Ela deveria saber... escrita por TwinsPotter


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo




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A Ordem da Fênix foi formada novamente. Uma associação secreta com o intuito de impedir que os objetivos de Voldemort sejam alcançados. Alistaram-se aqueles que acreditam que Harry Potter e Dumbledore. Que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado retornou.

Dentre todos os integrantes está uma garota nova. Desastrada, animada e metamorfomaga: Nymphadora Tonks, que prefere ser chamada apenas pelo sobrenome

Eram cinco da tarde, mas o tempo fechado fazia parecer que a noite chegara mais cedo.

Não havia ninguém nas ruas de Londres. Mas, também! Quem iria querer sair de casa naquele momento? A chuva forte se misturava com o vento e relâmpagos. O céu parecia estar caindo.

Só sairia de casa os corajosos. Aqueles que não tinham medo de se molhar. Aqueles que correriam o risco de ter o carro atolado por causa das grandes poças d’água.

  Ou...

 Aqueles que estavam atrasados para seu primeiro dia na Ordem Fênix.

Uma figura misteriosa se aproximava devagar do largo Grimmauld. Vestia uma capa de chuva preta que cobria todo seu corpo, porém não impedia de se molhar. Segurava algo, que aos olhos trouxas seria apenas um graveto, e o apontava para cima.

Uma tentativa falha de se proteger mais dos fortes e rápidos pingos de água projetando um guarda-chuva transparente.

 A figura, então, parou. Em frente as casas de número onze e treze. Ela puxou algo de dentro da capa e a aproximou de seu rosto para poder ler. Era um pequeno papel que dizia:

“A sede da Ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, número doze, Londres. ”

Número doze...

Observou de novo as casas. Não havia um número doze ali. As luzes das outras casas estavam acesas. Havia pessoas lá dentro, mas nenhuma notara que, de repente, uma porta aparecera ali, do nada. E em seguida, como se estive inflando, a casa de número doze surgira.

Como Alastor Moody a ensinou, ela pegou o papel, o protegeu com a mão e, na medida do possível, o queimou até que virasse cinzas. O que levou algum tempo. Deixar esse papel a solta era o mesmo que entregar toda a Ordem aos Comensais da Morte e ao próprio Voldemort.

A Ordem da Fênix era uma associação secreta que lutava contra Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Lorde das Trevas, como pode ser intitulado, era um bruxo com sede de poder e no último ano havia retornado. Conseguiu que um de seus seguidores se infiltrasse na escola de magia e bruxaria de Hogwarts e fizesse uma armadilha para Harry Potter.

Poucos bruxos acreditavam nesta história. Achavam que era apenas uma forma do menino Potter chamar atenção.

Alvo Dumbledore convocou os que acreditavam para se alistarem a Ordem.

E era por isso que estava lá. Havia se formado em auror e queria deter Você-sabe-quem. Ela e alguns colegas que trabalhavam no Ministério da Magia, quem difamava a história, poderiam informar a Ordem sobre o que estava acontecendo.

Entrou na casa de número doze e retirou o capuz revelando uma jovem garota de olhos escuros e cintilantes e cabelos roxos berrantes, que estavam mais longos do que o de costume.

Colocou a capa no cabide do hall de entrada e tentou enxergar algo com a pouca luz que havia. Ela já estava molhada e aquele local escuro e com aspecto tenebroso a fazia ter mais frio.

— Ok, Tonks, - Disse a si mesma – Pouca luz. Isso é ruim, cuidado onde pisa.

Um fato sobre Nymphadora Tonks: ela era desastrada.

Deu alguns passos para frente e pensou que conseguiria chegar até uma sala, de onde vinha uma claridade maior e vozes, sem acabar estabanada não chão, porém havia um porta-guarda-chuvas de pé de trasgo no corredor e, certamente, Tonks não vira.

Iria levar uma queda se não fosse por algo, ou alguém, que a tivesse segurado antes de chegar ao chão. E abriu os olhos e os levantou para a pessoa que a segurara.

Era um homem. Não conseguiria enxergar suas outras características se ele, com um aceno de varinha, não tivesse aumentado a luz no local.

Ele era mais alto que ela, tinha cabelos castanhos claros e grisalhos e seus olhos eram âmbar. Seu rosto era cheio de cicatrizes, mas ele parecia bastante amigável.

— Cuidado quando for andar por aqui – Ele alertou dando um sorriso – não queremos acordar os quadros... principalmente aquele ali. – Apontou para um que tinha um pano o cobrindo.

Só depois perceberam que ele ainda a segurava pelos braços, o que mais parecia um abraço desajeitado. Ela corou e seus cabelos mudaram rapidamente para um rosa chiclete. Tonks se esforçou para não deixar transparecer sua vergonha (mais do que se cabelo já entregava), retribuiu o sorriso e perguntou:

— O que tem ali?

— Walburga Black.

— Minha tia-avó. – Suspirou

— É uma Black também? – Perguntou curioso.

— Não... minha mãe era, foi desertada. Casou-se com um nascido-trouxa.

— Ah... A propósito, sou Remus Lupin. – Estendeu a mão para a garota, mas ela não apertou.

— Nymphadora Tonks – O que saiu a seguir foi um hi-five atrapalhado – Mas me chame só de Tonks – Avisou com um tom sério.

Lupin ergueu a sobrancelha enquanto observava a garota sorridente indo em direção a sala.

Nymphadora Tonks?

— Sirius! – Exclamou a garota.

— Dora! – Sirius se levantou da cadeira e a abraçou – Puxa, como você cresceu!

— Esperava que ficasse com dez anos para sempre? – Brincou – Eu senti muita saudade. Senti falta de suas visitas.

— Bons tempos aqueles – comentou nostálgico, lembrando-se dos dias que ia para casa de Andrômeda, sua prima preferida, junto de James e Lupin – Lembra-se de Aluado? – Perguntou assim que o amigo entrou na sala.

A menção do apelido de Lupin fez com que ela lembrasse do garoto que sempre vinha visita-la, junto com os dois marotos, e que a ajudava a não quebrar tudo que tocava.

— Aluado? Oh céus! – Exclamou – Nem me toquei! Desculpe Lupin, não o tinha reconhecido!

Ela sorriu para o maroto que estava se recordando da garotinha de cabelos coloridos e desastrada que cuidava de vez enquanto em sua juventude.

— Não se preocupe, Dora – Os cabelos da garota voltaram ao rosa chiclete – Foram mais de doze anos, era o mínimo que poderia acontecer.

— Já que a Tonks chegou – Anunciou Sirius para os presentes – Devemos deixa-la a par de nossas investigações...

Meses depois...

A Sr.ª Weasley apareceu chamando todos para comer. Tonks já havia se enturmado mais e deixara seu lado tímido de lado. Conheceu Fred, Jorge, Rony, Hermione e Gina, e estes gostaram muito dela. Enquanto os outros conversavam assuntos da Ordem, ela ficava os distraindo. O que deixava Molly contente, pois não gostava que os filhos estivessem envolvidos.

Após o jantar, todos se retiraram, só restando a Sr.ª Weasley, seus filhos, Hermione e Tonks.

— Crianças! Hora de dormir! – Falou enquanto recolhia os pratos.

— Mas mãe, não estou com sono!

— Mas nada, Gina! Boa noite e vão para suas camas! – Ela deu um beijo em cada um e os observou subindo as escadas.

— Deixa que eu ajudo com a louça, Molly! – Tonks se ofereceu

A Srª Weasley assentiu, sem saber que ouviria vários crashs vindos de sua ajudante.

— Ops! – Molly se virou a tempo de ver vários pratos caírem no chão – Pode deixar! Reparo!

A metamorfomaga acenou com a varinha e os pratos voltaram a ficar inteiros. Deu um suspiro cansado, isso sempre acontecia.

Lupin entrou na cozinha e se sentou à mesa. Parecia abatido e bastante preocupado. A Sr.ª Weasley tentou o tranquilizar dizendo que era só uma fase e que iria passar rápido. Ele apenas assentiu e ficou olhando o fogo na lareira.

Ao ver do olhar questionador de Tonks, pigarreou Molly chamando a atenção de Lupin.

  - Todos já sabem... Ela também tem o direito, querido... – Disse com cautela e saiu da cozinha em seguida.

— O que eu... deveria saber? – Perguntou se sentando ao lado do maroto.

— Bom... tudo começou quando eu era criança... – E Lupin a contou sua história – E... é isso.

— Eu já suspeitava que tinha algo de errado com você. – Ela disse intrigada. Nunca teve muito interesse pelo assunto dos lobisomens, mas tinha uma vaga lembrança que aprendera a reconhecer sinais de licantropia.

— Pode se afastar se quiser... – Suspirou, era o que todos faziam, não era?

— O que? – Ela disse – Não! Eu não faria isso!

— Dora... – Ele ia começar seu discurso de como era perigoso, mas ela o interrompeu.

— Me escuta! Você não é um monstro! Convivemos a pouco tempo, mas sei que aqueles que desprezam não sabem o que fazem. Você é uma ótima pessoa. Cuidou de mim quando pequena, lembra-se?

— Só por que não era lua cheia! – Argumentou

— Olhe – Falou com voz autoritária – eu não quero mais vê-lo se menosprezando pelos cantos. Não tenho medo da sua condição e você também não deveria deixar isso te afetar.

— A sociedade é preconceituosa...

— Que se dane a sociedade! – Bradou - O importante é que você esteja bem...

Ele deu um sorriso fraco e a garota retribuiu.

— Te vejo amanhã, Aluado. – Se levantou e bagunçou os cabelos dele.

— Ahn... Dora! – Chamou e ela parou na porta – Nada não. Boa noite

Ela sorriu.


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Notas finais do capítulo

Tchauzinho ♥



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