurdo, uma voz gritou perto de si, alto o bastante para que chamasse a sua e qualquer outra atenção que precisasse naquele refeitório.

— Garota – Maria disse. – Pensei que tinha morrido dormindo!

— N-não... eu... só tava cansada – respondeu, voltando a si.

— Hum, tô vendo, mas olha – apontou para o púlpito, onde os professores faziam suas refeições atrás de uma mesa. – A Ruína vai tirar ponto do time por você ter chegado atrasada pro café – cochichou, e Aurora viu que a professora terminara sua refeição e se dedicava a traçar notas num pergaminho. – Pensei que ela ia te dar um desconto porque vocês tão super próximas, por isso deixei você dormir um pouco... achei que não dava nada. Merda! – reclamou.

— Ah, desconto? – Aurora perguntou, retórica, vendo a mulher encará-la direto nos olhos. – Ela não dá desconto de nada, não. Nem pra mim nem pra ninguém – disse, sem desfazer o contato visual.

Maria se conformou em concordar, mesmo reclamando a própria falta de atenção e a comentando com seu parceiro de monitoria. Aurora voltaria a pensar sobre a situação anterior, não fosse Dourado levantar-se para um pronunciamento. A mulher coçou a garganta, como sempre fazia, pronta para seu discurso.

— Alunos, ouçam-me – a voz estava demasiada rouca. – Venho anunciar que nosso inspetor, o sr. Barden, tirará licença para suas férias anuais. Peço que o aplaudam por seus serviços a Castelobruxo – anunciou a mulher, aplaudindo forte o sujeito.

Viu o inspetor aparecer no canto, agradecendo com seus olhos singelos quando boa parte dos alunos ficou de pé para aplaudir. Aurora levantou-se por respeito, até que ouviu um comentário de Maria:

— Aí Aurora, tá parecendo você – disse, insinuando o cansaço do homem.

— Não, para com isso – reparou mais uma vez. Haviam olheiras fundas, vestes surradas. – Aliás... coitado.

— Coitado mesmo – Maria comentou, numa compaixão momentânea. – O trabalho de inspetor suga ele demais. Todo ano ele sai pras férias destruído assim. Ele merece descansar um pouco.

O homem era cumprimentado por alguns alunos mais velhos de Jaci, alguns em Guaraci tinham sorrisos enormes enquanto aplaudiam.

— E o que ele faz, exatamente? – perguntou Aurora.

— Ah, é um trabalho muito desvalorizado, sabe? Ele meio que faz tudo funcionar como deve, tem autonomia para auxiliar e punir alunos, mas faz isso sem nem dar muito às caras – a menina concordou, não havia percebido sua ação até então. – Mas dá pra ver né – Maria apontou, sem sutileza –, o quanto isso desgasta. Coitado do substituto. Vai ser um mês de sufoco.

Um sextanista de Guaraci aproximou-se dele, bateu nas costas do sujeito e o abraçou, num gesto acalorado que pareceu confortar ambos, até que o aluno ofereceu um presente ao inspetor, que tentou uma recusa, mas graças à insistência do rapaz, acabou aceitando. Alguns alunos de Guaraci gritaram para que mostrasse o presente, repetitivos, então ele cedeu, mostrando um quadro que ilustrava Javier e uma moça, andando de mãos dadas com uma praia ao fundo. Aurora achou lindo, e alguns alunos aplaudiram mais forte, enquanto o sextanista e o inspetor posavam para um flash de pólvora, de uma câmera vinda de um segundo aluno de Guaraci.

— Argh – Maria revirou os olhos. – Tenho que parecer o formando exemplo, olha como me importo com os funcionários, bla blá – imitou-o, e Kevin riu um bocado.

Javier terminou de ouvir sua salva de vivas, atravessou as portas do Salão e desceu as escadas, satisfeito. O restante voltou à refeição assim que Dourado afirmou que poderiam, depois de uma tosse.

Assim que o café terminou, Aurora partiu para a aula de Transfiguração e mal prestou atenção no feitiço que Rodinhas finalmente ensinou, e que Nino reproduziu de forma porca. Precisava que as próximas aulas chegassem. Precisava falar com Matheus.

Ela viu a turma de Jaci chegar pela clareira, passando pelos totens em direção a uma outra entrada que Negrini os guiaria em busca dos Ninfusgos. A aula começava a ficar repetitiva, graças ao fato de que sempre encontravam as pistas dos bichos, mas nunca conseguiam vê-los de fato.

Aurora aproveitou para se esgueirar por entre a mata, enfiar-se no meio dos alunos de Jaci para conversar com Matheus. Quando a viu, o menino abriu um sorriso, e sentiu-se muito culpada por ter de destruí-lo de forma tão cruel. Os companheiros do rapaz seguiram mais rápido, para concedê-los um pouco de privacidade.

— Ei, Matheus – disse, passando por cima de um tronco caído repleto de cogumelos. – A gente precisa conversar, é importante.

— Claro – respondeu, indo até uma árvore, percebendo uma seiva que brilhava mais do que as outras. – Nossa, faz tempo que a gente não conversa, né? Parece uma eternidade.

Quase um mês, pensou em responder, mas focou em seu objetivo.

— É, parece mesmo – riu com desconforto. – Então, é sobre você e... sua monitora – foi direta, apesar de evitar o nome.

— A-ham, pode falar – ainda anotava no pergaminho, mas ergueu a cabeça para ouvi-la melhor. Os passos do restante da turma se afastaram, e a brisa úmida recheou a conversa. – O que quer saber?

— Nada, não quero saber nada – recusou, com as mãos espalmadas. – É que, eu ach... tem uma coisa acontecendo com ela, acho que pode ter a ver com você.

— Comigo? – estranhou.

— É, eu a vi conversando com alguém. Acho que era o Luka Braz – começou.

— Ah, a-ham – Matheus pediu pelo resto.

— E eles tavam falando sobre "dar um jeito no moleque" – a menina fez as mesmas aspas que sua entonação indicou –e só pode ser você, já que ela ficou tão próxima desde que as aulas começaram – explicou, esperando uma resposta impressionada.

Matheus escutou a teoria, imóvel. Em seguida, cruzou os braços, rindo com alguns tropeços na fala e uma testa enrugada, para depois completar:

— É feio ouvir a conversa dos outros, Aurora.

— Quê? Tá bom, eu sei – a menina tentou focar, havia algo de mais importante do que descumprir uma regra social. – Mas queria pensar contigo sobre o que você acha que pode ser esse dar um jeito, achei muito esquisito.

— Calma, mas não dá pra saber que sou eu, Aurora – ele tentou a defesa, consciente demais para o gosto dela. – Sabe quantos "moleques" tem em Jaci? E outra, a gente nem sabe se esse "moleque" é de Jaci mesmo. Além do mais, sendo monitora, fala com todos eles, quase todos os dias. Tem tantas opções – sugeriu, e ia começar uma contagem de mais fatos, mas a menina falou primeiro.

— Tá bom, mas e o Luka, hã? – levantou o ponto.

Matheus cerrou os olhos, ainda se divertindo com tudo.

— Digamos que seja ele. O quê que tem? Eles namoram, é claro que vão conversar – estranhou, com uma justificativa do que achava que era a dúvida dela. – É isso que é estranho?

— Não – surpreendeu-se com o que lembrou de ter visto Luka fazer enquanto ainda namorava Letícia, mas voltou a ideia do papo. Depois podia pensar nisso. – É que ele foi o cara que te azarou no meio da Avenida 25, e ela tava lá pra rir disso, lembra? E, e... – a menina tentou completar, lembrando ainda mais informações. – E meu pai disse que ele foi castigado, não podia lançar magia fora da escola. Ele pode estar irritado com isso ainda.

— Mas ela me disse que ele pediu desculpas – justificou Matheus, abrindo os braços. – Eu já te disse isso.

— Ela te disse. E ele? Pediu? – argumentou.

— Não – interveio, um pouco balançado, contudo apegado as suas ideias. – Mas também ele nunca faria isso. Ele não fala nem com o pessoal do time dele, Aurora. O cara é um túmulo – retrucou, cruzando os braços de novo.

— E isso não te deixa desconfiado? Nem um pouco?

— Ah, não me deixa, não. Eu acredito nela – deu de ombros, mas em seguida, fez uma volta para mirar na garota. – Mas te deixa muito preocupada, né?

— O quê? – entendeu a insinuação, mas não se deixou levar por ela. – Lógico que deixa, porque parece estranho – explicou.

— Parece estranho, por quê? Só porque to passando muito tempo com a monitora do meu time? – Matheus tentou, com um bico que caçoava dela. – Olha, eu sei, é só que eu sou de Jaci, e faz sentido eu ficar mais tempo lá. Mas eu gosto de ser seu amigo também, e de conversar contigo. É só que... tô ocupado.

— Tá ocupado – completou ela, ainda não convencida com a explicação.

— E você também tá – inferiu, tentando reavivar os ânimos que começavam a se tensionar. – Eu ainda tô torcendo por você secretamente — sussurrou a última parte, com uma expressão travessa. – Então, não se preocupa! Dá pra ser amigo dela e ser seu amigo também.

Aurora protestaria mais, insistiria na hipótese do garoto Luka e do jeito que dariam no moleque que acreditava ser Matheus, porém a professora Negrini os chamou ao fundo, alertando a distância que tinham – e que não podiam ter – do grupo.

— Tem certeza? – perguntou Aurora, sem saber sobre o que exatamente perguntava.

— Tenho, claro que tenho – afirmou Matheus, num salto empolgado. – Vamos, a gente tem que se juntar ao grupo. Acho que dessa vez os Ninfusgos se mostram!

O menino disse aquilo com precisão, porém estava enganado. Assim como estava quando propôs que poderia se dividir entre as amizades. Isso se provou nas semanas seguintes, pois Aurora contou nos dedos a quantidade de vezes que trocaram palavras.

 


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