A Pena da Cura escrita por ShiroiChou


Capítulo 46
Capítulo 46 - Um problema a menos, outro a mais.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Sinceramente não sei como vocês escaparam... — Jones colocou a mão no queixo, como se estivesse pensando. — Mentira, eu sei sim. Vocês são engraçados, ao achar que seria tão fácil escapar de mim.

— Como pode ter tanta certeza que não vamos conseguir? — Lucy o desafiou.

— Bem... Eu tenho ela — fez Tamandra se aproximar. — Vocês querem salva-la, mas enquanto ela estiver sob meu controle, tenho certeza de que vocês ficarão aqui.

— Seu...

— Podem tentar o quanto quiser... — se auto interrompeu, olhando para uma pequena lácrima brilhando, presa em seu pulso por uma pulseira. — Parece que algo não saiu como planejado, vou deixar vocês um pouquinho, já volto. Tamandra, cuide deles — saiu andando tranquilamente.

Não tiveram tempo de assimilar o acontecido, Tamandra já partiu para cima deles sem dó. A porta fechou e trancou, impedindo que conseguissem fugir

Laxus deu Nico para a irmã, e se preparou para ganhar tempo. O que Cendy falou sobre um símbolo ainda rondava sua mente, precisava fazer a anja se mexer o máximo possível, só assim ele saberia onde está o tal símbolo.

O loiro não queria a machucar, então apenas se defendia ao mesmo tempo em que mantinha Tamandra afastada de Lucy e Cendy.

Cendy explicou rapidamente para a loira o que precisavam fazer, então apenas se afastaram o máximo que deu e ficaram observando. Parecia que estavam assistindo um pega-pega. O loiro desviava com habilidade, mesmo algumas vezes sendo muito difícil.

Quando Laxus finalmente entendeu os movimentos da adversária, ela fez sua espada surgir e quase o deixou careca na primeira investida, antes ela estava apenas brincando com ele. Jogou diversos raios, principalmente na espada, mas acabou sendo rebatido e voltando no loiro que o absorveu. Tamandra levantou seus braços, fazendo sua blusa subir.

— NA BARRIGA DELA, TEM UM X — Lucy gritou animada, apontando para o local.

— Toma a borracha, rápido — Cendy jogou a borracha para o loiro.

— Qual lado? — Laxus perguntou pronto para atacar, mas não deu muito certo.

Tamandra se aproveitou da pequena distração do loiro, e o empurrou para a parede lateral. Com ele fora do caminho, ela se virou para as duas garotas nos fundos da sala e esticou as duas mãos.

— Esfera dos anjos — sussurrou, lançando uma esfera branca.

No começo a esfera não fez nada, apenas ficou parada no ar bem em frente às duas.

— Eu estou paralisada — a loira tentou se mexer.

— Eu também — Cendy afirmou.

— Eu não — a anja sorriu, se aproximando.

A duas continuaram tentando se mexer, mas nada adiantava. Tamandra se aproximou rapidamente, lançando uma espécie de raio branco que, felizmente, passou direto e acertou a parede.

No entanto não foi um erro, e sim um ataque planejado. O buraco feito na parede era o suficiente para duas pessoas passarem sem maiores problemas. A anja se aproximou pegando as duas pelo braço e as arrastando até lá.

Olhou para baixo e não conseguiu ver nada lá embaixo, sorriu macabramente e puxou as duas garotas que ainda se encontravam paralisadas.

— Eu acho que a senhora se esqueceu de mim — Laxus se aproximou rapidamente, surpreendendo Tamandra.

O loiro se aproveitou da surpresa da outra, e encostou a borracha na barriga dela, mexendo de um lado para o outro até finalmente apagar toda a marca.

A anja começou a se debater. Os movimentos dos seus braços eram frenéticos, tanto que em um momento de descuido acabou jogando as duas que segurava pelo buraco. Depois caiu para trás, desmaiada.

— Droga — Laxus olhou para baixo desesperado.

Um pouco mais abaixo, Cendy e Lucy se seguravam em uma parte desregular da parede do buraco. Respirou aliviado, as ajudando a subir de volta para a superfície.

— E agora, o que fazemos? — Lucy perguntou.

— Temos que ir atrás daquele maldito — Cendy respondeu, pegando o irmão que ela tinha deixado escondido atrás de algumas caixas. — Agora ele não controla mais a Tamandra, estamos em vantagem.

— Ela está desmaiada, não vai poder nos ajudar muito...

— Melhor desmaiada do que nos atacando, é perigoso ter ela como inimiga.

— Agora temos que saber onde aquele cara está — Laxus disse, colocando Tamandra em suas costas. — Não consigo sentir nenhum cheiro, ele deve usar algo para disfarçar.

— Eu sinto minhas chaves, como estão com ele fica mais fácil.

— Então nos guie até lá — sorriu.

— Com certeza — começou a andar.

—- // --

— Como podem ser tão ingênuos? — Jones ria, sentando em uma poltrona e comendo pipoca.

— Jovens esperançosos. Todos são assim — um homem baixinho de capa respondeu.

— Hum... Você conviveu muito com jovens assim nos seus anos de serviço?

— Mais do que imagina. Pessoas assim acham que podem ultrapassar qualquer barreira, lutando com todas suas forças para alcançar seus objetivos.

— Não se sente nem um pouquinho mal pelo que está fazendo?

— Não tenho nenhuma ligação com eles, acredite. Fazia tudo parte do plano, não sou o tipo de pessoa que falha com o combinado.

— Achei que servir como mordomo de demônios te deixaria mais amigável, Gênyro.

— Amigável eu ficaria se tivesse conseguido atrair eles para cá mais facilmente, você demorou muito — reclamou, retirando o capuz.

— A pressa é inimiga da perfeição, meu caro. A espera foi tão boa, que conseguimos dois magos a mais do que o planejado, e de quebra agora temos isso — balançou as chaves celestiais.

— O que pretende fazer com isso?

— Eu tinha pensando e misturar a magia delas também, mas não vai dar o resultado esperado. Estou pensando em corromper elas.

— Com o Olho do Futuro?

— Não, é muito arriscado. Vou usar isso aqui — mostrou uma caixinha dourada. — Essa maravilha aqui é, nada mais nada menos que... O Corrompidor.

— Nossa, que nome criativo — revirou os olhos.

— Seu sem graça — mostrou a língua. — Você nunca seria tão criativo como eu para dar um nome tão incrível assim!

— Graças a Deus — riu com deboche.

— Maldito...

— Esse treco ai funciona mesmo?

— Claro que funciona, eu mesmo que fiz — sorriu orgulhoso.

— Com aquelas caixas de leite que estavam cortadas em cima da mesa?

— Um pouco de magia consegue transformar tudo. Vai funcionar!

— Duvido muito.

— Observe — pegou as chaves e colocou dentro da caixa.

A caixa começou a brilhar em uma luz forte, tremendo nas mão de Jones. Do nada houve uma pequena explosão, e a caixa se desfez. Quando olhou para as chaves, elas estavam intactas.

— QUÊ? — gritou com raiva. — Como assim não funcionou?

— Adivinha porque deu errado — zombou, rindo descaradamente.

— Tinha tudo para dar certo...

— Tudo, menos uma caixa decente.

— Francamente... Vou arrumar outra caixa, segure aquelas crianças enquanto isso — saiu pisando duro.

— É um idiota mesmo...

Gênyro esperou um pouco antes de finalmente se levantar. Não estava com paciência para ter que interferir diretamente no plano, mas não tinha jeito. Era nessas horas que se arrependia de ter se juntado a Jones, ele era muito competente no que fazia, mas muitas vezes era um completo atrapalhado.

Colocou sua capa em um gancho que tinha na parede. Bagunçou os cabelos e, com uma tesoura, cortou algumas partes do terno que usava. Pretendia se fingir de sequestrado, tinha certeza que iriam acreditar.

— Hora de acabar logo com isso — murmurou, antes de sair da sala.


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Notas finais do capítulo

O próximo vou postar antes do programado :3
Até!



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