Cristais de gelo escrita por J S Dumont


Capítulo 10
Capitulo 10 - Mais confusa do que antes


Notas iniciais do capítulo

olá meus amores tudo bem?
aqui é a Lunah e estou aqui postando mais um capitulo, eu sei é de madrugada já é quinta-feira, mas a correria não permitiu que eu chegasse antes, to aqui torcendo que gostem do cap. e peço que não deixem de deixar reviews, como tá muito tarde vou responder as reviews amanhã cedo, e quero também agradecer a Bia que deixou uma recomendação linda na fic, adoramos ela tantou eu quanto a J.S Dumont obg de coração, quem quiser mais deixar recomendação fiquem a vontade.
espero que gostem, beijinhos!



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10. Mais confusa do que antes

Quando acordei, eu notei que um vento frio estava invadindo o meu quarto, tanto que fez até os pelos do meu corpo se arrepiarem por completo, e então eu gemi, estremeci-me e me levantei da cama, fui até a janela para fechá-la, quando avistei Peeta do lado de fora, junto de uma das crianças, era o mais velho, Peeta estava com um taco de baseball e parecia estar ensinando o garotinho a jogar, eu não pude evitar sorrir. Peeta parecia ser um ótimo pai.

Fechei a janela e depois troquei de roupa, coloquei um vestido básico e sai do quarto, desci as escadas, indo até a sala de jantar, deparei-me com alguns integrantes da família de Peeta tomando café da manhã, era Annie, Lourdes e Rose, assim que me viram sorriram para mim. Senti o meu rosto esquentar, é eu tenho que confessar que estava meio envergonhada ainda com a presença deles, afinal, mesmo que Peeta insistisse que não, era impossível eu não sentir-me uma intrusa.

Afinal, eu sabia que a família Mellark estava passando por um momento difícil, era estranho, mas eu queria ajuda-los de alguma forma, mas ás vezes eu sinto que minha presença só atrapalha, afinal, Glimmer desapareceu depois daquela discussão com Peeta, e parte da discussão foi por minha causa, ela me viu, vai saber se não foi por isso que ela fugiu.

De inicio eu fiquei calada, apenas sentei na mesa e e enchi meu copo com suco de laranja, eu fiquei observando as três conversar, elas estavam falando sobre os cavalos e Annie disse que durante a tarde iria cavalgar, Rose pareceu ficar preocupada, disse que ela é meio atrapalhada e pediu para ela tomar cuidado com os cavalos, Lourdes falou que iria acompanha-la. Foi então que em um determinado momento elas olharam para mim, novamente senti-me envergonhada com os olhares delas, embora elas sorriam de maneira simpática, logo começaram a me fazer perguntas, tipo: Você era amiga de Peeta no ensino médio? A quanto tempo você está aqui? O que está achando do Recanto dos Cisnes? Etc... Etc... e Etc...

Eu apenas respondia as perguntas e logo depois notei o quanto eu estava sendo monossilábica, engoli o mais rápido possível a comida e fiquei aliviada, quando pude levantar-me da mesa e pedir licença, sai da casa grande desesperadamente, como se dentro daquele casarão eu não estivesse conseguindo respirar.

E então avistei Peeta brincando com o seu filho, Peeta arremessava a bola para Logan e o menino tentava acertar com o taco, assim que ele me viu ele sorriu para mim e acenou, eu sorri de volta e acho que o meu sorriso saiu meio abobalhado. Logo ouvi barulho de passos, alguém se aproximou de mim, virei para trás e vi que era Annie.

— Ele é um fofo né? Ama demais essas crianças! – ela comentou para mim e eu concordei com a cabeça.

— Eu acho muito bonito a relação dos pais com os filhos... – eu disse a ela.

— Você ainda não tem filhos? – ela perguntou para mim.

— Não, não sei se eu seria uma boa mãe! – respondi, voltando a olhar para Peeta e para o garoto.

— Eu acho que você seria sim... Aposto que você gosta de crianças! – ela disse, e então pensei no comentário dela, na verdade eu nem sabia se gostava ou não de crianças, pelo menos até o momento elas eram indiferentes para mim. Bom até agora, porque as coisas começaram a mudar, eu senti algo diferente quando conheci as duas crianças de Peeta, elas eram tão lindinhas e tão fortes, afinal, parecem ter passado por muitas coisas.

— Você quer cavalgar? – ela perguntou, olhei-a com as sobrancelhas arqueadas.

— Não, é, quer dizer, eu tenho medo de cavalos! – eu falei.

— Ah sério? – ela sorriu para mim e eu concordei com a cabeça. – Mas aposto que esse medo vai passar logo, quando eu voltar ao Recanto dos Cisnes você já vai estar cavalgando melhor do que eu...

Eu dei risada.

— Acho difícil, além do mais, eu estou aqui temporariamente, não vou ficar tanto tempo assim... – eu disse.

— Eu não tenho tanta certeza assim! – ela falou, e em seguida se afastou, voltando para a casa grande.

 Eu observei ela entrando na casa e depois me virei e voltei a olhar para os dois. Foi então que o mais novo, o Alex, saiu da casa grande e aproximou-se correndo de mim, ele parou na minha frente e me olhou com um sorriso lindo.

— Você é muito bonita, sabia! – Alex disse e eu sorri para ele.

— Sério? Obrigada, você também é um garoto lindinho! – eu disse, agachando-me para ficar da altura dele.

— Se eu fosse grande eu namoraria você... – ele falou e eu dei risada, dando um beijo no rosto dele.

— Você vai ter muito tempo para ter uma namorada! – falei para ele. - E aposto que vai ser mais linda do que eu...

Ele continuou sorrindo e depois se afastou, aproximando-se do Peeta e do Logan.

Cruzei os braços e fiquei ainda um tempinho olhando-os até que Peeta deu a bola para Alex, e ele começou a jogar em direção a Logan e ele tentava acertá-la com o taco.

Peeta então se aproximou de mim.

— Eles são umas graça! – falei para Peeta, enquanto sorria para ele, ele sorriu de volta para mim, ele parou na minha frente e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.

— É, eu os adoro! - ele disse, e soltou um longo suspiro. - Eles não mereciam passar por tudo isso, na verdade nenhuma criança merece... – ele falou.

— Mas agora eles estão seguros, eles estão com você! – eu falei.

— Mas por quanto tempo Katniss? – ele me perguntou, meu estomago embrulhou só de pensar que tudo isso é apenas temporariamente, se Glimmer aparecer ela vai querer os filhos dela de volta.

Eu queria falar alguma coisa para Peeta, algo para consolá-lo, mas não consegui, não venho nenhuma palavra de consolo que eu pudesse dizer, a não ser apenas: Vai dar tudo certo, você vai ver... Mas sei que essa frase não deve ter o ajudado muito, e me senti uma idiota por isso, logo Peeta voltou a dar atenção as crianças e eu voltei para o quarto.

Lá eu fiquei algum tempo olhando a fazenda pela janela, cheguei a avistar Annie e Lourdes andando de cavalo, e as crianças brincando com os cachorros, eu ainda fiquei um bom tempo também olhando para o céu, ele estava tão azul, sem nenhuma nuvem, era tão lindo.

Foi quando o barulho do celular me fez acordar dos meus pensamentos, aproximei-me dele e o peguei para olhar, eu tinha comprado um chip novo, mas ainda não havia trocado, vi que o barulho era devido a mensagens de voz, havia uma nova e provavelmente seria de Cato. Meu coração disparou, quando finalmente decidi escutar uma delas.

Acertei em cheio. Meu estomago embrulhou-se quando ouvi a voz dele, dava para perceber o quanto ele estava furioso, ele bufava e eu já imaginava aquele rosto pálido, completamente vermelho.

—...Você acha que vai ficar fugindo até quando Katniss? É melhor você voltar, porque quanto mais você demorar, vai ser pior para você...  – ele dizia na mensagem de voz.

Meu coração deu pulos, pulos e mais pulos. Achei que em qualquer momento sofreria um enfarto, quase que o celular caiu de minha mão, Cato me apavorava, mas parecia que agora eu sentia mais medo dele do que antes, eu sabia o porque disso, eu não estava com medo só por mim, eu também estava com medo pelo Peeta, ele é inocente em toda essa história, e eu estava pondo em risco a segurança dele, vivendo na mesma casa que ele e ainda mentindo para minha família dizendo que ele e eu temos uma relação amorosa.

Tudo era errado, eu sabia disso, mas eu não podia negar que eu gostava desse lugar, mas eu sabia que quanto mais eu vivesse aqui, mas difícil seria o momento de partir.

Decidi trocar o chip do meu celular, ouvir aquelas mensagens só me deixava ainda mais nervosa, depois liguei para Finnick para lhe passar o novo numero, ele disse que viria amanhã me visitar e pediu o endereço da fazenda. Fiquei receosa, mas acabei dando.

— Certo amanhã estarei ai... – ele disse para mim.

— É... Antes eu preciso dizer uma coisa! – eu falei.

— O que? – Finnick perguntou para mim.

— Quem é o meu amigo... – eu respirei fundo antes de continuar. – É o Peeta Mellark, o que estudou conosco...

— Está falando sério? – ele perguntou para mim.

— Sim... – eu disse e então Finnick deu uma risada.

— Eu sabia que você era afim dele, eu sempre soube, desde o ensino médio! Fala a verdade, vocês estão tendo um caso, não é? Por isso que você falou aquilo para sua mãe! – Finnick disse, e parecia bastante seguro do que estava dizendo e aquilo apenas me deixou ainda mais nervosa.

— Eu não estou tendo nada com Peeta tá legal, somos apenas amigos, alias se eu te contar tudo que está acontecendo... – eu falei e logo depois soltei um suspiro.

— Ué, tenho a tarde toda, pode começar a falar... – ele disse para mim.

Então eu tive que contar toda a história, desde o momento em que fui atropelada pelo Peeta, até eu conhecer a esposa dele a Glimmer, Finnick ficou um tanto surpreso com a história e chegou até a me repreender por eu ter preferido me hospedar em um hotel barato em vez de pedir ajuda para ele.

Ele disse que me veria amanhã, e então depois de trinta e cinco minutos de ligação, desligamos. Soltei um longo suspiro, enquanto sentava em minha cama e sentia minha cabeça girar e girar.

Tudo estava acontecendo rápido demais, eram muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, e aquilo me deixava cada vez mais confusa.

Isso fez com que eu ficasse pensando nesse assunto por um bom tempo, a noite eu permaneci quieta durante o jantar, mas senti-me bem em ver a mesa cheia de gente, me fazia lembrar quando eu vivia com os meus pais e com minha irmã, quando eu sabia o que era família e o que é ser feliz. Enquanto ouvia Lourdes contar histórias da sua época de adolescência, eu me lembrava desse mesmo momento, mas com outras pessoas sentadas a mesa, eu sentia falta deles, eu sentia falta de estar em uma mesa com eles e de os ouvir contarem histórias, eu sentia falta dos meus pais, da Prim, da minha família.

Éramos uma família feliz, até Cato entrar em minha vida e destruir tudo, e por culpa dele eu não sabia quando poderia ter eles de novo em minha vida.

Comi o mais rápido que pude, e logo sai da mesa, pedi licença e fui para o meu quarto, fechei a porta, mas não demorou muito para eu ouvir alguém batendo nela, eu me virei, ao mesmo tempo em que vi a porta se abrir e Peeta entrar.

— Katniss está tudo bem com você? – ele perguntou para mim. - Eu notei que você estava estranha no jantar, estava com uma carinha triste, aconteceu alguma coisa?

— É... Não... Eu estou bem! – eu falei, mas uma lagrima caiu dos meus olhos acusando-me de que eu não estava tão bem assim, enxuguei-a rapidamente enquanto desviava o olhar.

— Não, não está tudo bem! – ele disse, aproximando-se de mim, parou na minha frente e no mesmo momento meu coração disparou.

— É que eu só me lembrei da minha família, ás vezes eu sinto muita falta deles... – eu respondi, Peeta sorriu levemente para mim e pegou a minha mão.

— Eu disse que eles podem te visitar...

— Eu não acho uma boa ideia! – eu falei, e soltei um suspiro. – Eu não quero que Cato descubra que estou aqui, então é melhor manter distancia da minha família, só que um amigo meu vai vir amanhã aqui, espero que você não se importe...

— Amigo? – ele perguntou, eu olhei para ele com as sobrancelhas franzidas. – É só amigo, certo?

Eu sorri e nem sei o por quê eu fiz isso.

— Sim, é só um amigo! – respondi. – Finnick Odair, não sei se você se lembra dele!

Ele sorriu para mim.

— Ah sim, claro, ele parecia ser legal, embora não tivermos tido a oportunidade de sermos amigos no ensino médio!

— É, somos amigos desde a escola, e agora vocês podem ter essa oportunidade, se você quiser... – eu disse e ele concordou com a cabeça, ainda sorrindo.

— Se a presença dele vai te deixar mais feliz, será muito bem vindo... – ele falou e aproximou-se um pouco mais de mim.

— Eu estou feliz, como não estar feliz em um paraíso desses, mas, é que, você tem uma família incrível e acabei ficando emocionada com isso, faz muito tempo que não tenho a chance de ter momentos assim com a minha família, e nem sei se terei a chance de vê-los tão cedo... – confessei.

Peeta olhou-me por alguns segundos e em seguida deu um beijo demorado em minha testa, um gesto que me deixou meio confusa.

— Se você quiser a minha família pode ser a sua família também, e assim você nunca mais vai estar sozinha... – ele disse assim que voltava a olhar para o meu rosto, ele acariciou meu cabelo, e eu fiquei olhando-o fixamente, com coração disparando tanto que parecia que em algum momento iria explodir.

— Como? – perguntei, mas a voz quase não saiu.

— Você sabe como Katniss, você sabe... – ele sorriu para mim. – Tenha uma boa noite! – foi a única coisa que ele disse, antes de se virar e sair do meu quarto, deixando-me ainda mais confusa do que antes.

Continua...


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