Time of our lives escrita por Team Caskett


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e espero que gostem ♥



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Pov Castle

Era hoje. Hoje daria a minha primeira sessão de autógrafos. Meu livro tinha feito um sucesso. Eu estava tão ansioso que não conseguia parar de suar.

Tinha medo de não corresponder aquilo que as pessoas esperavam de mim enquanto um autor de livros de romance e mistério.

Me olhei ao espelho e tentei dar apoio moral a mim mesmo.

—Querido, você vai se sair bem… - Minha mãe, sorri, como se, conseguisse ler os meus pensamentos. Ela era boa nisso. Eu agradeci-lhe mentalmente e me recompus.

—Você é ótima em ler pensamentos, sabia? – Eu beijo a sua testa. Agora, sentando-me ao seu lado, na vasta mesa central da sala.

—Há mais alguma coisa que esteja te incomodado, Richard? – Ela pergunta, levando a xícara de café á boca, beberricando.

Eu reflito sobre aquilo. Realmente havia alguma coisa me incomodado.

—Bem… Você acha que ela vai saber que eu escrevi aquele livro pensando nela? – Eu baixo os olhos, desanimados. Não tinha como não pensar nela. Aliás, meu livro foi inspirado nela.

—Só o destino dirá, Richard… - Minha mãe me deixa pensativo.

—Pois. Você tem razão. – Eu suspiro.

—Gina sabe disso? – Ela pergunta.

—Precisa? Foi só a minha inspiração… - Eu respondo.

—Só? Você fala como se fosse pouco, querido… - Ela, sorri, segurando a minha mão.

—Eu não posso apagar aquilo que nós tivemos, mãe. – Eu olho nos seus olho, tentando buscar alguma esperança.

—Sim, mas isso não o direito de magoar outras pessoas, Richard. – Ele me repreende.

—Mas…

—Você amou alguma delas? Meredith ou Gina? – Martha me interrompe.

—Sim, eu gostei de Meredith e sim… Eu gosto de Gina. – Suspiro, novamente.

—Richard, querido… Eu estou a falar de amor… Você amou alguma delas? – Minha mãe me pergunta de novo.

—Não. – Eu não consigo mentir.

—Gostar não chega. – Ela fala com o ar mais sereno de sempre e isso sempre me conseguir recompensar de alguma forma.

—Tenho de ir agora. Te amo. – Eu falo me levantando e beijo a sua testa.

Eu estava pronto.

Pov Kate

Não estava conseguindo assistir mais ao noticiário. A foto dele estava por todo o lado.

Voltei a pegar no livro e abri na segunda página.

Para você, cerejinha

Que droga! Porque ele tinha que fazer isso comigo? Não bastava estar longe dele durante este tempo?

Cerejinha…

Aquilo me fez sorrir. Instantaneamente me lembrei da primeira vez que ele me apelidou desse jeito.

Flashback on

Nós dois, ambos com 15 anos, andávamos de mãos dadas na noite fria e chuvosa de Nova Iorque. Nós adorávamos isso. Andar de mãos dadas. Só isso.

Ele chega perto de mim, passando o seu braço por cima do meu ombro e cheirando o meu cabelo.

—Você é a minha cerejinha… - Ele sussurra no meu ouvido, rindo baixinho.

—Como é que é? – Eu rio e paro na rua o olhando, perdendo-me, mais uma vez, naquele mar azul. Tão azul desde que nos conhecemos em crianças.

—É isso mesmo… Não tem mais volta agora.- Ele ri comigo e me puxa para um beijo. Um beijo tímido, afinal erámos dois adolescentes vivendo o nosso primeiro amor.

Flashback off

O meu músculo facial doía de tanto sorrir. Como tudo foi acabar? Nós tínhamos tanto para contar ainda…

Eu sabia que ele iria dar uma sessão de autógrafos hoje. A minha vontade de ir até lá era enorme, mas depois eu tinha medo. Como eu iria reagir depois de todo este tempo? Ou pior… como ele iria reagir?

Casado? Filhos? Divorciado? Era tudo uma incógnita na minha cabeça. Eu não conseguia mais controlar as minhas emoções. Eu precisava de o ver.

Isso era certo.

Acabou de uma forma tão estúpida. Rumos diferentes. Eu mudei de cidade para me tornar policial e apenas desistimos de nós.

Ao fim de cinco anos eu voltei da Europa, mas ainda assim não o procurei. Nem ele a mim.

Orgulho? Ressentimento? Culpa?

Eu lembro da nossa última chamada.

Flashback on

Era meia-noite em ponto. Eu estava nervosa. Fazia dois meses que não via Rick. Na verdade, a academia de policiais estava sendo dura demais e o seu tempo também era limitado. Não estava me sentindo feliz. A distância estava dando cabo de mim e eu não podia continuar deste jeito.

Disquei o seu número e fiquei repensando vezes sem conta antes de ligar.

Ele atendeu no terceiro toque.

—E aí, cerejinha? Estava com saudade… - Ele reclama e logo me arrependo da decisão que tinha tomado.

—Rick… A gente tem de falar. – Eu falo. As lágrimas já ameaçavam começar a cair, mas eu estava fazendo um esforço para permanecer calma.

—Não vai dizer o que estou pensando, pois não, Kate? – Eu vejo sua voz ficar mais rígida. Nós tínhamos essa conexão mental.

—Não dá mais, Rick… Eu não estou conseguindo lidar com tudo isto. – Eu desabo sem mesmo conseguir me esforçar.

—Kate, por favor, não vai desistir assim de nós! – Ele implora do outro lado da linha.

—Eu não estou desistindo, Rick… Por favor não faz isso comigo. – Eu peço, sentindo a dor que ele estava sentindo.

—Eu não acredito que você está fazendo isso comigo, Kate… O problema é a distância? Eu irei apanhar o próximo voo para aí, Kate, mas…

—Não tem como, Rick… - Eu o interrompo, agora as lágrimas rolavam pela face sem resistência. – Eu não posso sair da academia e você tem seus estudos ai… Faz dois longos meses que a gente não se vê e eu não consigo mais… me sinto infeliz…

—Nós vamos dar um jeito, Beckett… - Sua voz fina, corta a minha respiração.

—Não torne isto mais difícil do que é, Rick. Pensa que não custa estar tomando esta decisão? – O choro queima a minha garganta.

—Está dizendo que essa decisão é definitiva? – Seu tom muda. Agora ele parece sério.

—Sim. – Eu respondo.

—Não vai nem reconsiderar? – Ele parecia desiludido.

—Rick…

—Não, Kate… - Ele me interrompe. – A gente já falou tudo o que havia para falar.

A chamada acaba e eu só me lembro de chorar pela madrugada fora.

Flashback off

A nossa última conversa fora á dez anos atrás e ainda agora conseguia mexer com o meu emocional.

Eu precisava de passar lá. E seria agora.

Me prepara com uma roupa básica, mas bonita e passo uma maquiagem leve.

Me olho no espelho reticente. Mas sorrio e decido avançar. Eu precisava de o ver. Nem que fosse ao fim de dez anos.

Pov Castle

Meu braço latejava. Não conseguia sequer imaginar as centenas de fãs que tinham vindo ter comigo para autógrafos os milhares de exemplares ou simplesmente para tirar uma foto.

Eu não tinha ideia do sucesso do meu livro até hoje. Centenas de pessoas fazendo fila por um autografo meu. Sem dúvida era um sentimento gratificante.

Estava distribuindo autógrafos por mais de duas horas e minha editora achou melhor parar por um pouco. Acordei e decidi ir beber um café até ao sítio mais perto.

Na minha inocência eu ainda procurava por ela em algum lugar.

—Bobo… - Eu rio, desapontado. Provavelmente ela nem leu o livro.

O ar estava quente. Era Verão em Nova Iorque e eu agradecia por isso. O sol me animava.

Aliás, eu e Kate sempre passávamos as tardes de verão no gramado do Central Park.

Flashback on

Eu estava deitado de barriga para cima. As minhas mãos sustentavam a minha cabeça e Kate estava deitada sobre a minha barriga enquanto cantávamos uma música de infância.

Tínhamos 17 anos.

Eramos tão ingénuos ainda. Mal sabíamos o que era o amor, mas ainda assim, nos amávamos sem saber.

—Acho que a gente devia ir assistir aquele filme no cinema, cerejinha… - Eu brinco com os seus cabelos. Eu sabia o quanto isso a irritava. Mas eu amava isso nela. Amava a vendo irritada – ela ficava tão fofa! Suas bochechas vermelhas eram incríveis.

—Vou, se você parar de me chamar cerejinha! – Ela cruza os braços.

—Sabia que eu te amo?- Eu me curvo, beijando a ponta do seu nariz.

Flashback off

Nossa! Como tudo foi acabar assim?

Ia tão distraído que acabo chocando contra alguém.

—Peço desculpa… - A pessoa fala.

—Não tem problema… - Eu levanto a cabeça para encarar quem era. Meu tempo pausou naquele momento. Era mesmo ela? – Kate?

—Rick? – Ela me encara do mesmo jeito.

A distância era curta e eu aproveitei para analisar cada detalhe da sua face. Ela continuava linda e eu podia reconhecer aquele verde-esmeralda em qualquer lugar.

A sua pele vincava algumas rugas na parte da testa, mas não muito fortes. A sua pele estava mais morena e os seus cabelos bem mais compridos e claros.

Nos olhamos de forma intensa e me lembro da primeira vez que falamos.

Flashback on

Eu tinha 6 anos. Era meu primeiro dia na escola, mas eu estava ansioso.

A classe era pequena.

A professora nos chamou para entrar e nos deu permissão para entrar e escolher o nosso sítio.

Eu logo vi uma garota pequena, magrinha e de cabelo curto que parecia bem entusiasmada. Gostei logo dela.

Fui até ela.

—Eu posso sentar do seu lado? – Pergunto, sorrindo.

— Claro. – Ela sorri. – Para você, uma lembrança. – Ela me entrega um lápis vermelho.

—Cheira a cereja! – Eu cheiro o lápis e me sento do lado dela. Algo me diria que seriamos os melhores amigos.

—Você gosta? – Ela pergunta, rabiscando os cadernos. Eu, por mais pequeno que seja, não consigo deixar de olhá-la.

—Não. - Eu respondo de imediato. – Ela tem bicho!

Ela solta uma gargalhada.

—São os bichinhos da fruta! – Ela parece bem segura do que fala.

—Continuo a não gostar! – Eu reclamo.

—Tudo bem. – Ela dá-se por vencida. – Mas eu vou gostar na mesma de você. – Ela sorri e beija a minha bochecha. Eu rio, devolvendo o beijo.

Desde esse dia, nunca mais nos largámos.

Flashback off

Eu estava imóvel. Não conseguia pensar/falar alguma coisa. Estava tudo parecendo um sonho.

—Você continua cheiroso, hein? – Ela quebra o silêncio e eu ri no momento.

—E você também, cerejinha… - Continuamos nos olhando. Eu podia meu brilho, refletindo no brilho dos seus olhos. Nossos olhos marejaram ao mesmo tempo. Todo esse sentimento de nostalgia ficou mais forte agora.

Nós estávamos bem perto agora. Então eu pude lembrar do nosso primeiro beijo.

Flashback on

Tínhamos 13 anos, mas estávamos apaixonados. E daí? Nós não estávamos importados com o mundo. Apenas com nós dois.

Saímos da escola e eu acompanhava Kate a casa desde que me lembrava.

Sempre fôramos vizinhos, mas eu sempre gostava de deixar ela na porta de casa. Sã e salva. Eu me sentia bem protegendo-a.

Naquele dia ela se virá para mim, antes de entrar em casa.

—Eu posso dizer uma coisa? – Ela pergunta.

—Sim. – Eu respondo.

—Eu gosto de você. – Eu coro. Kate sempre fora a mais decidida de nós dois. Ela sempre tomava as decisões e eu achava isso o máximo. Eu adorava isso nela.

—Eu também… - Eu sinto-me ficar vermelho, ainda mais. – …Gosto de você.

—Boa! – Ela sorri. – Então a gente pode namorar?

—Você está perguntando se eu quero namorar com você? – Eu rio.

—Sim. – Ela fala direta.

—Ok. – Eu respondo, nervoso. As minhas mãos suavam como nunca.

—Ok, o quê? – Ela parece irritada.

—Ok, eu aceito. – Eu sorrio e lhe dou as minhas mãos. Naquele momento, eu pude perceber que ela também estava nervosa.

Aproximamos os nossos rostos e demos um beijo nos lábios, tímido e inocente.

Lembro de suspirarmos ao mesmo tempo.

Agora eramos namorados.

Flashback off

—Você continua linda… - Eu não seguro as minhas palavras. Eu vejo ela sorrir com todo o corpo.

—Obrigada, Rick… Você também não está nada mal. – Ela pisca, mas eu sinto o quanto ela está nervosa.

Mantivemos a pouca distância.

—Aceita tomar um café comigo? – Eu pergunto, já sabendo que ela aceitaria.

—Eu adoraria. – Ela sorri.

Separamo-nos por uns instantes.

—Vamos? – Eu inclino a cabeça para a frente e estendo a mão. Como sempre fazia.

—Vamos. – Ela sorri e abraça a minha mão. Como sempre fazia.

Seguimos de mãos dadas para o pequeno café que tinha lá.

Sentamo-nos frente a frente para que o contacto visual fosse estabelecido.

O garçom veio ter connosco num espaço curto de tempo.

—Boa tarde, senhores. O que vão desejar? – Ele sorri.

Latte expresso com pouca espuma para ela e para mim um café. – Eu falo automaticamente e ele se retira, pronto para preparar os nossos pedidos.

—Você lembra? – Ela parece admirada.

—Como eu poderia esquecer? Você reclama sempre que vinha com espuma! – Eu rio. Ela ri. Nós rimos e nesse momento percebemos o quanta falta sentimos um do outro.

—Parece que você conseguiu se tornar um escritor famoso! – Ela sorri. Esse sempre fora o meu sonho, desde criança.

—Parece que sim. – Eu sorrio e dou espaço para que o garçom pouse as nossas bebidas na mesa. – E você? Sempre conseguiu se tornar se policial?

—Sim! Na verdade, estou em Nova Iorque já faz cinco anos. – Ela parece orgulhosa e eu fico feliz por ela. No entanto, triste. Pensei que ela me fosse procurar.

—Que bom! – Eu suspiro, tentando omitir aquilo que estava sentindo.

—Não precisa fingir, Rick… - Ela toca a minha mão por cima da mesa e eu a olho surpreso. Tinha esquecido o quanto nós eramos bons nisto.

—Eu sei, Kate… Senti saudade de você. – Eu falo, por fim.

—Eu também. Muita. – Ela baixa o olhar.

O silêncio se instala por uns segundos. Um silêncio frio.

—Porque a gente foi se afastar daquele jeito, Kate? – Eu pergunto.

—Nós erámos imaturos talvez. – Ela responde e de seguida, volta o seu olhar para mim.

—Ou então eu devia ser muito bobo... – Eu dou um sorriso fraco.

—Como assim? – Ela franze o sobrolho.

—Por ter deixado escapar uma garota como você. – Eu vejo ela corar e isso me faz sorrir.

—Está sendo bobo agora… - Ela ri.

—Porquê? – Nossas mãos continuam enlaçadas.

—Por estar me aceitando de novo… - Ela fala.

—Você sempre esconde essa insegurança atrás dessa capa durona, senhora Beckett? – Eu rio.

Trocamos um olhar tímido mais uma vez e ficamos apenas de mãos dadas, nos olhando. Apaixonados. Como sempre fomos.

—Rick?! – Eu ouço uma voz atrás de mim e Kate tira rápido a sua mão de cima de mim.

Gina tinha uma cara brava e eu percebia porquê. Mas desta vez eu não iria abdicar da minha felicidade.

—Gina… - Eu respiro fundo.

—Quem é essa? – Ela parece chateada.

—Essa é Katherine Beckett. Meu amor de infância e, aparentemente, o amor da minha vida. – Eu falo com a maior tranquilidade do mundo.

—Você está louco? – Ela fica irritada.

—Sim. – Eu me levanto, olhando de frente para Gina. – Eu estive louco durante muito tempo enquanto estive com você, Gina. Eu peço desculpa, mas a gente não pode continuar. Eu amo outra pessoa. Sempre amei e não posso fazer nada acerca disso.

Ela me olha inconformada.

—Ok, Rick… A gente está terminada. – Ela fala e depois se retira. Envergonhada talvez.

Me volto a sentar de frente para Kate.

—Desculpa… - Eu a olho de novo.

—Vocês estavam juntos? – Ela pergunta.

—Sim. Como deve calcular em refiz a minha vida desde que… - Minha voz fica presa por uns instantes. – Nós dois terminamos.

Ainda custava falar sobre isso.

Foram três anos tentando esquecer Kate, mas nunca consegui. E agora que a vi, passados dez anos, isso ficou ainda mais claro na minha cabeça.

—A gente precisa conversar… - Ela fala, fazendo meu peito apertar.

—Não, cerejinha! – Eu sorrio e a olho bem nos olhos. – A gente precisa ser feliz. Como sempre fomos e como sempre deveríamos ter sido até agora. Entendido?

Ela me olha por uns minutos com uma expressão que nem eu mesmo consigo decifrar. Aquilo me inquieta.

—Entendido. – Ela abre um sorriso, mostrando os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.

—Vamos ser felizes? – Eu me levanto, estendo a mão para ela.

—Espera, Rick… E a sessão? – Ela se preocupa.

—Que se dane, Kate! – Eu a puxo para mim e a envolvo nos meus braços juntamente com um beijo na testa.

Chegamos ao apartamento dela. Bastante acolhedor.

—Você tem sempre que ficar analisando tudo? – Ela ri, olhando para mim.

—Você me conhece, não precisa esperar uma resposta. – Eu faço uma careta para ela e ela ri de novo. O som mais bonito de sempre. A nossa gargalhada em uníssono.

Nos aproximamos instintivamente. Nós queríamos o contacto e não queríamos evitar ou fugir disso.

Dei o primeiro passo e envolvi o seu rosto nas minhas mãos.

—Eu te amo, você sabe? Aliás… Nós nascemos para nos amarmos… - Eu olho bem nos seus olhos e posso ver uma lágrima se formar nos seus olhos grandes e brilhantes. Mas eu sabia que era felicidade.

—Eu acho que você está certo… - Ela sorri e busca pelos meus lábios. O toque foi eletrizante. Foi inesperado e isso me remeteu para a nossa primeira vez.

Flashback on

Nós dois tremíamos muito. Ambos virgens. Ambos nervosos. Tínhamos 16 anos. Mas nos queríamos com amor como gente grande e sabíamos disso. O nosso coração sabia. Os nossos corpos sabiam.

Nos beijamos de forma carinhosa e comecei tirando a roupa de Kate, tentando ser o mais romântico possível. Eu queria a melhor noite para nós. Pelo menos, eu queria que fosse inesquecível.

Lembro que tinha pedido para minha mãe me autorizar a ficar sozinho com Kate em casa e lembro também que tinha falado com Johanna para que deixasse.

Já namorávamos á três anos. As nossas mães respeitavam o nosso amor e nos apoiavam e isso era bom demais.

E foi ali, no meu modesto quarto, que, eu e Kate nos amamos pela primeira vez. Todo o cuidado foi pouco, porque eu não queria magoá-la. Queria que fosse prazeroso. Queria que ela se sentisse tão amada como eu me sentia quando estava com ela.

Por entre os lençóis partilhamos gargalhadas, beijos, medos e acima de tudo, intimidade. Muita.

Quando acabamos, lembro de encomendar-mos uma pizza ás três da madrugada. Estávamos com fome.

Flashback off

O nosso beijo começou de forma lenta e apaixonada e foi tomando proporções maiores. Nós ansiamos um pelo outro e não queríamos esperar. Não mais.

Kate agarra os meus cabelos com firmeza e deixa a cabeça solta para trás, deixando o seu pescoço longo e moreno á vista. Sem aguentar mais, apodero-me dele, beijando e lambendo toda a sua extensão, depositando vários beijos.

—Oh Rick… - Ela murmura baixinho contra o meu ouvido me deixando louco.

Carrego-a ao colo até ao quarto, enquanto ela tirava os seus sapatos.

Nos beijamos. Muito e intensamente.

As nossas roupas estavam no chão.

Os nossos beijos eram molhados.

Os nossos cheiros inundavam o quarto com vida e paixão, enquanto o suor deixava os lençóis brancos molhados.

Os seus arranhões, gemidos e contrações, aumentavam ainda mais o meu prazer.

As minhas investidas estavam sincronizadas com aquilo que o seu corpo pedia.

Nos amamos de diversas formas possíveis e acabamos atingindo o clímax juntos.

Nos rimos quando nos deitamos de bruços no final.

—Você está bem melhor desde a primeira vez… - Ela ri.

—Katherine Beckett! – Eu me finjo de ofendido.

—Sempre fui honesta, você sabe… - Ela faz uma cara de óbvio e acabamos rindo de novo. Não conseguíamos segurar a felicidade.

 -Você vai adorar conhecer a Alexis… - Eu falo, sorrindo.

—Quem é a Alexis? – Ela pergunta, apoiando a cabeça no meu peito.

—Minha filha! – Ela se levanta para me encarar.

—Filha? – Ela aparece chocada.

—Sim, você nem imagina o que perdeu! – Eu rio, puxando-a para mim.

E foi assim que, naquela cama, nus, ficamos fazendo planos. Só que agora iriamos ficar juntos.

Always

 


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Notas finais do capítulo

E ai? :) ♥



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