The daughter of Alpha escrita por Katherine


Capítulo 35
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Boa leitura!!!!



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Jacob.

 

Eu não era tão idiota quanto realmente parecia, sabia que alguma coisa estava acontecendo e não aguentava mais esperar para ouvir a verdade. Carly estava estranha... diferente e distante. Pensei que fosse por conta dos últimos acontecimentos, as mudanças drásticas que ocorreram em nossa vida nos últimos meses, mas eu estava errado, o assunto parecia ser mais sério do que eu imaginava.

— Jake... – ela sussurrou, o som fraco escapando entre seus lábios quase como um pedido – Por favor.

Neguei com um aceno.

— Eu preciso saber o que está acontecendo.

Carly semicerrou seus olhos, a dúvida estampada em sua face.

— Foi para isso que me trouxe aqui? – cuspiu as palavras.

— Não! – falei – Te trouxe aqui porque seria bom para nós dois... mas não tenho certeza disso. Não enquanto continuar me escondendo algo.

Ela esticou uma das mãos até que tocassem o meu rosto, um sorriso fraco curvou os seus lábios.

— Tudo bem – a mão caiu ao lado de seu corpo – São suposições, Jacob. Só suposições. Estou assustada com a possibilidade de ser verdade, mas não posso negar que existe uma grande parte de mim que deseja isso e teme que não seja real. Não quero criar expectativas.

Escutei cada uma de suas palavras em silencio deixando que ela achasse a melhor forma de dizer o que estava acontecendo. Minhas mãos estavam fechadas em punhos e o meu lobo tomado pelo nervosismo. Não me agradava ver ela daquela forma. Mas me agradava menos ainda a ideia de não saber o motivo de seu nervosismo.

— Carly... – seus olhos encontraram os meus quando ela sentou na cama, havia um brilho diferente ali, algo como esperança.

— Espera, Jake – pediu – Eu vou contar.

Assenti.

— Conversei com o meu pai ontem sobre algumas coisas... você sabe. Ele me contou algumas histórias e teorias sobre você, eu e o imprinting. Não me ache uma louca, por favor. Eu queria e precisava saber o que aconteceria caso eu parasse de me transformar. Não, eu não estou pensando nisso, mas estava curiosa com toda essa coisa de loba. Ele me confirmou que Leah foi a primeira e que não há registro de nenhuma outra antes dela, isso é bem assustador, não acha? Então, tudo realmente não passa de uma teoria – ela me fitou por um momento, antes de dedicar total atenção aos seus dedos que batucavam nervosamente a cama embaixo de si  - Hum... meu pai acha que o meu corpo e o de Leah ainda funcione como o de uma mulher, não completamente, mas de certa forma na medida do possível, ou então não haveria sentido algum para o nosso imprinting. Claro que é magia, eu sei disso, pode acreditar. Tem todo o lance do amor, Jake, mas não é somente por isso. Você sabe, não é?

Concordei engolindo seco.

— Sei – murmurei.

Carly mordeu o lábio inferior antes de voltar a falar.

— Na noite em que Renesmee nasceu eu mandei que Embry se afastasse, você lembra? – assenti novamente, as lembranças daquele dia eram claras como água – Ele não conseguiu ir contra o meu pedido, assim como quando acontece com você. O meu pai foi um Alfa, mas não um Black.

Franzi o cenho.

— Você é uma agora... talvez...

Ela me cortou.

— Talvez eu esteja grávida, Jacob. E eu sei muito bem que nós precisamos conversar sobre isso. Mas não agora! – levantou-se e se aproximou de mim hesitante – Sete dias. É tudo que eu posso pedir. Assim que voltarmos iremos até o Carlisle tirar a dúvida.

É claro que a minha vontade era pegar o primeiro avião e voltar para Forks o mais rápido possível para confirmar a veracidade de suas suposições. Não podia negar que assim como ela me senti esperançoso e assustado.

Segurei o seu rosto entre minhas mãos quando estávamos próximos o suficiente.

— Sete dias.

 

 

 

 

 

********

 

 

 

 

 

Carly.

 

Jacob cumpriu com sua promessa. Não voltamos a tocar no assunto depois daquele dia, realmente aproveitando tudo o que aqueles dias de férias podiam nos oferecer longe de todos os problemas do mundo. Uma vez ou outra deixávamos escapar algum pensamento sobre as nossas suspeitas, que se tornavam mais concretas a cada dia, mas não precisávamos de muito mais do que olhares para entender que aquele era um assunto à ser deixado para depois. Assim que o avião anunciou a chegada no aeroporto de Port Angeles Jacob acordou, apertando-me ainda mais em seu abraço.

Sorri mostrando os dentes e ele retribuiu.

— Tudo bem? – perguntou quando nos levantamos para o desembarque.

— Sim, tudo bem.

— Você precisa de mais tempo, amor? Eu posso lidar com a ansiedade por mais alguns dias.

— Não, Jake. Está tudo bem mesmo. Estou pronta! – lhe garanti.

O sorriso cresceu em seus lábios e ele beijou a minha mão, entrelaçada na sua, enquanto empurrava o carrinho com nossas malas com a outra. Todos sabiam que aquele era o dia previsto para o nosso retorno, mas não informamos o horário ou tampouco deixamos que alguém nos buscasse no aeroporto – o que não parecia ser má ideia depois de passarmos praticamente uns quarenta minutos dentro de um taxi até que estivéssemos novamente em nossa casa. Deixamos as malas no canto da sala de estar, haviam coisas mais importantes da qual deveríamos tratar no momento. Busquei a chave da moto de Jacob pela casa, lhe entregando em seguida, bastou um simples olhar para que entendesse o que eu queria dizer.

— Vamos logo – ele disse, me puxando para fora de casa.

O caminho até a casa dos Cullen não era demorado, principalmente se estivesse sob uma moto com um ansioso Jacob Black pilotando. Fomos recebidos por Esme e Carlisle parados no topo da escada da mansão.

— Oi, querida – Esme me envolveu em um abraço fraternal – Alice previu que viriam, só não soube nos dizer o motivo, sua visão estava bagunçada.

Sorri em resposta.

— Onde estão todos? – perguntei receosa.

— Estamos sozinhos – respondeu.

Talvez fosse melhor assim.

— Ótimo – Jacob sussurrou – Precisamos de ajuda, Carlisle.

— Entrem, por favor – o doutor pediu.

Jacob se deu ao trabalho de contar tudo ao médico, enquanto eu dedicava total atenção a roer minhas próprias unhas e bater o pé em um ritmo chato e incapaz de ser interrompido no chão da sala. Podia sentir o olhar curioso de Esme pairando sobre mim, mas não conseguia retribuir. O vampiro pediu que eu o acompanhasse até a pequena sala improvisada que havia aperfeiçoado para cuidar de Renesmee.

Apertei meus olhos com força quando senti o gel gelado entrando em contato com a minha barriga, buscando coragem para reabri-los. Sabia que Jacob e Esme também estavam no local.

— Carly – o doutor chamou com a voz calma.

— Sim?

— Você está bem? – perguntou.

— Sim.

Eu ainda permanecia com os olhos fechados.

— Jacob? – lhe chamou.

— Estou bem – garantiu.

— Ouçam – pediu.

Concordei com um aceno.

O silencio foi substituído por batidas rápidas de um coração, fazendo com que eu abrisse meus olhos rapidamente, encarando a tela ao meu lado.

— Ele ainda é muito pequeno, infelizmente não consigo saber o sexo ainda – disse me lançando um sorriso. Jacob se aproximou com um sorriso enorme nos lábios e uniu as nossas mãos, mesmo que seus olhos não saíssem na tela, ou melhor... do bebê. O nosso filho. Meus olhos arderam fortemente e eu mordi os lábios com força assim que o barulho do coraçãozinho cessou, encarei Carlisle procurando respostas – Ele está ótimo.

Sorri em resposta, incapaz de responder.

Sentia que podia explodir a qualquer momento.

Carlisle desligou os aparelhos e nos deu licença junto com Esme.

Enrolei meus braços no pescoço de Jacob, deixando com que ele me apertasse contra o seu corpo.

— Você está feliz? – perguntei.

— Muito. Acho que nunca estive tão feliz.

O puxei para um beijo rápido.

— Eu amo você, Jake.

— Eu amo você – sua mão que antes estava alojada em minha cintura parou em frente ao meu corpo, tocando a barriga sob a blusa fina – Vocês.

Não consegui conter as lágrimas que desceram pelo meu rosto.

— Isso é uma droga – murmurei e ele riu.

Fomos afastados de nossos pensamentos com uma batida rápida na porta da sala. Me afastei de Jacob encarando o olhar cauteloso de Edward... ele estava sozinho.

— Eu odeio ser um estraga prazeres – disse.

— Mesmo?! – Jacob provocou ironicamente.

— Nós precisamos conversar – decretou.

Franzi o cenho sentindo o peito apertar.

— O que houve? – perguntei.

— Alice teve uma visão – adentrou na sala com Carlisle ao seu lado.

Seus olhos dourados estavam presos em mim.

— O que pode ser tão ruim a ponto de deixá-los com essa cara? – perguntei tentando soar mais divertida.

— É o Riley, Carly – meus olhos saíram para fora de orbita ao ouvir suas palavras – Ele está voltando.


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Notas finais do capítulo

E então? Ansiosos? Contem-me o que acharam!!



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