Cristais de gelo escrita por J S Dumont


Capítulo 12
Capitulo 12 - Medo


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal, é a J.S Dumont postando um novo capitulo de cristais de gelo para vocês, espero que gostem do capitulo, queremos pedir desculpas por não ter att quarta-feira passada, mas a Lunah está em sua semana de provas na faculdade e não vai poder att até quarta-feira que vem que é só quando acabará suas provas, eu estava numa crise de sinusite e atrasei todas minhas fics porque fiquei de cama, mas agora estou de volta, e na proxima quarta-feira ela volta e att o capitulo 13, tomara que gostem mais uma vez, e peço por favor, que comentem nesse capitulo, e favoritem quem não favoritou para nos ajudar!!! e se puder recomendar também nos deixaria muito felizes, bgs bgs:*



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12. Medo

Não é nada fácil subir em um cavalo sozinha, tudo bem que Peeta me ajudou, mas mesmo assim eu sabia que teria que controlar aquele cavalo sozinha, já que Peeta dessa vez iria estar em outro cavalo, e só de pensar nisso meu coração estava dando pulos, eu estava morrendo de medo do cavalo olhar para trás para se coçar com a boca, pois sempre quando ele faz isso eu tenho a impressão de que ele vai me morder. Eu me sentia uma idiota, ainda mais porque Annie e Finnick subiram com a maior facilidade em seus cavalos, Annie estava num cavalo branco, é uma égua, que tem o nome de Pietra, Finnick está num cavalo marrom, é também uma égua, a Estrela, eu estava no Simão e já Peeta no Trovão.

Annie e Finnick cavalgavam um pouco mais a frente, já Peeta e eu íamos um pouco mais devagar, mas sei que Peeta ia mais devagar com seu cavalo por causa de mim, ele parecia preocupado comigo e com razão, pois eu estava morrendo de medo do cavalo se endoidar e sair correndo comigo em cima.

— Calma, você está indo muito bem... – Peeta falava do seu jeito amável, eu sorri para ele forçadamente e depois voltei a olhar para o cavalo, ele andava bem devagar e meu corpo ia para frente e para trás, seguindo o ritmo do movimento do cavalo, não era ruim, mas eu não sabia porque eu não conseguia me acostumar a ficar em cima dele.

Todo mundo estava seguindo Annie, ela nos levou até a plantação, andamos um pouco nela e depois seguimos para o lago, lá, ela parou um pouco com cavalo e desceu.

— vamos ficar um pouco aqui... – ela pediu, e então Finnick também desceu do seu cavalo, eles afastaram-se indo até um tronco de uma arvore, conversando um com o outro, eu observei eles pararem um na frente do outro e continuarem com a conversa, em alguns momentos eles riam, parecia que até tinham se esquecido de que Peeta e eu estávamos ali.

 Eu continuei em cima do cavalo, junto de Peeta, olhamos um para o outro, e ao mesmo tempo demos de ombros.

— Bom, vamos esperar a vontade dos pombinhos... – Peeta falou num tom brincalhão e depois desceu do seu cavalo, ele me ajudou a descer do meu, e assim como Finnick e Annie fizeram, ele prendeu os cavalos num galho de uma arvore, e então aproximamos do lago, mas mantivemos certa distancia de Finnick e Annie para dar privacidade a eles.

— Olha só, Finnick vem me visitar, mas em vez de ficar junto comigo, fica se engraçando, jogando charme para cima da sua irmãzinha... – eu falei, cruzando os braços.

Peeta deu risada.

— Ah não vai me dizer que está com ciúmes do Finnick, por acaso tenho que me preocupar com isso? – ele perguntou, eu o olhei com as sobrancelhas franzidas.

— Finnick é só meu amigo! – eu disse.

— Sim ele me disse! – ele falou, e então sentou-se na grama, eu sentei do lado dele, ainda olhando-o fixamente.

— Ah, então ele ainda foi se explicar para você... – eu falei, ainda olhando-o com as sobrancelhas franzidas.

— Na verdade fui eu que perguntei... – ele respondeu, olhando para mim, continuei encarando-o com o coração disparando, enquanto observava Peeta escorregar seu corpo para mais perto de mim, e colocar sua mão por cima da minha.

— Peeta... – eu comecei.

— Calma, eu sei o que você passou Katniss, e eu não vou forçar a barra com você, eu vou esperar você estar pronta para se envolver novamente com outra pessoa, eu sinto que você tem medo e não é para menos, eu imagino o quanto você sofreu na mão daquele canalha, mas eu te juro Katniss que vou te proteger e não vou deixar ele nunca mais tocar em você... – ele falou, apertando a minha mão, eu fiquei olhando para ele impressionada com as palavras dele.

Depois de alguns segundos digerindo aquilo tudo eu senti vontade de chorar, ele era tão perfeito que ás vezes eu não acreditava que ele é real.

— Como você pode existir? – perguntei. – Ou melhor, como você pode gostar de mim?

— Por que eu não ia gostar de você? – ele perguntou, olhando-me fixamente.

— Eu sou cheia de defeitos, eu sempre te maltratei e... – eu desviei o olhar para o chão. – E agora, estou cheio de traumas também... – eu disse, soltando a minha mão da dele, e fixei os meus olhos no lago.

— Você é uma ótima pessoa Katniss, sempre foi... Você só precisa acreditar mais em si mesma! – Peeta disse e então voltei a olhá-lo. – Eu sei que você é insegura, que você acha que só é um rosto bonito e nada mais do que isso, mas não é verdade Katniss, eu sempre consegui enxergar muitas coisas a mais em você, e sei que você pode fazer muitas coisas, você é muito inteligente, só precisa querer, eu tenho certeza que você irá longe e conseguirá conquistar todos os seus objetivos...

— Esse é o problema... Eu não sei o que eu quero, eu não sei qual é o meu objetivo! – eu assumi a ele.

— Mas eu tenho certeza que em breve, você irá descobrir, você tem muito tempo para isso... – ele disse, e então sorriu para mim e eu sorri de volta para ele também. - E referente aos seus traumas, eu tenho certeza que o tempo vai fazer todas essas feridas cicatrizarem... – ele disse, enquanto acariciava meu cabelo, fiquei olhando-o fixamente e por um momento quase que não aguentei as lágrimas e por pouco elas não começaram a cair, mas me segurei, tanto que meus olhos até arderam. – Nada que o amor para superar qualquer dor que você possa estar sentindo, agora...

— Amor... – eu repeti a palavra, sentindo o coração disparar, esse tal do “amor” me dava muito medo.

— É, o amor! – ele concordou, colocou o braço sobre meu ombro e me deu um demorado beijo no rosto, meu coração disparou ainda mais, e fiquei alguns segundos segurando a respiração, enquanto meus olhos subiam até pararem no rosto perfeito de Peeta.

— E então, vamos fazer o caminho de volta? – ouvimos a voz de Annie perguntar, fazendo nós nos afastarmos rapidamente para olhá-la, voltamos a nos entreolhar e depois levantamos no chão.

— Eu não posso voltar andando? – eu sugeri a Peeta.

— Não, não, agora que você está avançando? Qual é Katniss, logo você pode se tornar até uma amazona! – ele falou.

— Haha, até parece! – eu disse, revirando os olhos, ele deu risada e fomos em direção aos cavalos.

+++

Quando Finnick foi se despedir da gente para ir embora, eu fiquei um pouco triste, pois foi tão rápido a visita dele que acabamos conversando muito pouco, ainda mais porque ele ficou mais interessado em ficar perto de Annie do que bater papo comigo, mas eu o entendia, ele havia se interessado por ela, ele com certeza queria aproveitar o momento para tentar uma aproximação, além do mais, pensando bem, se os dois ficassem com certeza eu o veria bem mais.

— Bom, foi bom te ver, embora você tenha ficado mais com a Annie do que comigo! – eu disse o acusando, ele riu e eu ri com ele.

— Não seja ciumenta, eu volto logo... – ele disse, depois olhou para os lados e se aproximou um pouco mais. – Eu peguei o numero da Annie e vamos nos ver de novo no fim de semana, já pensou posso namorar a irmã postiça do seu futuro namorado!

Eu o olhei com as sobrancelhas franzidas.

— Quem disse que Peeta e eu vamos namorar?

— Isso está tão obvio, não queira enganar o seu melhor amigo... – ele disse, sorriu para mim e me deu um abraço. – Aliais, ele estava morrendo de ciúmes de mim, até eu explicar para ele que somos melhores amigos e claro ele perceber que fiquei afim da irmã postiça dele! – ele acrescentou falando no meu ouvido, depois me soltou, e trocamos sorrisos. – Não fica com medo, dê uma oportunidade ao amor... – ele disse e em seguida se afastou para se despedir do seu futuro sogro.

Depois que Finnick foi embora, eu fiquei um bom tempo pensando no que ele falou, eu fiquei alguns minutos na varanda, bebendo uma caneca de chá e observando o por do sol, eu já havia me acostumado com a calmaria do local, com certeza se eu fosse embora e voltasse para cidade grande eu iria sentir falta de todo esse silencio.

Peeta tinha ido com Joshua e Rick até o estabulo, ver um cavalo que parece que machucou a pata, na sala de estar estava á família Mellark, reunida, as crianças estavam assistindo desenho, a senhora Lourdes estava fazendo crochê, Annie e Rose estavam conversando, provavelmente sobre Finnick, Molly estava na cozinha, ajudando as empregadas prepararem o jantar. E eu estava ali sozinha na varanda, eu suspirei, terminei minha caneca de chá e voltei para sala, olhei para elas e sentei, ao lado de Lourdes. Ficamos um ou dois minutos caladas, até que Lourdes puxou assunto comigo:

— Sabe, eu fiz um monte de roupinhas para Peeta quando ele era criança... – Lourdes comentou, eu sorri para ela.

— E a senhora tá fazendo o que agora?

— Ah é uma roupinha também para uma filha de uma vizinha minha, ela vai ganhar bebê mês que vem, como eu adoro crianças, e você minha filha, ainda não tem filhos?

— Não! – eu disse.

— Ah, mas se você se casar com o meu neto, eu espero que vocês não demorem a ter filhos, ele gosta muito de crianças... – ela disse, e no mesmo momento eu senti meu rosto corar com a insinuação dela.

— Ele já tem dois, eu acho que não precisamos ter pressa! – eu disse, e só então eu me dei conta de que eu não disse a ela que Peeta e eu não temos nada, muito pelo contrário, eu falei de uma forma que dava a entender que temos alguma coisa.

— Ah mais eles já estão grandinhos, queremos um bebe pequenininho... Quem sabe uma menininha agora? – ela disse.

Eu sorri, mas fiquei calada, olhei para as crianças e vi que elas estavam distraídas assistindo desenho na televisão, logo depois pensei como a família de Peeta eram adiantadas, Peeta e eu ainda nem tínhamos dormido juntos e eles estavam já falando de filhos, apesar de que eles ainda não sabiam qual era o tipo de relação que Peeta e eu tínhamos de verdade.

— A senhora não acha estranho? – perguntei, olhando para Lourdes. – É, pensar em Peeta e eu juntos? Porque ele agora que começou a se divorciar...

— Esse casamento já não existe há muito tempo minha filha, na verdade nunca deu certo de verdade, posso ser sincera? – ela perguntou, e eu concordei com a cabeça. - Eu quero que meu neto seja feliz, e sei que ele gosta de você, consigo ver nos olhinhos dele, faz muito tempo que aqueles olhinhos não brilhavam dessa forma, isso é amor, é fé, fé de que dessa vez ele irá acertar! – ela disse, sorrindo marotamente e continuou com seu crochê, eu engoli um seco, e desviei o olhar, fiquei olhando alguns segundos para o chão, em seguida pedi licença a ela e me levantei, ainda pensando e pensando no que eu havia escutado.

Entrei no meu quarto, fechei a porta e fui até a janela, fiquei observando o lado de fora, até avistar Rick e Peeta aproximando-se da casa grande, eles entraram e no mesmo minuto meu coração disparou, eu me afastei da janela, e fui até a cama, sentando-me nela.

            O meu celular então tocou, o peguei e vi que era Finnick me ligando, peguei o meu celular e atendi.

—Já está com saudades? Você acabou de ir embora!

— A Annie falou de mim?

— Ah claro, me ligou só para falar dela, muito legal, nem me pergunta se está tudo bem!

— Eu sei que você está bem, depois do que você viveu ao lado de Cato, agora você está no paraíso! – ele disse, é isso eu não podia negar. – E então, ela perguntou de mim?

— Eu não falei com ela depois que você foi embora! – eu disse.

— Não tem como você dar uma de social e conversar com ela? Saber o que ela achou de mim e tal!

— Eu vou pensar se você merece...

— Ah Katniss, por favor!

— Tá, tá, eu vou ver o que eu posso fazer... – eu disse, e sorri, a porta no meu quarto então se abriu, olhei rapidamente para ela, e então avistei Peeta. – É, nos falamos mais tarde, tchau...

— Hei Katniss... – ele começou, mas mesmo assim, eu desliguei, voltei a olhar para Peeta.

— É, era o Finnick, já queria saber o que sua irmã achou dele! – eu disse, e só então me dei conta que eu já estava dando explicações para ele.

Ele sorriu para mim.

— Um ficou gamadão no outro né? – ele disse, e então entrou no quarto.

— É o que parece, é, e o cavalo como está? – perguntei.

— Está tudo bem, não foi nada de grave não! – ele disse.

— Que bom! – falei.

Nós nos olhamos por alguns segundos, até que ele disse:

— Iai, vamos jantar? – ele perguntou, sorrindo concordei com a cabeça.

+++

Durante o jantar, a família Mellark falou de Glimmer, eles estavam preocupados, porque ela não havia aparecido até agora, eles tinham decidido que logo de manhã iriam ir embora para irem á delegacia, falar sobre o desaparecimento dela.

Eles haviam decidido que as crianças iriam ficar com Peeta e ele pareceu ficar bastante animado com a ideia, ás crianças já estavam pedindo para Peeta leva-los a um monte de lugar.

— Você está preocupado? Será que aconteceu alguma coisa? – perguntei a Peeta depois do jantar, estávamos subíamos as escadas, e seguíamos em direção aos nossos quartos.

— Eu não sei, Glimmer é viciada, pode ter perdido a noção do tempo, mas quem sabe a policia não a encontre? – ele disse.

Eu sorri para Peeta.

— É ela deve estar bem! – eu falei, eu ainda estava com a consciência pesada, com medo de ela ter sumido por minha culpa.

Despedi-me de Peeta e entrei em meu quarto, e joguei-me em minha cama, fiquei pensando por alguns minutos, imaginando quanto Peeta deve estar preocupado com Glimmer, com certeza ele está disfarçando. Ele é um homem muito bom, e a bondade ás vezes trás consequências e também pode acabar destruindo a vida das pessoas. É mais ou menos isso que acabou acontecendo com ele, ele perdeu anos casado com uma mulher que nunca deu valor nem a ele e nem aos próprios filhos.

Fiquei ainda um bom tempo pensando, até que acabei pegando num sono. Acordei de madrugada com a impressão de que tive um pesadelo, porém ao despertar eu não me recordava do que havia sonhado.

Levantei-me e fiquei algum tempo andando pelo quarto, não demorou muito para eu me dar conta de que eu não iria conseguir dormir novamente, pensei no chá que tomei numa noite quando tive pesadelos e tive a ideia de ir á cozinha e beber chá novamente e também atacar a geladeira ás escondidas, afinal, eu estava começando a sentir fome, porém assim que abri a porta e sai do quarto, comecei a ouvir barulhos vindo de um quarto ali próximo, rapidamente lembrei-me da noite em que fui ao quarto de Peeta porque ele estava tendo pesadelos e acabei dormindo na mesma cama que ele. Mas os barulhos não vinham do quarto dele, mas sim de outro quarto, aproximei-me dele e vi que a porta estava entreaberta, então aproveitei para olhar para dentro do quarto pela brecha, e então eu avistei: Logan deitado na cama, abraçado com Molly ele chorava baixinho e Molly enquanto o abraçava dizia que tudo ficaria bem.

Meu coração disparou e eu fiquei na indecisão de se eu abria a porta e falava com eles, ou se eu seguia reto e ia para cozinha, eu fiquei meio receosa, mas a preocupação acabou vencendo e então abri a porta, e espichei a cabeça para dentro do quarto, Molly logo que me viu, sorriu levemente.

— Aconteceu alguma coisa? – perguntei a Molly.

— Pesadelos, ele costuma ter com frequência... – ela falou, sorri levemente para ela também.

Olhei para Logan, ele continuava agarrado em Molly e seus olhinhos estavam todos vermelhos, mas agora não escorria mais lágrimas, senti um nó se formar em minha garganta e meu coração apertou, era muito triste ver ele tão assustado, parecia que não era apenas Peeta que tem pesadelos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: O que acharam? comentem, por favor, até quarta-feira que vem!!!



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