Fique sempre ao meu lado escrita por Bela Mcgarden


Capítulo 6
Curiosidade 6


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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(Levy on)
"Certo acho que não tem ninguém me seguindo" saio de trás de um poste mal iluminado e sigo andando calmamente pela rua escura, paro de frente à uma casa de dois andares, feita de tijolos parecendo meio velha e mal cuidada com trepadeiras enraizadas na construção, luzes saem da janela juntamente com conversas a toda sorrindo, passo pelo velho portãozinho enferrujado com um rangido sigo pelo caminho de erva-daninhas subindo dois degraus e bato na porta, logo ela se escancara mostrando um grupo de cabeças saindo do batente da porta rapidamente sou puxada por um grupo animado de crianças.   (Levy off)                                                                                  

(Gajeel on)

— Então este é o lugar onde a baixinha escapa a noite – saio do meu esconderijo atrás de um beco observando a modesta casa de dois andares que a baixinha entrou, me aproximo nas sombras tentando localizar uma placa ou algo do tipo com o nome “ali” estreito o olhas para ler “Orfanato da Sra. Polyushka, hm o que ela faz lá” decido ficar esperando ela sair, o que parecia minutos começa a virar horas, bocejo me incomodando com sua demora “cansei depois eu pergunto mesmo que ela minta” me desencosto da parede, volto correndo para uma esquina em que estive antes espichando a cabeça coberta pelas sombras olho diretamente para o prédio que tem a porta escancarada por um bando eufórico de crianças que pulam ao redor de uma figura de capuz “baixinha” minha cabeça alerta, ela sacode a mão saindo pelo portãozinho seguindo para uma rua mal iluminada um sorriso maldoso se ergue em meus lábios “essa é minha chance, ela vai ficar tão surpresa a me ver gihihi” saio da escuridão me esgueirando pela rua seguindo seu trajeto. (Gajeel off )

(Levy on)

Aceno para as crianças que se amontoam na porta do orfanato, um sentimento leve e quente aquece meu peito sorrio com facilidade olhando para eles enquanto saio do recinto, me movo nas sombras até chegar a uma bifurção entre duas ruas onde é banhada de sombras a mau iluminação desformando as coisas adiante, medo se desenrola no meu estomago roubando o calor do meu peito estremeço de leve sentindo o cheiro de urina entro na escuridão com passos firme em constância bem administrada enquanto ajusto minha visão pisco algumas vezes tentando estar atenta algo vejo, bato de frente com algo duro dou um gritinho que mais parece um guincho dando alguns passos para trás olho para frente vendo três sombras se destacarem na escuridão.

— Olhem só o que caiu do céu – diz um homem esquio dando um passo para frente onde dou dois para trás colocando um hiato entre nós – você deveria tomar cuidado anjinho.

Vejo pelo canto do olho algo se mover a minha direita viro para o lado vendo outro homem este meio baixo e rechonchudo que se aproxima devagar.

— É perigoso andar por uma rua escuro como está – o primeiro continua, me viro para correr dando de cara com o terceiro que é parecido com o primeiro olho rapidamente para cada um que se aproxima de forma presunçosa e maliciosa.

— É você pode encontrar demônios maus circulando pelas ruas – pronuncia o homem rechonchudo soltando um bafo fedendo a cerveja barata chegando mais perto pânico me consome quando bato as costas nas  pedras frias do muro “estou encurralada”.

Começo a tremer amaldiçoando o meu corpo por ser trairá o líder do grupo percebe trocando de lugar rapidamente com o rechonchudo ficando de frete para mim se aproximando cobrindo meu corpo com sua sombra vejo seu rosto se contorcer em um sorriso que me dá nojo.

— Esta com medo anjinha? Não se preocupe nos cuidaremos muito bem de você – seus olhos se insinuam pelo meu rosto brilhando com volúpia enquanto vejo sua mão se aproximar para o meu colarinho lagrimas pinicam nos meus olhos que fecho com força contendo a respiração minha mente em caos sussurra um nome que ecoa pelo meu crânio com os lábios trêmulos sinto sua respiração esquentar o meu rosto frio, contraindo a boca mexo os lábios dizendo sem palavras seu nome “Gajeel”

A quietude do lugar é cortada com o som de carne contra metal e cheiro metálico, abro hesitantes olhos me deparando com a cena sem folego.

— Lamentável suas mães não lhes ensinaram a como tratar uma dama? – a ironia carregada pela brisa fria atrai meu olhar para um par de orbes rubro que pareciam labaredas de fogo brilhando na escuridão da noite, seus piercings reluzindo na luz da lua lhe dando um ar horripilante.

            Olhei de esguelha para o líder do trio que parece ter desfalecido no chão o nariz jorrando sangue, sua bochecha e olho começando a ganhar um tom errado de roxo, os outros dois homens restantes treminhão violentamente um deles parecia ter urinado em suas roupas e o outro parecia a uma respiração de distancia para se juntar ao outro no chão, Gajeel da um passo determinado desembainhando sua espada girando o cabo em uma das mãos com um ar presunçoso e ferino apontando para um dos dois beberrões.

— Eu sugiro que se ainda tenham amor á própria vida saiam daqui, se não quiserem que eu pinte o chão com os seus sangues – diz em tom de desdém aumentando tom no começo depois normalizando enquanto fica maneando a espada, seu tom frio e ameaçador me pegam de surpresa faria qualquer um com juízo correr ate o próximo continente, mas não tenho medo, na verdade sinto a vontade de me aproximar, por que estou sentindo isso?

Os dois homens não se demoram se para partir em um desespero palpável deixando o primeiro ainda estirado no chão. O som de metal se deslocando juntamente com um clic ruidoso do metal.

— Tcs patético, nem mesmo levaram o companheiro deles – passos ressoam nas pedras da rua aumentando ao se aproximar de mim levanto o rosto para olhar para a sentinela de cabelos rebeldes, mais rápido do que eu podia prever ele pega no meu pulso e me puxa ficando próxima do seu rosto.

— O que acha que estava fazendo? – ele rosna para mim com os olhos em chamas quentes e não frias como antes, mordo o lábio sentindo a raiva crescer junto com arrepio pela minha coluna, o que é isso? Respiro fundo e o olho focando minha raiva nele, reclama da falta de etiqueta daqueles homens, mas não se mostra muito longe no quesito educação, prefiro muito mais um você esta bem? Do que isso.

Puxo o braço da mão dele dando um passo para trás cruzo os braços, levanto o queixo e separo as pernas fitando com uma raiva glacial.

— O que esta fazendo aqui? – pergunto.

Ele dá um passo para trás.

— A proposito de nada por te salvar princesa— não deixo sua ironia me abalar, levanto mais o queixo e formulo uma expressão distante e fria.

— Não me lembro de ter pedido sua ajuda – rebato

 - Tem razão – levanto uma sobrancelha incrédula – mas francamente gostaria de ter ficado a mercê deles?  Não precisa responder a resposta é obvia.

Olho para a bota constrangida, como ele pode ser tão arrogante e cheio de si? Droga isso é tão infantil.

— Talvez devesse – sussurro, sem conseguir pensar e nada mais inteligente para falar. Ergo a cabeça vendo descrença em suas feições. Ops.

Fujo do seu olhar começando a me mover para ir embora sobre o olhar hipnótico da lua, a nevoa que parece fantasmas dançando pelos becos e transitando como pessoas no meio do dia a temperatura começa cair devagar alcançando meus ossos estremeço com o arrepio que parece dançar em minha pele, outro arrepio se acende em meu corpo causado por uma mão quente em meu antebraço me parando no lugar, Gajeel dá um rodopio ficando de frente para mim com a mão no meu antebraço me puxa para ficar próximo do seu rosto nossas respirações virando nuvens condensadas se entrelaçando.

— Primeiro – sua voz soa baixa e firme com uma ordem – não seja inconsequente em sair sem uma escolta estarei à disposição em te acompanhar – reviro um pouco os olhos fugindo do fogo que brilha em seus olhos – segundo, vou te acompanhar ate o castelo. Ele solta o meu braço e se vira.

— Isso não é negociável, se quer manter seu segredo em silencio sugiro não me contrariar – tricô os dentes irritada, abro a boca para responder, mas ele já se encontra longe a raiva aquece meu sangue que ressoa em meus ouvidos junto com as batidas rápidas do coração, bato os pés descongelando a roupa gelada caminhado de encontro ao poste rude.

(Levy off)

(Gajeel on)

O que ela estava pensando ao dizer aquilo? Indaguei-me enquanto a observo andar a passos largos impaciente e arisca com os punhos fechados  inconscientemente volto ao momento anterior, eu podia sentir a raiva ferina encobrir minha língua e administrar uma quantidade de ira em minhas veias.

Irei-me ao ver a cena, irei-me ao vê-la em encurralada, irei-me ao vê-los a cercando com hienas, irei-me pela falta de cuidado dela... irei me por não ter chegado primeiro ate ela. Eu queria torcer os pescoços deles, queria gritar com ela, mas acima tudo queria protege-la.

Suspiro o cansaço físico e mental pesando os ombros, principalmente mental, as perguntas que meu cérebro se faz, de onde veem esses sentimentos?  Tento ignorar a pergunta focando-me a frente vendo o castelo ficar mais próximo pegamos uma rota não usada por ninguém a não ser a Levy e eu que foi descoberta recentemente por mim. O céu continua escuro, ao longe brilhos alaranjados se destacam na paisagem ficando mais visíveis pela nossa à proximidade logo estamos em questões de metros olho para a frente do portão vendo alguém com logos cabelos prateados e vestido florido rosa , seu rosto ganha nitidez ao aproximar me e ele parecia aflito.

— Levy – ela grita indo na direção da baixinha colocando os braços envolta dela em um abraço rápido a agarrando pelos ombros olhando nos olhos.

— Onde esteve? – pergunta, dou passo a frente ela me olha reconhecendo minha presença.

— Eu a encontrei perto de um orfanato na cidade. – Levy vira a cabeça bruscamente em minha direção dando-me um olhar mortal.

— entre majestade – a albina se pronuncia, colocando um dos braços entorno dos ombros da anã.

Vejo-a entrando pela entrada dos criados, “segura” suspiro aliviado e extremante cansado estico o pescoço estalando relaxando os músculos tensionados.

— Sir Gajeel? – ouço alguém me chamando as minhas costas, viro me dando de cara com uma sentinela.

— Sim? – pergunto indiferente.

— Por favor, me acompanhe – pede se virando andando para a entrada dos empregados o sigo alguns minutos depois sou levado por ele para um dos muitos corredores do castelo parando em frente a uma porta dupla de madeira de mogno com maçanetas douradas ele abre a porta como um livro entrando no quarto.

— Cortesia de vossa majestade o rei por salvar vossa alteza a princesa Levy Bedelia Mcgarden II.

Adentro o quarto observando o cômodo, composto de uma mesa me madeira de cerejeira, cadeiras da mesma madeira, as paredes  tem um tom azul quase cinza, uma lareira quase perto da porta onde entramos, uma cama de casal 2 metros de largura com um dossiê de madeira com quatro pilares do lado esquerdo quatro extensões de janelas conjuntas as roupas de cama eram de seda cor de ônix e escarlate, duas portas anexas na parede alguns metros da cama provavelmente a câmara de banho e outro o closet.

— Amanha alguém vira te chamar para comparecer a uma audiência com vossa majestade o rei – me viro o vendo andar ate a porta se vira segurando as maçanetas fechando a porta, completamente sozinho, cambaleio ate a cama e me deito sentindo os olhos pesarem junto com a dúvida que me ronda.

“O que vai me acontecer agora?”

                Algo morno esquenta o meu rosto abro os olhos devagar se acostumando com a claridade invasora no meu rosto, solto um bocejo alto, pisco, estico as braços sentindo-os pesados e tensos tento mesmo assim me esticar, solto um grunhido junto com os músculos gritando de dor, olho para o meu corpo estranhando o peso que me afunda junto ao colchão.

— Estou de armadura? – murmuro a garganta arranhando ao movimentar, franzo o cenho confuso “onde estou?” minha mente se confunde ainda mais quando sinto sobre a pele espalmada da mão ser ferida pelo lençol macio como seda, ergo um pouco a cabeça vendo não o lençol, mas a concha de seda escarlate brilhar na luz do sol.

            Levanto-me de forma abrupta fazendo a cabeça rodar, observa o quarto, os movíeis em tons de marrom e branco com listras ônix, os tons de cinza azulado nas paredes mais cinza do que azul na luz da manha, ouço uma batida oca na porta me ponho de pé rapidamente andando firmemente ate aporta.

— Sim? – pergunto.

— Sou a camareira senhor – relaxo ao ouvir a voz delicada do outro lado.

Coloco a mão na maçaneta fria a girando, uma moça baixa entra carregando uma bandeja em um dos seus braços uma muda de roupa doou alguns passos de distância, seus movimentos calmos e deliberados ao deixar a bandeja na mesa de madeira de cerejeira e as roupas na cama, sua cabeça esta baixa, mas vejo uma mecha branca se desprender do cabelo e balançar o ar, presa atrás da orelha por uma mão igualmente clara ela anda ate a porta dou alguns passos, mas logo ela volta a adentrar o cômodo com um par de botas lustradas.

— Coma e se vista, daqui 20 minutos alguém vira chama-lo e lhe levar para a sala do trono – ando até a porta.

— Obrigada senhorita – respondo fechando a porta.

— Não, eu que agradeço – ouço sussurrar. Sua voz me é familiar, mas de onde? .

20 minutos depois estou alimentado, limpo e devidamente vestido com um conjunto de calças, camisa e jaqueta abotoada ate o pescoço. Prendo o cinto da espada ao lado do corpo.

Uma batida soa na porta, passo a mão pelo cabelo o ajeitando da melhor forma possível, ando até a porta a abrindo por inteiro.

— Bom dia senhor Gajeel, como vem passado? – pergunta de forma zombeteira.

— Melhor que sua cara quando eu golpeá-la – respondo.

Jellal ri com gosto parado ainda a frente a porta, ranjo os dentes em resposta, logo as risadas acabam junto com o meu humor.

— O que faz aqui? – pergunto descrente pela invasão.

— O que acha? Vim acompanha-lo até a sala do trono – diz com um tom sóbrio sem resquício do humor animado de antes.

— Claro – respondo fechando a porta atrás de mim.

Hoje será um longo dia.  


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Notas finais do capítulo

Até a próxima



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