Aquela declaração de Isabella tinha enfurecido Edward ainda mais. Sabia que seu aborrecimento não tinha pé nem cabeça, mais ainda estava possesso pelos acontecimentos na boate. Aquele seu novo negócio era de sua importância para o que estava planejando, mas devido aos últimos episódios teve que se retirar. Esperava que assim que chegasse em casa desfrutasse de momentos torrenciais com seu cisne. Precisava prova-la de todas as maneiras pra realmente entender que aquele fedelho filho da puta não significava nada para ela. Ainda sentia a raiva por ele ter tocado na sua mulher e o que mais o fazia fervilhar de raiva foi presenciar Isabella protegendo aquele desgraçado. Precisava afastar-se pra poder absorver o que aquilo significava pra ele. Em sua grande sala de estar, Edward encaminhou-se para o bar que se encontrava próximo as portas que davam acesso a sua varanda. Pegou um copo, despejou uma grande quantidade de liquido de cor âmbar que ele mantinha em sua bancada e encaminhou-se para o sofá. Estava tão concentrado em seus pensamentos que nem percebeu que havia tomado toda a bebida em tão pouco tempo. Estava se sentindo impotente, ainda mais por sentir que Isabella talvez ainda sentisse algo por Lian ainda. Com aquele pensamento, Edward sentiu a ira lhe dominar. Esse sentimento fez com que Edward arremessasse o copo contra a parede, que se espatifou em um milhão de pedaços. Só de pensar que Bella poderia ter outro homem o coração de Edward se contraiu dentro de seu peito.
Isabella assim que chegou no apartamento luxuoso de Edward , encaminhou-se direto para o quarto a que lhe pertencia. Não queria ir direto para o quarto do seu mestre e impor sua presença. Sabia que todo o acontecido na boate tinha tirado Edward do sério, principalmente sua defesa para com Lian. Bella não fez aquilo para protege-lo e sim proteger seu mestre. Sabia o quanto ele poderia ser implacável quando estava sobre acesso de raiva, já tinha o visto quando Brad tentou ataca-la, e aquilo não era nada agradável de se ver. Bella ficou se perguntando como uma noite tão animada com suas amigas tinha se tornado uma catástrofe total. Assim que terminou de tomar banho e vestir seu moletom surrado, ouviu um estrondo vindo da sala. A pesar de ainda esta meio bêbada devido a quantidade de álcool que ingeriu durante a noite não pensou duas vezes em se encaminhar pra aquele cômodo. Quando chegou na sala deparou-se com cacos de vidro espalhado por todos os lugares. Assim que se aproximou de Edward , Bella foi recebida por uma forma que ela jamais esperava.
— É melhor você tomar outro banho, porque ainda estou sentindo o cheiro do seu Lian daqui! – Aquele comentário foi um tapa na cara de Isabella , que não teve nenhuma reação a aquela declaração. – Você estava tão animada hoje à noite, agora eu sei porque! E ai como foi o seu encontro? – Sacramentou sarcasticamente. Bella podia sentir de onde estava o cheiro do whisky que ele havia tomado antes de ter arremessado o copo. Sabia que sua defesa a favor Lian havia ferido sua identidade de dominador, então preferiu relevar aquelas declarações do seu mestre, mas os próximos passos de Edward , atingiram Isabella em cheio. Mesmo Isabella ainda sobre o efeito do álcool aquela declaração de seu mestre a atingiu como uma tiro a queima roupa.
— Preciso sair ou vou acabar fazendo algo que me arrependerei depois. – Informou Edward encaminhando-se para porta.
O som da batida da porta atingiu diretamente o coração de Bella. Sua intenção era repelir uma briga entre os dois homens na boate, jamais foi em causar desconforto a ambos. Queria proteger seu mestre e também queria proteger Lian que ainda era seu amigo, apesar das ações desagradáveis que ele havia cometido com Bella, ele ainda era uma pessoa importante na sua vida. Ela não o via como homem, e sim como um grande amigo.
Após aquelas palavras serem diluídas pelo sistema de Bella, foi preciso de toda força do mundo para tentar não acreditar nelas. Isabella tinha plena consciência de como Edward ficava quando se chateava. Então pra sua saúde mental, preferiu acreditar que fosse um ataque de fúria. Ela até entendia essa desordem dos pensamentos do seu mestre. Isabella já entendia sobre os problemas de auto confiança que Edward possuía. Mas seu coração se entristecia quanto a falta de percepção de seu mestre com os seus sentimentos. A algum tempo Bella vinha pensando em escancarar seu amor por ele, mas ainda tinha medo da recepção que isso teria. Ficava com medo da reação de Edward e o quanto essa revelação poderiam afasta-los.
Ainda meio tonta pela bebida encaminhou-se para a biblioteca refinada que havia no andar debaixo. Não queria impor sua presença ao seu mestre enquanto ele estivesse com a cabeça fora do lugar e cego de raiva. Orava internamente pra que ele não demorasse a estar de volta. Precisava do seu senhor, até mesmo mais que o ar que respirava.
Assim que Edward saiu pelas portas de seu apartamento, pensou no quanto aquela noite tinha se tornado um tormento. Tinha planejado uma noite regado a sexo em estágio puro com seu cisne, e não sabia como as coisas tinham fugido de seu controle. Aqueles sentimentos que vinham corroendo seu coração quando presenciou sua Isabella com outro homem estava deixando Edward louco. Não conseguia entende-lo e o que ele causava não era nada agradável. Ainda estava puto da vida. Não estava conseguindo conter suas emoções. Assim que chegou a garagem dispensou seu motorista e encaminhou-se para seu Porsche 911, precisava sentir o vento batendo em seu rosto enquanto a velocidade lhe consumia antes de ter que voltar para boate e pegar o que a tempos vinha esperando.
Após algum tempo dirigindo, Edward chegou a boate. Precisava pegar o pacote que serviria pra mais uma de suas vinganças e mais do que nunca precisava resolver outro problema que havia aparecido sem que ele nem percebesse. Quando entrou na boate pelas portas dos fundos, pediu para um de seus seguranças procurar pelo doutorzinho de merda que havia ousado confronta-lo, acertaria de vez as contas com ele. Só a simples lembrança de vê-lo perto de Isabella novamente o enfurecia. Precisava de uma bebida para organizar seus pensamentos. Assim que alcançou a sala vip encaminhou-se para o bar.
— Um bourbon duplo sem gelo. – Pediu Edward ao barman enquanto aguardava seu indesejado convidado. Seus pensamentos voaram para Lian e Bella juntos e só aquela menção em seus pensamentos lhe causaram tantas emoções que nem sentiu a pressão que fazia no copo que chegou a quebra-lo. Edward estava tão envolto em seus sentimentos que nem percebeu o corte em sua mão. Um dos barmens logo lhe ofereceu um lenço para que ele se limpasse.
— Noite ruim? - Aquela voz doce sussurrando em seu ouvido Edward conhecia a distância. Assim que se virou, deparou-se com Batrice sua ex- terapeuta tomando o assento a seu lado.

— Nada que uma bebida não resolva. - Ele respondeu friamente, recebendo outra dose dupla do barman, e logo em seguida bebericando um gole do liquido âmbar que queimava sua garganta.

— Pensei que ia dizer que preferia uma noitada de dominação com sua submissa, a propósito onde ela está?- Beatrice sabia a resposta. Presenciou de longe o show que aquela ninfetinha havia causado, e conhecia Edward o suficiente pra saber o quão perturbado ele estava por não consegui conter sua menininha.

— Não é da sua conta Beatrice. - Ele não estava nada feliz em lembrar-se que não aproveitaria mesmo a noite ao lado de sua doce Isabella .

—Ouchn, essa doeu. - Beatrice bebeu um gole de seu absinto e insistiu. Ela tinha a sensação que aquela noite teria o que queria com Edward Dyster. – Somos amigos Edward , você sabe que pode conversar comigo! - Comentou ela

— Isabella está em minha cobertura. –Respondeu simples e objetivo. Realmente não tinha o porquê ser tão grosso com Beatrice, ela não era a culpada por seu descontrole.

— Está tendo problemas com ela? Você não me parece muito contente. - Com essa declaração, Beatrice se aproximou de Edward aproveitando para toca-lo nos braços. Adorava aqueles músculos, queria um pouco mais daquele homem no qual teve apenas uma noite, mas o suficiente para fazê-la o querer sempre.

— Isabella é diferente das outras submissas ao qual estou acostumado. Todas cediam rápido, mas ela parece querer me irritar e me excitar o tempo inteiro. – Declarou Edward . Sabia que aquele tipo de comentário era intimo demais, mas precisava desabafar suas frustrações com alguém.

— Deixe-me entender, ainda não tem um contrato firmado com a Isabella ? - Beatrice perguntou tocando bem na ferida de Edward . Dominik já havia comentado com ela sobre Isabella ainda não ter assinado o contrato que Edward sempre impunha a todas. Aquele simples fato de Edward ainda não ter imposto a Bella que assinasse o contrato, fez com que Beatrice confirmasse suas suspeitas. Sabia que aquela garotinha de uma figa havia alcançado o coração do homem que ela não foi capaz de alcançar. Mesmo com essa confirmação subliminar ela não iria desistir de alcançar os lençóis finos daquele homem que lhe causava uma grande ebulição . Já havia experimentado Edward na cama uma vez e nunca cansaria de leva-lo ao extremo quando tivesse oportunidade.

— Concordei em treiná-la e adequá-la as minhas necessidades. - Edward agora encara Beatrice. – Mas nunca pensei que fosse tão difícil disciplinar alguém. – Comentou com um ar cansado.

— Talvez você tenha errado no momento em que foi tão flexível. Devia ter imposto a ela desde o começo que assinasse o contrato e aceitasse seus termos. Só assim você realmente teria algum direito sobre ela e suas escolhas. – Comentou Beatrice, sobre o que Edward já sabia. Ele realmente precisava se impor. – Edward você tá agindo como um garoto molenga, sem experiência, ou será que você está apaixonado e está com medo da Isabella ir e não mais voltar? – Sacramentou Beatrice. Aquela última declaração da sua ex- terapeuta fez Edward num só gole beber todo o Bourbon que havia no seu copo. Aquela simples ação, fez a cabeça se Edward girar. Assim que tentou levantar sentiu tudo girando. Beatrice aproveitou esse momento e engatou um beijo desengonçado e Edward . A principio não ouve resposta, mas assim que o corpo de Edward ia se entorpecendo acabou correspondendo. Assim que suas mão alcançaram os cabelos de Beatrice e Edward percebeu que não havia a mesma textura dos cabelos sedosos do seu cisne, separou-se, empurrando Beatrice para longe dele. Não queria que aquilo acontecesse. E se sentiu mal por ter deixado acontecer. Queria era estar com seu cisne, aonde pudesse experimentar de seu corpo por completo.

Do andar de cima próximo ao escritório Edward não percebeu a presença de Rosalie. Por um momento passou pela sua cabeça sobre o quanto seria desagradável pra Bella saber o que havia acabado de acontecer. Edward tinha plena consciência dos sentimentos que Isabella nutria com relação a Beatrice e se xingou por ter feito aquela declaração antes de sair e deixa-la sozinha.

De cima Rosalie sacou o celular e fotografou a dupla que conversava no bar. Daquela posição e da disposição em que eles se encontravam, passariam perfeitamente por um casal. Pra Rosalie, Edward não valia nada. Sempre foi um mal caráter que se aproveitava das mulheres. E aquelas fotografias seriam seu triunfo, para desmascarar a figura de bom moço que seus familiares pintavam daquele ser desprezível. Ainda lembrava das ameaças que ele havia feito, quando havia aparecido em sua loja, com a intenção de faze-la desculpar-se com aquela cadela fingida e interesseira e pra sua alegria, clicou o beijo entre Beatrice e Edward no bar da boate. Ela percebeu a repulsa de Edward ao beijo, mas para ela pouco importava. O que mais ela queria era ferrar com a vida daquele canalha.
Assim que guardou seu celular na bolsa, imaginou possíveis possibilidades e agredir aquele filho da puta. Sacou novamente o celular da bolsa e enviou a foto para seu e-mail pessoal. Sabia de uma pessoa que iria amar ver aquela foto, e seria Edward o responsável por leva-la até ela.
Logo após Edward se afastar de Beatrice, foi interceptado por um segurança que lhe encaminhou pra uma sala afastada. Assim que entrou encontrou o ser que havia transforado seus planos e um maldito pesadelo.
— Olha se não é o cara tirado a valentão! Mais que precisa de segurança pra caçar outro cara, só porque não aguenta a concorrência! – Declarou Lian com todo sarcasmo que podia.
Edward estava espumando de raiva. Não queria dar o braço a torcer mas em certo ponto aquele medicozinho filho da puta tinha razão. Ele queria seu cisne só pra ele, e só de imaginar que alguém pudesse rouba-la seu coração se contorcia em seu peito. E aquele sentimento não era nada agradável.
— Olhe aqui seu garoto filho da puta, fica longe da Isabella ! Só estou te avisando. Caia fora enquanto ainda à tempo. – Declarou Edward ao homem em sua frente.
— Cara, você pode fazer o que for, eu não vou desistir da Bella. Se tu não tem culhão pra mantê-la contigo é um problema teu. Só que eu não vou desistir tão fácil assim dela, sabe porquê! Eu à amo e tenho a capacidade de faze-la feliz. – Esclareceu Lian – Já você eu não sei! A algum tempo atrás ela estava arrasada por algo que você fez, e a tristeza que eu vi nos olhos dela, não quero ver nunca mais. – Lian falou referindo-se ao jantar de ação de graças na mansão dos Dyster’s.
A menção de Lian a aquele triste episódio, fez Edward reviver aquele dias infelizes. Mas o que mais o enfureceu foi de ter percebido que naquele dia eles estiveram juntos.
— Sim... isso mesmo que você está pensando. Fui eu que a levei pra casa. Fui eu quem à acalantou enquanto ela se debulhava em lagrimas e fui eu quem pus um sorriso nos lábios dela! – Aquela declaração trouxe Edward a borda. A fúria lhe consumindo por completo.
— Você seu moleque, não sabe de nada! Não pode apontar nada e sabe porquê! a Isabella te pegou com outra lembra? Pegou você fudendo uma garotinha qualquer na cama que você usava com ela. – Aquela declaração de Edward fez Lian reagir. Sem nem esperar Edward foi atingido na boca com soco. Assim que se recuperou do golpe, sentiu um leve sabor de sangue em sua língua. Mesmo com a mão machucada Edward conseguiu atingir Lian no rosto tornando-o aquele embate um desastre ambulante. Aquela pequena sala tornou-se um octógono cheios de chutes e socos por todos os lados. Foram necessários alguns homens para separa-los.
Assim que Edward se pois de pé foi encaminhado por Emmetpara o estacionamento. Aquele estabelecimento eram deles e precisavam manter a ordem. Não era legal os proprietários entrarem numa briga. Edward por outro lado estava irado. Queria bater em seu irmão, por tê-lo tirado de lá. Queria mesmo era ter matado aquele moleque.
— Cara, acabou? – Perguntou Emmet– se acalma e vai pra casa! Vou pedir um taxi pra você. – Declarou Henry
— Não se preocupe, estou de carro. Vou dirigindo! – Respondeu Edward teimosamente.
— De jeito nenhum. Quantos Bourbons você bebeu? Além do mais você está super alterado. Vai pra casa, limpa esses machucados toma um banho e descansa. Seja lá o que aconteceu aqui hoje você precisa resolver. Não sair na mão como um garoto de gangue! – informou seu irmão. – Amanhã deixo seu carro na sua garagem. E se precisar conversar eu sempre estarei aqui. – Informou Emmetabraçando seu irmão. A muito não o via com aquele comportamento e preocupou-se sobre o motive pra tê-lo levado a aquilo.
Edward pediu que Frank ficasse na boate e pegasse o pacote enquanto ele foi de taxi ate o subúrbio onde conhecia muito bem, precisava descarregar sua raiva antes de voltar para seu apartamento.
Assim que adentrou em seu apartamento, Edward seguiu para seu quarto. Queria encontrar seu cisne e esquecer essa noite de merda que ele havia tido. Assim que entrou no amplo ambiente que era seu quarto encontrou-o vazio. Sem nenhuma menção de sua Isabella . Saiu e fechou a porta encaminhando-se para o quarto de hóspedes, mas também não obteve resposta. Caminhou por todos os cômodos do andar superior e não a encontrou. Já sentia o desespero de sua partida invadir seu coração, quando se encaminhou para o andar de baixo. Caminhou-se para cozinha encheu um copo d’água e ingeriu. Precisava acalmar-se e continuar procurando. Quando percebeu um som ambiente vindo da biblioteca.
Don't ask me(Não me pergunte)
What you know is true(O que você sabe que é verdade)
Don't have to tell you(Não tenho de lhe dizer)
I love your precious heart(Que amo seu precioso coração)

I (Eu)
I was standing(Eu estava parada)
You were there(Voce estava lá)
Two worlds collided(Dois mundos se chocaram)
And they could never tear us apart(Dois mundos se chocaram)

We could live(Poderíamos viver)
For a thousand years(Por mil anos)
But if I hurt you(Mas se eu machucasse você)
I'd make wine from your tears(Eu faria vinho das suas lágrimas)

I told you(Eu lhe disse)
That we could fly(Que poderíamos voar)
'Cause we all have wings(Porque nós todos temos asas)
But some of us don't know why(Mas alguns de nós não sabem por quê)

Assim que entrou naquele ambiente deparou-se com seu cisne adormecido em sua poltrona de couro cara. Apesar de ser confortável, não queria seu cisne em nenhum outro lugar que não fosse sobre seus lençóis. Assim que se aproximou de sua Isabella , Edward percebeu que ela havia chorado. Observou o inchaço que circundava seus olhos e a vermelhidão do seu nariz. E se repudiou por dentro por ser mais uma vez causador de sua dor.

Caminhando pelo ambiente, notou um caderno estranho com folhas amareladas e de capa de couro preto encima de sua mesa. Assim que se aproximou, reconheceu a caligrafia m desenhada de Bella, e as palavras que se seguiam trouxe várias emoções que Edward não sabia como lidar.

“ Nós nos conhecemos e você me ajudou a sair de um lugar destruído. Você me trouxe conforto, me fez apaixonar por você. Eu te coloquei no meu coração e assumi todos os riscos orgulhosamente e abertamente. E quando os tempos difíceis chegaram me certifiquei de ficar próximo a ti. Eu só preciso que você diga como se sente. Que fique comigo. Quero que você me ame mesmo que você não queira me amar ”

Aquelas palavras atingiram em cheio o coração de Edward , a palavra amor havia tirado o seu chão. Edward não conseguia parar de ler, precisava entender o que se passava na cabeça e no coração de Isabella então passou para as próxima página.

“ As vezes me sinto usada, outras vezes sinto sua falta. E eu não consigo entender no que isso vai dar. Eu quero sentir o seu beijo nos meus lábios, e esse tempo todo que estamos passando não consigo lhe dizer o quanto eu preciso de você. Eu te odeio mas ao mesmo tempo eu te venero. Eu não queria isso, mas não consigo colocar ninguém acima de você. Eu odeio te querer tanto, porque eu sei como você me quer e eu sei que nunca serei capaz de ser. Eu sinto sua falta quando vou dormir, ou no café da manhã... Eu sinto falta da sua companhia ao meu lado, das noites que estivemos juntos e que hoje já faz tanto tempo.
Será que você sente minha falta? Me deixei levar e acabei me apaixonando por você e as vezes me sinto tão cansada de tentar te demonstrar. Talvez se eu fizesse o que você faz comigo você enxergasse e acreditasse no que eu sinto. É por isso que eu escrevo, porque talvez você não se importe com os meus sentimentos. Só preciso que você não espalhe sobre o que eu sinto por você. Não precisa que ninguém saiba, pois se eu fosse sua, talvez você nunca me deixasse ir. ”

A cada letra escrita em cada página Edward sentia uma emoção diferente percorrer pelo seu corpo. Não sabia explicar o que estava sentindo ao ler cada palavra que seu cisne escrevera naquelas folhas. Não conseguia distinguir a quem elas pertenciam e o quanto elas significavam. Cada palavra atingia seu coração de maneiras diferentes, fazendo com que Edward não conseguisse parar de ler. Após percorrer por um caderno quase todo preenchido Edward deparou-se com as duas últimas páginas escritas. Na penúltima havia algo que fez com que o coração de Edward pulsasse mais rápido.

“ Não sei muito da vida, não sei muito sobre o seu mundo mas não quero ficar sozinha as minhas noites imaginando como é ou como seria. Você não sabe muito sobre meu passado, e eu não conheço nada do seu. Não tenho um futuro planejado, e talvez isso esteja indo rápido demais e talvez não seja feito pra durar. Mas quem sabe não vale a pena correr o risco? Talvez você precise pular de cabeça, mesmo sem saber se existe um chão firme lá embaixo, ou uma mão pra segurar ou até quem sabe o inferno pra pagar!
Eu só quero começar de novo, talvez você pudesse e tentar me acolher em algum lugar embaixo de sua pele.
E ai o que você me diz sobre correr esse risco? Mesmo sem saber onde isso vai dar.”

Aquela declaração fez os pelos do corpo de Edward se erriçarem. Refletindo sobre aquelas ultimas palavras, pensou que realmente precisava se jogar de cabeça, mas não antes de seu cisne assinar o contrato. Precisava daquilo sacramentado, pois era o que ele conhecia. Assim que passou para a próxima página escrita, deparou-se com os últimos rabiscos escritos. Eram tantas emoções transbordando do seu ser que era difícil explicar quais sentimentos eram.

“ Acho que é verdade, eu não sou boa em ficar só por uma noite, pois sempre preciso de amor, pois sou uma mulher frágil. Essas noites nunca parecem seguir com os planos. Eu não quero ir e nem quero que você vá embora. Preciso que você segure minha mão. Preciso que você fique comigo. Porque o que sinto eu sei o que é! Então fica comigo. Com você eu preciso de todo o meu auto controle, e bem lá no fundo eu sei que não vai funcionar. Bem que você poderia esquecer tudo e deitar aqui comigo, talvez assim eu não vá me machucar. Só queria saber porque você não quer ficar comigo. Eu sei que os sentimentos nem sempre são fáceis de enxergar, mas por favor fica comigo porque você quer e não por medo de me machucar. Me aceita pelo que eu sou, porque não sei se consigo mudar, tome de me o que eu posso lhe dar. Não quero ter que ir aonde você não me oriente a ir e não vou reprimir esta paixão que existe dentro de me, não vou fugir, nem esconder. Então não feche a porta e sim me deixa entrar. Preciso que você perceba o que há no meu coração, e derrube as barreiras que você criou e me deixe entrar.”

Assim que essas ultimas palavras foram lidas Edward se encaminhou a porta, dirigindo-se para sala aonde serviu-se de uma dose de whisky. Precisava refletir sobre o que havia descoberto. Necessitava de algum tempo pra compreender o que aquelas escritas significavam pra ele, e o quanto aquilo era real.

No entanto ela pareceu sentir da presença ali e despertou um pouco desorientada procurando pelo caderno que estava escrevendo a pouco tempo encontrando nas mãos de Edward .

— Você escreve muito bem. Ele comenta e Bella logo teme pelas coisas que escreveu ali serem interpretadas de forma errada por Edward .

— Obrigada, escrever poemas é um hobbie. Ela diz e ele coloca o caderno em cima da mesa sacando um cigarro, ele ainda estava estressado, então Bella tinha que ser cuidadosa.

— Onde estava? Ela perguntou aproximando-se dele, notando que ele estava com um machucado no canto da boca . – Ei o que aconteceu com você? Ela tentou toca-lo, mas ele se desviou.
— Por aí socando um idiota. Ele respondeu e Bella logo se preocupou, o que ele queria dizer com aquilo? – Ou talvez com tendo um encontro quente com meu passado. Isabella sentiu então o ciúme a cegar.
— O que você fez Edward ? Ela alterou um pouco a voz.
— Não se preocupe porque não foi a cara do seu protegido que soquei até ele perder a consciência. Edward havia saído da boate e voltado a um lugar que pensou que nunca mais voltaria, tinha ido a lutas clandestinas que o ensinaram muitas coisas, e uma delas foi o MMA, esta noite precisou descontar suas frustações em alguém que o não o denunciaria, teve uma boa briga com o atual vencedor do submundo das lutas clandestinas.
— Você está sendo um maldito cretino novamente. Ela esta prestes a partir para cima dele e estapea-lo como ele merece
— Exatamente Isabella Swan, estou sendo um idiota por aceitar que minha submissa proteja o bastardo que comeu ela antes de me. Isabella então desferiu um forte tapa na cara de Edward .
— Não fale de mim assim, eu não vou permitir entendeu? Acha que eu estava tentando proteger Lian quando não deixei que batesse nele? Era a você que eu tentava proteger, será que é tão cego assim que não vê o que está a sua frente? Eu não marquei um encontro com Lian, eu marquei um com você, nos encontramos por acaso. Bella não percebia mas estava gritando.
— Baixe o tom para falar comigo ou eu vou te dar umas palmadas. Ele não estava brincando.
— Sabe que não tem esse direito Edward , eu não fiz nada errado.
— Ele a quer novamente, ele deixou bem claro quando me enfrentou, ele a ama e você também o amava, o que eu deveria fazer então? Eu mandei que fosse para o andar de cima e o que fez? Decidiu que era melhor parar e conversar com o médico de merda que está disposto a tê-la na vida e na cama dele.
— Você não me perguntou o que eu quero, deveria acreditar que o que sinto por você é mil vezes maior do que qualquer sentimento que um dia tive por ele, porque é assim que os relacionamentos funcionam. Bella então tocou o machucado no canto da boca de Edward . – Não a nada no mundo que eu queira mais do que você. Só faltou dizer que o amava, mas ele ainda pareceu não entender pois continuava impassível.
— Então assine a porra do contrato e aceite de uma vez que me pertence, apenas a mim e a ninguém mais, eu quero apagar o seu passado, não te imaginar nos braços de outro que não seja eu.